

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje a festa da Sagrada Família de
Nazaré, contemplando-a como modelo de santidade para nossas famílias. Com esta Eucaristia,
encerramos o Ano Santo Jubilar nas dioceses.
Que a presença do Senhor que se fez carne em
nossas vidas continue a frutificar como uma presença constante na história humana.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebrando o mistério
do nascimento de Cristo, a Igreja comemora hoje a Sagrada Família de
Nazaré: Jesus, Maria e José. Nessa
família nasceu e cresceu o Verbo de
Deus, para um dia assumir sua missão salvadora no mundo. Em Nazaré, a família vivia em torno de Jesus.
Da mesma forma, deve viver a família cristã. Somente assim poderá experimentar o dom da paz. Hoje, nossa Arquidiocese, em comunhão com
a Igreja no mundo inteiro, conclui o
Ano Jubilar. Agradeçamos ao Senhor
o dom desse tempo de graça vivido
e supliquemos que perseveremos no
caminho da esperança.
SAGRADA FAMÍLIA
Hoje somos convidados pela Palavra
de Deus a contemplar a Sagrada Família de Nazaré e recordar a importância
da família, instituição querida e amada
por Deus.
Deus quis que seu Filho nascesse no
seio de uma família! Ao longo de seu
ministério Jesus nos fará ver que os
laços familiares devem submeter-se
à prioridade do Reino de Deus (cf. Mt
12,50; 19, 29) e eleva a união de amor
entre o homem e a mulher à categoria
de sacramento (cf. Mt 19, 5-6), isto é,
canal da graça de Deus que permite
aos esposos santificarem-se no mútuo amor aberto à vida, glorificarem a
Deus com sua união e testemunharem
o Evangelho do amor. Abençoada é a
família que abraça o seguimento de
Cristo e torna-se testemunha do amor
de Deus no matrimônio.
O matrimônio, alicerce da instituição
familiar, é – nas palavras do Papa S.
João Paulo II, na exortação Familiaris
Consortio – memorial, atualização e
profecia do Mistério Pascal de Cristo.
Memorial, pois dá a graça e implica o
dever dos pais de recordar as grandes
obras de Deus e testemunhá-las aos
filhos; atualização do Mistério, com a
graça e o dever do casal de realizar um
para com o outro e para com os filhos
as exigências de um amor que perdoa
e redime, e Profecia, pois concede a
graça e implica o dever de viver e testemunhar a esperança do futuro encontro com Cristo (cf. FC, n. 13).
Assim como o lar de Maria e José foi
o berço para Jesus, cabeça da Igreja,
“A Igreja encontra assim na família,
nascida do sacramento, o seu berço e
o lugar onde pode atuar a própria inserção nas gerações humanas, e estas,
reciprocamente, na Igreja.” (FC, n. 15)
É missão da família cristã, no dizer de
S. João Paulo II, ser comunidade de vida e de amor e “guardar, revelar e
comunicar o amor, qual reflexo vivo e
participação real do amor de Deus pela
humanidade e do amor de Cristo pela
Igreja, sua esposa” (FC, n.15), vivendo
o que disse São Paulo: “revesti-vos de
sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa
contra o outro. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o
vínculo da perfeição.”.
A família, em força de sua vocação,
deve formar uma comunidade de
amor; servir à vida por meio da geração dos filhos e defendê-la em seu
sentido mais amplo; participar no
desenvolvimento da sociedade, contribuindo para um mundo melhor, segundo o Evangelho e, por fim, participar da vida e da missão da Igreja, pois
ela mesma é Igreja doméstica (cf. FC,
n. 18-64).
Como Maria e José, as famílias hoje
também enfrentam desafios e dificuldades, mas podem sempre contar com
assistência da divina providência e não
perdem jamais a esperança! E, nessa
fé, nos deixamos animar pelas palavras
do Papa Francisco na exortação Amoris Laetitia, quando diz: “A alegria do
amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimônio
(...) «o desejo de família permanece
vivo, especialmente entre os jovens, e
isto incentiva a Igreja». Como resposta
a este anseio, «o anúncio cristão sobre
a família é verdadeiramente uma boa
notícia»” (AL, n. 01). Portanto, continuemos firmes no anúncio cristão sobre a família!
Dom Edilson de Souza Silva.
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Lapa.
Comentário do Evangelho
Sagrada Família: A Fuga para o Egito
Na celebração da festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, o Evangelho (Mateus 2,13‑15.19‑23) nos traz o episódio da “Fuga para o Egito”: a Sagrada Família — Maria, José e o Menino Jesus — é instada por Deus a fugir do perigo imposto por Herodes, o Grande, que pretende destruir o recém‑nascido por medo da perda de seu poder.
Esse relato revela várias profundidades espirituais e pastorais para nós hoje:
- A obediência de José ao chamado divino, acolhendo com coragem e prontidão o anúncio do anjo, manifesta uma confiança plena em Deus. Mesmo diante da violência e da ameaça, ele protege a vida e assume o cuidado de sua família — um gesto de fé e responsabilidade que inspira nossas famílias a priorizar o amor, a proteção e a justiça.
- A Sagrada Família, em sua vulnerabilidade — refugiados, migrantes, forçados a deixar sua casa — assume a condição de muitos tantos que hoje vivem deslocados ou ameaçados. Celebrar essa festa é lembrar que o lar cristão se faz, acima de tudo, na fidelidade a Deus e no amor entre seus membros, mesmo em meio a provações.
- A festa nos convida a enxergar a família como “igreja doméstica”, semente da Igreja mais ampla, onde o amor, o respeito, a obediência a Deus e a solidariedade devem ser vividos diariamente. A vida em família torna-se um espaço privilegiado de fé, acolhida e missão.
Que a coragem de José, a fé de Maria e a proteção amorosa de Jesus nos inspirem a reconstruir nossos lares como verdadeiras comunidades de amor, fé e justiça. Que aprendamos a acolher a vontade de Deus, mesmo quando ela nos impele a sair de nossa zona de conforto — e que, como a Sagrada Família, façamos da nossa vida um testemunho da misericórdia e da esperança cristã.
Reflexão
A narrativa de Mateus não pode ser tomada como uma crônica jornalística. É uma narrativa teológica da infância de Jesus e nos mostra que Jesus e sua família estão inseridos na realidade humana, com seus dramas e suas esperanças. O relato de Mateus tem a finalidade de mostrar como Jesus revive, desde a infância, a experiência do povo de Israel. Jesus, salvo das mãos de Herodes, será o libertador do novo povo de Deus. Jesus, desde criança, é rejeitado e perseguido pelo poder opressor (Herodes); ao mesmo tempo, é procurado pelos pobres (pastores) e desprezados (magos). A Família de Nazaré é uma família como qualquer outra; é amada por Deus, como todas as outras. Ela não está livre do destino dos mortais, mas é uma família acompanhada e salva pela providência divina. Todas as famílias têm suas dificuldades, que podem ser superadas com amor, diálogo e compreensão. O amor é capaz de superar as dificuldades.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
Reflexão
«Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel»
Rev. D. Joan Ant. MATEO i García
(Tremp, Lleida, Espanha)
Hoje contemplamos o mistério da Sagrada Família. O Filho de Deus inicia sua andança entre os homens no seio de uma família. São os desígnios do Pai. A família será sempre o habitat humano insubstituível. Jesus tem um pai legal que o “leva” e uma Mãe que não se separa Dele. Deus se serviu em todo momento de São José, homem justo, esposo fiel e pai responsável para defender à Família de Nazaré: «Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo.» (Mt 2,13).
Hoje, mais que nunca, a Igreja está chamada a proclamar a boa nova do Evangelho da Família e a vida. Hoje más que nunca, uma cultura profundamente inumana tenta impor um anti-evangelho de confusão e de morte. João Paulo II nos lembrava em sua exortação Ecclesia in Europa: «A Igreja deve propor com fidelidade a verdade sobre o matrimonio e a família. É uma necessidade que sente de maneira urgente, porque sabe que esta tarefa lhe compete pela missão evangelizadora que seu Esposo e Senhor lhe confiou e que hoje se expressa com especial urgência. O valor da indissolubilidade matrimonial se corrompe cada vez mais; se reclamam formas de reconhecimento legal das convivências de fato, equiparando-as ao matrimonio legítimo...».
«Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo.» (Mt 2,13). Herodes ataca novamente, mas não temamos, porque a ajuda de Deus não nos faltará. Vamos a Nazaré! Redescubramos a verdade da família e da vida. Vivamos gozosamente e anunciemos aos nossos irmãos sedentos de luz e esperança. O Papa nos convoca a isso: «É preciso reafirmar tais instituições [o matrimonio e a família] como provenientes da vontade de Deus. Além disso, é necessário servir ao Evangelho da vida».
Novamente, «Com a morte de Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e retorna à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino.» (Mt 2,19-20). O retorno de Egito é iminente!
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Quando os magos anunciam a Herodes que há nascido um Rei, ele se turba, e, para não perder seu reino, lhe quer matar. Se tivesse crido em Ele, estaria seguro aqui na terra e reinaria sem fim na outra vida» (São Quodvultdeus)
- «Que importante é que cada criança, ao vir ao mundo, seja acolhido pelo calor duma família! Não importam as comodidades exteriores: Jesus nasceu num celeiro e como primeiro berço teve uma manjedoura, mas o amor de Maria e de Jose lhe fez sentir a ternura e a beleza de ser amados» (Bento XVI)
- «A fuga para o Egito e o massacre dos Inocentes manifestam a oposição das trevas à luz: “Ele veio para o que era seu e os seus não O receberam” (Jo 1,11)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 530)
Reflexão
A família é o berço do nascituro
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje celebramos com alegria a Santa Família de Nazaré. O contexto é o mais adequado, porque o Natal é por excelência a festa da família.
Os seres humanos vivem a procriação não como mero ato reprodutivo, mas sentem a sua riqueza, intuem que cada criatura humana que vem ao mundo é o “sinal” por excelência do Criador e Pai que está no céu. Como é importante então que cada criança, ao vir ao mundo, seja acolhida pelo calor de uma família! Não é importante o conforto exterior: Jesus nasceu numa estrebaria e como primeiro berço teve uma manjedoura, mas o amor de Maria e de José fez-lhe sentir a ternura e a beleza de ser amados.
—A Sagrada Família de Nazaré atravessou muitas provas, como o “martírio dos inocentes” que obrigou José e Maria a emigrar para o Egito. Mas confiando na divina Providência, eles encontraram a sua estabilidade e garantiram a Jesus uma infância serena e uma educação sólida.
Comentário do Evangelho
A fuga da Sagrada Família para o Egito
Hoje, os nossos corações ficam apertados. Há pouco nasceu Jesus Cristo e a nossa alegria é obscurecida por uma dolorosa notícia: o rei Herodes procura Jesus para o matar. Que tristeza! Deus vem à Terra para nos salvar e alguns poderosos do mundo querem matá-lo. E isto tem-se repetido muitas vezes mais …
- Meu Deus, pedimos-te que todas as crianças possam nascer e receber o respeito que merecem.
HOMILIA
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
“Nosso Deus foi visto na terra e com os homens conviveu”. Mas, não foi Deus ao lado ou junto da convivência humana. Não, veio fazer-se humano: assumiu plenamente a humanidade e em si trouxe a divindade para dentro da humanidade. E vindo da Trindade, família divina, não quis fazer na terra experiência distinta da familiar.
Enquanto plenamente humano, ele-Deus sujeitou-se a passar por todo o itinerário de um ser humano: ser gerado num seio materno, aí gestado por nove meses, ser dado à luz, já no ventre materno e nos inícios da vida extrauterina ser vitalmente dependente dos pais, principalmente da mãe.
Assim, unicamente pela prontidão cuidadosa de seus pais que se fizeram berço, fortaleza protetora a favor dele, inteiramente indefeso, é que foi salvo das garras de Herodes que o queria matar. Maria e José o introduzem a ele-Deus no viver humano. Deus criador aprende com os humanos que criara!
Mas, a partir do momento em que vai tomando as rédeas de sua experiência humana, passa a imprimir sua marca divino-humana já em sua família, já na sociedade de sua convivência, como fermento da humanidade que viera inaugurar.
Assim, Paulo, ao propor o Evangelho para a vida familiar, parte do modelo acabado para todos os relacionamentos, que é Jesus. “Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição”, e quem amou mais que Jesus? “Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo”, como sendo feito a ele, pois somos “membros de um só corpo” com ele.
Jesus viveu o ideal que agora Paulo propõe a toda família: “esposas, sede solícitas para com vossos maridos... Maridos, amai vossas esposas... Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais”. Família, relacionamento de amor!
Ideal familiar sonhado e alimentado por Deus, já há séculos: “quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana... Terá alegria com seus próprios filhos; e no dia em que orar, será atendido... Terá vida longa... É o consolo da sua mãe”. “Ampara teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive... Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez... A caridade feita a teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para tua edificação”.
Jesus, Maria e José, espelho divino-humano da eterna Trindade!
Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.
Coleta
OREMOS: Ó DEUS, que nos destes os luminosos exemplos da Sagrada Família, concedei que, imitando-a em suas virtudes familiares e em seu espírito de caridade, possamos gozar um dia dos prêmios eternos nas alegrias da vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
QUE O MENINO JESUS NASÇA,
TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.
Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar

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