segunda-feira, 26 de maio de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 25/05/2025

ANO C


6º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano C - Branco

“Deixo a vocês a paz, dou a vocês a minha paz...”

Jo 14,23-29

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Antes mesmo de sua morte e ressurreição, o Senhor já havia prometido que tendo cumprido sua missão, enviaria com o Pai, o Defensor, o Espírito da verdade para que a Igreja fosse sustentada em sua missão. A nós hoje é dirigida esta promessa confortadora.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/104498/25-de-maio-2025---6-Domingo-da-Pascoa.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos hoje, aqui, a comunidade do Cristo vencedor, a Igreja reunida pela Páscoa do Senhor. Peregrinamos neste mundo como povo humanamente frágil, mas, ao mesmo tempo, forte pela presença do Ressuscitado, nossa esperança. Somos a Igreja nascida do Pai, que, através do seu Filho Jesus, doador do Espírito, chamou-nos, reuniu-nos, salvou-nos e fez de nós um novo povo, uma nova cidade, uma nova aliança, início de uma nova humanidade.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/03/Ano-49C-34-6o-DOMINGO-DE-PASCOA.pdf

O AMOR E O ESPÍRITO QUE NOS ENSINAM TODAS AS COISAS

O Evangelho deste sexto domingo de Páscoa é extraído do primeiro dos três “discursos de despedida” contidos no quarto Evangelho: um discurso inteiramente dedicado ao tema do seu iminente retorno ao Pai. O clima só podia ser de preocupação e tristeza porque o destino de Jesus estava prestes a se cumprir. Sua “partida” era iminente. E as palavras do Mestre se referiam a esta circunstância. O raciocínio, porém, não tinha e não poderia ter como objeto o destino de Jesus, mas o dos discípulos que permaneceriam. De fato, uma nova história estava prestes a começar para os seguidores de Cristo. A história daqueles que teriam aderido ao Senhor mesmo sem tê-lo visto. Os temas que se cruzam e são compreendidos são essencialmente dois: o amor a Jesus e o dom do Espírito Santo.
Entretanto, os apóstolos ficaram perturbados com as palavras de despedida que ouviram: palavras como “órfãos”, “abandonados”, “vocês não me verão mais”. Só lhes restava uma palavra de consolo: amor! O amor a Cristo não é mais expresso por um mandamento, mas por um firme condicional “se...” do qual surge a escolha de um seguimento fundamental para a salvação: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14,23). Jesus ofereceu aos seus discípulos o centro do seu ensinamento ao apresentar o vínculo indissolúvel entre o amor a Jesus e a observância da sua Palavra. O importante para Jesus não é que alguém se lembre dele como um milagreiro ou como um fazedor de milagres. Jesus pede um relacionamento pessoal de amor. A prova de que se ama verdadeiramente o Senhor é a obediência. Não se pode falar de verdadeiro amor ao Senhor se não se observa a sua Palavra. Assim, o amor não é uma declaração de intenção. O amor é um estilo de vida! Quem ama obedece: observa a Palavra do Senhor. As palavras de João em sua primeira carta são reconfortantes, quando ele afirma: “Todo aquele que guarda a palavra de Jesus, nele o amor de Deus é aperfeiçoado” (1Jo 2,5). Existe uma estreita relação entre o amor a Jesus e a observância da sua palavra.
Observar a Palavra não é uma obediência anônima, mas significa deixar-se proteger por ela para que ela nos defenda e nos distinga. A Palavra de vida proclamada por Cristo e acolhida no coração do homem faz do coração a morada terrena do Pai, que ali habita com o Filho e com o Espírito. Que envolve ouvir, meditar, orar e fazer. Estes são os compromissos que caracterizam a comunidade apostólica. Traduzir os ensinamentos de Cristo em experiência de vida cristã é prova da autenticidade do nosso amor por ele. Com esta declaração exigente, Jesus estabelece uma diferença entre aqueles que creem e aqueles que não creem. Quem ama verdadeiramente o Senhor escuta-o, segue-o, deixa-se guiar por Ele, porque sabe que obedecer-lhe não é um peso, mas um sinal de amor.
O segundo tema diz respeito à obra do Espírito Consolador que “ensinará todas as coisas”. Após sua morte, Jesus enviará seu Espírito, por meio do qual o Pai e ele mesmo habitarão em seus discípulos. A tarefa do Espírito é ensinar e lembrar. Este é um ensinamento compreendido em sua plenitude. “Tudo” significa sua plenitude, sua razão profunda. Não é apenas uma memória repetitiva, mas uma memória que se atualiza. O Espírito ajuda o discípulo do Senhor a interpretar a própria história à luz da Palavra, para que cada acontecimento se torne lugar de revelação e salvação.
Portanto, o trecho do Evangelho indica as diretrizes para um bom caminho que Jesus confiou à comunidade dos discípulos para sua caminhada na história: Palavra, Espírito Santo, Paz, coragem. Jesus, antes de sua paixão, disse aos seus seguidores o que eles deveriam fazer enquanto esperavam seu retorno. Suas palavras não eram destinadas apenas aos doze, mas também aos discípulos de todos os tempos. Devemos então nos perguntar: depois de vinte séculos de cristianismo, o que fizemos com o Evangelho de Jesus? Nós o observamos e praticamos fielmente ou o usamos para nossos próprios interesses? Acolhemos as palavras do Evangelho em nossos corações ou as esquecemos sem qualquer escrúpulo? Nós a proclamamos autenticamente ou a confundimos com outras doutrinas?
Deixemos que o Espírito seja o protagonista que mantém a história de Jesus aberta, tornando-a perpetuamente atual e salvífica em nossa vida. Afinal, sem o Espírito, a história de Jesus – incluindo sua ressurreição – teria permanecido uma história encerrada no passado, não um evento perpetuamente contemporâneo que pede cotidianamente que amemos e guardemos Sua Palavra.
Dom Cícero Alves de FrançaBispo
Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal Região Belém
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/03/Ano-49C-34-6o-DOMINGO-DE-PASCOA.pdf

Comentário do Evangelho

Promessa e Comunhão na Nova Jerusalém


A chegada da partida de Jesus ao Pai se aproxima. O 6º Domingo da Páscoa destaca a promessa do envio do Espírito Santo aos seus discípulos. Esse Espírito é a presença de Deus que se faz morada entre os homens, formando a Nova Jerusalém — um símbolo de comunhão e força, mesmo diante das dificuldades. Foi pelo Espírito Santo que os apóstolos receberam impulso para levar a Boa Nova até os confins da Terra, alcançando até os pagãos.
Na primeira leitura, há um debate entre os cristãos que vieram do judaísmo sobre a circuncisão. Entretanto, o Espírito, presente na comunidade de Antioquia, ilumina os discípulos para que superem essas divergências e continuem a missão evangelizadora. O Espírito Santo é Deus no meio do seu povo, representado pela imagem da Jerusalém celeste que desce do céu, conforme a segunda leitura.
Essa cidade sagrada se caracteriza pela perfeição do número doze — presente nas portas, anjos, tribos, alicerces e apóstolos — e pelo brilho das pedras preciosas que refletem sua glória. No centro, o Cordeiro vencedor da morte manifesta a luz de Deus, dissipando toda escuridão.
Jesus prepara seus discípulos para sua partida, mas não deseja que fiquem aflitos ou perturbados. Pelo contrário, quer que se alegrem e se sintam consolados, pois ele estará com o Pai e enviará o Espírito Consolador, que guiará e fortalecerá sua missão. Esse Espírito ajudará os discípulos a entenderem plenamente os ensinamentos e gestos de Jesus, após a experiência pascal.
Assim, os seguidores de Cristo são chamados a guardar fielmente a Palavra que vem do Pai e, por meio dela, experimentar seu amor. A promessa divina inclui também a vinda do Filho e do Pai para habitar no meio dos fiéis. A presença do Deus Uno e Trino entre a humanidade gera uma paz verdadeira, diferente daquela oferecida pelo mundo.
Essa paz anunciada por Jesus acalma o coração, afasta todo medo e inspira coragem para cumprir a missão, mesmo diante das provações. A comunidade que vive esse amor e paz, frutos da presença divina, é chamada a se tornar uma Nova Jerusalém — a “cidade da paz” em seu sentido mais profundo.
Em comunhão com Deus e entre irmãos, deixemo-nos conduzir pelo Senhor, confiantes de que Ele sempre caminha conosco, fortalecendo-nos para ser testemunhas vivas do Evangelho.
https://catequisar.com.br/liturgia/promessa-e-comunhao-na-nova-jerusalem/

Reflexão

Esta página do Evangelho está no contexto da última ceia e faz parte do grande discurso de despedida de Jesus. A leitura insiste no amor e na vivência da Palavra de Jesus, para mantê-la no coração e aquecê-la com afeto. Assim, formaremos comunhão de vida com o Pai e com seu Filho. As palavras de Jesus são as mesmas do Pai. Jesus soube captar o desejo e a vontade de seu Pai. O Pai e Jesus, que são um, estabelecem sua morada com os seguidores do Mestre, formando, juntos, uma nova família. Jesus é o laço de união entre o Pai e cada seguidor seu. A função do Espírito é fazer-nos recordar e compreender o que Jesus ensinou durante sua vida. O Espírito é a memória sempre atualizada da prática de Jesus em todos os tempos e lugares. Ao se despedir, Jesus nos oferece o dom da paz. Não a “pax romana”, que oprimia, mas a paz que plenifica a vida e que é fruto da justiça. Viver a “paz de Jesus” é não se comprometer com os esquemas de violência e dominação.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/25-domingo-9/

Reflexão

«Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada»

Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu
(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, antes de celebrar a Ascensão e Pentecostes, voltemos a ler as palavras do chamado sermão da Última Ceia, na que devemos ver diversas maneiras de apresentar uma única mensagem, já que tudo brota da união de Cristo com o Pai e da vontade de Deus de associar-nos a este mistério de amor.
A Santa Teresinha do Menino Jesus um dia lhe ofereceram diversos presentes para que ela escolhesse, e ela —com uma grande decisão mesmo apesar de sua pouca idade— disse: «Escolho tudo». Já depois entendeu que este escolher tudo deveria se de concretizar em querer ser o amor na Igreja, pois um corpo sem amor não teria sentido. Deus é este mistério de amor, um amor concreto, pessoal, feito carne no Filho Jesus que chega a dar tudo: Ele mesmo, sua vida e seus atos são a máxima e mais clara mensagem de Deus.
É deste amor que abrange tudo de onde nasce a “paz”. Esta é hoje uma palavra desejada: queremos paz e tudo são alarmes e violências. Só conseguiremos a paz se nos voltamos a Jesus, já que é Ele quem nos dá a paz como fruto de seu amor total. Mas não nos dá como o mundo faz. «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), pois a paz de Jesus não é a tranquilidade e a despreocupação, pelo contrário: a solidariedade que se transforma em fraternidade, a capacidade de ver-nos e de ver aos outros com olhos novos como faz o Senhor, e assim perdoar-nos. Dai nasce uma grande serenidade que nos faz ver as coisas tal e como são, e não como parecem. Seguindo por este caminho chegaremos a ser felizes.
«Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito» (Jo 14,26). Nestes últimos dias de Páscoa peçamos abrir-nos ao Espírito: O recebemos ao sermos batizados e crismados, mas é necessário que —como dom ulterior —volte a brotar em nós e nos faça chegar lá onde não ousaríamos.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Se fechares a porta da tua alma, deixas fora a Cristo. Embora tenha o poder de entrar, não quer ser inoportuno, não quer obrigar à força» (Santo Ambrósio)

- «Ao longo da história da salvação, na qual Deus se fez próximo de nós e espera pacientemente os nossos tempos, incluindo as nossas infidelidades, encoraja os nossos esforços e guia-nos. Na oração aprendemos a ver os sinais deste plano misericordioso» (Bento XVI)

- «A forma tradicional de pedir o Espírito é invocar o Pai, por Cristo, nosso Senhor, para que nos dê o Espírito Consolador. Jesus insiste nesta petição em seu Nome no próprio momento em que promete o dom do Espírito de Verdade. Mas também é tradicional a oração mais simples e mais direta: ‘Vinde, Espírito Santo’» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.671)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-05-25

Reflexão

Jesus está sempre presente junto a nós e por nós

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o Jesus que se despede não vai a nenhuma parte em um astro distante. Ele entra na comunhão de vida e poder com o Deus vivente, na situação de superioridade de Deus sobre todo espaço.
Não se foi, sem que, em virtude do mesmo poder de Deus, agora está sempre presente junto a nós e por nós. Nos discursos de despedida no Evangelho de João, Jesus diz exatamente isto a seus discípulos: “Vou embora e voltarei a vos”. Aqui está sintetizada maravilhosamente a peculiaridade de “ir” de Jesus, que é ao mesmo tempo seu “vir”, e com isto fica explicado também o mistério sobre de a cruz, a ressurreição e a ascensão. Seu ir-se é exatamente um vir, um novo modo de proximidade, de presença permanente, que João põe também em relação com a “alegria”.
—Uma vez que Jesus está junto ao Padre, não está distante, e sim perto de nós. Ele não está agora em um só lugar, mas está presente ao lado de todos.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-05-25

Comentário sobre o Evangelho

Jesus aos Apóstolos: «Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e faremos nele a nossa morada»


Hoje, Jesus ainda nos dirige palavras de despedida. Diz que, se O amarmos, Ele e o Pai estarão conosco. Que grande alegria saber que Deus está tão perto daqueles que O amam! E, para nosso consolo, Eles vão enviar-nos o seu Amor, o Espírito Santo, para nos guiar.
- Deus é uma pequena Família Divina: Pai, Filho e Espírito Santo. Três Pessoas que são um “Lar Divino” muito unido!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-05-25

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

A reflexão desse domingo nos remete à força do Espírito Santo que nos foi enviado por Jesus. Seu Espírito nos torna um, nos capacita e nos encoraja para anunciar, testemunhar e servir o seu Reino, que se revela como a sociedade querida por Deus, o mundo novo, nascido do Espírito Santo.
As leituras nos mostram os caminhos do Espírito de Deus que sopra sobre nós para nos inspirar a responder aos problemas do nosso tempo. Na primeira leitura o problema era socio-cultural-religioso. A comunidade de Antioquia discutia entre si se era necessário circuncidar os pagãos que abraçavam a fé em Jesus Cristo e esse foi o tema do primeiro concílio realizado na história da Igreja: o Concílio de Jerusalém. Discerniram à luz do Espírito Santo e, assim, como Jesus agia, os apóstolos também agiram permitindo que o amor estivesse acima da lei.
Ainda hoje, enfrentamos muitos problemas que necessitam da iluminação do Espírito Santo para serem encarados com coragem e resolvidos com perseverança. O desiquilíbrio da natureza nos maus-tratos com nosso meio ambiente, a injustiça, o preconceito, a violência nos maus-tratos com a pessoa humana e a falta de compromisso com os valores reais que ferem nossa sociedade, que grita por Ressurreição.
A segunda leitura, juntamente com o Evangelho, nos revela a resposta de Deus que abraça a todos com seu amor e deseja reconstruir a humanidade a partir da Ressurreição de seu Filho Jesus. Naquela sociedade que esperava um Messias guerreiro, Ele se apresenta como o Cordeiro imolado, um Messias manso, que dá sua vida para renovar o mundo.
No Evangelho, ainda temos o próprio Jesus revelando seu sofrimento e sua glória e o que Ele pede aos seus discípulos é que quando tudo acontecer, eles se lembrem de quem é o Messias: o Redentor que salvou o mundo com seu amor, dando seu próprio sangue morrendo na cruz e recriando o mundo com a força e a graça de sua Ressurreição.
Antes de celebrarmos a Ascensão do Senhor, na semana que vem, precisamos nos recordar e nos abastecer do seu amor: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,23). Lembrados disso, nos tornamos seus discípulos-missionários, dispostos a anunciar o Reino com nossas atitudes e palavras onde quer que estejamos, sempre com a certeza de que Ele permanece conosco, vivo e ressuscitado.
Pe. Lucas Emanuel Almeida, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=25%2F05%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: DEUS TODO-PODEROSO, dai-nos viver com ardor estes dias de júbilo em honra do Senhor ressuscitado, para que sempre manifestemos com nossas obras o mistério que celebramos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=25%2F05%2F2025&leitura=meditacao

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