segunda-feira, 1 de setembro de 2025

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 01/09/2025

ANO C


Lc 4,16-30

Comentário do Evangelho

Discurso de Jesus na Sinagoga de Nazaré

Trata-se do discurso programático de Jesus na sinagoga de Nazaré. É um episódio que se encontra prefigurado no oráculo de Simeão: “Eis que este menino foi colocado para a queda e o surgimento de muitos em Israel, e como sinal de contradição” (Lc 2,34).
É a antecipação, através do esquema “aceitação–rejeição”, dos relatos referentes ao ministério público de Jesus. Em relação a Marcos e Mateus, Lucas antecipa o episódio. Essa antecipação tem um caráter programático evidente: o ensinamento de Jesus significa o cumprimento da Escritura.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçaste para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Fonte: Paulinas em 02/09/2013

Comentário do Evangelho

Em Jesus, Deus cumpre sua promessa

O discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré, no início do seu ministério público, depois do batismo de João, é caracterizado como discurso programático. O discurso programático na sinagoga de Nazaré oferece ao leitor do evangelho critérios para, ao longo da narração evangélica, reconhecer Jesus como verdadeiro profeta, homem poderoso em gestos e palavras. De certa forma, esse episódio se encontra prefigurado no cântico de Simeão e no diálogo do ancião com Maria (Lc 2,29-35). Toda a cena de Nazaré está concentrada na interpretação que Jesus faz da leitura de um trecho do livro do Profeta Isaías. O advérbio “hoje” indica que o tempo da promessa e da espera acabou; inaugura-se, na história da humanidade onde se manifesta a salvação de Deus, uma nova etapa: em Jesus, Deus cumpre sua promessa. Trata-se, então, do hoje da salvação. Os conterrâneos de Jesus passam da admiração à rejeição. A evocação dos fatos da vida de Elias e Eliseu estabelece um paralelo entre Nazaré e Israel. A incredulidade de Israel tem uma história passada longínqua. Nazaré é, para o nosso relato, protótipo da rejeição de Jesus por parte de Israel. Jesus é profeta não somente porque ele se sabe enviado, mas porque, como os profetas, é rejeitado.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçaste para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Fonte: Paulinas em 31/08/2015

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Anunciar a Boa-Nova


Jesus vai a Nazaré, sua aldeia. É comum sua participação na sinagoga em dia de sábado. O culto sinagogal, que acontecia pela manhã, consistia na leitura de um trecho do Pentateuco, uma leitura de um dos profetas, salmos e cânticos. Jesus faz do profeta Isaías porta de entrada para a interpretação da Torá. Essa visita demarca o início do ministério público de Jesus. Ele escolhe Isaías 61 para apresentar seu programa missionário: o Espírito o sustenta e o consagra com a unção para evangelizar os pobres, libertar os oprimidos, proclamar a libertação aos cativos, curar os doentes e proclamar o tempo da graça de Deus. A reação dos seus parentes não é boa. Ele se torna um sinal de contradição. Eles reagem: ficam furiosos, expulsam Jesus do seu meio e querem lançá-lo no precipício. Usando de sua autoridade, ele passa no meio deles e continua seu caminho. O texto nos apresenta o grande desafio de evangelizar a parentela. Nem sempre é fácil. Mais uma vez, cumpre-se o “hoje” kairológico de Deus. Deus continua passando em nossa calçada e nos oferecendo a salvação.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 04/09/2023

Vivendo a Palavra

Na sinagoga de Nazaré, Jesus proclama a chegada do Reino do Céu através dos sinais que realiza. Este é também, o caminho que cabe à sua Igreja cumprir pelos séculos afora. Para nós, discípulos missionários do século 21, o texto da Escritura não deve ser lido no passado, mas como norma de vida.
Fonte: Arquidiocese de BH em 02/09/2013

Vivendo a Palavra

Jesus de Nazaré vai recolocando no seu lugar devido a expectativa reinante de um Messias nacionalista. A lembrança da viúva de Serepta e do estrangeiro Naamã enfurece os judeus. O Filho do Homem veio para todos os povos e nações, para todos os homens e mulheres de boa vontade. Assim devemos continuar sendo nós, a sua Igreja.
Fonte: Arquidiocese de BH em 31/08/2015

VIVENDO A PALAVRA

Jesus revela ao seu povo que fora ungido pelo Pai para uma missão: proclamar a Boa Notícia do Reino aos pobres, libertar presos e oprimidos, curar cegos e anunciar o Ano da Graça. E desde logo lembra, citando exemplos da história, a universalidade da mensagem, anunciada e prefigurada pelos profetas Elias e Eliseu.
Fonte: Arquidiocese de BH em 04/09/2017

VIVENDO A PALAVRA

Na sinagoga de Nazaré, Jesus proclama a chegada do Reino do Céu através dos seus sinais: Ele anuncia a Boa Notícia aos pobres; proclama a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; liberta os oprimidos e proclama um ano de graça do Senhor. Este é também, o caminho que cabe à sua Igreja cumprir pelos séculos afora. Para nós, discípulos missionários do século 21, o texto da Escritura não deve ser lido no passado, mas como tarefa e norma de vida.
Fonte: Arquidiocese de BH em 02/09/2019

VIVENDO A PALAVRA

Jesus apresenta-se na sinagoga de Nazaré, onde fora criado. Diante da assembleia, lê um trecho de Isaías referente ao Messias e, fechando o livro, arremata: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir”. Este é o projeto de vida de Jesus, sua missão: dedicar-se inteiramente aos mais pobres e sofredores. Pelo poder do Espírito Santo, Jesus vem libertar da opressão o povo e criar condições para que tenha vida abundante. Os nazarenos reagem primeiramente com admiração e passam em seguida à desconfiança. Finalmente, presos a categorias humanas (“filho de José”) e incapazes de dar o salto da fé, ficam furiosos, expulsam-no da cidade e tentam jogá-lo no precipício. Jesus, porém, “passando pelo meio deles, seguia seu caminho”. Sua missão estava apenas começando.
Fonte: Arquidiocese de BH em 30/08/2021

Reflexão

Jesus é o ungido do Pai que veio até nós com a missão de evangelizar os pobres, ou seja, de tornar membro do Reino dos Céus todos os que colocam a sua esperança no Senhor. A sua vida terrena não foi outra coisa senão o pleno cumprimento dessa missão. Ele anunciou a liberdade dos filhos de Deus e a libertação dos cativos do pecado e da morte, curou os cegos, de modo que todos podem enxergar além do mero horizonte da realidade natural, lutou contra todo tipo de injustiça que é causa de opressão e anunciou a presença do Reino da graça e da verdade. Assim, Jesus também nos mostra o que é necessário para que a Igreja, o seu Corpo Místico, seja fiel à sua missão de continuadora da sua obra.
Fonte: CNBB em 02/09/2013

Reflexão

Jesus apresenta-se na sinagoga de Nazaré onde fora criado. Diante da assembleia, lê um trecho de Isaías referente ao Messias, e fechando o livro, arremata: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir”. Este é o projeto de vida, esta é a missão de Jesus, ou seja, dedicar-se inteiramente aos mais pobres e sofredores. Pelo poder do Espírito Santo, Jesus vem libertar da opressão o povo e criar condições para que tenha vida abundante. Os nazarenos reagem primeiramente com admiração, passam em seguida à desconfiança. Finalmente, presos a categorias humanas (“filho de José”) e incapazes de dar o salto da fé, ficam furiosos, expulsam-no da cidade e tentam jogá-lo no precipício. Jesus, porém, “passando pelo meio deles, seguia seu caminho”. Sua missão estava apenas começando.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 02/09/2019

Reflexão

Jesus apresenta-se na sinagoga de Nazaré, onde fora criado. Diante da assembleia, lê um trecho de Isaías referente ao Messias e, fechando o livro, arremata: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir”. Este é o projeto de vida de Jesus, sua missão: dedicar-se inteiramente aos mais pobres e sofredores. Pelo poder do Espírito Santo, Jesus vem libertar da opressão o povo e criar condições para que tenha vida abundante. Os nazarenos reagem primeiramente com admiração e passam em seguida à desconfiança. Finalmente, presos a categorias humanas (“filho de José”) e incapazes de dar o salto da fé, ficam furiosos, expulsam-no da cidade e tentam jogá-lo no precipício. Jesus, porém, “passando pelo meio deles, seguia seu caminho”. Sua missão estava apenas começando.
Oração
Ó Jesus de Nazaré, ingressas na vida pública como o Messias enviado pelo Pai, para libertar os pobres e marginalizados. Infelizmente, teus concidadãos não foram capazes de te acolher como o libertador anunciado por Isaías. Faze-nos participantes da tua obra de misericórdia em favor dos oprimidos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 30/08/2021

Reflexão

Jesus apresenta-se na sinagoga de Nazaré, onde fora criado. Diante da assembleia, lê um trecho de Isaías referente ao Messias, e, fechando o livro, arremata: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir”. Este é o projeto de vida, esta é a missão de Jesus, ou seja, dedicar-se inteiramente aos mais pobres e sofredores. Pelo poder do Espírito Santo, Jesus vem libertar da opressão o povo e criar condições para que tenha vida abundante. Os nazarenos reagem primeiramente com admiração, mas passam em seguida à desconfiança. Finalmente, presos a categorias humanas (“filho de José”) e incapazes de dar o salto da fé, ficam furiosos, expulsam-no da cidade e tentam jogá-lo no precipício. Jesus, porém, “passando pelo meio deles, seguia seu caminho”. Sua missão estava apenas começando.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 04/09/2023

Reflexão

«Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir»

Rev. D. David AMADO i Fernández
(Barcelona, Espanha)

Hoje, «se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir» (Lc 4,21). Com essas palavras, Jesus comenta, na sinagoga de Nazaré, um texto do profeta Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção» (Lc 4,18). Estas palavras têm um sentido que ultrapassa o momento histórico concreto em que foram pronunciadas. O Espírito Santo habita em plenitude em Jesus Cristo, e é Ele quem o envia aos crentes.
Mas, além disso, todas as palavras do Evangelho possuem uma atualidade eterna. São eternas porque foram pronunciadas pelo Eterno e, são atuais porque Deus faz com que se cumpram em todos os tempos. Quando escutamos a Palavra de Deus, temos que recebê-la não como um discurso humano, mas sim como uma Palavra que tem, sobre nós, poder de transformação. Deus não fala aos nossos ouvidos, mas ao nosso coração. Tudo o que diz está profundamente cheio de sentido e de amor. A Palavra de Deus é uma fonte inextinguível de vida: «É mais o que perdemos do que o que captamos, tal como ocorre com os sedentos que bebem de uma fonte» (Santo Efrém). Suas palavras saem do coração de Deus. E, desse coração, do seio da Trindade, veio Jesus —a Palavra do Pai — aos homens.
Por isso, cada dia, quando escutamos o Evangelho, temos que poder dizer como Maria: «Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38); e Deus nos responderá: «Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir». Mas para que a Palavra seja eficaz em nós devemos nos desprender de todo o preconceito. Os contemporâneos de Jesus não o compreenderam, porque o viam somente com olhos humanos: «Não é este o filho de José?» (Lc 4,22). Enxergavam a humanidade de Cristo, mas não se deram conta de sua divindade. Sempre que escutamos a Palavra de Deus, mais a frente do estilo literário, da beleza das expressões ou da singularidade da situação, temos que saber que é Deus quem nos fala.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O ano da graça foi aquele em que, para nós, Cristo foi crucificado. Foi então que nos tornamos pessoas gratas a Deus Pai e quando, por meio de Cristo, demos frutos» (São Cirilo de Alexandria)

- «A Boa Nova é a pérola preciosa do Evangelho. Não é um objeto, é uma missão. Quem experimenta “a doce e reconfortante alegria de anunciar” sabe-o» (Francisco)

- « (…) A Economia da salvação realiza-se no quadro do tempo, mas a partir do seu cumprimento na Páscoa de Jesus e da efusão do Espírito Santo, o fim da história é antecipado, pregustado, e o Reino de Deus entra no nosso tempo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1168)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 04/09/2023

Reflexão

O bem comum: o bem de todo o homem para todos os homens

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, as palavras profeticamente anunciadas e concretamente cumpridas em Jesus Cristo— segundo seu próprio testemunho —falam nos da necessidade da graça (ajuda) de Deus para o bem do homem. A Doutrina Social da Igreja cunhou o conceito de "bem comum", destacando-o como exigência moral para o desenvolvimento da humanidade.
Não há desenvolvimento pleno sem o bem espiritual e moral das pessoas, consideradas na sua totalidade de alma e corpo. Também, em uma sociedade em vias de globalização, o bem comum e o esforço por ele, devem abranger necessariamente a toda a família humana, quer dizer, à comunidade dos povos e nações, dando assim forma de unidade e de paz à “cidade do homem”, e fazendo-a em determinada medida uma antecipação que prefigura à cidade de Deus sem barreiras.
—Em consequência, a Doutrina Social da Igreja define o “bem comum” como o “bem de todo homem para todos os homens”.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 04/09/2023

Meditação

Jesus nos apresenta sua missão que é nossa também: Consagrados com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres! Como anuncio a Boa Nova? - Procuro ouvir a Palavra de Deus para que ela possa penetrar em meu coração? - Os conterrâneos de Jesus tiveram facilidade para aceitar o Evangelho? - Consigo ouvir atentamente o que certas pessoas simples querem me ensinar ou por palavras ou por exemplos? - Sei aprender também com os menos experientes que eu?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fontea12 - Santuário em 02/09/2013

Meditação

Os moradores de Nazaré ouviam falar de Jesus, de sua pregação e dos milagres que fazia por outros lugares. Quando ele voltou pela primeira vez, seus conterrâneos dividiram-se. Alguns o admiraram; outros o olharam incertos; e muitos o rejeitaram de todo. Reações diferentes diante da mesma graça oferecida. Devo examinar-me para ver como reajo diante das oportunidades de salvação que Deus me oferece. Estejamos atentos para acolher a hora de sua graça misericordiosa para conosco.
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco, para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 04/09/2023

Comentário sobre o Evangelho

Nenhum profeta é bem recebido em sua terra


Hoje, temos uma cena curiosa. Jesus está a pregar na sinagoga da sua terra. Todos O escutam com curiosidade. Jesus Cristo lê uma profecia de Isaías e diz que se cumpre n’Ele. Ficam admirados! Mas nem todos… Alguns metem-se com Ele dizendo que não vem de Deus. Há discussão e, por fim, querem atirá-Lo por um precipício…
- A curiosidade não chega. Sem fé, no final, acaba-se afastando Jesus.
Fonte: Family Evangeli - Feria em 04/09/2023

Meditando o Evangelho

UM PROJETO DE VIDA

As profecias do Antigo Testamento ajudaram Jesus a compreender sua identidade e missão. Um texto do profeta Isaías foi-lhe extremamente útil. Nesse texto encontramos o monólogo de alguém que voltara do exílio babilônico e expressava a consciência de sua missão: reorganizar o povo, após sua total destruição por mãos de Nabucodonosor. Isaías tinha consciência de ser um profeta, nos moldes do Servo de Javé, cuja missão era a de infundir ânimo e esperança no povo, descortinando-lhe horizontes, e trazendo-lhe libertação.
Foi essa a trilha que Jesus seguiu. O evento de seu batismo constituiu-se numa verdadeira consagração por parte do Pai para a missão que estava prestes a ser iniciada. Os destinatários preferenciais de sua ação missionária foram os pobres, os humilhados e injustiçados, toda sorte de prisioneiros e oprimidos, as vítimas da cegueira física e espiritual. Sua ação, por ser ele o Filho de Deus, era portadora de alegria semelhante à do ano jubilar, quando todas as dívidas e servidões eram abolidas e as pessoas tinham, novamente, sua dignidade reconhecida. O texto profético era um resumo perfeito do projeto de vida de Jesus.
Não possuímos informações a respeito do que se passou com o profeta vétero-testamentário. Com Jesus, sim. A história confirmou que nele se cumpriu plenamente o que o antigo profeta havia falado de si mesmo.
Oração
Senhor Jesus, que o meu projeto de vida corresponda ao teu, e que eu tenha sempre mais a consciência de ser portador de uma missão recebida do Pai.
Fonte: Dom Total em 31/08/2015

Meditando o evangelho

E PROSSEGUIU SEU CAMINHO

O episódio ocorrido na sinagoga de Nazaré é um retrato do ministério de Jesus. Sua ação primaria pela sinceridade, sem se deixar levar por ambições nem se influenciar por preconceitos. Isto lhe valeria a admiração de uns, por suas palavras cheias de verdade, e o ódio de outros, revoltados por sua ousadia.
A leitura do texto do profeta Isaías serviu de pretexto para Jesus revelar a sua identidade e a sua missão. Era ele a pessoa anunciada pelo profeta, com a tarefa de concretizar o projeto confiado ao Ungido do Senhor. Caberia a ele implantar uma sociedade nova, sem pobres nem marginalizados, onde a dignidade humana fosse recuperada e a presença da graça do Senhor se fizesse sentir na vida de cada pessoa.
Houve os que reconheceram a veracidade de suas palavras, quiçá por terem intuído a possibilidade de receber dele algum benefício. Os pobres, os de coração ferido, os cativos e cegos, os que padeciam de alguma forma de opressão foram os que logo descobriram algo de sublime na declaração firme de Jesus.
Houve, porém, os que não acreditavam que ele pudesse, de fato, realizar tudo quanto estava prometendo. Sem dúvida, por considerá-lo um impostor e charlatão, enganador do povo. Por isso, tomaram a decisão de eliminá-lo, lançando-o de uma colina para o precipício.
Era apenas o começo de sua caminhada. Havia um longo caminho a ser percorrido, sem se deixar abater!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçaste para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Fonte: Dom Total em 04/09/201702/09/2019 30/08/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O Espírito do Senhor está sobre mim
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Início da leitura semanal de São Lucas. Jesus anuncia o seu programa em favor dos excluídos. Todos estavam maravilhados no início e depois ficaram furiosos quando Jesus mencionou Elias e Eliseu, que fizeram milagres para estrangeiros, sendo que havia viúvas e leprosos em Israel. Compreenderam a palavra de Jesus de que um profeta não é aceito na sua própria terra. Manifesta-se entre os nazarenos o particularismo que quer Deus só para si e não o aceita para os outros. Ao citar Elias e Eliseu, Jesus estava dizendo que iria procurar outros povos, uma vez que não tinha sido aceito por seu próprio povo. Fez poucos milagres em Nazaré.
Fonte: NPD Brasil em 04/09/2017

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Ele me ungiu
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Início da leitura semanal do Evangelho de Lucas. Jesus anuncia o seu projeto: ele veio dar uma Boa Notícia aos pobres.
Fonte: NPD Brasil em 02/09/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A PALAVRA ENCARNADA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Ao visitar Nazaré, cidade onde havia se criado, Jesus foi participar de uma celebração na sua comunidade, onde sempre fazia uma leitura e depois ajudava o povo a refletir, como fazem hoje nossos ministros leigos, que celebram a Palavra.
Podemos até imaginar a alegria do chefe da sinagoga quando viu Jesus chegar, ele era muito querido na comunidade, não só por ser uma pessoa simples, mas porque falava muito bem e demonstrava uma sabedoria superior aos sacerdotes, escribas e fariseus, sua catequese era bem prática e logo cativava. Por isso, ao vê-lo entrar na comunidade, o chefe da sinagoga foi logo pedindo para que ele fizesse uma leitura, porque parece que, como acontece em nossas comunidades, naquele dia o leitor escalado não apareceu. Jesus escolheu o livro do profeta Isaias que era o seu preferido, porque já o havia lido várias vezes e tinha a nítida impressão de que o texto falava dele.
Conforme Lucas que escreveu este evangelho de maneira ordenada e após muito estudo, por este tempo Jesus estava iniciando o seu ministério, já havia sido batizado e enfrentara com muita coragem o diabo, que no deserto tentou desviá-lo da sua missão.
A verdade é que Jesus tinha uma grande vontade de sair pelo mundo, ajudando as pessoas e falando de uma coisa que sentia em seu coração, foi com certeza por isso que naquele dia voltou à comunidade, e quando já no ambão, começou a ler o profeta Isaias, na passagem onde diz “O Espírito do senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para levar a Boa notícia aos pobres, anunciar a libertação aos cativos e aos cegos e anunciar um ano de graças do Senhor”, seu coração começou a bater mais forte, percebeu que Deus não apenas falava para ele, mas falava dele, da sua vida, da sua história e da sua missão. Ele já havia sentido muito forte a presença desse Espírito de Deus no dia do seu batismo, e no confronto com o diabo no deserto, sentiu toda a força que o espírito lhe dava.
Nessa celebração as coisas ficaram muitas claras para ele: a libertação com que tanto sonhava junto com seu povo, ia muito além de uma libertação política, a palavra tinha a força de libertar o homem também e principalmente do mal que havia no coração, e que impedia de amar a Deus e aos irmãos. A opressão e a escravidão do seu povo era consequência de todo esse mal que havia dentro de cada homem, não só dos opressores. Precisava dizer isso aos pobres, aos cegos e oprimidos, que um tempo novo estava começando, com essa verdade que o Pai revelara através do profeta.
Todos olhavam fixamente para ele à espera da homilia, o mesmo espírito que o havia ungido acabara de transformá-lo na palavra Viva de Deus e por isso, sentando-se como faziam os grandes Mestres, disse: “Hoje se cumpriu essa passagem que acabastes de ouvir”
Também nós cristãos frequentamos a celebração da palavra em nossas comunidades onde as leituras, mais do que falar para nós falam de nós, pois a história de Jesus é a nossa história, também nós recebemos a graça de Deus em nosso batismo, também nós recebemos a unção do Espírito Santo, não para termos ataques de histeria e entrarmos em transe, mas para termos a mesma coragem de Jesus para cumprir a nossa missão, anunciar a boa notícia aos pobres, oferecer a palavra libertadora a quem está cego e cativo, e falar de um tempo novo onde Deus manifesta todo o seu amor ao homem que o busca.
Para que haja essa interação entre nós e a palavra, é necessário que nossas celebrações sejam bem participadas e preparadas, de maneira bem organizada pensando em todos os detalhes e aí podemos apreender com o escriba Esdras que na primeira leitura nos oferece um ótimo roteiro para celebração da palavra de Deus, onde a assembleia, tocada pela palavra, corresponde com gestos que manifestam o que está no coração, diferente da liturgia do “oba-oba”, muito usada para se atrair multidões, e que ás vezes, com tantos gestos e movimentos, acaba ficando vazia justamente por não ser uma manifestação espontânea do que se tem no coração tocado pela palavra de Deus.

2. Ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa-Nova aos pobres - Lc 4,16-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus de Nazaré é o Profeta, que anuncia a Palavra, movido pelo Espírito.
Fonte: NPD Brasil em 30/08/2021

Liturgia comentada

Os deuses das nações são um nada... (Sl 96 [95])
Não é exagero afirmar que vivemos em uma sociedade politeísta. Afinal, diante de quem estão dobrando os joelhos? Em troca de que gastam o tempo e a saúde? São fiéis adoradores de que entidades? Dos ídolos de nosso tempo.
Não é o dinheiro o deus do médico que vende abortos? Não é o prazer o deus de quem compra o corpo da prostituta? Não é a audiência o deus dos meios de comunicação? E essa “adoração” justifica tudo: violência e crueldade, propaganda do sexo e mentira, submissão aos poderosos e indiferença com os pobres. São deuses cruéis!
Enquanto essas divindades receberem culto e adoração, o homem será escravo, triste sombra errante, longe de sua grandeza de criatura divina. Como libertar o homem de seus ferozes patrões?
Santo Agostinho pergunta: “Como se extirpa a floresta dos demônios, a não ser anunciando Aquele que está acima de todos? Pois todas as nações tinham os demônios como seus deuses”. A violência de Marte, o erotismo de Vênus, os ciúmes de Juno, a crueldade de Saturno – eis alguns exemplos de vícios erigidos em virtude pagãs, diante dos quais se prostravam as nações.
A experiência dos primeiros cristãos foi exatamente uma experiência de libertação. Escrevendo aos gálatas, Paulo exclama: “É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão!” (Gl 5,1)
Já na Primeira Aliança, a libertação do Egito significou para Israel a certeza de que o Yahweh esmagava os ídolos do Nilo, o deus-chacal, o deus-crocodilo, o deus-gavião. O Egito, terra da escravidão, era também a pátria dos falsos deuses. Os ícones cristãos da “Fuga para o Egito” retratam a chegada da Sagrada Família e a revoada de 355 demônios que fogem diante do Menino Salvador, às portas da cidade, no templo de Capitólio. O episódio (ainda que lendário) é registrado no Evangelho apócrifo de Tomé [ca. 200 d.C.] e no Pseudo-Mateus [ca. 400 d.C.], e reflete a certeza cristã de que nenhuma potestade se mantém de pé diante do poder de Cristo. Nos ícones do Batismo de Jesus, no fundo das águas do Jordão aparecem tritões e outras divindades pagãs, encolhidas e esmagadas pela presença do Homem-Deus.
Deus se apresenta a Moisés como “Aquele que é”: Yahweh, ou seja, “eu sou Aquele que sou”. Só Deus é. Só Deus tem existência por si. Por isso mesmo, não temos outra forma de subsistir, a não ser apoiando-nos em Deus, que nos liberta da tirania do dinheiro, do poder político, do sexo sem alma, de uma vida centrada no próprio eu.
Orai sem cessar: “O Senhor é maior que todos os deuses!” (Ex 18,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalanca.com.br
Fonte: NS Rainha em 02/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada em 02/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Assuma a profecia de Deus que está em você

Convido você a assumir a profecia de Deus que está em você, assumir o dom do Senhor em você, e isso se faz quando nós nos colocamos à disposição do Espírito.

O Senhor disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres.” (cf. Lc 4,18)

O Espírito do Senhor está sobre Jesus. Hoje, Ele entra na sinagoga, toma a Palavra de Deus e a proclama; ao mesmo tempo, toma posse dela.
Quando questionam por que Ele não faz os mesmos milagres que fez em Cafarnaum e outras terras, o Senhor mesmo diz que um profeta só não é bem recebido em sua própria pátria.
Temos de reconhecer em Jesus o enviado de Deus, reconhecer que o Espírito que paira n’Ele é o Espírito da unção, da consagração, por isso, cheio desse mesmo Espírito, Jesus faz o Reino de Deus acontecer.
O Reino de Deus não acontece simplesmente por vestígios humanos, sabedoria humana nem por causa da nossa inteligência, pois esta é dom e graça de Deus. Que maravilha! Nossa inteligência e sabedoria precisam de unção para fazer o Reino de Deus acontecer.
Foi movido por esse Espírito e cheio d’Ele que Jesus profetizou, pregou, orou e anunciou o Reino de Deus. É esse mesmo Espírito que nós desejamos que esteja sobre nós, pois Ele nos ungiu pelo batismo, pela crisma e nos unge quando nos colocamos à disposição de Deus.
Que esse mesmo Espírito, descendo sobre nós, nos ajude a anunciar e a fazer o Reino de Deus acontecer. É obvio que, assim como Jesus, pode ser que parentes, amigos, pessoas queridas próximas a nós não irão aceitar o Senhor ou o Reino de Deus que nós trazemos.
A profecia, o Reino de Deus não pode parar, o anúncio da Palavra de Deus não pode esmorecer. Por isso eu convido você a assumir a profecia de Deus que está em você, assumir o dom do Senhor em você, e isso se faz quando nós nos colocamos à disposição do Espírito, quando assumimos, na oração, na intimidade da Palavra, da vida com o Senhor, os dons e os talentos que nós mesmos recebemos do Pai.
Que o Espírito do Senhor esteja sobre você para que você anuncie e proclame o Reino do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

A exemplo de Jesus, não paremos na rejeição

A exemplo de Jesus, não paremos na rejeição. Não podemos parar na rejeição, na não aceitação, pelo contrário, temos que ficar cada vez mais convictos da missão para a qual fomos chamados como batizados.

“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.” (Lucas 4, 24)

Jesus está em Sua cidade Nazaré e entra na sinagoga, quando abre o livro do profeta Isaías assume para si essa passagem: “O Espírito do Senhor está sobre mim!” (Lucas 4, 18). O Espírito de Jesus é aquele que O unge e Lhe dá a graça para que Ele faça o Reino de Deus acontecer. E Jesus toma posse dessa verdade, toma posse dessa passagem bíblica por saber que essa Palavra é para Ele.
Então, a começar pelos Seus, age com o Espírito profético que Lhe é próprio. No entanto, a primeira coisa que Jesus encontra é a resistência dos seus, ali há parentes, vizinhos, pessoas que O viram crescer. Da parte de alguns encontra resistência, de outros a total rejeição, simplesmente não querem acolher aquilo que Jesus vem lhes falar, pregar e ensinar. E o mais duro é que querem expulsá-Lo da cidade, O levam a um alto monte daquela cidade construída com a intenção de jogá-Lo do precipício. Jesus não para, larga deles e segue Seu caminho.
Sabem, meus irmãos, nós também, muitas vezes, não seremos aceitos, não seremos bem acolhidos pelos demais, não seremos sempre amados por aquilo que fazemos, ensinamos ou pregamos [a respeito de Jesus]. Contudo, não podemos parar na rejeição e na não aceitação das pessoas; pelo contrário, temos que ficar mais convictos da missão para a qual fomos chamados como batizados.
Eu vejo quão difícil é para uma pessoa que quer viver a santidade, a seriedade, quer levar a Palavra de Deus a sério, quer viver o respeito para com o próximo. Vejo o quão difícil é para quem quer viver a pureza no seu coração; muitas vezes, essa pessoa vai ser zombada, vai ser motivo de gozação, muitas vezes, dentro da própria casa e entre os amigos não será bem aceita.
Eu digo a você: aguente firme! Este é o caminho! Nosso Senhor não foi aceito, a começar pelos Seus. Não podemos ceder, não podemos perder a autenticidade, temos que continuar firmes no que nos propusemos a viver e para o qual fomos chamados a viver por Deus!
Não está muito na moda ser santo, ser humilde, ser honesto e correto, muitas vezes, somos até rechaçados porque queremos viver o que é correto. Mas não olhe para a rejeição nem para a não aceitação dos outros. Olhos fixos em Jesus!
Que aprendamos com o Senhor, onde não somos acolhidos, e sigamos adiante sem desanimar da missão que nos é proposta pelo Pai!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 31/08/2015

HOMILIA DIÁRIA

Deixemo-nos converter por Jesus

A Palavra que chega até nós nos convence e converte. Deixemo-nos convencer e transformar por ela

“Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: ‘Não é este o filho de José?’.” (Lucas 4,22)

Jesus entra na Sinagoga e toma posse da unção de Deus sobre Ele: “O Espírito de Deus está sobre mim, porque Ele me ungiu, consagrou-me com essa unção para levar a Boa Nova aos pobres”.
Muitos ficaram admirados com a pregação, com a fala e a sabedoria que vinha de Jesus. Quero chamar a atenção para uma coisa: muitos ficaram apenas admirados, mas não tinham fé nem se convertiam; alguns eram até tomados pela incredulidade, duvidavam, questionavam e olhavam apenas para o aspecto humano de Jesus: “Nossa, Ele é um dos nossos! Ele é o filho do carpinteiro. Conhecemos o Seu pai. Ele viveu no meio de nós”, de modo que Jesus não pôde fazer muitos milagres na Sua própria terra.
Quando Cristo dá os exemplos do que aconteceu com Elias, que apenas aquela viúva o acolheu, e também o testemunho do profeta Eliseu, onde havia muitos leprosos em Israel, mas apenas Naamã, o sírio, foi curado, Ele está dizendo que não basta ser da Igreja, do povo eleito, do grupo de oração; não basta ir à Missa todos os dias, admirar-se das coisas de Deus. Duas coisas são importantes. Primeiro, é necessário acreditar, levar a vida em nome daquilo que acreditamos. A segunda: converter-se. A Palavra que chega até nós nos convence e converte. Deixemo-nos convencer e transformar por ela.
Jesus tem muitos admiradores! Muitos admiram o que Ele prega e ensina, muitas pessoas dizem: “Padre, aquilo que o senhor prega é muito bom!”. Mas não precisamos de admiradores, porque admiração por admiração não leva ninguém a lugar nenhum. Precisamos colocar fé na Palavra de Jesus, deixarmo-nos tocar por ela, ser transformados por ela, deixar que sua vida seja levada; senão, seremos como esse povo. Inclusive, muitos deles eram parentes de Jesus, eram da família d’Ele. Os conterrâneos de Jesus eram de Nazaré, cidade onde Ele viveu, cresceu e levou sua vida, mas muitos ali não creram, não se converteram nem mudaram de vida.
Jesus está dizendo que, muitas vezes, o profeta não é bem aceito em sua pátria. Muitas vezes, na própria igreja, nos próprios seguidores de Jesus, nos próprios grupos de oração, Deus não faz muitas coisas, porque muitos admiram, acham bonito, ficam edificados, mas muitos não se deixam converter, convencer e, sobretudo, mudar de vida.
Não basta admirar Jesus, é preciso amá-Lo, segui-Lo e ser convertido por Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
FonteCanção Nova em 04/09/2017

HOMILIA DIÁRIA

Acolhamos o profeta de nossa casa

Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.” (Lucas 4,24)

Em outras palavras, Jesus está dizendo que ninguém é profeta em sua própria casa, em sua própria família, entre os seus amigos, entre os seus. Achamos a pessoa tão familiar a nós, tão igual a nós que, o que ela fala não tem tanto peso e valor. Mas o que Jesus está dizendo não é o que é para ser, é o que não é para ser.
De fato, precisamos ser profetas em casa e na nossa família. É claro que, a recepção nem sempre será esperada ou a melhor, mas o pai precisa ser profeta dentro da sua casa, a mãe precisa ser profeta, educadora, formadora e orientadora.
Eu sei que, muitas vezes, o homem escuta todo mundo na rua, mas a esposa ele não escuta. O filho, depois que cresce, escuta o que o amigo fala, mas parece que os ouvidos se fecham para os seus pais. Isso não pode ser a regra, pelo contrário, essa é a forma mundana de pensar.
Jesus está afirmando o que está vendo, Ele está invocando a um ditado que acontece no Seu meio, mas não deveria ser assim. Nazaré não cresceu na fé porque não acolheu o profeta que é da casa de Nazaré, não acolheu a Jesus que cresceu em Nazaré. Tratavam Jesus como mais um, por isso, Ele fez poucos milagres por ali.
Na nossa casa, na nossa família e na nossa própria vida não estamos vendo os milagres e as bênçãos de Jesus porque não estamos sabendo acolher os profetas da nossa própria casa.

Quem não acolhe o profeta de sua casa, não pode acolher nenhum outro profeta

Escute a sua mãe e o seu pai, escute o seu esposo e a sua esposa. Você precisa escutar o seu padre, porque sei que é mais fácil escutar o padre Roger porque não está na sua paróquia; é mais fácil escutar o padre pregador de fora porque ele fala bonito, mas o profeta da sua casa é o padre da sua cidade.
Deus deu ao padre da sua paróquia o poder, a autoridade, a unção, mas alguns pensam: “Eu gosto do padre daquele outro lugar porque ele fala melhor”. Não caia na ignorância, no erro, porque você vai ficar sempre patinando na fé. Não que você não deva ouvir os outros, mas se não escuta o que está pregando para você, nunca será uma pessoa madura na fé. Do mesmo jeito, se você não for profeta em sua casa, ela não crescerá na fé.
Eu sei como é, gostamos de acolher quem vem de fora. E que bom que temos o dom do acolhimento! Mas a semente cresce onde está sendo semeada, fecundada e cuidada. Então, somos nós quem podemos cuidar da semente que é lançada em nossa casa, em nossa paróquia, em nossa comunidade. São os que estão próximos a nós que devemos escutar em primeiro lugar, porque, por meio deles, Deus fala e outros virão nos ajudar. Não tenhamos dúvida disso! Mas, quem não acolhe o profeta de sua casa, não pode acolher a nenhum outro profeta.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
FonteCanção Nova em 02/09/2019

HOMILIA DIÁRIA

Acolhamos a correção que Deus faz ao nosso coração

“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.” (Lucas 4,24)

Começamos a meditar, durante a semana, o Evangelho de Lucas, a partir do início da sua vida pública. Jesus volta, agora, a Nazaré, à cidade onde Ele tinha sido criado. Lá na sinagoga, Ele toma posse da palavra que o profeta Isaías havia profetizado a respeito d’Ele: “O Espírito do Senhor está sobre mim, o Senhor me consagrou com a unção para levar a Boa Nova aos pobres”.
Jesus toma posse dessa unção, Ele já havia tomado no Seu batismo, mas agora Ele toma posse da Palavra, porque a Sua Palavra ungida cura, liberta e restaura.
Os seus conterrâneos de Nazaré já viram ou ouviram falar de tudo que Jesus realizara onde Ele morava, não está mais em Nazaré, Ele mora em Cafarnaum, na região da Galileia. E é por lá, em Cafarnaum, que o Reino de Deus está acontecendo, Ele está proclamando na sinagoga, está proclamando para o povo de Deus o Reino e as graças d’Ele acontecendo.
Mas essas graças não estão acontecendo em Nazaré, a Sua terra, onde Ele fora criado, porque eles estão vivendo a falta de acolhimento ao profeta da casa. Jesus mesmo dá os exemplos: no tempo do profeta Elias, com tudo o que houve, foi uma viúva de Sarepta, na região da Sidônia, que Elias se dirigiu. Não foi a nenhuma viúva de Israel, como também no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel, mas não foi nenhum leproso que foi curado se não Naamã, o Sírio. Os judeus, seus conterrâneos em Nazaré, ficaram irritados, furiosos e bravos com o ensinamento de Jesus, aquela verdade os incomodou. Jesus não estava acusando, Ele estava demonstrando: “Vocês não estão acolhendo a Palavra”.

Somos esse povo, não gostamos de ser corrigidos e exortados quando nos é mostrado que não estamos no caminho

Você sabe que assim como os Seus que não acolheram a correção, nós também somos esse povo, não gostamos de ser corrigidos e exortados quando nos é mostrado que não estamos no caminho. É o filho que não aceita a correção do pai, o marido que não aceita a correção da mulher, é a mulher que não aceita a correção do marido, é um irmão que não aceita a correção do seu irmão, são os fiéis que não aceitam a correção do seu padre, é o padre que não aceita ser ouvido pelos seus fiéis, é o padre que não aceita ser corrigido pelo bispo. Enfim, somos nós que não acolhemos o profeta da nossa casa.
Estamos, muitas vezes, sendo como este povo de Nazaré, e ali Jesus não pode fazer milagre algum e, mais, dali foi expulso, quase jogaram Jesus morro abaixo. Ele saiu-se deles e foi seguir o seu caminho, seguir a sua missão.
Muitas vezes, perdemos a direção de Deus porque não O deixamos nos direcionar. Deus nos fala não pela boca dos de fora — pode até nos falar —, mas Ele fala primeiro com aqueles que estão conosco, aqueles que convivem conosco, e com eles precisamos aprender a ser corrigidos, com eles precisamos aprender a melhorar a nossa própria vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 30/08/2021

HOMILIA DIÁRIA

Abra o seu coração e deixe-se converter pela Palavra de Deus

“Naquele tempo, veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor’. Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.’” (Lucas 4,16-21)

Meus irmãos e minhas irmãs, um Evangelho riquíssimo, porque, sobretudo neste mês de setembro (que nós o dedicamos, aqui, na Igreja do Brasil), o mês da Bíblia, dedicado à Palavra de Deus. Não o livro, e sim o que ele contém. Porque não somos a religião do livro, somos a religião de uma Pessoa, que é Jesus Cristo, o Senhor.
Jesus é a chave de leitura da Sagrada Escritura, porque, seja no Antigo Testamento ou no Novo Testamento, Ele pode ser o intérprete das duas realidades.
Bonita a expressão: “Jesus na sinagoga, abrindo o livro”, Ele pode abrir o livro porque é esse intérprete autorizado, Ele é credível porque é a Palavra encarnada.

Jesus é a revelação perfeita de Deus, Ele é a Palavra viva no meio de nós

O texto diz que Jesus estava na sua terra. Você sabe que Jesus cresceu em Nazaré, e como para nós é desafiador, muitas vezes, falar àqueles que são de casa, falar àqueles que são do grupo, da comunidade; falar aos padres, falar aos bispos. Vivo esse desafio constantemente quando tenho que presidir uma celebração onde estão presentes outros sacerdotes.
Recentemente, recebi o testemunho do bispo de Petrópolis (RJ), Dom Gregório, que dizia que acompanhava as Homilias Diárias aqui no canal. Como é desafiador falar para um bispo! Mas Jesus está à vontade porque cresceu ali e foi bem criado por seus pais, sobretudo bem criado na vivência da fé. Jesus cresceu em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.
Certamente, Jesus foi um bom cidadão, um bom profissional, um bom filho, um bom judeu, então, para Ele aquele binômio “palavra e vida”, já era muito bem praticado. Jesus vivia muito bem os princípios da Lei de Deus.
O texto diz que era costume de Jesus ir à sinagoga. A sinagoga era a escola da Palavra de Deus, Jesus era um amante da Palavra de Deus. Ele encarnou tanto a Palavra em sua vida que pôde dizer na sua breve homilia — homilia brevíssima que Jesus fez —, “Eu sou aquilo que vocês acabaram de ouvir”. Uma coisa é ouvir algo bonito, outra coisa é estar diante disso que se diz, em carne e osso. Jesus é a revelação perfeita de Deus, Ele é a Palavra viva no meio de nós.
Abramos o nosso coração, especialmente neste mês de setembro, para que a Palavra de Deus, essa força transformadora, converta os nossos corações!
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/09/2023

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para compreender que a missão de Jesus, vivida pelo Mestre com tanto amor, foi por Ele legada a nós, a sua Igreja. Dá-nos força para cumpri-la em nossa jornada pela terra, junto com a nossa comunidade. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/09/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja não só de portas abertas para acolher todos os irmãos, mas capaz de sair à sua procura onde eles se encontrarem. Queremos seguir Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que andou pelo mundo fazendo o bem, curando e redimindo todos, sem desprezar nenhum dos menores irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/08/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia-nos o Teu Espírito, para que possamos seguir Jesus, proclamando a Boa Notícia da presença do Teu Reino de Amor em nós. Dá-nos sabedoria e força para que o anúncio se faça com humildade e, sobretudo, pelo testemunho de nossa vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/09/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para compreender que a missão de Jesus, vivida pelo Mestre com tanto amor, foi por Ele legada a nós, a sua Igreja. Dá-nos força para cumpri-la em nossa jornada pela terra, junto com a nossa comunidade. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/09/2019

ORAÇÃO FINAL
Senhor faze-nos participantes da tua obra de misericórdia em favor de nossos irmãos, especialmente os mais pobres. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/08/2021

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