sexta-feira, 13 de julho de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/07/2012

14 de Julho de 2012 


Mateus 10,24-33

Comentário do Evangelho

Anunciar e denunciar sem temor

Mateus reúne, aqui, outro bloco de ditos de Jesus, compondo o discurso apostólico para fortalecimento e estímulo das comunidades. Os discípulos terão as mesmas provações de Jesus, sob as ameaças e perseguições dos poderosos. Contudo, devem anunciar e denunciar, sem nenhum temor, pois o Pai os tem em conta mais do que tudo. Não se trata de disputar o poder com o opressor, mas sim de nunca deixar de proclamar a mensagem libertadora dos oprimidos, sem ódio e sem medo da própria morte. Declarar-se por Jesus diante dos homens é viver o amor, a justiça e a fraternidade, em união com Ele e, por Ele, com o Pai.
José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

O que ouvimos em segredo, devemos proclamar à luz do dia. O anúncio do Reino de Deus exige coragem. Não deve consistir na repetição de lições que aprendemos, ou na transmissão de conhecimentos, mas no testemunho de vida do missionário, confissão de sua entrega confiante ao Pai Misericordioso.
Reflexão

Aos homens, é impossível entrar no Reino de Deus, mas para Deus, tudo é possível. A salvação não é obra nossa, é ação divina sobre todos nós e é gratuidade do amor misericordioso do nosso Deus que vem ao nosso encontro. Mas, se é obra divina, por que devemos desenvolver o trabalho evangelizador? É porque o próprio Deus, que é amor infinito e poderia ter feito tudo sozinho, quis que todos nós participássemos da divina missão da salvação da humanidade, fazendo de todos nós colaboradores seus. Para nós, cabe corresponder a esse amor através do nosso sim e do anúncio desse Deus amoroso a todas as pessoas.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. “............”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
..........................

2.Anunciar e denunciar sem temor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com coragem.


3. O MESTRE E O DISCÍPULO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Na perspectiva de Jesus, o ideal do discípulo é ser como o mestre. Em outras palavras, é no mestre que o discípulo deve se espelhar.

Se consideramos as instruções recebidas pelos discípulos, constatamos que Jesus propõe-lhes como projeto de vida, os mesmos princípios que pautaram a sua ação missionária. Como ele, os discípulos teriam a missão de ir pelo mundo anunciar o Evangelho, e realizar os sinais indicativos da presença do Reino. Deveriam abrir mão de qualquer recompensa e viver a gratuidade e a pobreza.

Deveriam estar preparados para a rejeição, a perseguição, o martírio. Contudo, não deveriam se preocupar, pois estariam sob a proteção do Espírito do Pai. Este lhes inspiraria a respeito do testemunho a ser dado. Por sua vez, o Pai irá preparar-lhes uma recompensa condigna, por terem vivido o discipulado com fidelidade.

Tudo isto já tinha sido experienciado por Jesus, desde o início de seu ministério. Portanto, sua proposta aos discípulos é um projeto existencial, não uma imposição. Ele a pôs em prática, antes de transformá-la em pauta de ação para os seus seguidores. No exercício de sua missão, os discípulos encontram em Jesus um modelo consumado de vivência missionária.

Só quem estiver disposto a partilhar a mesma sorte do Mestre, estará em condições de se tornar seu seguidor.

Oração
Espírito de conformidade com Jesus, disponha-me a partilhar a missão do Mestre, fazendo-me como ele, fiel até o fim, ao projeto do Pai.


O remédio para vencer nossos medos


Postado por: homilia

julho 14th, 2012

Na leitura de hoje, vemos que Cristo nos liberta do medo. Como as enfermidades, os temores podem ser agudos ou crônicos.
Os medos agudos são determinados por uma situação de perigo extraordinário. Como surgem de improviso, assim desaparecem com o cessar do perigo, deixando apenas uma má recordação. Não dependem de nós e são naturais.
Mais perigosos são os medos crônicos, os que vivem conosco, os quais levamos desde o nascimento ou a infância, pois se tornam parte de nosso ser e, por vezes, acabamos até os “acariciando”.
Jesus deu um nome às ansiedades mais comuns do homem: “Que vamos comer? Que vamos beber? Com que vamos nos vestir?” (Mt 6,31). A ansiedade converteu-se na enfermidade do século e é uma das causas principais da multiplicação dos infartos.
Vivemos na ansiedade, no medo irracional do desconhecido. Temer sempre, esperar, sistematicamente, o pior e viver sempre numa palpitação. Se o perigo não existe, a ansiedade o inventa; se existe, agiganta-o.
A pessoa ansiosa sofre sempre duas vezes: primeiro, na previsão; depois, na realidade. O que Jesus, no Evangelho, condena não é tanto o simples temor ou a justa solicitude pelo amanhã, mas, precisamente, a ansiedade e a inquietude. “Não vos preocupeis - diz - com o amanhã. A cada dia se basta com seu próprio mal”.
O remédio para nossas inseguranças se resume em uma palavra: confiança. Confiar em Deus, crer na providência e no amor do Pai celeste. “Quanto a vós, até os vossos cabelos da cabeça estão contados. Vós valeis mais que muitos pardais”. A verdadeira raiz de todos os temores é o de encontrar-se só. Esse contínuo medo da criança de ser abandonada.
Jesus nos assegura justamente isso: não seremos abandonados. “Se minha mãe e meu pai me abandonam, o Senhor me acolherá” (Salmo 27,10). Ainda que todos nos abandonem, Ele não o fará. Seu amor é mais forte que tudo.
O Senhor quer nos libertar dos temores, mas Ele não tem um só modo para fazê-lo, mas dois. Ele nos tira o medo do coração ou nos ajuda a vivê-lo de maneira nova, mais livre, fazendo disso uma ocasião de graça para nós e para os demais.
Deus mesmo quis fazer essa experiência. No Horto das Oliveiras, está escrito que Ele experimentou a tristeza e a angústia. O texto original sugere a ideia de um terror solitário, como de quem se sente isolado do consórcio humano, numa solidão imensa. Ele as quis experimentar precisamente para redimir também este aspecto da condição humana. Desde aquele dia, vivido em união com Ele, o medo – especialmente o da morte – tem o poder de nos levantar em vez de nos deprimir, de nos fazer mais atentos aos demais, mais compreensivos. Em uma palavra: mais humanos.
Jesus Cristo está comigo. A quem temerei? Assaltem-me as vagas e a cólera dos grandes: tudo isso não vale, sequer, o peso de uma teia de aranha, porque Ele está comigo e o Seu báculo me enche de confiança.
Padre Bantu Mendonça

Leitura Orante 

Preparo-me para a Leitura Orante com todos os internautas, rezando: 
Senhor, Deus da vida e do amor, 
enviastes o vosso Filho 
para nos libertar das forças da morte 
e conduzir-nos no caminho da esperança. 
Movei-nos pelo dom do vosso Espírito! 
Fazei-nos discípulos, 
comprometidos com o anúncio do Evangelho. 
Fazei-nos missionários, 
caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs, 
acolhendo a todos, sobretudo os jovens, 
os afastados, os pobres, os excluídos. 
Virgem Mãe Aparecida, 
Intercedei junto ao vosso Filho, 
para que sejamos fiéis ao nosso compromisso 
de discípulos missionários . Amém! 


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: 
Mt 10,24-33,
 e observo as recomendações de Jesus aos discípulos e missionários: 
- Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor, e nenhum empregado é mais importante do que o seu patrão. Portanto, o aluno deve ficar satisfeito em ser como o seu professor, e o empregado, em ser como o seu patrão. Se o chefe da família é chamado de Belzebu, então as pessoas dessa família serão xingadas de nomes piores ainda. 
- Portanto, não tenham medo de ninguém. Tudo o que está coberto vai ser descoberto; e tudo o que está escondido será conhecido. O que estou dizendo a vocês na escuridão repitam na luz do dia. E o que vocês ouviram em segredo anunciem abertamente. Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Porém tenham medo de Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Por acaso não é verdade que dois passarinhos são vendidos por algumas moedinhas? Porém nenhum deles cai no chão se o Pai de vocês não deixar que isso aconteça. Quanto a vocês, até os fios dos seus cabelos estão todos contados. Portanto, não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos. 
- Se uma pessoa afirmar publicamente que pertence a mim, eu também, no Dia do Juízo, afirmarei diante do meu Pai, que está no céu, que ela pertence a mim. Mas, se uma pessoa disser publicamente que não pertence a mim, eu também, no Dia do Juízo, direi diante do meu Pai, que está no céu, que ela não pertence a mim.Jesus é claro. Quem se faz seu discípulo e missionário não é candidato a disputar cargos e carreira. Não pode ser uma pessoa medrosa. Deve ser transparente, confiar em Deus e ser disponível. "Vocês valem mais do que muitos passarinhos a quem o Pai tem cuidado especial". Importa afirmar com a nossa vida e nossas palavras que pertencemos ao Reino de Jesus. 

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? 
Como é meu seguimento de Jesus Cristo? 
O bispos, em Aparecida, disseram: 
"A Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes (cf. Mt 9,35-36). Ele, sendo o Senhor, fez-se servo e obediente até a morte de cruz (cf. Fl 2,8); sendo rico, escolheu ser pobre por nós (cf. 2 Cor 8,9), ensinando-nos o caminho de nossa vocação de discípulos e missionários. No Evangelho aprendemos a sublime lição de ser pobres seguindo a Jesus pobre (cf. Lc 6,20; 9,58), e a de anunciar o Evangelho da paz sem bolsa ou alforje, sem colocar nossa confiança no dinheiro nem no poder deste mundo (cf. Lc 10,4 ss). Na generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho."
 (DAp 31). 
Sou transparente e confio em Deus que cuida de mim? 
Levo o Reino para outras pessoas comunicando a elas do amor e misericórdia de Deus? 

3.Oração (Vida)
 
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, e concluo com uma belíssima 
canção do Pe. Zezinho: 
Olhem os lírios do campo 
Vejam como eles se vestem. 
Nem Salomão que era rei, 
Nem Salomão se vestia tão bem. 
Olhem as aves que cantam, 
Ouçam a sua mensagem. 
Nem o maior dos cantores 
Canta tão puro e não canta tão bem. 
Se o nosso Deus veste os lírios 
E alimenta a o cantor pra não perder a voz 
Muito mais vai fazer por seus filhos 
Nosso Deus não se esquece de nós! 
CD Sereno e forte, Pe. Zezinho, scj, Paulinas COMEP 


 

4. Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Disseram os bispos em Aparecida: 
"O olhar cristão sobre o ser humano permite perceber seu valor que transcende todo o universo: Deus nos mostrou de modo insuperável como ama cada homem, e com isso confere a ele uma dignidade infinita"
(DAp 388). 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp 
Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para cumprirmos a missão assumida de discípulos missionários do teu Reino. Faze-nos testemunhas vivas do Amor que foi vivido e ensinado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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