Segunda-feira, 23 de abril de 2012, 09h46
Nicole Melhado
Da Redação

Andréia Britta / CN
Bispos recebem
homenagem durante Cerimônia na Canção Nova
O Concílio Ecumênico Vaticano II foi uma
verdadeira primavera na Igreja. Entre outras coisas, ele abriu as portas à
participação de leigos, com a abertura a novos movimentos e grupos de fiéis,
como a Canção Nova.
Na noite desse domingo, 22, a Canção Nova, pertencente
a Diocese de Lorena, promoveu uma cerimônia para festejar os 50 anos do início
desse Concílio, considerado o maior evento da Igreja no século XX. A homenagem
aconteceu no Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes, em Cachoeira
Paulista (SP).
“[Com o Concílio] Todo o clero se aproximou do povo. O
leigo foi o maior beneficiado. Antigamente, até brincamos que o leigo só tinha
três posições: de joelho, sentado e em pé. Antes do Concílio não se viam leigos
pregando. O Concílio acreditou na força do leigo”, explica Felipe Aquino,
apresentador do "Programa Escola da Fé" da TV Canção Nova.
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno, salienta que as novas comunidades
são fruto da ação do Espírito Santo na Igreja.
“As vocações são múltiplas, mas ao mesmo tempo todos
vivem na comunhão da mesma fé, em torno do Papa, da esperança, da caridade,
sacramental, com os pastores da Igreja. A beleza da Igreja está na unidade na
diversidade”, enfatiza.
Para o presidente da CNBB, à medida que essas
comunidades estão em sintonia com a Igreja, com seu magistério e em comunhão
com seus pastores, estas são sempre obra da Igreja para concretizar sua missão
de evangelizar.
Homenagens
Cerca de 150 autoridades eclesiais estiveram presentes
na cerimônia. Alguns receberam uma homenagem representando os bispos,
seminaristas, jovens sacerdotes e todos os que participaram do Concílio
Vaticano II.
Entre os homenageados, estava o bispo de Lorena, Dom
Benedito Beni, que representou todos aqueles que, na época do Concílio, eram
seminaristas. “O Concílio Vaticano II marcou a história da minha vocação.
Cheguei a Roma poucos meses antes da convocação para o Concílio. Com ele
cheguei a algumas conclusões: uma delas é que não se travava de uma simples
assembleia, era uma celebração litúrgica”, salienta o prelado.
Representando todos os bispos do Brasil, o Cardeal
Raymundo Damasceno de Assis também foi homenageado e recebeu uma lembrança das
mãos do fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib.
Dom Damasceno recordou que “também era um seminarista
na época do Concílio Vaticano II. Para mim, este foi o maior evento eclesial do
século XX”.
O Cardeal Eusébio Oscar Scheid, administrador
apostólico e Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, e o Cardeal Cláudio Hummes
foram homenageados em nome de todos aqueles que, como eles, eram jovens
sacerdotes na época.
Já o Bispo Emérito de Iguatu (CE), Dom José Mauro
Ramalho, na ocasião era um jovem bispo e participou das quatro sessões do
Concílio. “Eu era um padre muito novo quando tive a graça do episcopado. Tinha
36 anos. Foi o Concílio que me ensinou como ser bispo diocesano”, conta.
Por fim, o Cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo
Pedro Scherer, recebeu em nome de todos os bispos uma homenagem pela 50ª edição
da Assembleia Geral.
“Que os próximos 50 anos de Assembleia possam realizar
ainda mais pela nova evangelização. Temos que trabalhar com esperança,
lembrando que muitos frutos só são vistos depois de anos, na certeza de que
quem atua é o Espírito Santo”, ressaltou.
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