domingo, 24 de junho de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/06/2012

25 de Junho de 2012 


Mateus 7,1-5

Comentário do Evangelho

O harmonioso convívio comunitário

Ao longo do Sermão da Montanha são abordados vários aspectos característicos do Reino dos Céus: a responsabilidade dos discípulos, os pontos fundamentais que Jesus inova em relação à antiga Lei, a intimidade com o Pai, o desapego das riquezas. Agora as palavras de Jesus se constituem em orientação e norma para o harmonioso convívio comunitário. A rejeição do "julgar" se refere ao julgamento condenatório, que deve ser descartado. O convívio humano comporta discernimento e avaliações. Porém, quem faz um julgamento condenatório está condenando a si mesmo. Neste sentido é feita a comparação baseada em antigas normas de contratos comerciais de troca de cereais: a mesma medida deve ser aplicada a ambas as partes. O hábito de criticar com frequência oculta a fuga de uma autoavaliação. A crítica exacerbada ofusca a lucidez. A autocrítica sincera leva à humildade e à misericórdia para com os outros. A qualificação "hipócrita" pode sugerir que o texto teria sido originalmente dirigido aos fariseus, sendo depois aplicado à comunidade. 
Na humildade, na acolhida e na valorização do irmão constrói-se a comunidade viva e aberta que transforma o mundo. 


José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

A ‘trave’ que está cravada em nossos olhos nos impede de ver a presença do Pai Misericordioso em nós ao longo da caminhada. E passamos a enxergar o cisco nos olhos dos irmãos. Façamos do nosso exame de consciência, um ato de gratidão pelo Reino do Céu que o Senhor já colocou dentro de nós e o partilhemos com nosso próximo.
Reflexão 

A maioria das pessoas está mais preocupada com os pecados dos outros do que com os próprios, sempre apresentando o argumento de que os pecados dos outros são mais graves e exigem uma maior preocupação. O trabalho de transformação do mundo deve começar pela transformação e pela conversão pessoal. Se cada pessoa estivesse realmente preocupada com a própria conversão e de fato fizesse tudo o que está ao seu alcance, contando com a graça divina para uma verdadeira mudança de vida, muitos dos problemas que estão presentes na nossa sociedade já estariam superados. Portanto, que cada um olhe para si, se descubra pecador e se converta, para contribuir de fato com a conversão do mundo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. JULGAMENTO...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Querido Discípulo Anônimo, este evangelho parece que traz um ensinamento tão fácil: Não julgar as pessoas, e a gente tem um cuidado todo especial por causa disso, pois quando vamos fazer uma dura crítica a alguém, dizemos farisaicamente “Não é que eu queira julgar”, e em seguida acabamos com a imagem do próximo. Tem alguma forma nova para falar desse evangelho, sem repetir a mesmice?

(Aprendiz)
Caro Aprendiz, primeiro que um evangelho nunca é a mesmice, pois sempre nos traz coisas novas, e cada leitura orante bem feita, nos permite  novo modo de Ver as pessoas e os acontecimentos. O ensinamento de Jesus, Nosso Deus e Senhor, de fato é  simples e fácil de ser compreendido: Devemos sempre olhar para as pessoas e os acontecimentos com os olhos de Deus.

Em um primeiro momento haveria uma incoerência, poderá você argumentar, pois Deus é nosso único e autêntico Juiz, entretanto, seu critério de julgamento é totalmente diferente do nosso. Ele não nos olha com severidade e rigorismo moral, mas sempre com benevolência e bondade infinita, a misericórdia e compaixão sempre em Deus falam mais alto.

Os Fariseus, que prezavam sua conduta pelo seguimento da Lei, e o aprimoramento moral, olhavam para as pessoas a partir de si mesmas, colocando-se como referência e exigindo das mesmas essa conduta. Não era Deus a referência, mas eles próprios. Tinha em seus olhos esta trave que os impedia de perceberem o quanto Deus os amava em Jesus Cristo, e assim, viviam e praticavam a religião do merecimento.

Fujamos sempre desse Farisaísmo que influencia ainda hoje as nossas comunidades cristãs, e compreendamos nossa vocação a qual fomos chamados por Deus, não para julgar, mas para amar a todas as pessoas e assim sendo, iremos com certeza poder contar com a misericórdia Divina no dia do nosso Julgamento.

2. O harmonioso convívio comunitário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.

3. NÃO SEJA JUÍZ DO PRÓXIMO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Essa proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!

Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Ele tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer e não sua salvação. Em contrapartida, o juiz alheio prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. 

A forma minuciosa como a vida alheia é analisada de nada serve para que ele perceba a enormidade de suas faltas.

É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver tranqüilamente com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação querida para o outro.

O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que cada um usou no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode se enganar.

Oração

Senhor Jesus, que eu não queira ser juiz do meu próximo e, sim, use para com ele a mesma misericórdia que espero receber de ti.

Se julgares, serás julgado na mesma medida


Postado por: homilia

junho 25th, 2012


Num mundo marcado por falsos juízos, Jesus nos adverte: “Não julgueis, para que não sejais julgados”.
Esta expressão – tranquilamente entendida por “criticar” – é uma das mais conhecidas, mas nem sempre interpretada corretamente.
O julgamento que não devemos fazer é aquele em que nos colocamos no lugar de juiz para condenar ou falar mal de nosso irmão segundo nossa própria avaliação. Isto, porém, não se refere ao discernimento que deve ser exercido pelo cristão ou pela Igreja para se proteger contra os que praticam o mal ou ensinam falsidades, ou para manter disciplina para o bem da Igreja.
Quem ousa julgar os outros sofrerá as consequências dessa usurpação de poder, pois também virá a ser julgado na mesma medida.
Lembremos sempre das nossas próprias imperfeições antes de nos colocarmos no lugar de juiz para apontar as faltas dos outros. O Senhor Jesus chama isso de hipocrisia. É preciso, primeiro, eliminar as nossas próprias faltas e imperfeições antes de julgarmos as dos outros. As nossas, sob essa perspectiva, são maiores e se comparam a uma trave em nosso olho quando só podemos ver um argueiro no olho do nosso irmão.
Ao nos depararmos com pessoas tão perversas, as quais tratam as verdades divinas com total desprezo e reagem com violência quando lhes falamos do Evangelho, não temos a obrigação de continuar insistindo com elas. Se o fizermos, apenas estaremos aumentando a condenação que já pesa sobre elas.
Nem sempre é fácil perceber quando uma pessoa pode ser classificada nessa categoria, mas quando em dúvida, temos o recurso de pedir discernimento em oração.
Por isso, reze: “Pai, livre-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como o Senhor é misericordioso comigo. Amém!”
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante 

Preparo-me para a Oração da Palavra, com todos os internautas, com as palavras de Santo Agostinho: 

Movei-me, Espírito Santo, para que eu ame santamente! 
Fortificai-me, Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo! 
Guardai-me, Espírito Santo, para que jamais perca o que é santo! 

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
 
Com atenção leio, na Bíblia,o texto do Evangelho de hoje: 
Mt 7,1-5. 
Jesus inicia neste capítulo sétimo de Mateus uma série de exortações e ensinamentos. 

A primeira exortação é contra o julgamento arrogante e hipócrita que condena e despreza os demais. Quando Jesus convida a observar a trave que está no próprio olho e não ficar preocupado com o cisco que está no olho do irmão, lembra-nos aquela expressão popular do "telhado de vidro". Primeiro a pessoa deve tirar a trave do próprio olho para depois enxergar e tirar o cisco do olho do irmão. Ou seja, deve pôr em ordem a própria vida para depois ajudar a outra pessoa a pôr em ordem a sua vida. 

2. Meditação(Caminho) 

- O que a Palavra diz para mim? 

O texto para mim é um apelo de Jesus para viver a alegria da conversão e ajudar outras pessoas neste mesmo caminho. Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram: 
"Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria." 
(DAp 29). 

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, e, faço a: 

Oração da manhã 

Senhor, nós te agradecemos por este dia. 
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas 
Entrar com tua luz. 
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de 
Nossos caminhos, 
As cores de nossas palavras e gestos, 
A dimensão de nossos projetos, 
O calor de nossos relacionamentos e o 
Rumo de nossa vida. 
Podes entrar, Senhor em nossas famílias. 
Precisamos do ar puro de tua verdade. 
Precisamos de tua mão libertadora para abrir 
Compartimentos fechados. 
Precisamos de tua beleza para amenizar 
Nossa dureza. 
Precisamos de tua paz para nossos conflitos. 
Precisamos de teu contato para curar feridas. 
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença 
Para aprendermos a partilhar e abençoar! 

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é para cuidar a fim de que a vida de Deus e seu Reino tenham espaço de expressão no mundo em que vivo. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

Irmã Patrícia Silva, fsp



Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que ao julgarmos nosso próximo estamos definindo a medida com que seremos julgados. Faze-nos generosos e compassivos com todos, capazes da alegria, do perdão e da solidariedade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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