ANO B
4º DOMINGO DA QUARESMA
Ano B - São Marcos - Cor Roxa ou Róseo
“Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”
“...Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito.”
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: “Fraternidade e Amizade Social”
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Cf. Mt 23,8)
Jo 3,14-21
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Durante toda a História, a humanidade buscou caminhos de se afastar de Deus e, por isso, caiu na sua própria enganação. Entretanto, o Senhor ao ser levantado na cruz, quer atrair todos ao seu amor, para assim não condenar, mas salvar os que o acolhem com alegria.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o canto inicial nos ofereceu o tom da Liturgia deste domingo: “Alegrai-vos, com Sião, Povo de Deus, e exultai por sua causa. Podereis alimentar-vos com fartura nas riquezas de sua glória!” No meio da Quaresma, na metade do caminho para a celebração da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós. Alegremo-nos, pois, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Durante toda a História, a humanidade buscou caminhos de se afastar de Deus e, por isso, caiu na sua própria enganação. Entretanto, o amor de nosso Senhor sempre esteve próximo para oferecer ao ser humano um caminho de conversão e mudança de vida. A proposta de Cristo não é de condenação, mas de salvação para todos que o acolhem.
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/14-de-marco-de-2021---4-Q.pdf (14/03/2021)
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o canto inicial nos ofereceu o tom da Liturgia deste domingo: “Alegrai- vos, com Sião, Povo de Deus, e exultai por sua causa. Podereis alimentar-vos com fartura nas riquezas de sua glória!” No meio da Quaresma, na metade do caminho para a celebração da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós. Alegremo-nos, pois, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano_45-b_-_21_-_4o_domingo_de_quaresma.pdf (14/03/2021)
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Neste domingo ecoa na liturgia uma das afirmações mais contundentes do Novo Testamento: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,17). Peçamos a graça de crer e sentir esse amor que alegra a vida inteira, como diz o salmo (Sl 90,14). Como povo peregrino, comemos de seu pão, antecipando na fé a realização da comunhão entre nós, com o mundo e com Deus. A comunidade cresce e se fortalece na medida em que põe em prática o projeto de Jesus, a serviço da vontade do Pai, manifestada pelos mandamentos e pela vida de Jesus. Lembramos que este domingo é de muita alegria, pois a Igreja nos lembra que a Páscoa do Senhor está se aproximando.
Fonte: NPD Brasil em 14/03/2021
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na celebração damos graças ao Pai, porque, em Jesus, realiza o maior gesto de amor para conosco. Contemplando-o erguido na cruz, nossas trevas são desmascaradas e vencidas e a esperança de um mundo feliz e libertado é reavivada. Alegremo-nos! O caminho quaresmal tem por objetivo aproximar-nos deste Cristo que, não vindo condenar o mundo, quer, mediante a conversão da humanidade, conceder vida plena a todos.
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/11-de-marco-de-2018---4-Q-novo-comentario.pdf (11/03/2018)
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o canto inicial nos ofereceu o tom da Liturgia deste domingo: “Alegra-te, Jerusalém, e quem no mundo te quer bem; se junte alegre para a festa, quem só curtia a tristeza. Contentes com satisfação, transbordem de consolação!” No meio da Quaresma, na metade do caminho para a celebração da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós. Alegremo-nos, pois, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/af_20_4o_domingo_da_quaresma.pdf (11/03/2018)
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Neste domingo ecoa na liturgia uma das afirmações mais contundentes do Novo Testamento: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,17). Peçamos a graça de crer e sentir esse amor que alegra a vida inteira, como diz o salmo (Sl 90,14). Como povo peregrino, comemos de seu pão, antecipando na fé a realização da comunhão entre nós, com o mundo e com Deus. A comunidade cresce e se fortalece na medida em que põe em prática o projeto de Jesus, a serviço da vontade do Pai, manifestada pelos mandamentos e pela vida de Jesus. Lembramos que este domingo é de muita alegria, pois a Igreja nos lembra que a Páscoa do Senhor está se aproximando.
Fonte: NPD Brasil em 11/03/2018
O AMOR INFINITO E MISERICORDIOSO DE DEUS
Em nosso itinerário em direção
à Páscoa, chegamos ao quarto
domingo de Quaresma. É um caminho com Jesus atravessando o
‘deserto’, isto é, um tempo para
escutar mais a voz de Deus e também esmagar as tentações que
falam dentro de nós. Ao horizonte deste deserto se aproxima a
Cruz. Jesus sabe que essa é o auge
de sua missão: de fato, a Cruz de
Cristo é o ápice do amor, que nos
doa a salvação. Ele mesmo diz no
Evangelho de hoje: “Como Moisés
levantou a serpente no deserto,
assim deve ser levantado o Filho
do homem, para que todo homem
que nele crê tenha vida eterna”(Jo
3,14-15).
A referência é ao episódio em que,
durante o êxodo do Egito, os judeus foram atacados por serpentes venenosas, e muitos morreram; então, Deus ordena a Moisés
que faça uma serpente de bronze
e a coloque sobre uma haste: se
um era mordido pelas serpentes,
olhava para a serpente de bronze
e era curado (cf, Nm 21,4-9).
Também Jesus será elevado sobre
a Cruz, para que qualquer um que
está em perigo de morte por causa do pecado, voltando-se com fé
a Ele, que morreu por nós, seja
salvo “Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo,
mas para que o mundo seja salvo
por ele”(Jo 3,17).
Santo Agostinha comenta: “O médico, para aqueles que dependem
dele, vem para salvar o doente. Se
um não segue a prescrição do médico, se arruína sozinho. O Salvador veio ao mundo... Se você não
quer ser salvo por ele, você será
julgado por si mesmo”(Sobre o
Evangelho de João 12, 12: PL 35,
1190).
Assim, se infinito é o amor misericordioso de Deus, que chegou
ao ponto de dar seu Filho único
em resgate a nossa vida, grande
é também a nossa responsabilidade: cada um, de fato, deve reconhecer que é doente, para poder
ser curado; cada um deve confessar o próprio pecado, para ter o
perdão de Deus, já doado sobre
a Cruz, possa ter efeito sobre seu
coração e sobre sua vida.
Escreve ainda Santo Agostinho:“‑ Deus condena os teus pecados, e
você também os condena, une-te
a Deus... Quando você começar
a desprezar o que faz, e logo começar a fazer boas obras, porque
condena suas obras ruis. As obras
começam com o reconhecimento
das obras ruins”(ibid., 13: PL 35,
1191).
Às vezes o homem ama mais as
trevas que a luz, porque é atacado
por seus pecados. Mas somente
abrindo-se à luz, somente
confessando sinceramente as
próprias culpas a Deus, que se
encontra a verdadeira paz e a
verdadeira alegria. É importante
então estar regularmente próximo ao Sacramento da Penitência, especialmente na Quaresma,
para receber o perdão do Senhor
e intensificar o nosso caminho de
conversão.
Papa Bento XVI
Angelus, 18/03/2012
SOBRE UM DEUS QUE NÃO DESISTE DE NÓS...
Desejo que todos possam voltar para casa com o coração pleno das graças obtidas na Santa Missa, na Comunhão Eucarística, na alegria de viver a amizade com o Cristo Senhor. Somos convocados a uma adesão de vida e de propósitos ao seu mistério de salvação. O Criador tem um projeto para resgatar a criatura. Depois do pecado de nossos pais a natureza humana retirou- se da face de Deus. Mas Ele sempre buscou resgatar seu povo. Há relatos de alianças que Ele fez conosco. Também narrativas dando conta que falhamos miseravelmente em nossos compromissos com o Pai. Ele, porém, não desiste de nós.
A Luz brilhou, mas preferimos as trevas. É o que entendemos na 1ª Leitura da Missa de hoje: o povo de Israel é levado ao exílio na Babilônia, permanecendo por quarenta anos, por que prevaricou contra Deus. Em bom português, prevaricar tem vários significados: deixar de cumprir um dever; saber o que tem que ser feito, mas por má fé ou por interesses próprios não fazer; descumprir leis que regem os bons costumes; quebrar a confiança de alguém... Alguns sinônimos: pecar, perverter, fraquejar. Nabucodonosor retirou o povo de sua terra. Deus, entretanto, suscitou Ciro, o rei da Pérsia, para ser uma luz: ele cuidou tão bem dos exilados, que o reconheceram como “o salvador prometido por Deus”. Assim, nos damos conta de que nosso Deus sempre ocasiona o aparecimento de algum clarão para iluminar Seu povo. Isto foi ontem, é hoje, e será sempre. Amém!
Em Cristo, a Luz brilhou de forma plena. Ele veio para nos retirar das trevas, resgatar do exílio, que seria eterno se o Pai não nos tivesse olhado com misericórdia. Ninguém conquista a salvação por méritos próprios. Gratia Dei! É pela graça de Deus! São Paulo diz: “É pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2,8). Busquemos viver na verdade e no bem, e conformes ao Evangelho. Aceitemos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador; e busquemos a santidade. Em Jo 3,21 lemos: “Quem age conforme a verdade, aproxima-se da luz”. Caminhemos sob a luz de Deus. Sejamos luz neste mundo de trevas. Para nós, Católicos, não há alternativa: ou nos deixamos alcançar pela misericórdia de Deus ou andaremos pela vida de mãos dadas com a hipocrisia. Deus edificou sua Igreja sobre os profetas e os santos, mas o povo eleito, mesmo tendo recebido muitos benefícios, nem sempre quis ouvir Sua voz. Ele está sempre à procura dos verdadeiros adoradores. Ele nos persegue! “Tu me caças, altivo como um leão”, exclamava Jó no meio de seus tormentos (Jo 10,16a).
O Padre italiano Renato Rosso, com quem convivi em circos e acampamentos ciganos de norte a sul do país, escreveu um livro chamado “La Consegna” (A Entrega). Nele há uma dedicatória muito bonita: “A tutti i ricercatti da Dio, perché si consegnino liberamente” (A todos os foragidos de Deus, para que se entreguem livremente). É como se Deus não quisesse permanecer sozinho. Adão, onde estás? Era este o chamado de Deus. Depois do pecado, Adão se escondia por entre as árvores do paraíso terrestre. Podemos dizer que esse chamado do Criador nunca mais cessou na “floresta da história”. Deus é fiel; permanece fiel; e nos busca em todas as veredas, nos espera depois de nossas fugas: Ele nos ama com um amor que somente Deus pode amar. Estanquemos essa fuga de um Deus que nos busca. Ele não se cansa de nos seguir. Foragidos... entreguemo-nos!
Dom Jorge Pierozan
Bispo Auxiliar de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano_45-b_-_21_-_4o_domingo_de_quaresma.pdf e NPD Brasil em 14/03/2021
QUARESMA E SÍNODO ARQUIDIOCESANO:
CONVERSÃO PASTORAL E MISSIONÁRIA
A Quaresma nos chama à conversão e isso significa, acima de tudo,
que nos voltemos para Deus, acolhamos sua presença entre nós e
em nossa vida pessoal, sigamos
seus caminhos e seus mandamentos. Além de ser uma “conversão
na fé”, também deve ser uma conversão na prática de nossa vida,
que deve ser mais e mais coerente com o Evangelho de Cristo.
O trecho do Evangelho lido hoje
nos fala da conversa de Jesus com
Nicodemos, que procurou Jesus
de noite, ainda na escuridão. Mas
ele já desejava a luz e reconheceu
em Jesus essa luz. A pedagogia de
Jesus, pouco a pouco, o conduziu “das trevas para a luz”. Jesus
o convidou a “nascer de novo”, a
ser uma pessoa nova... Isso indica
o significado profundo da conversão, mediante a adesão a Cristo e
ao Evangelho do Reino de Deus.
Na Quaresma, cada ano, fazemos
esse caminho pedagógico da passagem das trevas do mal, do pecado, da vida longe de Deus, fora
dos caminhos do Evangelho, para
a luz verdadeira, que é Cristo. Na
noite da Páscoa, proclamamos
essa “luz nova”, acendendo o círio
pascal e anunciando sua ressurreição. E nós também acenderemos nossas velas nessa luz nova
e renovaremos as promessas do
nosso Batismo, em sinal de nossa adesão a Cristo e à vida nova,
como convém aos cristãos.
Enquanto isso, nossa Arquidiocese vai fazendo o sínodo, que
também é um “caminho de conversão”. Nas paróquias e comunidades acontecem reuniões de
grupos, para uma renovada consciência sobre a vida e a missão da
Igreja, que se realiza (ou não se
realiza...) nas comunidades concretas de nossa Arquidiocese. A
conversão passa por uma tomada
de consciência, por um “olhar-se
no espelho”. Além de nos darmos
conta de muita coisa boa, pode
ser que tomemos consciência de
que muita coisa ainda não acontece, ou acontece menos bem e precisa ser mudada ou melhorada.
E isso requer uma “conversão pastoral”, uma adequação do jeito de
fazer e, sobretudo, do ânimo e da
motivação com que fazemos as
coisas. Na Conferência de Aparecida (2007), os bispos disseram
que já não podemos fazer apenas
uma “pastoral de conservação”,
repetindo as coisas do mesmo jeito de sempre, sem levar em conta
que as coisas mudaram e vão mudando ao nosso redor...
O papa Francisco pediu a toda a
Igreja uma verdadeira “conversão
missionária”, com o olhar voltado
“para fora”, para o vasto campo
missionário. Pediu a conversão
para uma “Igreja em saída missionária”, uma “Igreja em estado
de missão”. Que a Quaresma nos
ajude a recobrar novas motivações e um novo dinamismo pastoral e evangelizador.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/af_20_4o_domingo_da_quaresma.pdf (11/03/2018)
Comentário do Evangelho
O objeto do amor de Deus é o mundo
Estas palavras de Jesus fazem parte da sua fala no diálogo com Nicodemos, na primeira visita de Jesus a Jerusalém, no evangelho de João. Temos aqui o anúncio fundamental que pregava o evangelho de João. Deus, no seu grande amor, enviou seu Filho ao mundo, no qual a humanidade é elevada em dignidade e a vida eterna é comunicada a todos que nele crerem.
. O termo "mundo" (kósmos, no grego) é um conceito da cultura helênica, não tendo correspondente na cultura semita. No Novo Testamento tem sentidos diversos. Pode indicar toda a criação, ou a Terra apenas, mas com a centralidade na humanidade. Na criação, Deus viu que tudo era bom. Agora, com imenso amor doa seu Filho, portador da vida eterna, ao mundo. Está em questão a condenação ou a salvação. A salvação, na tradição de Israel, diz respeito ao resgate do castigo e da condenação dos infiéis pecadores (primeira leitura). Com Jesus esta ideia de salvação vai sendo didaticamente substituída pelo anúncio da libertação e do dom da vida eterna. O estar condenado ou não estar condenado é substituído pelas atitudes de não crer ou crer em Jesus, Filho único de Deus. Quem crer em Jesus recebe o dom da vida eterna. Quem não crer, exclui-se deste dom.
O Pai que "entrega" seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo, foi entendido dentro das categorias do judaísmo como oferta sacrifical. Jesus seria sacrificado na cruz nos moldes dos cordeiros no altar do Templo de Jerusalém, ou como Isaac que é levado ao sacrifício por seu pai Abraão. Terrível compreensão! Deus é amor! Seu Filho Jesus não vem para condenar, mas, com seu amor divino, vem, no Espírito Santo, para comunicar a vida aos homens e mulheres. É um renascer para a eternidade, é a ressurreição.
Ao dom de Deus ao mundo seguem-se o crer e o não crer. No evangelho de João o mundo está submisso ao príncipe das trevas. Não é necessário pensar em entidades demoníacas. Trata-se do poder da morte. São os poderosos deste mundo que semeiam a morte em vista de garantir e consolidar suas riquezas, seu poder econômico, militar e ideológico, apelando para contra-valores seculares ou religiosos. Os discípulos eram do mundo, mas foram libertados de seu poder e de sua ideologia pela adesão ao projeto de Jesus. Eles são a semente da libertação do mundo. Na solidariedade e na fraternidade promovem a vida, que é dom gratuito de Deus em seu imenso amor (segunda leitura). O crer é a porta para a vida eterna. Crer no nome do Filho é seguir Jesus. É ser portador da misericórdia e da vida ao mundo. Viver o amor no convívio familiar, comunitário e social, desvelando a presença de Deus no mundo.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, livra-me do poder das trevas e da morte, e faze-me voltar sempre mais para ti, que és penhor de vida e salvação.
Fonte: Paulinas em 18/03/2012
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Todo aquele que nele crer, tenha a vida eterna
O povo de Israel saiu do Egito e na travessia do deserto enfrentou muitas dificuldades. Uma delas foi as serpentes venenosas. Muita gente morreu com a sua picada. Foi um castigo por causa das murmurações contra Deus e Moisés. O povo se arrependeu e Moisés intercedeu junto de Deus.
O Senhor mandou que se fizesse uma serpente de bronze e fosse colocada em uma haste. Alguém, picado por uma cobra, olhando para a imagem da serpente, ficava curado. Assim está escrito no Livro dos Números e a este acontecimento Jesus se refere na conversa com Nicodemos, sábio fariseu de Israel. “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna”, foi o que Jesus disse ao velho Nicodemos. O episódio do deserto se torna símbolo da realidade da cruz. A serpente é o demônio com seu poder exercido contra os seres humanos. Ela fez com que a árvore do paraíso se tornasse causa de perdição da humanidade.
Olhando agora para a árvore da cruz, a mesma humanidade encontra a salvação. Na árvore da cruz está o corpo crucificado de Jesus Cristo, de quem nos vem a salvação. Na luz da cruz nossas ações se tornam manifestas. Dessa luz se aproximam os que praticam a verdade e não temem que suas obras sejam denunciadas, porque são praticadas em Deus. A imagem, seja da serpente, seja da cruz, fala como falam as letras de um texto escrito. A imagem é outro tipo de Escritura para os olhos da fé.
O que se vê é o Senhor Jesus entregando sua vida para a salvação do mundo. Salvação do quê? Das picadas da serpente, que são reais, tanto a serpente quanto as picadas. Deus, na sua misericórdia, preparou para nós boas obras para serem praticadas. Elas não contêm veneno e são sinal de que nos libertamos do poder da serpente. Isto é dom de Deus e não vem das obras, para que ninguém se glorie. Nossa glória é a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/todo-aquele-que-nele-crer-tenha-a-vida-eterna/ e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/e-preciso-que-o-filho-do-homem-seja-elevado-a-fim-de-que-todo-aquele-que-cre-tenha-nele-vida-eterna-10032024
Vivendo a Palavra
«Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele.» Talvez esteja neste versículo (Jo 3,16) o melhor resumo da História da nossa salvação. Façamos da certeza de que somos amados pelo Pai a razão da nossa alegria e da nossa própria existência.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2012
VIVENDO A PALAVRA
«Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.» Talvez esteja neste versículo (Jo 3,16) o melhor resumo da História da nossa salvação. Façamos da certeza de que somos amados pelo Pai a razão da nossa alegria e da nossa própria existência.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/03/2018
VIVENDO A PALAVRA
Em poucas palavras, a síntese completa da História da nossa Salvação, o resumo das Escrituras Sagradas: «Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho Único, para que todo aquele que nele acredita não morra, mas tenha a Vida Eterna». Nós somos salvos pela Graça por meio da Fé e não por nossas obras. Demos Graças a Deus!
Fonte: Arquidiocese BH em 14/03/2021
Reflexão
“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único… para que o mundo seja salvo por meio dele.” Para salvar a humanidade, Jesus investiu toda a sua vida: sabedoria, incansável dedicação, forças físicas… e morte na cruz. Fez a entrega de si mesmo. Entrega gratuita, incondicional. Amor total, com o risco de não ser correspondido. De fato, o ser humano, criado por Deus e dotado de razão e liberdade, continua livre para amar a Deus ou ignorá-lo, aproximar-se da luz ou embrenhar-se na escuridão, praticar a verdade ou afundar nas trevas do erro. A passagem do quarto Evangelho afirma que o “Filho único” de Deus não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo. Jesus oferece a salvação. Cabe a cada criatura humana dar a Deus uma resposta de amor. Ou não.
Oração
Jesus Cristo, Senhor nosso, saíste do Pai e vieste até nós para nos salvar. Em contrapartida, exiges que creiamos em ti como o Filho único do Pai. Concede-nos agir de acordo com a verdade, para que nos aproximemos cada vez mais de ti, que és a luz do mundo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 14/03/2021
Reflexão
Olhar para a serpente de bronze, erguida num poste, livrava da morte repentina os que eram mordidos pelas serpentes venenosas (cf. Nm 21,8-9). É imagem de Jesus exaltado na cruz para dar a vida eterna. Jesus põe em destaque a essência da salvação: Deus amou de tal modo as pessoas deste mundo que lhes entregou seu dom mais precioso, o próprio “Filho único”, para que elas tenham a vida plena. Jesus não veio condenar, mas salvar. Ele é a luz que ilumina a todos e lhes dá condições de se tornarem filhos de Deus. Não acreditar no dom amoroso do Pai é recusar a salvação. Ao vir ao mundo, Jesus provoca o julgamento, isto é, a separação entre os que creem e os que não creem. Diante das palavras e da prática de Jesus, ninguém pode permanecer neutro: cada um deve tomar posição, a favor de Jesus ou contra ele.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
«Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único»
Rev. D. Joan Ant. MATEO i García
(Tremp, Lleida, Espanha)
Hoje a liturgia oferece-nos um aroma antecipado da alegria pascal. Os ornamentos do celebrante são rosados. É o do “laetare” que nos convida a uma serena alegria. «Festejai a Jerusalém, alegrai-vos todos os que a amais...», canta a antífona da entrada.
Deus quer que estejamos contentes. A psicologia mais elementar diz-nos que uma pessoa que não vive contente acaba enferma de corpo e espírito. Mas, a nossa alegria deve estar bem fundamentada, deve ser a expressão da serenidade de viver uma vida com pleno sentido. De outra forma, a alegria degeneraria em superficialidade, em tolice. Santa Teresa distinguia acertadamente entre “santa alegria” e “louca alegria”. Esta última é apenas exterior, dura pouco e deixa um sabor amargo.
Vivemos tempos difíceis para a vida da fé. Mas também são tempos apaixonantes. Experimentamos, de certa forma, o exílio babilônico que canta o salmo. Na verdade, também nós podemos viver uma experiência de exílio «chorando a nostalgia de Sion» (Sal 136,1). As dificuldades exteriores e, sobre tudo o pecado, pode levar-nos perto dos rios da Babilônia. Apesar de tudo, temos motivos de esperança e Deus continua dizendo: «Que se me cole a língua ao paladar se não me lembrar de ti» (Sal 136,6).
Podemos viver sempre contentes porque Deus nos ama loucamente, tanto que nos «deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Brevemente acompanharemos este Filho único no seu caminho de morte e ressurreição. Contemplaremos o amor Daquele que tanto ama, que se entregou por nós, por ti e por mim. Ficaremos cheios de amor e olharemos Aquele que trespassaram (Jo 19,37), e crescerá em nós uma alegria que ninguém nos poderá tirar.
A verdadeira alegria que ilumina a nossa vida não provem do nosso esforço. São Paulo recorda-nos: não vem de vós, é um dom de Deus, somos obra sua (Col 1,11). Deixemo-nos amar por Deus e amemo-lo, e a alegria será grande na próxima Páscoa e na vida. E não nos esqueçamos de nos deixarmos acariciar e regenerar por Deus com uma boa confissão antes da Páscoa.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Segundo as palavras dirigidas a Nicodemos, Deus dá o seu Filho ao “mundo” para libertar o homem do mal, que traz em si a perspectiva definitiva e absoluta do sofrimento. Esta libertação deve ser realizada pelo Filho unigênito através do seu próprio sofrimento. E nisto manifesta-se o amor infinito: o amor salvífico» (São João Paulo II)
- «Sintamos dentro de nós que Deus nos ama verdadeiramente. Esta é a expressão mais simples que resume todo o Evangelho: Deus nos ama com amor gratuito e sem medida» (Francisco)
- «O amor de Deus para com Israel é comparado ao amor dum pai para com o seu filho(Os 11,1). Este amor é mais forte que o de uma mãe para com os seus filhos. Deus ama o seu povo, mais que um esposo a sua bem-amada (Is 62,4-5); este amor vencerá mesmo as piores infidelidades; e chegará ao mais precioso de todos os dons: ‘Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe entregou o seu Filho Único’ (Jo 3, 16)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 219)
Reflexão
O lavatório que nos purifica é o amor de Jesus que chega até a morte
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Jesus exaltado na Cruz aparece como salvação para todos os que o mirem com fé. Para entrar em comunhão com Deus, o homem deve ser “puro”. Porém quanto mais se adentra na luz, tanto mais se sente necessitado de purificação. Por isso as religiões criaram sistemas de "purificação".
Porém, Jesus deu em troca um câmbio radical ao conceito de pureza ante Deus: Não são as praticas rituais as que purificam. A pureza e a impureza têm lugar no coração do homem e, a fé é o que purifica o coração (cf. Ats 15,5-11). Dita fé deve-se a que Deus sai ao encontro do homem (não é simplesmente uma decisão autónoma dos homens).
—O lavatório que nos purifica é o amor de Jesus que chega até a morte. Na grande aspiração da humanidade à pureza, o Evangelho de João —Jesus mesmo— indica-nos o rumo: Ele, que é Deus e Homem ao mesmo tempo, nos faz capazes de Deus.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus explica a Nicodemos como Ele vai salvar o mundo
Hoje assistimos a uma conversação de alto nível. Nicodemos é um bom doutor da Lei: sem prejuízos, humilde, receptivo! Cristo lhe anuncia “escuramente” como Ele salvaria o mundo: “levantado”. Nicodemos o entendeu? Pelo menos, escutou com atenção. O cristianismo consiste em: escutar a voz de Deus e aceitar sua vontade.
—Nicodemos o entendeu mais tarde. Aí, no Calvário, ao pé da Cruz esteve Nicodemos para recolher o Corpo do Senhor e sepultá-lo. Ali conheceu à Virgem!
Meditando o evangelho
O SINAL DE SALVAÇÃO
Na tentativa de instruir Nicodemos, discípulo às escondidas, nas coisas da fé, Jesus retomou um fato importante da história do povo de Israel, quando este caminhava pelo deserto. A experiência de pecado e rebelião contra Deus havia desencadeado o castigo divino. Para aplacar a ira divina, o próprio Deus recomendou a Moisés fundir uma serpente de bronze. Assim, quem, porventura, olhasse para ela, seria poupado desse castigo.
Este fato da história do povo de Israel ofereceu elementos para a compreensão da morte de Jesus na cruz. De novo, encontramos a humanidade imersa no pecado, incapaz de ser livrar da maldição que a rebelião contra Deus lhe impingiu. Somente o Pai poderia oferecer um caminho de superação desta trágica situação. Seu Filho, suspenso na cruz, torna-se-ia, como a serpente no deserto, penhor de salvação para quem se voltasse para ele com fé. A morte de cruz, portanto, teria uma finalidade absolutamente salvífica. Através dela, seria possível obter a vida eterna.
O envio do Filho Jesus ao mundo foi fruto da benevolência divina para com a humanidade pecadora. Contudo, existe quem se recuse a voltar-se para Jesus e reconhecê-lo como fonte de salvação, preferindo caminhar nas trevas. Ao invés, quem se faz discípulo da verdade e age movido por Deus, volta-se confiante para Jesus, para dele receber a salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me do poder das trevas e da morte, e faze-me voltar sempre mais para ti, que és penhor de vida e salvação.
Fonte: Dom Total em 11/03/2018 e 14/03/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. JESUS E NICODEMOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
Neste texto do Evangelho de hoje, temos a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João recorre ao simbolismo da serpente de bronze (cf. Nm 21,9) - a qual, pela fé, libertava das mordidas mortais das serpentes do deserto para aplicá-lo à fé em Jesus, pelo qual se tem a vida eterna.
Este diálogo com Nicodemos é um convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz. Cabe ao leitor fazer sua opção.
Na primeira leitura temos a teologia do castigo e do arrependimento, com a retomada da aliança. Os habitantes de Judá, exilados na Babilônia por Nabucodonosor, após o sofrimento do exílio, encontram a benevolência de Ciro, da Pérsia, o qual os contempla com a reconstrução do templo de Jerusalém. O tema predominante no Evangelho de João é o dom da vida eterna por Jesus.
Neste tempo de quaresma, somos convidados à conversão, a nascer do Espírito, a nascer para a liberdade e para o amor, pois para isto fomos feitos (segunda leitura). Pelas obras praticadas em Deus, unimo-nos com Jesus e vivemos com ele na eternidade, na unidade do Pai e do Espírito.
Fonte: NPD Brasil 18/03/2012
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Deus deu ao mundo o seu Filho único
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
O povo de Israel saiu do Egito e na travessia do deserto enfrentou muitas dificuldades. Uma delas foram as serpentes venenosas. Muita gente morreu com a sua picada. Foi um castigo por causa das murmurações contra Deus e Moisés. O povo se arrependeu e Moisés intercedeu junto de Deus. O Senhor mandou que se fizesse uma serpente de bronze e fosse colocada numa haste. Alguém, picado por uma cobra, olhando para a imagem da serpente, ficava curado. Assim está escrito no Livro dos Números e a este acontecimento Jesus se refere na conversa com Nicodemos, sábio fariseu de Israel. “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna”, foi o que Jesus disse ao velho Nicodemos.
O episódio do deserto se torna símbolo da realidade da cruz. A serpente é o demônio com seu poder exercido contra os seres humanos. Ela fez com que a árvore do paraíso se tornasse causa de perdição da humanidade. Olhando agora para a árvore da cruz, a mesma humanidade encontra a salvação. Na árvore da cruz está o corpo crucificado de Jesus Cristo, de quem nos vem a salvação. Na luz da cruz nossas ações se tornam manifestas. Desta luz se aproximam os que praticam a verdade e não temem que suas obras sejam denunciadas, porque são praticadas em Deus.
A imagem, seja da serpente, seja da cruz, fala como falam as letras de um texto escrito. A imagem é outro tipo de Escritura para os olhos da fé. O que se vê é o Senhor Jesus entregando sua vida para a salvação do mundo. Salvação do quê? Das picadas da serpente, que são reais, tanto a serpente quanto as picadas. Deus, na sua misericórdia, preparou para nós boas obras para serem praticadas. Elas não contêm veneno e são sinal de que nos libertamos do poder da serpente. Isto é dom de Deus e não vem das obras, para que ninguém se glorie. Nossa glória é a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Deus elevado na cruz...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Talvez se substituirmos a palavra elevar-se pela palavra Subir, a gente possa compreender melhor a profundidade do versículo inicial desse evangelho. Subir significa estar em ascensão, ser referência, mostrar seu poder, ser visto e notado por todos. Entretanto, o modo como Jesus é elevado só serviu para ser escarnecido em uma morte humilhante e vergonhosa. Naquele momento de amargura e derrota, ninguém, nem mesmo os apóstolos pensariam que Jesus estava solidificando a sua Soberania e seu Senhorio sobre todas as coisas, ninguém ousaria dizer que ali, naquele "maldito" pendente da cruz do calvário, estava a Salvação da humanidade, o resgate do Ser humano, a sua remissão e redenção. O que se viu foi um corpo ensanguentado, dilacerado, chagado, entretanto, foi um momento Bendito e glorioso para toda a humanidade. Deus mostrou na cruz toda a Força e o Poder do Amor verdadeiro.
Por isso que, após introduzir a reflexão, o evangelista João vai direto ao tema central "Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna." Crer em Jesus Salvador é Crer no Amor que vivifica, restaura, reconstrói o Homem, eterno objeto do Amor de Deus. Quem Nele não crer já está condenado, justamente porque não crê no Poder libertador do Amor de Deus. E a vida de quem fecha o seu coração para o amor, é amarga, vazia e sem sentido, porque não optar pelo amor significa a solidão total e completa, que é ficar longe de Deus já nesta vida.
Em seguida João desfaz o equívoco dos que trazem no coração e na mente a imagem de um Deus que condena e castiga o pecador. Deus não enviou Jesus ao mundo para vingar-se do pecado cometido por Adão e Eva e que toda a humanidade acabou herdando. Mesmo com a tragédia da cruz, Deus Pai não planejou uma vingança contra os que mataram a Jesus, ao contrário, o próprio Filho pede para que o Pai os perdoe...
O amor é sempre transparente e iluminador isso é, a tudo dá sentido, tudo crê, tudo espera, tudo tolera, é compassivo e fiel, Viver nesse amor é antecipar a Vida Eterna, mas sem o amor, o homem acabará naufragando nas profundezas dos mares do seu próprio egoísmo.
Crer e aceitar Jesus Cristo significa acolhê-lo por inteiro, vestindo a camisa do seu evangelho, aceitando com ele construir o novo Reino. Essa nossa opção por Cristo ou contra ele, reflete nos atos e ações que fazemos. É impossível fazer o Bem e permanecer nas trevas, assim como também é impossível praticar o mal e permanecer na Luz, pois são coisas contrárias que jamais estarão juntas em, um mesmo lugar ou em mesmo coração.
Nossas comunidades cristãs vivem essas duas realidades que caracterizam o Reino de Deus, por um lado, apresentam um Cristo elevado na cruz, anunciando assim a sua morte, mas por outro lado, esse Cristo crucificado faz nascer cada vez mais forte no coração de quem crê, a esperança escatológica de quem espera a Ressurreição. O Cálice Bendito elevado pelas mãos do Sacerdote é ao mesmo tempo amargura e doçura, Vida Morte e Ressurreição do Senhor, é a nossa humanidade tão frágil e pequena, mergulhada no mistério da Grandeza de Deus.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Quem pratica a verdade se aproxima da luz - Jo 3,14-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Quem nele crer não perecerá, mas terá a vida eterna. Quem crê nele não será condenado. Quem não crê, já está condenado. É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós: é dom de Deus!”. Somos salvos pela fé em Jesus Cristo, e não pelas obras que fazemos. Tudo é dom de Deus. Não podemos gloriar-nos nem por nós mesmos e muito menos por comparação com os outros, como se fôssemos melhores. No entanto, lemos na Carta aos Efésios que “Deus preparou de antemão boas obras para que nós as praticássemos”. Não somos salvos pelas obras, mas somos julgados por elas. Quem crê se aproxima da luz “para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus”. São obras praticadas para a glória de Deus e o bem do próximo e não para a autoglorificação. Quem diz que não crê, não quer se aproximar da luz para que suas obras não sejam denunciadas. A fé em Jesus Cristo é acompanhada de boas obras. São Paulo escreve aos tessalonicenses que se lembra da “atividade da vossa fé”. A fé é ativa e operante. Ela é negada pelas obras más de quem diz que professa a fé em Jesus Cristo. É inerte, se não morta, a fé de um povo que se diz cristão e tolera graves injustiças sociais, aplaude quem as faz e as pratica. O Livro das Crônicas diz que a causa do exílio na Babilônia foi a infidelidade do povo e dos sacerdotes que não ouviram os mensageiros de Deus, profanaram o templo e não observaram o sábado. O profeta Ezequiel elenca também os pecados religiosos que levaram o povo ao exílio e acrescenta como maior abominação que provocou a ira de Deus terem enchido a terra de violência. Tempo da Quaresma, tempo de conversão pessoal e social. Jesus limpou o templo como sinal de que um novo templo estava sendo levantado com a sua ressurreição. Cada um de nós é pedra dessa nova construção, pedra escolhida e bem talhada pela graça de Deus. Pedras convertidas numa sociedade e numa Igreja em constante conversão.
Fonte: NPD Brasil em 14/03/2021
Homilia
Pe. José Luiz Gonzaga do Prado
EM BUSCA DA LUZ
I. INTRODUÇÃO GERAL
Damos mais um passo em nossa caminhada quaresmal na direção da vida nova, do novo nascimento do batismo, que é também iluminação. Olhamos para a cruz que clareia a nossa vida e nos revela o amor do Pai.
Esse amor nos salva de graça, inteiramente de graça, porque não somos capazes de fazer algo que mereça a morte de Jesus. Não é fácil entender esse amor, pois nosso pensamento, nossa prática, nosso modo de sentir são outros, bem outros. Nossa cabeça é feita mais pelo mundo em que vivemos.
Há pessoas que, quando ouvem alguma referência negativa ao mundo, discordam, dizendo: “Não! O mundo é bom, o povo é que é ruim!” Quanta coisa se pode entender pela palavra mundo! É a natureza, essa bela moradia que Deus nos deu e nós teimamos em destruir. É a humanidade inteira, mesmo perdida e desorientada. São as estruturas perversas que nos governam. É a corrupção de toda ordem, a busca desenfreada de poder, de prestígio e do prazer ou da satisfação momentânea.
A alguns desses mundos, não a todos, Jesus veio salvar; a outros ele condena ou eles próprios se condenam. Corremos o risco de, às vezes, confundir as coisas.
Deus amou o mundo, entregou seu Filho pelo mundo, o Crucificado é a luz que veio ao mundo, mas o mundo dos homens preferiu as trevas à luz.
A eucaristia celebra a salvação, a partilha de si que faz a fraternidade verdadeira. Comer deste pão exige deixar-se também partir em pedaços para que a salvação chegue a todos, para que o mundo se convença de que a cruz é o caminho, enquanto a chegada, a vontade de Deus “assim na terra como no céu”, é a mesa comum.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (2Cr 36,14-16.19-23)
A leitura nos dá esta interpretação dos acontecimentos: os sofrimentos do povo são o castigo previsto pelos profetas, o momento bom também foi previsto pelos profetas. Em todos os momentos Deus está presente, conforme a palavra das profecias.
O trecho do segundo livro das Crônicas lido neste domingo dá uma explicação, do ponto de vista da tradição sacerdotal, sobre o que motivou finalmente o exílio da Babilônia. O erro não foi só dos dirigentes políticos, foi também dos sumos sacerdotes e do povo. Imitaram as outras nações e tornaram impuro o Templo.
Essa última razão reflete bem a mentalidade sacerdotal, que tem o culto como o sinal decisivo da fidelidade a Javé. Imitar as outras nações, “fazer como todo o mundo faz”, não ter o mínimo respeito pelas leis da aliança, que faziam a diferença de comportamento do povo de Deus, foi o grande pecado.
Além do mais, os profetas, que interpretavam os acontecimentos, os sinais dos tempos, mostrando ao povo o pensamento de Deus, foram desprezados e ridicularizados. Não havia mais recurso, veio a derrota com a destruição do Templo e o cativeiro da Babilônia.
2. II leitura (Ef 2,4-10)
Um pensamento forte da epístola aos Efésios, especialmente do trecho que vamos ouvir na segunda leitura, é a gratuidade da salvação. Por sua imensa misericórdia e seu grande amor, Deus nos tirou da morte de nossos tropeços e nos fez reviver com Cristo.
Cristo é o centro de tudo; nele e com ele, Deus gratuitamente nos faz reviver, ressuscita e nos estabelece no céu junto com ele. Assim, fica provada para o futuro a imensidão de sua gratuidade e bondade.
Pela fé – a adesão fiel a Jesus como Messias –, e não pela prática de um sem-número de atos ou devoções determinadas, somos salvos gratuitamente. Sem nós ele nos salva; ele preparou para nós as boas obras que praticamos. Tudo é graça.
3. Evangelho (Jo 3,14-21)
O evangelho faz parte da conversa de Jesus com Nicodemos, “o mestre de Israel”. O episódio reflete o debate entre os cristãos e os mestres fariseus da época em que foi escrito o evangelho. Veja o v. 11: “Falamos do que sabemos, testemunhamos o que vimos e vós não aceitais o nosso testemunho”. Há um grupo que fala, sabe e testemunha e há um grupo que não aceita esse testemunho.
Para os mestres fariseus que dominavam o judaísmo da época do evangelho, a cruz é maldição, a salvação é só para eles, não para a humanidade toda. Isso é viver no escuro. É o que significa Nicodemos procurar Jesus à noite. Procura Jesus por causa dos sinais, depende ainda de milagres, mas demonstra boa vontade, desejo de entender Jesus. Entretanto, está ainda no escuro; não entende, por exemplo, quando Jesus fala em nascer de novo.
Agora surge a luz. Jesus se compara à serpente de bronze que Moisés levantou no deserto e que livrou os hebreus do veneno das serpentes. Jesus também é levantado, não apenas pregado ou pendurado. A cruz no Evangelho segundo João é a sua exaltação, é a sua glória.
O Filho do homem precisa ser suspenso, levantado, exaltado na cruz. É preciso que isso aconteça, para se realizar a Escritura, para se realizar nele o projeto de Deus (Is 53,10).
O Filho do homem, pendurado à cruz, mostra que Deus amou de tal forma o mundo, que lhe deu seu Filho unigênito. O filho de Adão como nós é o Filho de Deus, que nos revela o amor do Pai. Quem crê nesse amor jamais será destruído, tem vida eterna.
Jesus se entrega à cruz não para condenar, mas para salvar, para livrar-nos do veneno mortal que é não crer nEle, na força da cruz. Quem nEle crê não é julgado nem condenado, quem não crê já está condenado.
Quem não crê nEle vai crer em quê? Crê na força do dinheiro, no poder econômico, crê no prestígio, na fama, no poder da mídia, crê na rivalidade, na competição, na “competência”, na capacidade de usar os outros para seus objetivos.
Quem crê nEle crê na cruz, crê no humilde serviço aos outros, crê na força transformadora de aceitar o último lugar, crê na doação de si como único antídoto contra o veneno da competição.
Nicodemos foi uma vez, à noite, a Jesus. A luz veio definitivamente ao mundo. E o critério para o julgamento é só este: há os que fogem e há os que procuram a luz. Este mundo governado pela arrogância odeia a luz e foge da luz e, com isso, está se condenando; há os que (como Nicodemos?) procuram a luz, porque praticam a verdade, agem em Deus.
III. DICAS PARA REFLEXÃO
– A primeira leitura nos dá esta interpretação da história: os sofrimentos são o castigo previsto pelos profetas, o momento bom também foi previsto pelos profetas. No fundo, em todas as circunstâncias Deus está presente. Dificilmente vemos a presença de Deus nos grandes lances negativos ou positivos da história. E não é preciso aprender também a ver a Presença nos pequenos lances do cotidiano que tecem o pano de fundo da história?
– Um pensamento forte da epístola aos Efésios, especialmente do trecho de hoje, é a gratuidade da salvação. O Messias crucificado é o centro de tudo, nele Deus nos salva gratuitamente, sem levar em conta nossas práticas e devoções. Tanta gratuidade incomoda, parece exigir também um amor gratuito. Muitas vezes, enganosamente, se prefere ou se acha mais seguro, menos incômodo, cada um depender da própria competência, do próprio esforço.
– No evangelho, Jesus conversa com Nicodemos, o mestre de Israel. Ali está a comunidade que nos deu este evangelho conversando com os mestres fariseus da sua época. Para eles, a cruz é maldição. Não lhes entrava na cabeça o pensamento de uma salvação que viesse de um crucificado. Ainda hoje nos é difícil aceitar esse pensamento, crer que possa ser essa a proposta de Deus. Por outro lado, a salvação que muitos esperavam era só para a sua nação e se resumia a uma vida mais agradável. A salvação não tinha alcance mundial nem ia à raiz mesma dos problemas, o pecado, ou seja, a cobiça e a arrogância. Só o ser humano pendurado à cruz como uma maldição vai à raiz do pecado e, consequentemente, da morte.
O homem pendurado na cruz, como a serpente de bronze da tradição bíblica, tira o veneno da cobiça e do orgulho. Jesus veio salvar a humanidade capaz de acreditar no crucificado. O mundo que não aceita esse caminho já está condenado, preferiu a cobiça, a competição, a violência. O amor revelado na cruz condena tudo isso. É a transparência da luz. O mundo que prefere a obscuridade da corrupção já se condenou.
O Filho do homem precisa ser suspenso, levantado, exaltado, pendurado na cruz. As ideias se confundem, o que parecia maldição de Deus (Dt 21,23) agora é bênção, é salvação. E é assim mesmo, é preciso que aconteça para se realizar a Escritura, para se realizar nele o projeto de Deus (Is 53,10).
“Os meus pensamentos não são os vossos. Quanto dista o céu da terra, assim os meus pensamentos estão acima dos vossos” (Is 55,8-9).
Fonte: Paulus em 18/03/2012
Homilia
JESUS REVELA O AMOR DE DEUS
O evangelho deste domingo faz parte do diálogo de Jesus com Nicodemos. Inicia-se com a menção à serpente que Moisés levantou no deserto para salvar as pessoas mordidas por alguma cobra. Assim também, diz, é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que creem nele tenham vida plena. Jesus é apresentado como a fonte de vida e norma de conduta para o ser humano.
O maior gesto de amor do Pai foi enviar seu Filho ao mundo para que todos tenhamos vida nele. Ele não veio para condenar, mas para salvar. Para isso nos é necessário olhar para a cruz e crer no Crucificado, presença visível do amor de Deus. Crer em Jesus é mais do que um ato intelectual: é aceitar com fé a mensagem que brota da cruz.
Por causa de sua opção em favor da humanidade mais fragilizada, Jesus acabou morrendo na cruz como um marginal ou criminoso. Não poupou sua vida; ao contrário, doou-a para que aprendêssemos a não nos fecharmos em nosso egoísmo, buscando salvar a nós próprios, mas soubéssemos olhar para o sofrimento de tantos irmãos e irmãs, solidarizando-nos com eles – especialmente com os que habitam as “periferias existenciais”. Somente com pessoas generosas, capazes de amar até a doação da própria vida, pode-se construir uma nova sociedade.
Jesus não veio para julgar, muito menos para condenar a humanidade. Ao contrário, seu exemplo nos mostra como viver para que todos tenham vida em plenitude. São as próprias pessoas que tomam uma posição: ir com Jesus a favor da vida, ou contra Jesus a favor da morte. Ele apenas provoca a tomada de posição, para que cada um faça sua escolha.
Jesus é a luz vinda ao mundo que aponta e ilumina o caminho a seguir. O comportamento do ser humano é revelado por essa luz. Ela é a norma e o que põe às claras a bondade ou a maldade da pessoa. É sinal de vida em oposição à treva, que é sinal de morte. A treva é a ideologia opressora que sufoca a vida humana, e muitos optam por ela. Escolhamos a luz!
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus em 11/03/2018
Homilia
ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA
Assim como a serpente levantada no deserto por Moisés foi causa de vida, de salvação para os judeus em marcha para a terra prometida, assim também o Cristo, levantado na cruz, é a causa, por excelência, de salvação para todas as gentes. Cristo é quem nos dá a vida eterna. Esse é o início da conversa de Jesus com Nicodemos. Ele precisa compreender que o amor é maior do que qualquer outra ideia ou concepção religiosa, e que “Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”.
Jesus fala também da incredulidade que se fecha à verdade, ao dom do amor, dom da salvação. Subtrair-se ao amor de Deus, à proposta da gratuidade divina que nos oferece a salvação, sem merecimento nosso, é traçar para si o próprio julgamento, é subtrair-se à salvação. É o amor que define onde estamos e como cremos. Portanto, é forte e decisivo o diálogo que Jesus tem com Nicodemos, e nos alcança também, nos leva a tomar, de fato, uma decisão, em vez de ficar à mercê da dúvida ou dos próprios pensamentos. Vale, pois, relembrar as mesmas palavras de Jesus: “Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas, quem age conforme a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus” (Jo 3,20-21). A fé é traduzir em obras aquilo que Deus quer e espera de nós.
O que Deus espera de cada ser humano e, consequentemente, da humanidade? Deus espera que sejamos fonte de vida. O cristão é chamado a ser fonte e a ser ponte. Ser fonte pelas atitudes que constroem a vida, e ser ponte que indica a passagem que devemos realizar para alcançar a vida, a salvação. Jesus é a passagem definitiva que, por sua morte, nos conduz para a interioridade de Deus, para a eternidade.
É claríssimo o ensinamento do Evangelho: “Deus é amor”. Esse é o único jeito de Deus se relacionar com a humanidade, por meio de seu amor vivo e real em seu Filho Jesus Cristo. A criatura humana que se abre a esse amor vai crescendo na comunicação com Deus, com os outros e consigo mesma, dia após dia.
Todos nós podemos conhecer a Deus, se praticarmos o amor autêntico, gratuito, amor igual ao do próprio Deus por nós. Assim, quem amou com sinceridade, e esteve ao lado da vida, terá a oportunidade de estar junto de Deus sempre, aqui e na eternidade.
Redação “Deus Conosco”
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/03/2018
REFLEXÕES DE HOJE
4º DOMINGO DA QUARESMA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 14/03/2021
HOMILIA DIÁRIA
Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem
Postado por: homilia
março 18th, 2012
Estamos diante da conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João – citando a passagem do Antigo Testamento em Números 21,9 – recorre ao simbolismo da serpente de bronze, a qual, pela fé, libertava das mordidas mortais das serpentes do deserto, para aplicá-lo à fé em Jesus pelo qual se tem a vida eterna.
Jesus é a “nova serpente de bronze” que, ao invés de morder e matar, nos traz a cura. Sua “mordida” elimina, de uma vez por todas, as mordidas da serpente que conquistou Adão e Eva, acarretando a morte para toda a humanidade.
Jesus é Aquele que nos atingiu com compaixão, ternura, perdão, misericórdia e o amor de Deus, Seu Pai. O Seu plano é que o pecador se arrependa e possa viver.
Portanto, diria que no Evangelho de hoje – de um diálogo com Nicodemos – Deus quer tocar no mais fundo do nosso ser, do nosso coração. Trata-se aqui de um diálogo que se traduz num convite à conversão. Este diálogo coloca em confronto duas opções: aquele que crê e aquele que não crê. Aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz. Cabe a você fazer sua opção.
Neste tempo da Quaresma somos convidados à conversão, a nascer do Espírito, a nascer para a liberdade e para o amor, pois para isto fomos feitos. Pelas obras praticadas em Deus, unimo-nos com Jesus e vivemos com Ele na eternidade, na unidade do Pai e do Espírito.
Talvez você já procurou ajuda em vários lugares, e ainda continua precisando de ajuda. Deus é a única solução para os nossos problemas. Por isso, preste muita atenção ao que lhe digo: Deus tem um plano para você. Deixe-se atingir pelo amor de Deus.
“Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo 1,12-13). Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
O homem é pecador e está separado de Deus: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3,23).
Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem: “E o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1,7). Precisamos receber a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, por meio de um convite pessoal à conversão: “Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa” (Ap 3,20). Por isso, não resista! Abra a sua porta e receba a Jesus como o seu Senhor.
A nossa natureza original é a santidade. No entanto, muitas vezes não cuidamos da nossa vida espiritual e, devido à falta de atenção nesta área, somos atacados por uma série de problemas em nossa vida. Saiba que a única solução para os problemas desta vida está em Cristo. Precisamos nascer de novo, nascer de Deus! Para que isto aconteça você precisa receber a Jesus Cristo. Não deixe para depois. O momento é agora!
Declare em voz alta: “Senhor Jesus, eu preciso de Ti. Abro a porta do meu coração e da minha vida. Te recebo como meu Senhor e Salvador. Perdoa meus pecados e escreve meu nome no Livro da Vida. Desejo teu plano na minha vida. Amém”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 18/03/2012
HOMILIA DIÁRIA
Cristo Crucificado é nosso ponto de salvação
É muito importante que em nossas casas, em nossas igrejas, em nossa vida não tiremos o olhar de Cristo Crucificado
“Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.” (João 3,16)
O amor de Deus por nós é pleno, Ele nos deu o que tinha de mais precioso. Se eu perguntar para um pai ou para uma mãe: “O que você tem de mais precioso?”. Eles responderão: “são meus filhos”.
A grande preciosidade de Deus é o Seu próprio Filho; Ele não pensou duas vezes ou de forma diferente. “Para salvar os Meus filhos perdidos, eu dou o Meu eterno Filho, para que não pereça e nem morra quem n’Ele crer, pelo contrário, que eles encontrem novamente a vida”.
A vida está em crer em Jesus que morreu na Cruz e deu Sua vida por nós. Precisamos firmar a nossa fé n’Ele, voltar o nosso olhar para Ele. Somos chamados a olhar para Cristo Crucificado, para encontrarmos n’Ele a razão e o sentido da nossa vida.
Moisés levantou a serpente no deserto, e aquele povo que tinha caído doente foi curado pelo “simbolismo da serpente”. Não é mais a serpente que se levanta no deserto, o que se levanta agora é o Filho do Homem; Ele é elevado na Cruz para que, todo aquele que olhar para Ele, tenha a vida salva.
É muito importante que: em nossas casas, nossas igrejas, em nossa vida, não tiremos o olhar de Cristo Crucificado. Por que devemos olhar para o Cristo Crucificado, uma vez que, Ele está ressuscitado? É para ter pena d’Ele? É para dizer: “Coitado”?
Coitados somos cada um de nós, Ele teve misericórdia de nós e morreu para nos salvar. Não podemos deixar cair na inutilidade, no acaso, no esquecimento o sacrifício de amor de Cristo Jesus.
Quando olhamos para o Crucificado, encontramos a grande declaração de amor de Deus por nós. A Cruz, é o encontro dos enamorados por Deus, é o grande “enamoramento” de Deus por cada um de nós.
O amor verdadeiro cura, salva, resgata, transforma, e se precisamos ser curados, amados de verdade, o nosso ponto de salvação é Cristo Crucificado, o nosso Deus amado. É o nosso Deus nos amando, nos perdoando, nos lavando, nos purificando, nos renovando.
Olhemos para o Crucificado, pois, o olhar d’Ele nos renova e nos purifica. Ele foi elevado na cruz para que, todo aquele que n’Ele crer, tenha vida em abundância.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/03/2018
HOMILIA DIÁRIA
O amor de Deus tira de nós a falta de perdão
“De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.” (João 3,17)
Entendemos errado quando achamos que Deus veio para condenar. Não! Deus veio para salvar. O amor d’Ele por nós é imenso, e Ele nos amou tanto, que não nos quer perdidos nem condenados.
É preciso dizer que se outros já nos condenaram ou se nós já os condenamos, essa condenação é mundana, porque Deus não condenou ninguém. Até o último instante, Ele está lutando para que sejamos salvos; até a nossa última respiração, Deus quer que nós sejamos salvos.
Sei que é muito mais fácil julgar, condenar, atirar pedras, é muito fácil colocar o outro no precipício, é muito mais fácil colocar o fardo em cima dos outros, mas essa missão não é evangélica, essa não foi a missão do Filho de Deus. Ele veio para salvar os Seus, Ele veio para nos salvar, Ele nos olhou do jeito que nós estamos e não nos condenou. Ele nos salva e quer nos libertar a cada dia.
Precisamos voltar-nos para a luz que é Jesus, e deixar que o amor d’Ele nos levante
Existe um julgamento sim, e o julgamento é da luz; e quando a luz vem até nós, mas a rejeitamos, não é Deus quem está nos julgando, é cada um de nós que, em vez de aceitar a luz de Deus, prefere continuar nas obras escuras da alma e do coração, prefere continuar caminhando na obscuridade do seu ser, confuso com todas as confusões que o mundo lança sobre nós.
Precisamos voltar-nos para a luz que é Jesus, e deixar que o amor d’Ele nos levante, deixar que o amor de Deus esteja em nós, colocando-nos de pé. Que caia por terra todo sentimento de condenação todas as vezes que nos sentimos condenados pelos homens, por Deus e pelas sentenças humanas.
Que o amor de Deus, que salva, esteja em nós. Que anunciemos Sua libertação e restauração. Precisamos anunciar que o nosso Deus é um Deus que salva. E Ele está nos salvando hoje, Ele está nos tirando de todo aquele sentimento de condenação que, muitas vezes, carregamos em nós, até o nosso passado mal resolvido.
Temos de deixar que o amor de Deus tire de nós essa falta de perdão que temos para conosco, sobretudo a falta de perdão que exercemos para com os outros quando não perdoamos e não amamos. O perdão de Deus nos salva, a condenação dos homens nos coloca para baixo, mas Deus veio para nos levantar e nos reerguer.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/03/2021
Oração Final
Pai Santo, dá-nos o dom da gratidão. Que jamais nos esqueçamos do teu Amor generoso e fiel, capaz de oferecer-nos o teu Filho Unigênito, o Cristo que se fez homem em Jesus de Nazaré, que nos deu tudo, até a vida, simplesmente por Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos o dom da gratidão. Que jamais nos esqueçamos do teu Amor generoso e fiel, capaz de oferecer-nos o teu Filho Unigênito, o Cristo que se fez homem em Jesus de Nazaré. Ele nos deu tudo, até a vida, simplesmente por Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/03/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai muito querido, diante de teu infinito Amor, não temos palavras a dizer. Resta-nos o encantamento, a gratidão e o silêncio. Faze-nos filhos humildes, seguidores de Jesus de Nazaré e, como testemunho do nosso Amor a Ti, nós acolhemos fraternalmente todos os companheiros de peregrinação por este Planeta-jardim encantado que nos emprestas. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/03/2021
Oração
Ó DEUS, que por vossa Palavra realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheio de fervor e exultando de fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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