sábado, 8 de agosto de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/08/2020

ANO A


Mt 17,14-20

Comentário do Evangelho

A verdadeira oração.

O tema fundamental do evangelho de hoje é a fé. O tema da fé já esteve presente nos dois episódios anteriores: confissão de fé de Pedro (16,13-20) e transfiguração de Jesus (17,1-13). Ao descer da montanha, com Pedro, Tiago e João, Jesus é abordado por um pai que suplica por seu filho acometido de epilepsia. Antes de recorrer a Jesus, aquele pai anônimo havia pedido aos discípulos que curassem o seu filho, mas eles não puderam fazê-lo. O pai apela, então, à compaixão de Jesus. Trata-se de uma verdadeira oração (vv. 14-15). Tudo o que Jesus faz não é para projetar-se ou com a intenção de ser reconhecido. O que ele faz é por compaixão, que é um sentimento divino que abre o coração para socorrer os outros em suas necessidades. Diante do pedido do pai, a reação de Jesus parece ser de cansaço e indignação por causa da incredulidade. A falta de fé é o grande mal da geração do tempo de Jesus. Nossa perícope é uma lição aos discípulos: a fé deles deve amadurecer e se fortificar. A fé de Pedro, como uma rocha, e a revelação da transfiguração devem conduzir os discípulos e mover suas vidas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.
Fonte: Paulinas em 09/08/2014

Vivendo a Palavra

É comum ouvirmos Jesus dizendo ao curado: ‘a tua fé te salvou’. Hoje Ele esclarece aos discípulos que também eles precisam ter fé para que o sinal aconteça. A timidez da fé era a razão da impossibilidade de cura daquela criança e também das dificuldades que nós muitas vezes atravessamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

A Fé, ainda que pequenina como a semente da mostarda, transporta o discípulo para outra realidade, aquela onde Jesus vivia. Para o Mestre e sob a visão dessa Fé, a cura do menino se realiza naturalmente, como dom de Deus. Os discípulos, carentes ainda de Fé, viam a cura como um ‘milagre’. Ainda não sabiam que “Nada é impossível para quem crê”.

Reflexão

A fé abre todas as portas para a pessoa humana e lhe possibilita a superação de todos os problemas e dificuldades, mas a fé não é mágica ou bruxaria que, através de rituais, possibilita a todas as pessoas que os utilizem a manipulação de Deus ou da natureza. A força da fé está na parceria com Deus e na adesão ao seu plano de amor. Quando nós fazemos isso, o sucesso das nossas atividades não está nas atividades em si, mas no próprio Deus que, conosco, realiza as suas obras. Logo, o poder da fé está na adesão e não no rito e a fé verdadeira é, antes de tudo, compromisso com Deus.
Fonte: CNBB em 09/08/2014

Reflexão

Diante da incapacidade dos discípulos de curar o epilético, Jesus parece dar mostras de cansaço: “Até quando irei suportá-los?”. E recrimina seus discípulos “por causa de sua fraqueza na fé”. Aquela geração, sobretudo os discípulos, se contentavam em ganhar benefícios (partilha do alimento para a multidão) e maravilhar-se com os milagres operados por Jesus. Não basta. Jesus espera que o povo o reconheça como o Filho de Deus e assuma seu projeto de vida e libertação. Os discípulos têm necessidade de reforçar a fé para enfrentar as tribulações próprias do seguimento a Jesus. Estamos talvez no mesmo nível dos discípulos: somos uma geração sem fé autêntica. Não agimos em nome de Jesus. Então, os milagres não se dão ou acontecem raramente.
Oração
Ó Jesus, nosso Libertador, a cura que realizas em favor do menino epiléptico torna-se ocasião para nos instruíres sobre o poder da fé. Teus discípulos, por “sua fraqueza na fé”, não conseguiram curar a criança. Mas, para quem tem fé, como afirmas, “nada será impossível”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Mais uma vez Jesus foi duro com seus discípulos! Faltou a eles a fé! Não esperemos realizar milagres. Mas que muito podemos fazer no íntimo de nosso coração isso é verdade! Como e quando? - Se os discípulos escolhidos a dedo estavam ali junto de Jesus e mesmo assim eram fracos na fé, que diremos nós, de nós? - Nossa tarefa não seria dia após dia trabalhar para que nossa fé cresça? - Será que os meios de comunicações que temos hoje ajudam em alguma coisa para aumentar nossa fé? - O que dizer do contexto social que os tempos de hoje apresentam à juventude? Nossos jovens estão sendo preparados para quê?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/08/2014

Meditando o evangelho

SEM FÉ, NADA É POSSÍVEL

A incapacidade dos discípulos de curar o menino epiléptico evidenciou o fato grave da pequenez de sua fé. Foi Jesus mesmo quem o disse, ao ser interrogado por eles sobre o motivo de terem sido incapazes de realizar o desejo daquele pai aflito.
Sem dúvida, os discípulos, no exercício da missão, experimentaram sua impotência diante de determinadas situações. Aparentemente, estavam fazendo tudo como o Mestre lhes tinha ensinado. Nada de anormal parecia estar ocorrendo com eles. Contudo, não conseguiam dar conta da tarefa de que foram incumbidos. Por quê? Porque faltou-lhes fé suficiente e confiança verdadeira em Jesus. A única solução consistia em converte-se, sinceramente, para o Senhor. Bastaria uma fé pequena como um grão de mostarda, para serem capazes de realizar portentos, até mesmo seriam capazes de transportar montanhas! "Transportar montanhas", no linguajar da época, referia-se a algo impossível de ser realizado pelo ser humano. Mas, até coisas humanamente impossíveis, tornam-se possíveis pelo poder da fé.
A eficiência da missão do discípulo depende, pois, de sua fé.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de fé absoluta no Senhor, robustece a pequenez de minha fé, de maneira que eu possa ser eficiente no exercício da missão a mim confiada.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé é essencialmente transformadora...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quantas vezes choramingamos diante de certas situações dentro da comunidade, que não conseguimos transformar, de quadros repetitivos, de pessoas que nunca mudam, de atitudes e testemunhos que vão contra o próprio evangelho. Às vezes até achamos que se tivéssemos algum poder dentro da instituição da igreja, resolveríamos a coisa do nosso jeito. É comum certas queixas “Ah se eu fosse o coordenador, ou o Padre dessa paróquia...”.
Não é o poder ditatorial que muda as pessoas e as situações, mas a Fé em Jesus Cristo, o agir em seu nome, o agir com Cristo, isso é, do mesmo modo, da mesma maneira que ele. Nesse sentido a Fé comprometida com a comunhão, é realmente poderosa e capaz de transformar qualquer situação adversa.
Não se sabe que tática ou estratégia os discípulos tentaram usar para curar o moço Lunático, mas o que se sabe é que a estratégia não funcionou e podemos supor que, possivelmente, eles tentaram a seu jeito, a seu modo, e em si mesmo não tinham, e nem nós temos, força suficiente para mudar as coisas e derrotar o Mal que oprime e escraviza as pessoas.
Mas essa experiência de uma Fé com tal poder de transformação deve iniciar-se em nós mesmos, mudando quem sabe, certos sentimentos estranhos ao Cristianismo, que insistem em se fazer presentes em nosso coração, pensamentos de grandeza, de dominação, ressentimentos e mágoas, espírito de grandeza que nos leva a concorrer com o outro. Primeiro é preciso consertar a casa, para depois experimentarmos esse potencial de uma Fé transformadora nas situações que nos rodeiam no dia a dia, ou nos acontecimentos da comunidade.
Mudar a situação não é TER FÉ QUE VAI DAR CERTO, mas é FAZER A COISA CERTA, sempre ao modo de Jesus, é a Fé que nos compromete e que nos envolve com todas as pessoas e situações de nossa vida, sem esquivarmo-nos ou nos omitir. A Fé como um grão de mostarda, que Jesus nos apresenta na exortação final deste evangelho, é semente pequenina, com potencialidade de crescer de tal modo que possamos transportar montanhas e remover quaisquer obstáculos que impeçam o coração humano de viver a comunhão com Deus, na relação com os irmãos, expulsando para longe os demônios que insistem em permanecer no coração dos homens... Dividindo e separando, deturpando as relações fraternas.

2. Senhor, tem compaixão do meu filho - Mt 17,14-20
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A mulher cananeia, que pediu a Jesus a cura de sua filha, demonstrou que tinha fé. Um homem levou seu filho aos discípulos de Jesus. O menino era doente, lunático ou epiléptico. Mais adiante se diz que um demônio saiu do menino. O fato é que os discípulos não conseguiram curá-lo. Então, o pai se dirigiu a Jesus e com muita humildade pediu: “Senhor, tem compaixão de meu filho”. O que não falta em Jesus é compaixão, mas e os discípulos? Eles mesmos perguntaram por que não conseguiram curar o menino. A resposta de Jesus foi simples e clara: “Por causa da fraqueza da vossa fé”. Aplica-se também aos discípulos o que Jesus disse antes: “Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos?”. Se nossa fé tivesse o tamanho de um grão de mostarda, nada nos seria impossível, mas nem esse tamanho ela tem. Resta-nos rezar com confiança: “Senhor, aumenta a minha fé!”.

HOMILIA

A CURA DE UM MENINO

Estamos diante de um texto que nos revela o quanto é importante ter fé. Em Mateus encontramos muitas passagens em que Jesus insistentemente fala da necessidade de ter fé para operar curas e milagres.
Quando eles chegaram perto da multidão, um homem aproximou-se dele e lhe disse, caindo de joelhos: Senhor, tem piedade de meu filho: ele é lunático e sofre muito; cai muitas vezes no fogo ou na água. Embora eu o tenha trazido a teus discípulos, ele não o puderam curar.
O próprio Jesus nos garante que se tivermos fé mesmo que seja bem pequenininha como uma semente de mostarda, poderemos fazer proezas, coisas que nos parecem impossíveis. Durante a nossa vida e no nosso dia a dia estamos sempre tendo oportunidade para exercitamos a fé que nós recebemos no nosso Batismo. Muitas pessoas que buscam a Jesus se aproximam de nós porque somos instrumentos do Seu amor e da Sua salvação.
A fé com que nós acolhemos o povo que é carente, doente, sofredor e que, por isso, precisa de Jesus é o termômetro para que tenhamos ou não sucesso no nosso ministério. Vale muito mais a fé com que nós oramos pelas pessoas do que mesmo aquilo que as pessoas esperam de nós. Somos apenas portadores da graça de Deus e precisamos acreditar que Ele age por meio de nós. Não podemos duvidar por que aí então o Senhor dirá também a cerca de nós: “Ó gente sem fé e perversa!”
Os discípulos de Jesus só poderão ajudar os homens a discernir a realidade(ouvir) e dizer a palavra transformadora (falar) se estiverem plenamente convictos de que Deus quer realizar uma sociedade justa. A oração exprime a união íntima com Deus e com o seu plano, porque Deus pode desalienar o homem, vencendo o mal.
Você acredita no poder de Jesus quando você ora por alguém? – A oração que você faz por alguém é em Nome de Jesus ou baseada na sua fraqueza humana? – Você tem tido coragem de orar pedindo cura e libertação para aqueles que se aproximam de você? – Por quem você precisa orar neste momento atual?
Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 09/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Quem tem fé não se entrega ao desespero e à incredulidade

Quem tem fé não se entrega ao desespero, porque este mal arrasa os alicerces da nossa alma. O grande milagre da fé é nos ajudar a vencer a incredulidade!

Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível” (Mateus 17, 20).

Jesus está triste e escandalizado com a falta de fé dos discípulos, porque eles trazem diante d’Ele um menino epiléptico e ninguém faz nada por esse garoto. Ninguém havia dado o tratamento, a confiança e a esperança de que os pais dessa criança precisavam. Muito pelo contrário, eles ficam sem alento e sem saber o que fazer, e o próprio Jesus os repreende: “Ó gente sem fé e perversa!” (Mateus 17,17), porque, na verdade, a falta de fé é uma perversidade. É nós conhecermos quem é Deus, sabermos quem é o nosso Deus e perdermos o referencial, a confiança e a certeza de que Ele pode por nós.
O grande milagre que a fé opera em nossos corações é nos ajudar a vencer, em primeiro lugar, a nossa incredulidade. Sim, essa é a grande obra da fé, porque não é questão de crer ou não crer em Deus, é questão de confiar no Senhor, saber do que Ele é capaz, saber que Ele está ao nosso lado aconteça o que acontecer! Por mais trágicas, difíceis e complicadas que sejam as situações da vida, nós não podemos perder a direção. Precisamos dizer como o apóstolo Paulo: “Eu sei em quem coloquei a minha fé, em quem eu depositei a minha confiança!” (II Tm 1, 12).
Quem tem fé não se entrega ao desespero, porque este mal arrasa os alicerces da nossa alma e do nosso coração, enfraquece-nos e nos deixa enfermos. O desespero nos tira as motivações e a esperança. Quem vive desesperado fica sem rumo, vive agitado, agita os outros e tira as nossas melhores perspectivas da vida.
Tenha fé e alimente a sua fé!  Volto a dizer: Ter fé é ter confiança, é saber que Deus cuida de nós por maiores que sejam as tribulações, os sofrimentos, a dor, a enfermidade e a situação financeira calamitosa! Por maior que seja o conflito, por maiores que sejam as decepções, quando não perdemos o rumo e não perdemos Deus no coração, tudo o mais nós conseguimos, porque Deus tudo faz de novo. A fé reinventa, a fé recria, a fé faz novas todas as coisas.
Quem vive da fé não conhece o desespero e tem a convicção de que existe um Deus que cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/08/2014

Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas é tímida a nossa fé. Assim, considera, Pai amoroso, em nosso favor, a grande vontade que temos de ter fé. E inunda-nos com o teu Espírito para que anunciemos ao mundo o grande dom que nos ofereces, o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, livra-nos das amarras que nos prendem às coisas materiais e impedem nossa entrada alegre e decidida no mundo encantado da Fé, que foi vivido e ensinado por Jesus de Nazaré. Dá-nos uma santa ousadia para nos entregarmos confiantes à profunda experiência que é a Presença do teu Mistério de Amor em nós. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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