sexta-feira, 15 de julho de 2022

São Boaventura - 15 de Julho




O santo de hoje foi bispo e reconhecido doutor da Igreja do Cristo que chamou pescadores e camponeses para segui-lo no carisma de Francisco de Assis, mas também homens cultos e de ciência. São Boaventura era um destes homens de muita ciência, porém, de maior humildade e conhecimento de Deus, por isto registrou o que vivia.
Escreve ele: “Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça”.
Boaventura nasceu no centro da Itália em 1218, e ao ficar muito doente recebeu a cura por meio de uma oração feita por São Francisco de Assis, que percebendo a graça tomou-o nos braços e disse: “Ó, boa ventura!”. Entrou na Ordem Franciscana e, pela mortificação dos sentidos e muita oração, exerceu sua vocação franciscana e sacerdócio na santidade, a ponto do seu mestre qualificar-lhe assim: “Parece que o pecado original nele não achou lugar”.
São Boaventura, antes de se destacar como santo bispo, já chamava – sem querer – a atenção pela sua cultura e ciência teológica, por isso, ao lado de Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, caracterizaram o século XIII como o tempo de sínteses teológicas.
Certa vez, um frei lhe perguntou se poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica; a resposta do santo não foi outra: “Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-Lo isso basta… Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia”. O Doutor Seráfico, assumiu muitas responsabilidades, como ministro geral da Ordem Franciscana, bispo, arcebispo, até que depois de tanto trabalhar, ganhou com 56 anos o repouso no céu.  Era o dia 15 de julho de 1274.
São Boaventura foi canonizado no ano 1482, quando recebeu o título de Doutor da Igreja por causa de suas obras.
São Boaventura, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2021

São Boaventura, doutor da Igreja



Curado por Francisco

Natural de Bagnoregio, “cidade onde também morreu”, nas proximidades de Viterbo, João Fidanza era filho de um médico. Percebeu logo que não queria seguir a profissão do pai. Segundo uma lenda, que também explicaria a adoção do seu nome religioso, o encontro com São Francisco de Assis teria sido decisivo em sua vida. De fato, quando era criança, o Santo o curou de uma doença grave fazendo o sinal da cruz em sua testa, exclamou: “Oh! boa ventura!”

Um Franciscano professor

Aos 18 anos, foi estudar em Paris, onde entrou para a Ordem dos Frades Menores. Ao concluir seus estudos, em 1253, tornou-se magister (Professor) e por essa via santificou-se ao explicar os mistérios divinos. Assim, conseguiu a licença para ensinar teologia. Adotando a vida franciscana, tornou-se fiel a ele até o fim.

Perseguição Ordens mendicantes

Na época, explodiu uma luta interna terrível entre os professores seculares e os pertencentes às Ordens mendicantes, que, por certo tempo, não eram reconhecidas pelas universidades. A rivalidade surgiu no início da Idade Média, quando, no século XII, a Igreja havia condenado os movimentos religiosos do pauperismo como hereges, até que o Papa Inocêncio III os incluiu no corpo eclesial, sob a dependência direta do Papado. Porém, em 1254, a tensão voltou à gala, com a publicação de uma obra, que profetizava o advento de uma nova Igreja, fundada única e exclusivamente na pobreza, que deveria se concretizar em 1260.

Cardeal Franciscano

No entanto, em 1257, Frei Boaventura tornou-se Ministro Geral dos Frades Menores, cargo que o obrigou a deixar o ensino e fazer viagens por toda a Europa. Em 1260, escreveu uma nova biografia de São Francisco, intitulada a Legenda Maior, que substituía todas as biografias existentes e tinha como objetivo fortalecer a unidade da Ordem, – que já contava 30 mil frades, – ameaçada tanto pela corrente espiritual quanto pelas tendências mundanas. Giotto inspirou-se nesta obra para pintar a série de Histórias de São Francisco.

Conselheiro

Em 1271, ao voltar para Viterbo, ofereceu sua contribuição para a resolução do famoso Conclave, o mais longo da história, que elegeu seu amigo, Gregório X. Este Papa, dois anos depois, o consagrou Bispo de Albano e Cardeal, confiando-lhe a tarefa de organizar, em Lyon, um Concílio para a unidade entre a Igreja latina e a grega. Precisamente durante este Concílio, após fazer duas intervenções, Boaventura faleceu em 1274.

A Filosofia a serviço da Teologia

Em 1588, o Papa Sisto V o incluiu entre os Doutores da Igreja – que, na época, eram seis – junto com São Tomás de Aquino: Boaventura com o título de Doutor seráfico e Tomás com o de Doutor angélico. Sua contribuição para a doutrina teológica foi muito importante: partindo, antes de tudo, do pensamento de Santo Agostinho, expressou a necessidade de submeter a filosofia à teologia, uma vez que o objetivo desta última é Deus. Assim, a filosofia poderia apenas ajudar na busca humana de Deus, levando o homem de volta à sua dimensão interior – a alma – para reconduzir a Deus.
São Boaventura afirmava ainda que Cristo é o caminho de todas as ciências e que, somente a Verdade revelada, podia potenciá-las e uni-las em vista da meta perfeita e única, que é sempre o conhecimento de Deus. Por isso, o Santo, que defendia a tradição patrística e combatia o aristotelismo, chegou à conclusão de que o único conhecimento possível só era possível através da contemplação.

A expressão da SS. Trindade no mundo

Ainda de origem agostiniana, também a elaboração da teologia trinitária de São Boaventura foi muito importante. Na prática, ele afirmava que o mundo era uma espécie de livro, no qual emerge a Trindade, da qual fora criado. Logo, Deus, Uno e Trino, está presente como “vestígio” ou marca em todos os seres animados e inanimados: como “imagem”, nas criaturas dotadas de inteligência, como o homem; como “semelhança”, nas criaturas justas e santas, tocadas pela Graça e animadas pelas virtudes da fé, esperança e caridade, que as tornam filhas de Deus.

A minha oração

“Santo mestre, ensinai-me a sabedoria e que eu faça dela a minha amiga. Assim como iluminai-me nas minhas escolhas, naquilo que devo fazer, para que vivendo neste mundo eu encontre o Senhor! Amém.”

São Boaventura, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 15 de Julho:

1 - Em Porto Romano, perto do atual Fiumicino, na Itália, os santos Eutrópio, Zósima e Bonosa, mártires. († data inc.)
2 - Em Cartago, atualmente na Tunísia, junto à Via chamada dos Cilitanos, na basílica de Fausto, o sepultamento de São Félix, bispo de Tibiuca e mártir. († 303)
3 - Também em Cartago, a comemoração dos santos Catulino, diácono e mártir. († 303)
4 - Em Alexandria, no Egipto, os santos mártires Filipe e dez crianças. († c. s. IV)
5 - Na ilha de Ténedo, no Helesponto, junto ao atual estreito de Dardanelos, Santo Abudémio, mártir. († s. IV)
6 - Em Nísibe, na Mesopotâmia, hoje Nusaybin, na Turquia, São Tiago, primeiro bispo desta cidade, que participou no Concílio de Niceia. († 338)
7 - Em Roermond, no Brabante, região da Austrásia, atualmente na Holanda, São Plequelmo, bispo. († c. 713)
8 - No mosteiro de Ansbach, na Francónia, atualmente na Alemanha, São Gumberto, abade, que fundou este cenóbio na sua herdade. († c. 790)
9 - Na Tessália, região da Grécia, o passamento de São José, bispo de Tessalónica, irmão de São Teodoro Estudita, monge. († 832)
10 - Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santo Atanásio, bispo. († 872)
11 - Em Kiev, na Rússia, atualmente na Ucrânia, São Vladimir, príncipe. († 1015)
12 - Em Ratzeburgo, no Holstein, na atual Alemanha, Santo Ansuero, abade e mártir. († 1066)
13 - Em Västeras, na Suécia, São David, monge e bispo. († c. 1082)
14 - Em Breslau, na Silésia, actualmente na Polónia, o Beato Ceslau, presbítero dos primeiros irmãos da Ordem dos Pregadores. († 1242)
15 - Em Moncaliéri, localidade do Piemonte, região da Itália, o Beato Bernardo, margrave de Baden. († 1458)
16 - Comemoração dos beatos mártires Inácio de Azevedo, presbítero, e trinta e nove companheiros da Companhia de Jesus. († 1570)
17 - Em Campi Salentina, na Apúlia, região da Itália, São Pompílio Maria Pirróti, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias. († 1766)
18 - Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na costa marítima da França, o Beato Miguel Bernardo Marchand, presbítero e mártir. († 1794)
19 - Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, atualmente no Vietnam, São Pedro Nguyen Ba Tuan, presbítero e mártir. († 1838)
20 - Em Paris, na França, a Beata Ana Maria Javouhey, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de São José de Cluny para o cuidado dos enfermos e a formação cristã da juventude feminina. († 1851)
21 - Em My Tho, província da Cochinchina, atualmente no Vietnam, Santo André Nguyen Kim Thong Nam (Nam Thuong), martir. († 1855)
22 - Em Bielsk Podlaski, povoação da Polónia, o Beato António Beszta-Borowski, presbítero e mártir. († 1943)

Fontes:
vatican.va e vaticannews.va
- Martirológio Romano – liturgia.pt
- Liturgia das Horas
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição: Bianca Vargas

São Boaventura

São Boaventura
1218-1274

Afresco de Beato Angélico
Capela Nicolina

Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.
Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.
Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.
Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico.
Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.
Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon, em 1273.
Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem.
Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.
Fonte: Paulinas em 2015

São Boaventura

São Boaventura nasceu em Bagnorea, atualmente Bagnoregio, no ano de 1218. Tinha preferência pela Ordem fundada por São Francisco ingressou na Ordem, os filhos de São Francisco, à semelhança dos dominicanos, já estabelecido em Paris, Osford, Cambridge, Estrasburgo e outras universidades européias.
Um dia, Frei Egídio em sua simplicidade indagou ao Frei Boaventura como poderia salvar-se, se desconhecia a ciência teológica, que respondeu-lhe: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-lo, isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia."
São Boaventura foi discípulo de Alexandre de Hales, em Paris, permanecendo nessa cidade inicialmente como professor de teologia e posteriormente como ministro geral dos Frades Menores,tendo sido eleito para este cargo com apenas trinta e seis anos de idade. Recusou a consagração episcopal várias vezes por humildade, mais foi eleito cardeal recebendo a sede de Albano Laziale.
São Tomás de Aquino e São Boaventura foram convidados pelo Papa Gregório X a prepararem o segundo Concílio de Lião, mas São Tomás de Aquino faleceu alguns meses antes da abertura do concílio que aconteceu em 7 de maio de 1274. A caridade é o fundamento da doutrina teológica que Frei Boaventura ensinou com sua palavra e escritos. O livro "O intinerário da mente para Deus" esta entre seus livros mais conhecidos.
Sempre colocava em seus escritos: Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circuspeção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humanidade, o estudo sem a graça."
São Boaventura morreu no dia 15 de Julho do ano de 1274.

São Boaventura

NascimentoNo ano 1218
Local nascimentoBagnorea, atualmente Bagnoregio
OrdemFranciscano: bispo e Doutor
Local vidaParis - França
EspiritualidadeAlém de prático, especulativo, Boaventura era dono de um bom senso admirável. Dedicou-se à ordem dos franciscanos, que crescia velozmente junto com a Igreja. Como são de Aquino, foi também discípulo de Alexandre de Hales, em Paris. Nessa cidade trabalhou como professor de teologia, em seguida, com apenas trinta e seis anos, foi eleito Ministro Geral dos frades Menores e logo após, mesmo já havendo recusado tal honraria por devoção a sua humildade. Tornou-se cardeal: aceitou a consagração episcopal em obediência. Boaventura recebeu das mãos do papa o encargo de preparar o segundo Concilio de Lião. Para esse evento, foi convidado também Santo Tomás de Aquino, que não pôde participar devido a seu falecimento ocorrido a alguns meses antes da abertura do concilio do dia 7 de maio de 1274. A morte de São Boaventura foi assistida pessoalmente pelo Papa. Sua doutrina religiosa estava fundamentada na caridade e assim escreveu em seu livro, "O itinerário da mente para Deus". Neste pequeno trecho de seu livro ele narra a sua devoção e fé: "Não basta a leitura sem unção, não basta especulação sem devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspeção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça". Foi declarado doutor da Igreja, em 1588.
Local morteLyon - França
Morte15 de Julho de 1274, aos 56 anos de idade.
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoSenhor, por intercessão de São Boaventura, concedei-me o dom do Espírito Santo, para que assim, por Vós ungido, eu possa viver praticando as virtudes do mesmo Espírito. Amém.
DevoçãoÀs virtudes teologais.
Outros Santos do diaAbai, Abudêmio, Agripino, Segundo e Máximo (márts); Davi, Deusdetito, Everardo, Félix, Felicíssimo, Jacó (bispos); Gumberto (ab); Pompílio, Maria Pirroti, Reginsvinde, Terêncio (bispo); Vito, Modesto e Crescência, Ciríaco Apolinário (márts.); Vidimir e Balduíno.
Fonte: ASJ em 2015

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