No dia 29 de junho,
a Igreja celebra a festa de São Pedro, o
apóstolo que Jesus escolheu para ser o
chefe dos apóstolos, como
se lê não só no Evangelho de São Mateus (16, 18), mas
também em
São João (21, 16-18). Através da imagem das chaves Cristo prometeu-lhe
a chefia da cidade e entregou-lhe o rebanho todo. Por ser a festa de
São Pedro,
é o dia do papa, que é seu sucessor.
O atual é Bento
XVI. Neste dia, todos os católicos do mundo, rezem
por ele, pedindo ao Senhor
que as luzes do Espírito Santo o ilumine e
o fortifique para o bem da Igreja.
O poder do Papa na
Igreja não é de um soberano absoluto, cujo
querer é lei. Mas sua missão é
por-se a serviço da palavra de Deus e
fazer que esta palavra de Deus esteja no
coração de todos. É pois
Ele que ilumina os passos da humanidade e aponta os
caminhos do
Evangelho em nome de Jesus Cristo.
Por ser criatura
humana, carrega em si, não obstante a excelsitude
de seu cargo e de sua missão,
as qualidades e limitações da natureza
humana. Daí as diferenças pessoais dos Papas.
Para os que tem fé,
sabemos ver nos Papas, que a história nos retrata, tanto
a autoridade suprema
em nome de Jesus, como as diferenças pessoais de cultura,
de psicologia,
de origem e de formação.
No Papa atual Bento
XVI, temos de reconhecer sua invejável cultura
teológica, doutor que é em
teologia. Sua tese de doutorado foi sobre a
teologia de Santo Agostinho.
Além do preparo
inrtelectual no campo da teologia, Bento XVI é “expert”
na arte musical.
Pianista, levou para seus aposentos o piano, que
possuia quando cardeal. Isto
se deve ao ambiente musical de seu lar e
da sua família. Hoje, nas poucas horas
vagas do seu dia, consegue deslisar
os dedos ageis na sonora brancura do
teclado. E sua preferência é por
Mozart. Ele mesmo recorda que, “na sua paróquia
de origem, quando nos
dias de festa, tocavam uma Missa de Mozart, para mim era
como se
estivessem abertos os céus”.
Homem muito
discreto, vive no silêncio de seu palácio, de modo que pouco
ou quase nada se
sabe de sua vida pessoal. Apenas, por indiscrição de
um cardeal, com quem
almoçava às vezes, antes de ser papa, sabe-se que
aprecia doce e chocolate. Sem
dúvida um bom gosto…
Sabe-se por
confidência dele mesmo, que no seminário, quando jovem,
sua “verdadeira
tortura” era a hora do esporte, por não se sentir dotado para
o exercício
físico.
Estas pinceladas,
que tentam mostrar a personalidade do nosso atual
Pontífice, têm a pretensão de
fazê-lo mais conhecido, admirado e amado.
E no seu dia, que é a festa de São
Pedro, o Senhor o conserve, faça-o feliz e
iluminado para o bem de nossa
Igreja. E sempre abençoado, como diz
seu próprio nome.
Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Fonte: CNBB
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