segunda-feira, 2 de abril de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/04/2012

2 de Abril de 2012 


João 12,1-11

Comentário do Evangelho

O lugar da vida

Em Betânia, a nova comunidade dos discípulos faz a ceia da celebração da vida que Jesus lhe comunicou. À "Jerusalém, que mata os profetas" (Lc 13,34), opõe-se Betânia, que é o lugar da vida, como a casa de Lázaro, Marta e Maria. Lázaro, ressuscitado por Jesus, é testemunha da vida que venceu a morte. Esta é a comunidade que serve e que ama. Judas é aquele que, apegado ao dinheiro, não compreende nem o serviço nem o amor. 
O perfume com que Maria unge os pés de Jesus enche a casa inteira com seu aroma. Não mais o odor do túmulo de Lázaro. Maria unge os pés de Jesus com vida, e não o seu corpo morto, que será ungido por Nicodemos. Na iminência de sua morte em Jerusalém, seis dias depois, também com a ceia da vida, Jesus celebra com os discípulos o cumprimento fiel de seu ministério. 


José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Aprendamos a enxergar o sofrimento de Jesus nos irmãos que estão ao nosso lado. O gesto de Maria, perfumando o corpo do Mestre, é repetido por nós, seus discípulos, cada vez que, diante da carência dos companheiros de caminhada, estendemos a eles a nossa mão em sinal de solidariedade fraterna.


Reflexão
A vida e as atitudes de Jesus sempre causaram reações contraditórias de aceitação ou rejeição. A morte de Jesus também não foi diferente. Para os principais dentre os judeus, a morte de Jesus significou a realização dos seus planos e uma vitória conquistada no sentido da manutenção da ordem estabelecida. Para o poder romano, não significou nada, pois ele foi mais um entre os muitos que são condenados à morte. Mas quem o amava, houve um momento de carinho e atenção à sua pessoa antes que a morte chegasse trazendo o sofrimento, a dor e a separação.



COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


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1. Festa da Anunciação do Senhor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Lucas condensa em um único momento algo que foi toda uma experiência de vida de Maria Santíssima, pois se permanecermos apenas com a narrativa Lucana tal como está, não vamos entender como é que em um momento de oração, que talvez durou uma hora ou alguns minutos, aquela adolescente de Nazaré abriu mão de todos os seus sonhos e projetos de vida, para aceitar algo que um ser humano comum nem cogitaria: Ser Mãe de Deus!

Maria era uma pessoa conhecedora da Escritura e que estava sempre em oração, aberta ao conhecimento de Deus e sempre disponível para fazer a sua Santa Vontade. A anunciação do anjo, isso é, a manifestação da Vontade de Deus foi acontecendo de maneira gradativa, até que chegou o momento em que tudo estava mais claro sobre o que Deus queria daquela jovem... Mesmo assim, sem vídeo tape para ver o futuro, sem bola de cristal para ver tudo o que iria acontecer.

Possivelmente aquele momento da anunciação tenha sido o instante em que na mente e no coração de Maria ela descobriu a vontade de Deus a seu respeito, mas considerando-se a sua tenra idade, também é possível que naquele momento tudo tenha se iniciado na sua vida, quando ela descobriu que a vontade de Deus era um pouco diferente dos seus planos de se unir para sempre com o noivo José. A menina tinha em seu coração essa dúvida, expressada na interrogação que fez ao anjo "Como isso vai acontecer se não conheço homem algum?"

Mais próximos de Maria, essa adolescente que tinha planos para sua vida, filha do Sr. Joaquim e Ana, pessoas que pertenciam á comunidade, fiéis na oração e na meditação da Palavra de Deus revelada nas escrituras antigas, a tarefa de meditar a Anunciação, fica bem mais agradável, porque vai mexer com a nossa vida e a nossa espiritualidade. Pois não sendo assim, corremos o risco de terminar a reflexão com uma pergunta boba e sem sentido "Com Maria, moça recatada e toda pura, virgem e temente a Deus, ornada de todas as virtudes celestiais, a predileta do Pai, foi assim... Mas e eu um vil mortal, frágil e pecador, nem sempre fiel na Fé, na oração e na meditação da Palavra de Deus, será que Deus quer alguma coisa de mim? Será que há algo que eu possa fazer, para colaborar com Deus?

Não é necessário destacarmos o papel e a importância de Maria na História da Salvação, ela está acima dos Santos e Santas de Deus, ocupando um lugar de destaque na Vida da Igreja e na Fé dos Fiéis, claro que Maria não é deusa, mas uma Filha muito especial Dele. Guardadas, portanto, as devidas proporções, o que Deus realizou em Maria ele quer fazer também em cada um de nós e para tanto temos Maria como exemplo, ela é nossa Mãe, nossa irmã de caminhada, nossa companheira de luta, a primeira discípula e a primeira cristã.

Nela aprendemos que devemos estar permanentemente abertos à Vontade de Deus, e isso se faz na oração, na escuta e na aceitação da Palavra de Deus. Não há problema confrontarmos a nossa vida com a Vontade de Deus, percebendo que nem sempre estamos afinados com Ele e em harmonia com o seu Plano. Sempre é tempo de corrigirmos a rota, de nos voltarmos totalmente para Deus, buscando a sua Graça e Santidade, nos moldando ao seu desígnio, abrindo espaço em nossa vida para a ação renovadora do seu Espírito, mas principalmente nos colocando como servos e servas de Deus, dispostos a servi-lo com a alma e o coração a nossa vida inteira, mergulhando assim no seu mistério, ainda que às vezes a compreensão nos falte, o que não pode faltar é a confiança Nele.

2. O lugar da vida
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração

Senhor Jesus, a exemplo de Maria de Betânia, desperta em mim uma amizade autêntica, que me coloque em perfeita sintonia contigo.


3. O PERFUME
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

João narra em seu Evangelho duas ceias na última semana do ministério de Jesus: uma, seis dias antes da Páscoa dos judeus, em Betânia, e outra na véspera desta Páscoa, em Jerusalém, quando Jesus lava os pés dos discípulos. A ceia em Betânia, na casa de Lázaro, ressuscitado, de Marta e Maria, dá continuidade à ceia seguinte. É uma ceia de ação de graças a Jesus pelo dom da vida. A casa é o lugar da comunidade do ressuscitado; é a casa do Pai (14,2). Em lugar do cheiro da morte, a casa inteira enche-se do aroma de perfume. O perfume de Maria é o símbolo da vida e do amor da comunidade. É um amor que não tem preço e estará sempre voltado para os pobres. As comunidades de Jesus estabelecem-se no espaço do humano, e não no espaço oficial do sagrado.



Semana Santa, momento propício para acolhermos Jesus em nossa vida


Postado por: homilia

abril 2nd, 2012


Estamos vivendo a Semana Santa, momento no qual celebramos a centralidade da nossa fé.
Nesta Semana Maior, celebramos o Cristo que morreu e ressuscitou para a nossa salvação, para nos resgatar das mãos do demônio e nos transferir para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Jesus morreu na cruz para reconciliar o homem com Deus.
É a semana da nossa reconciliação com o Senhor. É o tempo da vitória da vida sobre a morte, do pecado sobre a graça. Quando os fiéis são batizados, aplica-se, a cada um deles, os efeitos redentores da Morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, o cristão católico convicto celebra, com alegria, cada função litúrgica dessa semana que culmina na celebração do Tríduo Pascal.
Assim, recomenda a Santa Mãe Igreja que todos os seus filhos se confessem para que, morrendo com Cristo, possam ressuscitar com Ele, na madrugada do Domingo da Páscoa, para a vida eterna.
No Evangelho proposto para esta Segunda-feira Santa, Jesus volta a Betânia, seis dias antes da Páscoa, para manifestar o Seu amor e carinho pelos amigos.
Comove ver como o Senhor tem essa amizade tão divina e tão humana, que se manifesta num convívio frequente. Nessa visita de Jesus à Lázaro, Maria e Marta, vejo-me também na condição de acolher e receber Cristo em minha casa e em minha vida.
“Jesus, venha me visitar hoje. Eu quero recebê-Lo com o coração aberto, alegre e agradecido por merecer Sua amizade e confiança, assim como sempre foi muito bem recebido por Lázaro, Marta e Maria – em qualquer dia e a qualquer hora – com alegria e afeto. Como havia grande respeito, atenção e caridade entre eles, assim me comprometo a fazer também.”
São milhares de pessoas que negam hospedagem a Jesus Cristo em seu coração, mas escancaram-no para o mundo e suas vaidades. Esses vivem com a alma cheia de vícios, mas ela, sem a presença de Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia.
“Ai da alma se lhe falta Cristo que a cultive com diligência, a fim de que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de abrolhos terminará por encontrar, em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios”, afirma São Macário.
Era costume da hospitalidade do Oriente honrar um hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. Mas mal sentou-se Jesus, Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de perfume muito caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã, onde Ele estava recostado, ungiu Seus pés e os secou com os seus cabelos.
O nardo era um perfume raríssimo, de grande valor; ordinariamente, encerrava-se em pequenos vasos de boca estreita e apertada. Quebrá-lo e derramar seu conteúdo sobre a cabeça de alguém, era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.
Maria ofereceu o melhor para Jesus Cristo. Ela não ofereceu um perfume barato, mas sim o melhor e mais caro. E você? O que tem oferecido para seu Senhor?
Façamos também nós o mesmo: ofereçamos a Cristo aquilo que temos de melhor e mais precioso. O melhor cálice, a mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o que somos e temos, pois todo o luxo, majestade e beleza são poucos perante a tamanha grandeza de Jesus, nosso Mestre e Rei.
Acolhendo o mistério redentor de Cristo e Sua Palavra, meditando os acontecimentos da nossa redenção, só poderemos crescer na alegria e na paz do Deus que nos ofertou Sua vida. Deixemos, pois, que o Espírito de Deus tome conta de nossa existência, para que sejamos conduzidos à eterna alegria da salvação e da ressurreição.
Acolhendo o mistério central da nossa fé, desejo que essa Semana Santa seja um momento especial de graça para você e toda sua família.
Padre Bantu Mendonça


Leiura orante 

O bem-aventurado Alberione nos sugere uma postura para este momento de oração: 
"sentemo-nos aos pés do Mestre e digamos a ele: 

Vós sois o Caminho, quero seguir vossos passos e imitar vossos exemplos. 
Vós sois a Verdade: iluminai-me! 
Vós sois a Vida: dai-me a vossa graça!" 
(ER I 132). 

1. Leitura (Verdade) 

O que o texto diz? 

Leio atentamente o texto do dia: 
Jo 12,1-11. 

Esta cena de Betânia nos apresenta duas pessoas olhando para Jesus: Maria e Judas. Maria quer expressar todo seu amor. E o faz com um presente de qualidade, bastante caro. Judas, infelizmente, não entende a linguagem do amor. Só entende a linguagem do interesse, disfarçado em caridade: partilhar com os pobres. O perfume com que Maria unge os pés de Jesus é símbolo de unidade, de amor. 

2. Meditação ( Caminho) 

O que o texto diz para mim? 
Para nós, hoje? 

Posso oferecer perfume de boa qualidade a Jesus, expressando meu amor. Ou disfarçar minha caridade, meu amor. Em Aparecida, os bispos falaram deste amor, em vários momentos: 
"Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35). 
(DAp 138). 

3. Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Medito calmamente e rezo cada estação ou momento da Via sacra, 
pensando na Via Sacra hoje, na minha Via sacra e na Via sacra de tantas pessoas. 

VIA-SACRA 

1. Jesus é condenado à morte por Pilatos (Mt 27,26) 



A cada estação, faço um momento de silêncio e depois rezo: 

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 

2. Jesus carrega a sua Cruz (Mt 27,31) 

3. Jesus cai pela primeira vez 

4. Jesus encontra a sua Mãe 

5. Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a Cruz (Mt27.32) 

6. Verônica enxuga o rosto de Jesus 

7. Jesus cai pela segunda vez sob o peso da Cruz 

8. Jesus fala às mulheres de Jerusalém (Lc 23,27) 

9. Jesus cai pela terceira vez sob o peso da Cruz 

10. Jesus é despojado de suas vestes (Mt 27,35) 

11. Jesus é pregado na Cruz 

12. Jesus morre na Cruz (Mt 27,50) 

13. Jesus é descido da Cruz (Mt 27,59) 

14. Jesus é sepultado (Mt27,60) 

15. Jesus ressuscitou (Mt 28,5). 

Termino, fazendo com muita consciência o sinal da cruz: 

"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". 

4. Contemplação (Vida) 

Qual o meu novo olhar a partir da meditação e oração da Palavra? 
Proponho ter o olhar parecido verdadeiramente com o Mestre. Para isto quero assumir a centralidade do Mandamento do amor. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

I. Patrícia Silva, fsp 

Oração Final

Pai Santo, ilumina o nosso entendimento para compreendermos a lição do Mestre da Galiléia: seu sofrimento é o sofrimento dos nossos irmãos. Não basta que nos sintamos compungidos com sua Paixão. Ajuda-nos, Pai amado, a viver a compaixão pelos pobres e excluídos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.


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