quarta-feira, 6 de novembro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/11/2024

ANO B


Lc 14,25-33

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Condições para ser discípulo


A quarta etapa da subida de Jesus a Jerusalém começa com a observação de Lucas de que “grandes multidões acompanhavam Jesus”, e trata exatamente do seguimento de Jesus. Quem quer seguir Jesus deve se desapegar de tudo, dos afetos familiares e da própria vida. Os seguidores de Jesus devem estar livres de qualquer compromisso que não seja o anúncio do Reino de Deus. Quando Jesus diz que é preciso preferir a ele mais do que à própria vida, não está propondo para desistirmos de viver. Está pedindo que nossa vida esteja a seu serviço. Não está pedindo que abandonemos a família. Está pedindo que nosso relacionamento familiar esteja a seu serviço. E pede também que o discípulo tenha disposição de carregar a própria cruz.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/condicoes-para-ser-discipulo/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/condicoes-para-ser-discipulo-06112024

Reflexão

Quem aceita o convite de Jesus para segui-lo tem de estar disposto a assumir a proposta do Reino dos Céus, ou seja, a prática da justiça e o exercício da fraternidade. Não é possível continuar mergulhado nas solicitações deste mundo e, ao mesmo tempo, ser autêntico discípulo do divino Mestre. Tudo deve ser colocado na balança: também os afetos referentes aos laços familiares. Servir ao mundo e seguir a Jesus Cristo são duas atitudes que não combinam. É preciso escolher e decidir. Prioridade é para o Reino. Viver como cristão não consiste em exibir camisetas com a figura de Jesus ou fazer passeata gritando bordões favoráveis a Cristo. A vida cristã pede convicções mais profundas. Do contrário, diante das primeiras tribulações, o cristão renega o Mestre e escapa do campo de missão.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-quarta-feira-9/

Reflexão

«Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo»

Rev. D. Joan GUITERAS i Vilanova
(Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus no caminho até Jerusalém. Ai entregará a sua vida para a salvação do mundo. Grandes multidões acompanhavam Jesus (Lc 14,25): Os discípulos, ao andar com Jesus que os precede, devem aprender a ser homens novos. É esta a finalidade das instruções que o Senhor expõe e propõe aos que o seguem na sua ascensão à Cidade da paz.
Discípulo significa seguidor. Seguir as pisadas do Mestre, ser como Ele, pensar como Ele, viver como Ele... O discípulo convive com o Mestre e o acompanha. O Senhor ensina com atos e com palavras. Viram claramente a atitude de Cristo entre o Absoluto e o relativo. Ouviram muitas vezes da sua boca que Deus é o primeiro valor da existência. Admiraram a relação entre Jesus e o Pai celestial. Viram a dignidade e a confiança com que orava ao pai. Admiraram a sua pobreza radical.
Hoje o Senhor fala-nos com termos claros. O autêntico discípulo há de amar com todo o seu coração e toda a sua alma a nosso Senhor Jesus Cristo, por cima de todo o vínculo, inclusive do mais íntimo: Se alguém vem a mim, mas não me prefere... até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14,26-17). Ele ocupa o primeiro lugar na vida do seguidor. Diz Santo Agostinho: Respondamos ao pai e à mãe: Eu vos amo em Cristo, não no lugar de Cristo. O seguimento precede inclusive ao amor pela própria vida. Seguir Jesus, ao fim e ao cabo, implica abraçar a cruz. Sem cruz não há discípulo.
O chamamento evangélico exorta à prudência, quer dizer, à virtude que dirige a atuação adequada. Quem quer construir uma torre deve calcular se a poderá terminar. O rei que tem que combater decide se vai à guerra ou pede a paz depois de considerar o número de soldados de que dispõe. Quem quer ser discípulo do Senhor tem que renunciar a todos os seus bens. A renúncia será a melhor aposta!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O nosso nascimento espiritual é o resultado de uma escolha livre e, de certa forma, somos os nossos próprios pais, criando-nos como queremos ser e formando-nos pela nossa vontade segundo o modelo que escolhemos» (S. Gregório de Nissa)

- «Para os cristãos, carregar a cruz não é algo opcional, mas uma missão a ser abraçada por amor. No nosso mundo de hoje, Cristo não deixa de a todos nos propor o seu claro convite: quem quiser ser meu discípulo, renuncie ao seu egoísmo e carregue a sua cruz comigo» (Bento XVI)

- «Jesus impõe aos seus discípulos que O prefiram a tudo e a todos e propõe-lhes que `renunciem a todos os seus bens´ (Lc 14,33) por causa d'Ele e do Evangelho. Pouco antes da sua paixão, deu-lhes o exemplo da pobre viúva de Jerusalém que, da sua penúria, deu tudo o que tinha para viver. O preceito do desapego das riquezas é obrigatório para entrar no Reino dos céus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.544)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-11-06

Reflexão

A responsabilidade moral na atividade econômica

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, somos confrontados com o apelo de Cristo à prudência ("sentar-se primeiro a calcular"), situando-o no contexto da atividade económica, cujas crises globais não são alheias ao "deficit" generalizado de prudência («a ganância é um dos principais perigos», afirmou João Paulo II).
A essência da atividade-ação econômica é algo muito simples: precisamos de alocar os nossos recursos (limitados) a finalidades alternativas (não podemos fazer tudo). Este "exercício de alocação" realizamo-lo todos, todos os dias, em todas as nossas atividades (tempo, estudos, compras, escolhemos cônjuge!, etc.). Esta "racionalidade económica" é profundamente ética: onde haja escolha de finalidades, aí há responsabilidade moral (elegemos as finalidades de acordo com a visão que temos do homem).
— A História mostra que este processo de alocação de recursos a finalidades alternativas costuma ser "inconsistente", incoerente: começamos "casas" que não poderemos terminar, ou, simplesmente, tentamos fazer coisas impossíveis e/ou inúteis. E isto a nível pessoal, familiar, empresarial e institucional. O apelo à prudência e à sobriedade é uma exigência ética e de racionalidade econômica.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-11-06

Comentário sobre o Evangelho

O cristão viaja com Jesus: a Cruz faz parte da bagagem


Hoje descobrimos que a vida cristã é uma viagem com Jesus. E em seu “carro” cabemos todos: familiares, amigos… Mesmo que muitos queiram ser cristãos, na realidade, não viajam com Jesus: Ficam no ponto de partida, ou abandonam logo, ou fazem outra viagem com outros companheiros… Isso? Problemas de bagagem!
—Pois…, a bagagem é a Cruz! Vale a pena se for para ir com Jesus!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-11-06

Meditação

“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos...”. Jesus exige de nós uma decisão bem pensada para não falharmos em nosso objetivo de vida. Temos de colocá-lo em primeiro lugar em nossa vida, acima de tudo e de todos. É um jogo no qual só podemos entrar apostando tudo e para sempre. Não é fácil, e está mesmo acima de nossas forças. Só ajudados e seduzidos por Ele é que podemos tomar essa decisão e continuar firmes.
Oração
Ó DEUS DE PODER E MISERICÓRDIA, que concedeis a vossos filhos e filhas o dom de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F11%2F2024&leitura=meditacao

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