terça-feira, 26 de junho de 2012

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - 27 de Junho


Nossa Senhora do Perpétuo SocorroA devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateusin Merulana..

Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o Auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 

Hoje nossa Igreja festeja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, cuja devoção foi e continua sendo difundida pelos padres da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. No Brasil, a devoção alcançou uma grande popularidade.
Foi no ano de 1870 que a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada e espalhou-se por todo o mundo. A pintura do quadro é do século XIII, no estilo bizantino. Desde o ano de 1499 e venerada na Igreja de São Mateus, que segundo contam, veio de Creta, Grécia, pelas mãos de um negociante.
O quadro foi levado num oratório dos padres Agostinianos em 1812, quando o velho Santuário foi totalmente demolido. No ano de 1866, os Redentoristas obtiveram das mãos do Papa Pio IX, o quadro da imagem milagrosa.
O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocado na Igreja de Santo Afonso, em Roma. Ela é a Senhora da morte e a Rainha da Vida, o Auxílio de nos cristãos, nosso porto seguro quando invocamos seu auxílio com amor filial.
Com um semblante melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz.
Não desprezeis as minhas súplicas, é Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que vos rogo. Amém.
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro socorrei-nos. Amém.


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
      
 Comemoração litúrgica: 27 de junho. 

Também nesta data: Santos Ladislau, Cirilo de Alexandria e Madalena Fontaine   


                                          
                                                   
                                                      Pouco se sabe a respeito da autoria artística do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, apesar de conhecidíssimo pelos católicos do mundo inteiro.  Segundo especialistas, há forte indício que o artista seja grego, pois as inscrições estão neste idioma. Esta pintura deve ter sido executada no período compreendido entre os séculos XIII e XIV.  A tradução das quatro letras gregas na parte superior da tela significam “Mãe de Deus”.  No quadro, o Menino Jesus, ao colo de Nossa Senhora contempla um dos anjos, que respectivamente seguram na mão instrumentos prefigurativos dos sofrimentos futuros, da paixão e morte do Salvador: lança, vara com a esponja, o cálice com fel, cruz e cravos.  O quadro é composto de significativos detalhes. O Menino Jesus, amedrontado com a visão dos arcanjos Miguel e Gabriel segurando os referidos instrumentos,  busca socorro no colo seguro da Mãe,   já que uma das sandálias lhe resta ao pé esquerdo, dependurada só pelo cadarço.  Maria o acolhe maternalmente e nos fita com olhar terno, ao mesmo tempo triste, como sinal de apelo à humanidade pelos pecados, causa do sofrimento do seu Filho. A tradução das letras gregas acima do ombro Menino,  significam “Jesus Cristo”.  Segundo tradições orientais,  o quadro, uma pintura em estilo bizantino,  é uma reprodução de uma pintura feita por São Lucas, que além de escritor, era também pintor.
                                                      Conta-se que este quadro ficava exposto em um templo na Ilha de Creta, e que fora roubado por um negociante que pretendia levá-lo a Roma a fim de vendê-lo. Quando o navio saiu, uma tremenda tempestade formou-se, causando desespero na tripulação. Todos pediram socorro à Deus à Virgem, ocasião em que a tempestade dissipou-se. A embarcação acabou aportando na Itália, mais ou menos na mesma época em que Colombo trazia da América para a Europa a nau “Santa Maria”. O quadro milagroso de  Nossa Senhora foi transportado para a cidade de Roma.
                                                      Posteriormente, após a morte do ladrão, Maria manifestou-se a diversas pessoas, expressando  o desejo de que esse quadro fosse venerado na Igreja de São Mateus (hoje Igreja de Santo Afonso), em Roma, a qual está situada entre as Igrejas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Seu desejo não foi atendido e algum tempo depois, o quadro ficou em poder de uma mulher que tinha uma filha de 6 anos. 
                                                      Certo dia, Maria apareceu à menininha e lhe indicou um lugar, dizendo: "quero que o quadro seja colocado entre a minha querida Igreja de Santa Maria Maior e a do meu filho São João de Latrão". A própria Virgem Maria, nessa aparição,  foi quem deu à menininha o título “Perpétuo Socorro" e lhe manifestou o desejo de ser invocada com este nome.  A menina contou o fato à sua mãe e esta resolveu seguir o indicado pela Virgem, entregando a imagem aos padres agostinianos, que  residiam na Igreja de São Mateus, onde foi exposta à veneração pública no dia 07 de março de 1499, numa solene procissão. Lá permaneceu por três séculos tornando-se centro de peregrinação católica.
                                                      No ano de 1778, por ocasião da guerra civil,  o venerável templo foi destruído, mas o quadro foi preservado e graças aos religiosos agostinianos, foi levado a salvo para o seu novo mosteiro, junto à Igreja  de Santa Maria in Posterula,  lado oposto da cidade.
                                                      O último membro da Congregação a fazer profissão religiosa no templo de São Mateus foi o frade Agostinho Orsetti.  Com idade avançada e sentindo a proximidade da morte, recebia as visitas de  um jovem amigo, Miguel Marchi, a quem lembrou por diversas vezes da Virgem do Perpétuo Socorro: “Não te esqueças, Miguel, - disse ele - que a imagem que está na capela é a mesma que foi por muito tempo venerada em São Mateus.  Quantos milagres sucederam!”. Mais tarde, quando o jovem já pertencia à Ordem dos Redentoristas, ouvindo que um confrade seu encontrara documentos preciosos,  relatou tudo o que ouvira do Frei Orsetti a respeito do quadro.
                                                      Passado algum tempo, o Papa Pio IX chamou para Roma os redentoristas, e nessa ocasião veio à tona a questão sobre a santa imagem. Os padres redentoristas solicitaram ao Papa que o quadro fosse colocado na Igreja de Santo Afonso, construída no mesmo lugar em que estivera a Igreja de São Mateus, ora destruída pela guerra. Atendendo ao pedido, o Papa disse: “É a nossa vontade que a imagem da Santíssima Virgem volte para a Igreja localizada entre Santa Maria Maior e São João de Latrão”.  Ao mesmo tempo, deu ordem aos redentoristas que divulgassem a devoção ao mundo inteiro. No dia 26 de abril de 1866,  a  imagem foi solenemente levada em procissão para o local de sua escolha, a Igreja de Santo Afonso, grande apóstolo e defensor de Maria. A devoção hoje encontra-se presente no mundo inteiro e milhões de cópias foram reproduzidas em todo o globo.

REFLEXÕES

O quadro de Nossa Senhora do Pertétuo Socorro resume, em poucos detalhes,  um leque enorme de mensagens. A estampa expressa símbolos altamente significativos da fé: devoção mariana, Nascimento, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. A figura do Menino Jesus remonta o seu divino Nascimento.  Ao mesmo tempo, a atitude do Menino diante da visão aterradora, O transporta à mesma sensação que iria sentir no Horto das Oliveiras. Busca Ele, no colo de Maria, Sua Mãe, socorro, proteção, consolo e segurança.  Este é o ângulo do espectador em relação ao quadro. Um segundo ângulo, porém, do quadro para o espectador, ou de Maria para a humanidade, traduz um significado tão profundo quanto o primeiro:  Maria se coloca como referência diante dos nossos pecados, intercedendo por nós junto a Jesus. Diante dos nossos sofrimentos, Ela é o nosso colo, nossa segurança, nosso Perpétuo Socorro. A riqueza de informações atinge extrema magnitude. Deve ser mesmo reprodução de um quadro de São Lucas,  pois quase não dá para conceber como tantas informações possam caber em tão pouco espaço: 

1) Parte superior - iniciais em grego para "Mãe de Deus";  

2) Auréola - colocada em 1867 a pedido do Vaticano pelos milagres atribuídos a Ela;  

3) Estrela no Véu - Ela, a Estrela do Mar, que traz a Luz  ao mundo e a Luz que nos conduz ao porto Seguro da Eternidade;

4) Inicial em grego sobre o arcanjo Miguel - que apresenta a lança,  a esponja e o cálice da Paixão;

5) Inicial  em grego sobre o arcanjo Gabriel - que apresenta a Cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus; 

6) Os olhos de Maria - grandes e voltados para nossas necessidades; 

7) A boca pequena de Maria - recolhimento e o silêncio; 

8) Iniciais gregas acima do Menino, que significa "Jesus Cristo". 

9)  Túnica Vermelha - distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora;  

10) De mão dada com o Menino - Mão de consolo de Maria, significando também sua intercessão em favor dos homens; 

11) Manto azul escuro - Maternidade e Virgindade de Maria; 

12) Mão esquerda de Maria - apoio e sustento à humanidade; 

13) Fundo Amarelo - representa o ouro, simbolizando a glória do Paraíso;  

14) Sandália caída - nosso consolo ante as dificuldades e atropelos da vida.  

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


 
Ícone bizantino de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, mãe de Jesus, representada em um ícone de estilobizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão.
Um ícone célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas, na Via Merulana. Tendo vindo da ilha de Creta e estado antes na Igreja de S. Mateus, igualmente em Roma, onde tinha sido solenemente entronizado no ano de 1499, e do qual se contam muitos milagres e histórias[1].
A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones.
Andreas Ritzos, pintor grego do século XV, realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem este tipo iconográfico. Na verdade a tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em posição frontal, num braço ela portaJesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro, aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”.
Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel , na parte superior, de um lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29).
Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé.
Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.

Devoção popular

O ícone da Mãe de Deus da Paixão é muito difundido no Oriente Bizantino. Exemplares desta representação encontram-se nos museus de AtenasMoscouCretaLeningrado e no Instituto Helênico de Estudos Bizantinos e Pós-bizantinos de Veneza.
A devoção no Ocidente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro deve-se à ação dos Missionários Redentoristas que difundiram esta prática religiosa em suas áreas de atuação.

Nomes atribuídos à tipologia do ícone

Virgem da PaixãoMadona de OuroMãe dos Missionários RedentoristasMãe dos Lares Católicos. O mais difundido no ocidente é Mãe do Perpétuo Socorro.

Galeria

História do ícone de 
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Ícone da Virgem da Paixão, 
Séc. XVI, pintado no 
Mosteiro de Santa Catarina no Sinai

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