segunda-feira, 2 de abril de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/04/2012

3 de Abril de 2012 


João 13,21-33.36-38

Comentário do Evangelho

O dom do amor de Jesus

O evangelho de João apresenta um longo discurso de Jesus, após ter lavado os pés dos discípulos. A sentença de morte contra ele já estava decretada pelo Sinédrio. Agora é um do círculo íntimo de Jesus que fará a traição fatal. Jesus ainda acena com um gesto acolhedor dando-lhe um pedaço de pão molhado. É em vão. Judas retira-se. 
Jesus fala da sua morte como sendo a sua glorificação. Esta glorificação, tema característico do evangelho de João, é o dom de amor de Jesus, até o fim, sem recuar diante das ameaças de morte que pairavam sobre ele. É a manifestação e comunicação de sua divindade e de sua eternidade, transformando a humanidade. É em comunhão com sua vida e com seu amor que nos tornamos eternos. 


José raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Pedro – aquele que negou Jesus, mas se converteu até o gesto heróico do martírio – deve inspirar nossa vida em permanente processo de conversão. Se também nós caímos, mirando no exemplo do Apóstolo, confiemos no poder do Espírito que nos habita e perseveremos no Caminho que leva à Verdade e à Vida.


Reflexão
Mesmo entre os discípulos de Jesus, a humanidade, com a sua fraqueza, falou mais alto nos momentos mais difíceis. Todos estão à mesa com ele, celebrando a Páscoa, mas ninguém está pronto para viver a Páscoa de Jesus. Judas Iscariotes abandona a mesa celebrativa para procurar os sumos sacerdotes e trair Jesus. Simão Pedro afirma que dará a vida por Jesus e, como resposta, ouve a profecia de que o negará três vezes ainda naquela noite. Com exceção de João, que esteve acompanhando Jesus até o alto do Calvário, todos os demais se dispersaram.



COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


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1. "Entrada proibida para quem não crê..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

"Para onde eu vou, vós não podeis ir". Jesus neste evangelho está em discussão com os Escribas e Fariseus que não aceitavam o seu Messianismo e procuravam a todo custo um motivo para condená-lo á morte, porque ele era uma ameaça á Religião tradicional de Israel.

Talvez a gente se pergunte, mas se Jesus veio para salvar a todos, como é que vai dizer aos seus interlocutores que para onde ele vai, eles não poderão ir? Aliás, ele diz através desse mesmo evangelista "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...". Jesus anuncia um Reino em uma perspectiva escatológica, os Judeus não acreditavam na Vida Eterna e na crença deles, as recompensas  e promessas que Deus havia feito a Abraão, eram realizadas aqui nesta vida terrena, e ao morrer, a pessoa ia para o Xeol, a Mansão dos mortos que ficava em baixo da terra.

Embora Judeu, Jesus é Deus, e sua origem é Divina, é isso que os Judeus não admitem, para eles basta a tradição, a Lei de Moisés e toda a prática judaica, não tinham portanto essa perspectiva escatológica que é própria do Cristianismo. Todas as palavras de Jesus, seus ensinamentos e obras prodigiosas apontam nessa direção da Plenitude Divina da qual ele veio e a qual conduzirá o ser humano.

A sua missão atingirá o ápice na cruz do calvário, quando então se revelará, não do jeito como os Judeus imaginavam, dando uma volta por cima, dando uma virada espetacular na história, descendo da cruz e impondo seu domínio e poder sobre os seus opositores que fugirão humilhados ao verem que haviam mandado para a morte o verdadeiro Messias...

Mas o Cristo agonizante da cruz revela o poder do amor de Deus e esta revelação só será compreendida por quem o aceita e nele professa a Fé. Isso depende de cada homem, seu desejo e sua vontade, sua decisão em nele crer e tornar-se um seguidor. Jesus, que conhece os corações profundamente, sabia que os Judeus não o aceitariam em nenhum momento nem mesmo na cruz, por isso vai dizer que para onde ele vai, eles não irão...

A entrada na Vida de Comunhão com Deus, em Jesus Cristo só é permitida para quem Crê, para quem alimenta no coração a esperança de algo que um dia virá, e que supera de longe qualquer sonho ou projeto humano...

2. O dom do amor de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração

Pai, faze-me viver em sintonia com Jesus, de modo que meus preconceitos não venham a influenciar minha adesão a ele.


3. O PAPEL DE JUDAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Judas aparece em destaque associado à Paixão de Jesus. No Primeiro Testamento, com a elaboração final feita pelo judaísmo pós-exílico, há uma convergência da eleição para a Judá davídica. Ao contrário, pode-se entender que no nome do traidor, Judas (equivalente a Judá), encontra-se uma alusão à traição do reino de Judá - com a centralização religiosa, política e militar em Jerusalém, feita por Davi - aos ideais do primitivo tribalismo de Israel. Judas é uma peça na articulação dos chefes religiosos do templo e das sinagogas ao planejarem a morte de Jesus.

Configurado o ato de traição de Judas, Jesus anuncia a glorificação do Filho do Homem. É a manifestação plena do amor de Jesus, até o fim, sem limites. A glória de Jesus é a obra de sua vida em plenitude, pela qual nos tornamos eternos.



Jesus tem sido verdadeiramente glorificado em nossa vida?


Postado por: homilia

abril 3rd, 2012


Estamos no dia mais movimentado do ministério público de Jesus. Trata-se da última terça-feira vivida por Ele, antes da Sua morte na cruz.
O dia começou bem cedo, com a saída de Jesus e Seus discípulos de Betânia a caminho de Jerusalém, e terminou à noite, durante um jantar em Betânia, no qual Maria unge Jesus para a sepultura e Ele aponta o traidor. Durante esse jantar, Cristo delineia o conteúdo do novo mandamento e Judas sai possuído por Satanás, para trair o seu Mestre, entregando-O aos principais dos sacerdotes e capitães do templo. Infelizmente, Judas é uma peça na articulação dos chefes religiosos do templo e das sinagogas ao planejarem a morte de Jesus.
Tendo sido configurado o ato da traição de Judas, Jesus anuncia a glorificação do Filho do Homem. É a manifestação plena do amor de Jesus, até o fim, sem limites. A partir da traição do discípulo, tem início a glória de Jesus, ou seja, Sua Paixão, Morte e Ressurreição, a obra de Sua vida em plenitude, pela qual nos tornamos eternamente perfeitos.
O dia estava cinzento e nublado por causa das acusações recebidas e também das respostas dadas pelo Senhor às ardilosas questões dos fariseus, saduceus e herodianos sobre a Sua autoridade, ressurreição dos mortos, tributos e o grande mandamento. Aqui também acrescenta-se o discurso escatológico de Jesus, a profecia da destruição de Jerusalém, ensinamentos sobre a segunda vinda, condenação dos ímpios e galardão dos salvos.
É um dia terrivelmente desgastante, e só Jesus poderia concretizá-lo. Ele foi fiel, concreto e objetivo. Nada deixou por fazer.
É Terça-feira Santa. Jesus vislumbra já a Sua futura trajetória, na qual, com a cruz às costas e com um sorriso nos lábios, dirá: “Está consumado!”.
O evangelista João dirá, várias vezes, que Judas era um ladrão. Logo, alguém de caráter duvidoso, de quem se podia esperar tudo. A traição seria apenas mais uma manifestação da personalidade malsã desse discípulo. Os Evangelhos, em geral, referem-se a Judas como alguém que vendeu sua própria consciência ao aceitar entregar o Mestre por um punhado de dinheiro.
Entretanto, é possível suspeitar de outras razões para essa atitude tresloucada. Será que Judas entendeu, de fato, o projeto de Jesus? Terá sido capaz de abrir mão de seus esquemas messiânicos para aceitar Jesus tal qual se apresentava? Estava disposto a seguir um Messias pobre, manso, amigo dos excluídos e marginalizados, anunciador de um Reino incompatível com a violência e a injustiça?
Judas esperava tirar partido do Reino a ser instaurado por Jesus. Vendo frustrado o seu intento, não teria tido escrúpulo ao trair o Mestre? Uma coisa é certa: Judas -  como muitos de nós – estava longe de sintonizar-se com Jesus. Algo parecido acontecia com Pedro, que haveria de negá-Lo. A diferença entre os dois é que Pedro recuou, mas se converteu à misericórdia do Senhor.
Meu irmão, o texto de hoje nos revela a festa já da Última Ceia. São João vai interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: por meio do pedaço de pão molhado, Satanás entra em Judas; já era noite, a morte de Jesus é a Sua glorificação; Pedro segue o Mestre depois, mas antes O nega. Espiritualmente, ele está com vontade e desejo de seguir o Senhor, mas a carne o impede de fazê-lo.
Jesus está cada vez mais abandonado pelos homens, ao mesmo tempo em que é o Salvador deles, por isso não olha para trás e segue o Seu caminho. Ele sabe que chegou a hora da glorificação do Filho do Homem: “Agora, a natureza divina do Filho do Homem é revelada e, por meio dele, é revelada também a natureza gloriosa de Deus. E, se por meio dele a natureza gloriosa de Deus for revelada, então, Deus revelará em si mesmo a natureza divina do Filho do Homem. E Deus fará isso agora mesmo“.
Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora a traição e a negação dos Seus. Essa foi a atitude dos dois discípulos, Judas e Pedro. Mas, muitas vezes, é a nossa atitude também.
Quantas vezes, depois de um emprego adquirido ou de um casamento tão almejado, de um filho desejado ou depois da conquista de uma casa própria, enfim, após uma graça recebida, colocamos Jesus de lado? E o que é mais grave: trocamos o Senhor pelos bens temporais e, assim, O negamos?
Olhemos para nós e nos perguntemos se somos fiéis ao Evangelho e se o testemunhamos no mundo de hoje.
Padre Bantu Mendonça


Leitura Orante 

Começo pedindo luzes para todos 
os que navegam na rede da internet, neste início da Semana Santa, 
para bem rezar a Palavra: 

- Vinde, ó Deus em meu auxílio. 
- Socorrei-me sem demora. 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. 
- Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Hino 

O fel lhe dão por bebida 
sobre o madeiro sagrado. 
Espinhos, cravos e lança 
ferem seu corpo e seu lado. 
No sangue e água que jorram, 
mar, terra e céu são lavados. 

Ó cruz fiel sois a árvore 
mais nobre em meio às demais, 
que selva alguma produz 
com flor e frutos iguais. 
Ó lenho e cravos tão doces, 
um doce peso levais. 

Árvore, inclina os teus ramos, 
abranda as fibras mais duras. 
A quem te fez germinar 
minora tantas torturas. 
Leito mais brando oferece 
ao Santo Rei das alturas. 

Só tu, ó Cruz, mereceste 
suster o preço do mundo 
e preparar para o náufrago 
um porto, em mar tão profundo. 
Quis o cordeiro imolado 
banhar-te em sangue fecundo. 

Glória e poder à Trindade. 
Ao Pai e ao Filho Louvor. 
Honra ao Espírito Santo. 
Eterna glória ao Senhor, 
que nos salvou pela graça 
e nos remiu pelo amor. 

A vós, Trindade clemente, 
com toda a terra adoramos, 
e no perdão renovados 
um canto novo cantamos. 

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, Bíblia, o texto: 
Jo 13,21-33.36-38, 
e observo pessoas, palavras, relações, lugares. 

Nesta ceia os apóstolos estão com Jesus. 
Entre eles, destacam-se: 
João, aquele "a quem Jesus amava", 
Simão Pedro, representando as pessoas em busca de identidade 
e Judas Iscariotes, o traidor. 
Nas refeições solenes, dar um pedaço de pão umedecido no molho era sinal de carinho especial. Jesus entrega este pedaço de pão a Judas Iscariotes. Com isto o Evangelho dá a entender que Jesus ama de maneira extraordinária aquele que o trairá. A traição não foi obra de inimigos de Jesus. Aconteceu por meio de um dos seus apóstolos. Pedro se manifesta distante de Jesus, não só fisicamente, mas precisa da mediação de João para se comunicar com o Mestre. Diz que gostaria de seguir Jesus logo. Isto está implícito na sua pergunta, mas, em seguida, durante o julgamento de Jesus, vai trai-lo por três vezes. 

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje? 

Também eu me coloco à mesa, junto a Jesus. 
Em que lugar? 
Identifico-me com Pedro, João, ou com qual apóstolo? 
Os bispos, na Conferência de Aparecida falaram da comunidade de amor que nasce da Eucaristia e constrói a unidade.
 "A Igreja, como "comunidade de amor" é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. "Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia" (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas "por 'atração': como Cristo 'atrai tudo a si' com a força de seu amor". A Igreja "atrai" quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34)." 
(DAp 159). 

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações, ou com a 

VIA SACRA 

1. Jesus é condenado à morte por Pilatos (Mt27,26) 

A cada estação, faço um momento de silêncio e depois rezo: 

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 

2. Jesus carrega a sua Cruz (Mt 27,31)
 
3. Jesus cai pela primeira vez 

4. Jesus encontra a sua Mãe 

5. Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a Cruz (Mt27.32) 

6. Verônica enxuga o rosto de Jesus 

7. Jesus cai pela segunda vez sob o peso da Cruz 

8. Jesus fala às mulheres de Jerusalém (Lc 23,27) 

9. Jesus cai pela terceira vez sob o peso da Cruz 

10. Jesus é despojado de suas vestes (Mt 27,35) 

11. Jesus é pregado na Cruz 

12. Jesus morre na Cruz (Mt 27,50) 

13. Jesus é descido da Cruz (Mt 27,59) 

14. Jesus é sepultado (Mt27,60) 

15. Jesus ressuscita (Mt 28,5). 

Termino, fazendo com muita consciência o sinal da cruz: 

"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". 

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é de acolhimento a Jesus na pessoa dos irmãos. Preciso de mais conversão. Às vezes sou como Pedro: distante e sem compromisso. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

Irmã Patrícia Silva,fsp 

Oração Final

Pai Santo, que nos criaste para a Vida no teu Reino de Amor, livra-nos da pretensão de sermos perfeitos. Reconhecemos os nossos limites e a nossa fraqueza, mas, ajudados por teu Amor Misericordioso, queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.



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