domingo, 13 de maio de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/05/2012

14 de Maio de 2012 


João 15,9-17

Comentário do Evangelho

Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei

O evangelho de João nos envolve na atmosfera do amor de Deus. O amor de Jesus e do Pai é comunicado a nós também! Somos carinhosamente impelidos a observar os mandamentos de Jesus, a guardar a sua palavra, ter fé e praticar o que ele viveu, seguir seu exemplo de serviço. Jesus os resume neste seu "novo" (Jo 13,34) mandamento: "Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei". É uma novidade na história do mundo e das religiões. É tarefa humanamente impossível, pois se trata do amor divino! Mas a tarefa se torna viável uma vez que o próprio Jesus nos comunica este amor ao nos escolher e nos designar para darmos frutos que permaneçam. Este amor é solidário e comunicativo, na comunidade e na missão, tornando-se fecundo pela oração. 

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

No horizonte da Igreja, um Deus novo, um Deus diferente. Não mais o todo-poderoso Senhor dos Exércitos, mas o Amigo. Não somos mais servos. A amizade espera reciprocidade. O modelo para a nossa relação com os companheiros do caminho é o Amor de Jesus, capaz de se doar até a morte.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. "Matias, indicado pela Igreja, escolhido por Jesus..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este evangelho é o mesmo de ontem, que foi o 6º Domingo da Páscoa, isso porque é  festa de São Matias, que pertencia ao grupo dos 70 discípulos e que conforme relato do Ato dos Apóstolos, foi escolhido pela comunidade dos discípulos para ser apóstolo e testemunha da ressurreição do Senhor.

Nos relatos de Atos a respeito da escolha de Matias, o fato de se ter tirado a sorte entre ele e um certo José, chamado Barsabás, pode parecer estranho, afinal era um jogo de azar para decidir algo tão sério e sagrado: fazer parte do grupo dos doze. Claro que hoje não se tira a sorte para ver quem vai ser Padre, Diácono ou religioso, ou para exercer os ministérios dos Leigos. Ocorre que para o povo judeu era algo comum Deus se servir do acaso para manifestar a sua vontade e por isso, em certas decisões na comunidade, se usavam gravetos, pedrinhas marcadas como a Urime e Tumim.

Na verdade em Atos, no episódio da escolha de Matias, é a última vez que se usa dessa prática para se saber a vontade de Deus, pois a partir daí, o Espírito Santo foi derramado na Igreja e no coração de todos os que crêem, então o Espírito manifesta claramente a vontade Divina e ninguém precisa mais tirar a sorte para saber o que Deus quer. Mas pior do que isso são os cristãos do nosso tempo, que menosprezando a ação do Espírito Santo, quando estão diante de uma encruzilhada da vida, consultam horóscopo, cartomante, cartas de tarô, Búzios e outras besteiras mais que inventaram. Fique bem claro que Deus não aprova e não usa desses recursos para revelar a sua santa vontade...

Mas o evangelho fala algo que também nos faz pensar, "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu é que vos escolhi...". Na pastoral vocacional esse chamado de Deus, esse apelo  que Deus faz através de sua graça, é o ponto inicial de qualquer vocação...". É a resposta que damos a alguém que nos procura porque sente o desejo de ir para o seminário, ou de ser Diácono, ou até mesmo de exercer algum ministério leigo na comunidade. É preciso que Deus chame!

E como é que Deus vai chamar, como vamos saber que é Ele mesmo que está nos chamando ? Como saber distinguir aquilo que é a nossa vontade humana e a vontade de Deus? Aqui é que entra a autoridade da Igreja, que conduzida pelo Espírito Santo nos ajuda a discernir. Quando Samuel foi chamado por três vezes, foi o Sacerdote Eli que o ajudou a discernir que o Senhor o chamava, com Matias foi a mesma coisa, a comunidade entrou  em clima de oração para saber qual era a vontade de Deus. Qualquer vocação e qualquer chamado apresenta três aspectos que a tornam autêntica. Primeiro, que o vocacionado tenha no coração não só o desejo, mas a disponibilidade para servir a Deus, foi o que Eli recomendou a Samuel "Fala Senhor, que o teu Servo escuta...", segundo, a comunidade têm necessidade daquele serviço ou ministério, e aí podemos evocar a visão de Ezequiel, Deus preocupado dizendo com seus botões "A quem enviarei para esse serviço?", e em terceiro, que haja um convite ou um chamado que ajude o vocacionado a discernir....

Enfim, São Matias fez toda essa trajetória, com humildade, paciência e confiança, não caiu no desânimo quando não foi selecionado para o apostolado junto com os doze que Jesus escolhera, também não torceu para que alguém do grupo "pisasse na bola" para ele ter a sua chance, e quando Jesus morreu, mais ainda que Matias acreditou e jamais enterrou o seu sonho, que agora se realiza, sendo que ele apenas vai ser ratificado pelo grupo, como uma testemunha fiel de Jesus, desde o seu Batismo por João, até a ressurreição.

A perseverança no amor é a palavra chave em qualquer vocação, por isso é o tema central desse evangelho de João, uma das primeiras testemunhas de Jesus, tocado por este amor que entra pelo coração mas que se clareia na razão, tornando-se a prática cristã essencial nas nossas comunidades.

2. Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, completa a alegria que o Espírito Santo faz brotar em mim, pois estou disposto a permanecer unido a ti e a teu Filho, e a ser fiel aos teus mandamentos, apesar das adversidades.

3. AMAR COMO JESUS AMOU
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Em continuidade às suas palavras, a partir da metáfora dos ramos que permanecem unidos à videira, Jesus insiste na permanência dos discípulos com ele. O vínculo da permanência é o amor. O amor une e comunica. O amor entre Jesus e o Pai se comunica aos discípulos e, neles, é também um amor transbordante. O mandamento do Pai é a comunicação do amor. Pelo dom de si aos outros, permanece-se em Jesus e se tem a certeza de ser amado por Deus. O amor que comunica funda a comunidade e irradia-se na missão de transformar este mundo em um mundo novo possível. A alegria é um dos frutos do amor. E Jesus, cheio de amor, é alegre. E seu desejo é que a alegria dos discípulos tenha a qualidade da sua própria alegria e seja completa.

Ser cristão de verdade é estar na amizade com Cristo


Postado por: homilia

maio 14th, 2012


Jesus continua se despedindo dos Seus discípulos. No texto de hoje, Ele insiste que permaneçamos no Seu amor e propõe como mandamento novo o amor: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando”.
Assim como Ele – por amor – se tornou nosso amigo de verdade, assim nos convida a fazer o mesmo. Que todos continuemos unidos à Ele por meio do Seu próprio amor. E n’Ele e por Ele, a sermos amigos uns dos outros, a amar-nos uns aos outros. E é importante lembrar que “amar uns aos outros” não é apenas em palavras.
A iniciativa, porém, é de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi”. A afirmação se refere à proposta mais do que ao mandamento. Isto é: “O amor partiu de Mim, não de vocês”. Desse amor se desprende a vitalidade e a amplidão da sua missão. Baseada nisso, a resposta dos discípulos se torna fecunda em frutos duradouros.
Assim como os discípulos, a nossa oração ao Pai também será ouvida, porque é feita em nome de Cristo, isto é, na circulação desse seu “amor-dom”, e não na estreiteza egoísta das nossas visões e intenções. Por isso, precisamos acolher o apelo de I Coríntios 13,1-3:“Se eu falasse as línguas dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria. Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me entregasse como escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria”. Portanto, exige-se de todos nós sermos cristãos de verdade.
Precisamos estabelecer uma relação VERTICAL com Deus, assim como também abraçamos aos irmãos que estão ao nosso lado na HORIZONTAL formando, assim, uma “cruz”. O cristão é uma pessoa diferente porque tem um sorriso sincero. Sua forma de agir e reagir é autêntica: sem exageros, sem bajulações, sem falsidade, sem nenhum interesse, sem medir esforços quando vai prestar uma ajuda, sempre correto nas suas considerações ou avaliações. O seu ‘não’ é sempre um ‘não’ e o seu ‘sim’ é sempre um ‘sim’, pois nunca promete o que não pode cumprir, ou seja, o cristão é aquele verdadeiro amigo não apenas das horas alegres, mas também das horas de dor e sofrimento. Ele é parecido com os nossos pais: observa nossos defeitos, nos alerta sobre os mesmos mas, em seguida, nos perdoa, pois nos aceita como somos na realidade, mas não poupa esforços para nos ajudar e corrigir.
O cristão é aquele que sempre deseja para o outro o mesmo que deseja para si, não se preocupando com lucro ou glória pessoal. Ser cristão é tentar imitar a Cristo, seguindo Seus ensinamentos. Ser cristão é estar na amizade com Cristo. Mas sem querer “guardar” Cristo só para si. O cristão de verdade é aquele que leva Cristo até o seu irmão através de bons exemplos, da explicação da mensagem de Jesus, da correção fraterna e com as mãos estendidas.
É amando ao próximo como a nós mesmos que estaremos cumprindo o mandamento do amor de Deus.
Padre Bantu Mendonça

Leitura Orante

Preparando-me para a Leitura Orante, com todos os que fazem este caminho, pela web, 
"damos graças a Deus que nos deu o dom da palavra, com a qual podemos nos comunicar entre nós e com Ele por meio de seu Filho, que é sua Palavra (cf. Jo 1,1). Damos graças a Ele que, por seu grande amor fala a nós como a amigos (cf. Jo 15,14-15).
(DA,26). 

Rezo: 
Santo Espírito, amor do Pai, toca a minha mente, a minha vontade, o meu coração. Abre-me à coragem da verdade. Dá-me coragem para deixar-me converter e renovar-me profundamente por Jesus, Palavra do Pai. Amém. 

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente o texto: 
Jo 15,9-17. 

Assim como o meu Pai me ama, eu amo vocês; portanto, continuem unidos comigo por meio do meu amor por vocês. Se obedecerem aos meus mandamentos, eu continuarei amando vocês, assim como eu obedeço aos mandamentos do meu Pai e ele continua a me amar. 

- Eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: amem uns aos outros. 

Neste texto Jesus diz quatro coisas importantíssimas: 

1. Faz uma declaração de amor. 

2. Faz um convite. 

3. Coloca uma condição. 

4. Garante algo que o coração de todos nós deseja. 

Que belíssima declaração de amor faz Jesus a cada um de nós! E nos convida: fiquem unidos a mim pelo amor. Oferece uma condição: obedecer aos seus mandamentos. Garante-nos a sua alegria. E mais: uma alegria completa. 

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje? 

Como discípulo/a devo levar à frente a missão que me dá Jesus Cristo: o amor. 
Em que consiste este amor?
 Como vivê-lo num mundo em que é muito forte o egoísmo, o individualismo, e que a outra pessoa, muitas vezes é uma ameaça? 
Devo orientar minha energias para ir contra a corrente. Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram quais são os mandamentos de Jesus: 
"Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35)."
 (DA, 138). 

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Em comunhão com toda a Igreja do Brasil, rezo, 
a Oração do Congresso Eucarístico Nacional: 

Senhor Jesus, Tu és o Caminho! 

Em meio a sombras e luzes, 
alegrias e esperanças, tristezas e angústias, 
Tu nos levas ao Pai. 
Não nos deixes caminhar sozinhos. 
Fica conosco, Senhor! 

Tu és a Verdade! 

Desperta nossas mentes 
e faze arder nossos corações com a tua Palavra. 
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade. 
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti! 
Fica conosco, Senhor! 

Tu és a Vida! 

Abre nossos olhos para te reconhecermos 
no "partir o Pão", sublime Sacramento da Eucaristia! 
Alimenta-nos com o Pão da Unidade. 
Sustenta-nos em nossa fragilidade. 
Consola-nos em nossos sofrimentos, 
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos. 
Fica conosco, Senhor! 

Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida, 

No vigor do Espírito Santo, 
Faze-nos teus discípulos missionários! 
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser: 

Alegres no Caminho para a Terra Prometida! 
corajosas testemunhas da Verdade libertadora! 
promotores da Vida em plenitude! 
Fica conosco, Senhor! Amém! 

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar, minha vida, "para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor". 

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 

Ir. P atricia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, faze-nos compreender que o Amor transcende a letra para alcançar o Espírito dos teus Mandamentos. Ensina-nos a viver a simplicidade da tua Lei, a amar como Jesus amou. Nós te pedimos, Pai amado, pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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