domingo, 26 de julho de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/07/2020

ANO A


Mt 13,44-52

Comentário do Evangelho

A necessidade do discernimento.

O discernimento é a arte de distinguir entre o bem e o mal. O discernimento é necessário, pois bem e mal coexistem não somente fora do ser humano, mas no coração dele mesmo (cf. Mc 7,20-23). O que Salomão pede a Deus é a capacidade de escutar e a arte de discernir entre o bem e o mal. Escuta e discernimento são dois momentos de uma mesma atitude do homem que busca conhecer e realizar a vontade de Deus.
O evangelho deste domingo é composto de três parábolas, pronunciadas em casa, aos discípulos, e da conclusão de todo o discurso em parábolas (vv. 51-52). As duas primeiras parábolas (vv. 44-46), complementares entre elas, acentuam dois aspectos: o grande valor do tesouro e da pérola encontrados, símbolos do Reino dos Céus, e a atitude de quem os encontra. É no ensinamento de Jesus que o tesouro do Reino de Deus está escondido e protegido. Quem o descobre experimenta grande alegria e engaja toda a sua vida para não perdê-lo. A pérola de grande valor (ver: ap 21,21; Pr 3,15; 8,11; 31,10; Jó 28,18) encontrada é resultado de uma busca intencional. A aquisição do bem encontrado requer, como na primeira parábola, o engajamento de toda a vida. O Reino dos céus é comparável a bens que ultrapassam infinitamente o valor que se poderia atribuir-lhe. Segundo essas duas parábolas complementares, quem descobre o Reino dos Céus nas palavras e nos gestos de Jesus fará a experiência de uma tal alegria que será capaz de sacrificar suas antigas convicções e seguranças. É essa exigência que Jesus faz ao jovem rico (Mt 19,21); é o que São Paulo exprime de maneira tão lapidar: “o que era para mim lucro, tive-o como perda, por amor de Cristo” (Fl 3,7). A parábola da rede focaliza que há um tempo para tudo sobre a face da terra (Qo 3,1-8). A paciência instruída pelo discernimento é a atitude exigida dos discípulos. Há um tempo para a pesca e um tempo para a triagem da pesca realizada. A parábola não deixa nenhuma margem ao equívoco: a triagem acontecerá no fim do mundo (vv. 49-50; Mt 25,31-46). Os versículos 51 e 52 são a conclusão de todo o discurso de Jesus em parábolas. A resposta positiva dos discípulos à pergunta de Jesus significa que eles compreenderam a natureza do Reino dos céus e a sua situação neste mundo, o seu desenvolvimento e as exigências que ele impõe. A resposta positiva dos discípulos à pergunta de Jesus mostra, igualmente, que eles reconhecem que Jesus é quem revela o mistério de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa alguma deste mundo.
Fonte: Paulinas em 27/07/2014

Vivendo a Palavra

A sabedoria que o Evangelho de Jesus Cristo nos transmite ensina que não devemos descartar as coisas antigas – nossa tradição –, mas também a estarmos atentos às coisas novas. O Espírito continua soprando vida, e vida é ressurreição constante. Estejamos preparados para admirar agradecidos e encantados a paisagem sempre nova da nossa viagem.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus aponta o caminho da coragem para fazermos opções radicais: vender tudo o que temos para nos tornarmos aquilo que já somos no projeto do Pai: cidadãos felizes do Reino de Amor. E fornece a receita: sem desprezar a Tradição – as ‘coisas velhas’, – estarmos atentos às coisas novas inspiradas pelo Espírito – o Magistério e os sinais dos tempos.

Reflexão

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia de hoje tem acento duplo: sapiencial e escatológico. A segunda parte do evangelho é claramente escatológica (parábola da rede), e com isso sintonizam as orações. Mas o tema principal é o do “investimento” da pessoa naquilo que é seu valor supremo. Este tema, mais sapiencial, retém nossa atenção. Aparece na primeira parte do evangelho (o tesouro, a pérola) e na primeira leitura (o rei Salomão não pediu a Deus riqueza, e sim sabedoria, isto é, o dom de distinguir entre o bem e o mal).

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (1Rs 3,5.7-12)

O tema principal da liturgia de hoje é ilustrado pela primeira leitura: o rei Salomão não pede a Deus riqueza, e sim sabedoria, isto é, o dom de julgar e decidir acertadamente, “distinguindo entre o bem e o mal” ( v. 9). Esta leitura nos convida a ler o episódio seguinte do livro dos Reis, a aplicação prática dessa sabedoria (1Rs 3,16-28: o “julgamento salomônico”). O próprio fato de não pedir outra coisa já mostra a sabedoria. Ainda assim, além da sabedoria, Deus lhe deu, como que “de brinde”, algumas coisas menos importantes (riqueza, fama, longa vida; cf. 1Rs 3,13-14).

2. Evangelho (Mt 13,44-52)

O evangelho contém as últimas parábolas e a conclusão do “sermão das parábolas” de Mt 13: as parábolas do tesouro e da pérola, que ensinam o pleno investimento no Reino (v. 44-46), e a parábola da rede, que ilustra a situação “mista” da Igreja (mistura de fiéis convencidos e de batizados mornos) até o tempo final (v. 47-50). Nos últimos versículos coloca-se a pergunta “compreendeis?” (v. 51), dirigida aos discípulos do tempo de Jesus e aos de hoje também. Esse “compreender” consiste em receber em si todas as palavras do Senhor, tiradas do tesouro que contém “coisas novas e velhas” (v. 52). As “coisas novas” são o novo ensinamento de Cristo; as “velhas”, a releitura cristã das antigas Escrituras e tradições judaicas. Essa releitura está sendo feita desde os primeiros tempos da Igreja (a igreja judeu-cristã do evangelista Mateus) até hoje (por exemplo, na primeira leitura na liturgia dominical, no uso dos salmos etc.). Por esta razão, o mestre cristão é chamado de “escriba instruído no Reino dos Céus” (v. 52).
Olhemos primeiro as parábolas da pérola e do tesouro. O negociante que aparece na parábola da pérola é um homem de bem, perspicaz (como Salomão, na 1ª leitura). Ele arrisca tudo o que tem num investimento que lhe parece valer a pena (Mt 13,44). Para que o ouvinte compreenda melhor, esta parábola vem acompanhada de outra, que até parece elogiar a “especulação imobiliária”: um homem vende tudo para comprar um campo no qual está escondido um tesouro (v. 45-46). A lição destes textos é: investir tudo naquilo que é o mais importante. Isso parece sabedoria humana, mas aplica-se muito bem à realidade divina, ao Reino de Deus. Mas em que consiste, concretamente, o tesouro desta parábola? Para discernir isso, precisamos da sabedoria que Salomão pediu (cf. 1Rs 3,9) e que lhe propiciou pronunciar juízos sábios (cf. 1Rs 3,16-28). Ora, sabendo que Deus tem predileção pelos que mais precisam, os pobres e desprotegidos, podemos pensar que neles está o melhor investimento. É isso que fez o diácono e mártir Lourenço quando o imperador lhe pediu que mostrasse os tesouros da Igreja: mostrou-lhe os pobres de Roma.
Essas parábolas sugerem duas atitudes básicas. Há um momento negativo, o desprender-se das posses que não vale a pena segurar. Pensando bem, Salomão relegou a riqueza material para o segundo plano (pelo menos, em sua oração). Mas fez isso em função do momento positivo, que é o investir naquilo que é realmente o mais importante, aquilo em que Deus mesmo investe: justiça e bondade, iluminadas pela sabedoria. A atitude negativa (o desprendimento) e a positiva (o investimento) são “dialéticas”: uma não funciona sem a outra. Não somos capazes de nos desprender daquilo que é secundário se não temos claro o principal. Por falta do que é principal – a saber, o investimento do amor –, o esforço do desprendimento pode virar masoquismo, prazer em diminuir-se a si mesmo. Por outro lado, nunca conseguiremos investir o nosso coração para adquirir a pérola do Reino de Deus se não soubermos nos desprender das joias falsas que enfeitam nossa vida. Por isso, há tanto idealismo que não consegue ir além de um suspiro piedoso…
A leitura mais longa do evangelho apresenta ainda a parábola escatológica da rede, que encerra a coleção reunida no “sermão das parábolas” de Mateus (Mt 13,47-50). Esta parábola, muito semelhante à do joio e do trigo, lida no domingo passado, lembra que no tempo atual bons e ruins ficam misturados, mas no fim será feita a triagem. Na leitura evangélica abreviada, esta parábola fica fora, e o pregador que assim preferir pode deixar esse assunto para o fim do ano litúrgico (32º-34º domingos do tempo comum). Contudo, esse pensamento escatológico dá um peso especial ao tema sapiencial do investimento, acima abordado. Ensina-nos que se trata de um investimento para sempre. Responde, assim, à pergunta dos antigos mestres espirituais: “Que é isso em vista da eternidade?” E serve também como antídoto contra o desânimo que pode tomar conta de nós ao constatarmos, ao nosso redor, tanta coisa que não presta. No fim será feita a triagem.

3. II leitura (Rm 8,28-30)

Na segunda leitura, encontramos um dos textos maiores da carta aos Romanos: o planejamento de Deus e sua execução. Deus, como bom empreiteiro, faz todo o necessário para o bem daqueles que o amam, levando a termo a execução de seu desenho (“desígnio”) (v. 28). O texto é construído em redor da corrente conhecer-destinar-chamar-justificar-glorificar: as fases do acabamento, por Deus, do ser humano; uma obra de arquiteto. Deus de antemão conheceu os que queria edificar, como um arquiteto tem o edifício na mente; ele os projetou (“predestinou”; o termo grego proorizein significa “planejar, projetar”) conforme o protótipo que é Jesus mesmo, seu Filho querido, ao qual ele gostaria que todos se assemelhassem. E aos que assim planejou, também os escolheu (“chamou”); os “justificou” (qual empreiteiro que verifica sua obra durante a execução, decidindo se serve ou não) e, arrematando a obra, os “glorificou” (como em certas regiões os construtores celebram o arremate coroando de flores a cumeeira da casa nova). O protótipo é Jesus Cristo mesmo: o primogênito dos mortos. O Espírito já nos tornou filhos (Rm 8,16). Agora é só levar a termo a obra de arte já iniciada (v. 30). E o distintivo do cristão é que ele tem consciência de ser essa obra (“sabemos”, v. 28).
Esse texto nos faz entender o que os teólogos chamaram de “predestinação”: não significa que Deus criou uns para serem salvos e os outros (a “massa condenada”) para serem perdidos. Significa que, como bom empreiteiro, Deus faz tudo o que for preciso para completar perfeitamente a salvação naqueles que a ela se dispõem; e como conhece o coração de todos, ele também conhece os que se abrem à salvação e os que não se deixam atingir. O pregador que optar por acentuar a linha escatológica na liturgia de hoje (cf. Mt 13,47-52) encontrará nesta leitura um tema digno de reflexão.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO: escolher é renunciar

Renunciar não está na moda, é contrário à economia de mercado, ao consumo irrestrito… O evangelho, porém, mostra a atualidade eterna da renúncia. E para entender isso melhor, a liturgia nos lembra primeiro o exemplo de Salomão. Quando Deus o convidou para pedir o que quisesse, ele não escolheu poder e riqueza, mas sim sabedoria, para julgar com justiça (1ª leitura).
Jesus ensina o povo a escolher o que vale mais: o Reino de Deus. Para participar do Reino, vale pôr tudo em jogo, como faz um negociante para comprar um campo que esconde um tesouro ou para adquirir uma pérola cujo valor resiste a qualquer crise.
O que se contrapõe, nestas leituras, são, por um lado, as riquezas imediatas (materiais), por outro, o dom que Deus nos dá (para Salomão, a sabedoria no julgar; para nós, o Reino). Na hora de escolher, deve prevalecer o dom de Deus, e o resto tem de ser sacrificado se for preciso.
Qual seria o dom de Deus hoje? Aquilo que queremos ter em nosso poder, aquilo que com tanta insistência agarramos e procuramos segurar? Nossas posses, privilégios de classe, status etc.? Ou, antes, participar da comunhão fraterna, superar o crescente abismo entre ricos e pobres e transformar as estruturas de nossa sociedade, para que todos possam tomar parte na construção do mundo e da história que Deus nos confia? “Os pobres, nosso tesouro”, como apontou o diácono Lourenço ao imperador que desejava os tesouros da Igreja. Queremos investir tudo, os nossos bens materiais, culturais etc., para edificar uma sociedade que encarne melhor a justiça de Deus?
Às vezes, a gente preferiria não fazer escolha nenhuma e ficar com tudo: a riqueza, o poder e, além disso, Deus. Como os que durante a semana exploram seus funcionários, seus clientes e a sociedade toda, mas no domingo querem bela missa para Deus… Isso não vale. Quem não escolhe não se realiza. Para se realizar, é preciso decidir, e “de-cidir” é fazer uma cisão, cortar. Optar e renunciar é que nos torna gente. O grande escultor Michelangelo disse que realizava suas obras de arte cortando fora o que havia demais. Podemos meditar neste sentido sobre a segunda leitura de hoje: Deus, artesão perfeito, quer fazer de nós uma obra de arte: conhece o material, projeta, escolhe, endireita… até coroar sua obra que somos nós, feitos imagem de seu Filho.
O cristão deve, de maneira absoluta, renunciar ao pecado; é essa uma das promessas de nosso batismo. Mas, se for preciso para servir melhor o Reino de Deus, ele deve renunciar também a muitas coisas que não são más em si (riqueza, prestígio etc.). Pois o Reino vale mais do que tudo.

Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina. Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Dedica-se principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo Testamento (tradução), Evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica bíblica. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da “Fonte Q”.
Fonte: Vida Pastoral em 27/07/2014

Reflexão

O SEGREDO DO CRISTÃO

É bom lembrar: existe um segredo na vida cristã. Com ele convivemos e o carregamos em nosso peito a partir do batismo. É nele que estão as raízes que alimentam nossa alegria e nossa coragem para viver e lutar.
O reino de Deus que Jesus nos prometeu: esse é nosso segredo e também nossa bandeira. Por ele estamos dispostos a “vender tudo” e sacrificar tudo, até a própria vida.
É possível que, aos olhos dos insensatos, esse reino não passe de grande ilusão e essa bandeira não passe de trapo velho e rasgado. Mas constitui certeza vital para quem tem fé na palavra de Jesus.
O reino futuro não começa amanhã. Começa hoje, à medida que nos tornamos pobres para merecê-lo e decidimos lutar em favor da justiça divina. Ele não é realidade dissociada da vida presente. Quem nele pretende entrar não pode se dispensar da luta nem fugir deste mundo.
“Vender tudo” não significa entregar as armas, abandonar o trabalho e fugir para um deserto de tranquilidade. Significa oferecer a vida para defender a bandeira que nos foi entregue. Significa lutar mais a fim de contribuir para a construção desse reino e apressar a sua vinda e a sua plenitude.
Se a realidade do reino é o segredo do cristão, isso não significa que tenha de ficar escondido aos olhos do mundo. Todavia, tal como se verifica no domínio da fé e da esperança, ele é realidade discreta. Não é o caso de cantar suas belezas de forma espalhafatosa nem de tocar trombeta em praça pública para convencer o pessoal a comprá-lo.
Cumpre-nos falar do reino com discrição e sempre com medo de que nossas palavras acabem comprometendo sua beleza e valor. É preferível que cada um de nós o descubra por si mesmo no cantinho do coração, guardado como um segredo de amor.
Pe. Virgílio, ssp
Fonte: Paulus em 27/07/2014

Reflexão

UM ANO DEPOIS

Há um ano celebrávamos aqui no Brasil a Jornada Mundial da Juventude. Tivemos oportunidade de receber entre nós o papa Francisco. Todos os eventos e celebrações, transmitidos para o mundo inteiro pelas várias mídias, comoveram as pessoas. Escutamos muitas testemunhando o desejo de retorno à Igreja e de maior e melhor participação.
Além dos legados sociais, ecológicos, culturais e religiosos desse grande evento, nele a missionariedade transformou-se em um momento de grave compromisso para toda a Igreja.
O papa Francisco – em seu discurso aos bispos um ano atrás no Rio de Janeiro – perguntou, diante do episódio dos discípulos de Emaús, se ainda tínhamos a capacidade de “aquecer os corações” e trazer as pessoas de volta para casa.
Testemunhamos com muita alegria que, com as celebrações e as ações durante a JMJ, foram aquecidos muitos corações, de perto e de longe. O desafio agora é mantê-los aquecidos, descobrindo sempre de novo como aprofundar a fé e vivê-la com coerência no mundo de hoje.
Há uma tradição mística na Igreja que nos convida a fazer o exame de consciência no meio e ao final do dia. Um tempo de silêncio para nos perguntarmos como está transcorrendo nossa vida diária. Um ano depois, seria muito bom que olhássemos nossa vida e nossas comunidades e nos questionássemos: como foi essa missão a nós deixada pelo santo padre há um ano? A jornada deve mudar bastante muitas situações em nossa Igreja e nos fazer discípulos missionários animados. Sempre é tempo de retomar com alegria e generosidade a nossa missão.
As sementes plantadas no “campo da fé” de nossa vida, regadas por uma “chuva criadeira” que nos faz ver Deus agindo entre nós, devem produzir frutos de vida e fraternidade em nós e nos fazer “fermento no meio da massa” na construção da civilização do amor.
Oremos: “Senhor, que nos destes viver há um ano a Jornada Mundial da Juventude, nós vos pedimos que reaviveis em nós o espírito de discípulos missionários que nos leve a fazer discípulos entre todas a nações. Amém!”
D. Orani João Tempesta, O. Cist.
Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Fonte: Paulus em 27/07/2014

Reflexão

Pistas para a reflexão

- I leitura: A sabedoria é necessária aos governantes para bem servir o povo.
- II leitura: Deus, artesão perfeito, fez de nós uma obra-prima à imagem do seu Filho.
- Evangelho: Faz-se necessário investir no reino dos céus sem hesitação.
Fonte: Paulus em 27/07/2014

Reflexão

O tesouro escondido no campo

Diz Nosso Senhor, no Evangelho deste Domingo, que “o Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo”. Como interpretação para esse versículo, serve-nos de guia Santa Teresinha do Menino Jesus, que, em uma carta para sua irmã Celina, indica o “tesouro escondido no campo” como o próprio Jesus:

Minha Querida Celinazinha,

A tua carta encheu-me de consolação, o caminho que segues é um caminho real, não um caminho trilhado, mas é um atalho que foi traçado pelo próprio Jesus. A esposa dos Cânticos (cf. Ct 3, 1-4) diz que, não tendo encontrado o seu Bem-amado no seu leito, levantou-se para procurá-lo na cidade, mas foi em vão; depois de ter saído da cidade, achou Aquele que sua alma amava!... Jesus não quer que encontremos no repouso a sua adorável presença, esconde-se, envolve-se em trevas (cf. Sl 17, 12); não era deste modo que ele procedia com a multidão dos judeus, pois vemos nos evangelhos “que o povo ficava arrebatado quando Ele falava” (Lc 19, 48). Jesus encantava as almas fracas com suas divinas palavras, procurava torná-las fortes para o dia da provação... Mas como foi reduzido o número dos amigos de Nosso Senhor quando Ele se calava diante dos juízes!... (cf. Lc 23, 9) Oh! que melodia para o meu coração este silêncio de Jesus... Faz-se pobre a fim de que possamos fazer-lhe caridade, estende-nos a mão como mendigo (cf. Mt 25, 31), a fim de que, no dia radioso do juízo, quando aparecerá na sua glória, possa fazer-nos ouvir estas doces palavras: “Vinde, benditos do meu Pai, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me hospedastes; andava nu e me vestistes, estava doente e me visitastes, estava no cárcere e foste ver-me” (Mt 25, 34-36). Foi o próprio Jesus que pronunciou estas palavras, é Ele que quer o nosso amor, que o mendiga... Põe-se, por assim dizer, à nossa mercê, Ele não quer senão aquilo que lhe damos e a mais pequena coisa é preciosa aos seus divinos olhos...
[v] Minha querida Celina, regozijemo-nos pela nossa parte, é tão bonita, demos, demos a Jesus, sejamos avaras para os outros, mas pródigas para com Ele...
Jesus é um tesouro oculto (cf. Mt 13, 44), um bem inestimável que poucas almas sabem encontrar, pois ele está escondido e o mundo gosta do que brilha. Ah! se Jesus tivesse desejado mostrar-se a todas as almas com seus dons inefáveis, sem dúvida, nem uma só o teria rejeitado, mas não quer que o amemos pelos seus dons (cf. Gn 15, 1), é Ele mesmo que deve ser a nossa recompensa. Para encontrar uma coisa escondida é preciso a gente também esconder-se (cf. João da Cruz, CB, 1, 9); portanto, nossa vida deve ser um mistério, é necessário parecer-nos com Jesus, cujo rosto estava oculto... (cf. Is 53, 3) “Quereis aprender alguma coisa que vos sirva”, diz a Imitação: “Querei ser ignorados e tidos por nada” (I, 2, 3)... e em outra passagem: “Depois de ter deixado tudo, é preciso cada um se deixar a si mesmo” (II, 11, 4), embora alguém se vangloria de alguma coisa, um outro de outra coisa, ponde a vossa alegria apenas no desprezo de vós mesmos” (III, 49, 7). Como estas palavras dão paz à alma, minha Celina, tu as conheces, mas não sabes tudo aquilo que eu quereria dizer?... Jesus te ama com um amor tão grande que, se tu visses, ficarias num arrebatamento de felicidade que te faria morrer, mas não o vês e sofres...
Em breve Jesus “levantar-se-á para salvar todos os mansos e os humildes da terra”!... (cf. Sl 75, 10). [1]

“Jesus é um tesouro oculto”. Mas, se Ele está oculto, onde procurá-Lo? De acordo com São João da Cruz, Ele se esconde dentro da própria alma:

Ó alma, formosíssima entre todas as criaturas, que tanto deseja saber onde está o teu Amado para te encontrares e te unires a Ele, já te foi dito que tu mesma és o aposento onde ele mora, o refúgio e o esconderijo onde Ele se oculta.
[...] Mas também perguntas: “Então, se Aquele que a minha alma ama está em mim, porque é que não O encontro nem O sinto?” A razão disso é que Ele está escondido, e tu não te escondes para O encontrar e sentir. Quem quiser encontrar uma coisa escondida, há de penetrar escondido no lugar onde ela está escondida: ao encontrá-la, fica tão escondido como ela. Portanto, uma vez que o teu Amado é o tesouro escondido no campo de tua alma, pelo qual o sábio comerciante entregou tudo (Mt 13, 44), convirá que tu, para O encontrar, esquecidas todas as tuas coisas e alheando-te de todas as criaturas, te escondas no teu refúgio interior do espírito e, fechando atrás de ti a porta, isto é, a tua vontade a todas as coisas, ores a teu Pai em segredo (Mt 6, 6). E ficando assim escondida com Ele, senti-lo-ás no escondido, amá-lo-ás e possui-lo-ás no escondido, e escondidamente te deleitarás com Ele, mais do que aquilo que a língua e os sentidos podem alcançar. [2]
Para que nos encontremos com Jesus, é preciso que nos recolhamos interiormente. A parábola diz que o homem “vende todos os seus bens” por causa do que encontrou. Isso significa, sobretudo, renunciarmos a nós mesmos, aos nossos gostos, caprichos e vontades. Afinal, tendo descoberto esse amor que nos redimiu e salvou, não nos pertencemos mais. Se quisermos, pois, encontrar Jesus, precisamos dar tudo e dar-nos a nós mesmos, como diz Santa Teresinha: “Aimer c’est tout donner et se donner soi-même. – Amar é tudo dar; depois, dar-se a si mesmo” [3].

Como fazer isso na prática? É preciso que nos unamos a Jesus escondido, escondendo-nos junto com Ele. Santa Teresinha toma a decisão vocacional de ocultar-se no Carmelo, mas, mesmo que não sejamos chamados para a vida de clausura, é necessário que tenhamos um “quarto interior”, uma “cela” onde nos possamos esconder. Escreve Teresinha, em outra poesia:

“Vivre d’Amour, c’est vivre de ta vie, / Roi glorieux, délice des élus. / Tu vis pour moi, caché dans une hostie / Je veux pour toi me cacher,ô Jésus ! / A des amants, il faut la solitude / Un cœur à cœur qui dure nuit et jour / Ton seul regard fait ma béatitude / Je vis d’Amour !… - Viver de Amor é viver da Tua vida, / Delícia dos eleitos e glorioso Rei; / Vives por mim numa hóstia escondido, / Escondida também por Ti eu viverei! / Os amantes procuram sempre a solidão: / Coração, noite e dia, em outro coração; / Somente Teu olhar me dá felicidade: / Vivo de Amor!” [4]

Pode parecer estranho que Nosso Senhor, ao mesmo tempo em que se faz carne e habita no meio dos homens, se oculte. No entanto, Ele quer que seja assim para que O busquemos não tanto pelo desejo de recompensas, como por Ele mesmo; mais que nos amar, Ele deseja receber o nosso amor. Deus se rebaixa, torna-se de alguma forma dependente das migalhas de nosso amor, pois sabe que só assim nos tornaremos semelhantes a Ele e participaremos de Sua divindade.
Para tanto, precisamos nos convencer da necessidade da oração. Não é possível sermos cristãos sem rezar e cultivar a vida interior, sob o risco de transformarmos a religião em um farisaísmo. O que nos torna seguidores de Cristo não é um conjunto de normas ou um código de práticas exteriores, mas uma atitude interna de amor a Nosso Senhor.

Referências:
Santa Teresa do Menino Jesus, Carta,145, para Celina, 02/08/1893.
São João da Cruz, Cântico Espiritual B 1, 7. 9.
Poesias, 54 (Porque eu Te amo, Maria – Maio de 1897), estrofe 22.
Santa Teresa do Menino Jesus, Poesias, 17 (Viver de Amor, estrofe 3).
Fonte: Reflexões Franciscanas em 27/07/2014

Reflexão

O PREÇO DO GRATUITO

Primeira Leituras: 1Rs 3,5.7-12;
Salmo 118(119),57.76-77.127-128.129-130;
Segunda Leitura: Rm 8,28-30;
Evangelho: Mt 13,44-52

Situando-nos brevemente

Dileto povo de Deus, de maneira vertiginosa nos encaminhamos para o término de mais um mês e mais uma vez nos encontramos em torno da mesa da Palavra e da Eucaristia para celebrarmos a nossa Páscoa Semanal. Esse templo, no qual estamos reunidos, nos abriu suas portas como para indicar a nossa entrada naquela Jerusalém que almejamos, e da qual já cruzamos os umbrais através dos mistérios que celebramos.
Costumamos chamar o domingo de “fim de semana”, mas não é bem assim, este dia na verdade ‘é o primeiro da semana’, “dia em que Jesus Cristo venceu o mal e a morte” é aquele que encabeça a nossa semana de trabalho e nós, com alegria, o consagramos a Deus através deste culto, desta obra divina. Este XVII Domingo do Tempo Comum nos abre uma semana plena de oportunidades de nos admirarmos das maravilhas que o Senhor tem operado em favor do seu povo. Os santos do calendário nos testemunham essa verdade. Na próxima terça-feira 29, celebraremos Santa Marta que juntamente com sua irmã Maria e seu irmão Lázaro são os hospedeiros do Senhor; na quinta-feira 31 celebraremos Santo Inácio de Loiola, grande pregador e defensor da fé, e nos dias seguintes celebraremos Santo Afondo Maria de Ligório, abrindo o mês vocacional.
Eis que todos nós fomos “vocacionados” neste domingo, quer dizer, fomos chamados  pelo Senhor a abrirmos o ouvido do nosso coração para a sua doce voz. E o que nos diz a sua voz? Nós a escutamos há alguns minutos quando os irmãos nos proclamaram as Escrituras. Façamos Memória.

Recordando a Palavra

O trecho do Evangelho que ouvimos hoje, como já sublinhamos há dois domingos passados, conclui o capítulo 13 do livro de São Mateus, o capítulo das parábolas do Reino. Trata-se de três brevíssimas parábolas: a primeira parábola, a do tesouro escondido, fala de “um homem que o encontra e o mentem escondido. Cheio de alegria, vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo” onde ele sabe que está escondido aquele tesouro de inestimável valor; a segunda parábola compara o Reino dos céus a um comprador de pérolas preciosas, que “quando encontra uma pérola de grande valor, vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”; a terceira é a parábola da rede lançada para pegar peixe. Ela apanha todo o tipo de peixe e só no fim é que se faz uma seleção. Lembra, na sua estrutura, a parábola do joio, sobre a qual meditamos domingo.
Nestas três últimas parábolas Jesus não enfatiza a expansão nem o crescimento do Reino, como fez nas parábolas da semente de mostrada e do fermento, mas ele trata do valor, da preciosidade do Reino. Tal proposição nos remete imediatamente à primeira leitura: O Senhor aparece em Gabaon a Salomão, recentemente coroado rei de Israel, e lhe faz a proposta dos sonhos de todas as pessoas da face da terra: “pede o que desejas, e eu te darei”. Salomão não desejou para si nem “longos anos de vida”, o último sonho de consumo da humanidade, “nem riquezas, nem a morte de seus inimigos”, embora soubesse ser isso tudo de extrema necessidade para uma edificação de um reino, pediu para si o que era essencial: “Dá, pois, ao teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal”.
Esta “arte da boa escolha” o salmista a canta. O mandamento do Senhor se torna o seu maior tesouro. O dom gratuito da lei saída da boca do Senhor “vale mais do que milhões em ouro e prata”, “mais que o ouro, muito mais do que o ouro fino”. Feita essa escolha os mandamentos se tornam maravilhosos e a Palavra do Senhor, ao revelar-se lhe “ilumina”. Na segunda leitura, Paulo lembra ao romanos a preciosidade do amor de Deus, que escolhe o homem e o conforma à imagem do seu Filho. Esse “escolher” da parte de Deus, é mais do que um simples distinguir entre um e outro, é um predestinar, um chamar, um justificar, um glorificar.

Atualizando a Palavra

Como as duas parábolas do grão de mostarda e do fermento, ouvidas domingo passado, não se diferenciam muito, assim também as parábolas do tesouro e da pérola se assemelham: tanto uma como a outra nos fazem entender que devemos preferir e estimar o Evangelho acima de tudo. São João Crisóstomo lembra que “com estas duas parábolas nós aprendemos não somente que é necessário despojar-se dos outros bens para abraçar o Evangelho, mas que devemos fazer esse gesto com alegria. Quem renuncia a quanto possui, deve estar convencido de que o que faz é um negócio, não uma perda. Vês como o Evangelho escondido no mundo - prossegue o Santo, boca de ouro – é comparável a um tesouro, e como esse esconde em si todos os bens? Se não vendes tudo, não podes conquistá-lo e, se não tens uma alma que o procura com a mesma solicitude e com o mesmo ardor com os quais se procura um tesouro, não poderás encontrá-lo”.
Este tesouro, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (cf. Cl 2,2s), é o Verbo d Deus, que se revela se escondendo no Corpo de Cristo. Quando alguém encontra em Cristo tão grande verdade, deve renunciar a todas as riquezas deste mundo, para “possuir” o maior bem que encontrou, “uma só pérola de grande valor – afirma São Jerônimo -, isto é, o conhecimento do Salvador, o sacramento da sua paixão, o mistério da ressurreição”. O mercador que a descobriu, à semelhança do Apóstolo Paulo, considera tudo o que tinha vivido até aquele momento como lixo e banalidade para ganhar a Cristo (cf. Fl 3,8). Não porque a descoberta da nova pérola comporta em si condenação das antigas, mas porque ao seu confronto, todas as outras pérolas se tornam de muito menor valor. É aqui que reside todo o segredo do Reino. Não é que as outras realidades sejam más em si mesmas, elas têm o seu valor justo e bom e podem até ser lícitas, porém não podem conduzir o homem àquela realidade ou àquele nível de verdadeira riqueza evangélica que só “aquele tesouro” e “aquela pérola” podem oferecer.
Eis a grande novidade do Reino, eis o preço do gratuito. O Reino, isto é Jesus Cristo, o seu conhecimento, “não é algo que possa estar simplesmente acrescido à nossa vida pessoal, ainda que   grande parte de nosso pensamento e de nossa atividade. Só se tem o verdadeiro cuidado do reino quando este cuidado domina tudo. O Reino é absoluto: não admite o mais ou menos; não é qualquer coisa que se possui pela metade, ou da qual se faz uma parte. Só é possuído quando tudo foi abandonado por ele”.
O reino é exclusivo, mas não é exclusivista, ele não exclui, não elimina 9º humano. A presença de deus não afasta o humano: ela o penetra e o transforma. Por isso esta mensagem não se aplica somente aos religiosos, que pela profissão religiosa, “abandona tudo”. Esta proposta é para todos batizados, para todo aquele de boa vontade que encontrou verdadeiramente Jesus Cristo em seu caminho. Qualquer estado de vida na Igreja, que não tem como meta o encontro deste grande tesouro, não pode ter tudo, todos os tesouros que se encontram encerrados neste grande tesouro, nesta preciosa pérola, Jesus Cristo.

Ligando a Palavra com a ação eucarística

Eis que daqui a pouco, em clima de ação de graças, nos aproximaremos do altar, onde a gratuidade de Deus se revelou plenamente no altíssimo preço que pagou Jesus por nós. Por quê? Porque nós nos tornamos para Deus um tesouro e uma pérola pelos quais Ele foi capaz de tudo dar sem medidas, quando nos deu o próprio Jesus Cristo, seu único Filho. E agora essa realidade se acentua de modo particular e espera de nós uma resposta à altura.
Aproximar-se do banquete eucarístico servirá para a humanidade sinal que nós escolhemos o que há de mais precioso; ainda que o nosso tesouro seja aos olhos do mundo aparentemente “pequeno e ordinário” sabemos do seu preciosíssimo valor. A Eucaristia, que é o Corpo e Sangue de Cristo, oferecido para a vida do mundo, é para nós esta “dádiva temporal” que se transforma à cada celebração “remédio para a vida eterna”. A vida é o preço do Dom gratuito do Pai.

Sugestões para a celebração

A Instrução Geral do missal Romano, falando da “Estrutura geral da missa” a apresenta da seguinte forma: “Na missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que apresenta a pessoa de cristo, para celebrar a memória do Senhor ou sacrifício eucarístico. Por isso, a esta reunião local da Santa Igreja aplica-se, de modo eminente, a promessa de Cristo: “Onde dois ou três estão reunidos no meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Pois, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, cristo está realmente presente tanto na assembleia reunida em seu nome, como na pessoa do ministro, na sua palavra, e também de modo substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas”, e nos números seguintes dá uma atenção toda especial ao papel do presidente da celebração eucarística, enfatizando aquelas orações e partes da missa que são próprias do sacerdote, isto é, quando não podem ser delegadas sob o pretexto da “participação ativa dos fiéis”. A beleza da ars celebrandi, consiste exatamente no fato de que cada “membro/ator” da celebração exerça com dignidade eficiente o seu papel.
“Entre as partes que competem ao sacerdote ocupa o primeiro lugar a Oração eucarística, cume de toda a celebração. A seguir, vêm as orações, isto é, a oração do dia (coleta), a oração sobre as oferendas e a oração depois da Comunhão.O sacerdote, presidindo a comunidade como representante de cristo, dirige a Deus estas orações em nome de todo o povo santo e de todos os circunstantes. É com razão, portanto, que são chamadas “orações presidenciais”.
Em seguida a IGMR dá indicações pastorais de capital importância para o ministério da presidência, sublinhando a discrição necessária para que a celebração do divino ministério não se torne um momento de “verbosidade” infinita: “Da mesma forma cabe ao sacerdote, no desempenho da função de presidente da assembleia, proferir certas admoestações previstas no próprio rito. Quando estiver estabelecido pelas rubricas, o celebrante pode adaptá-las um pouco para que atendam à compreensão dos participantes; cuide, contudo, o sacerdote de manter sempre o sentido da exortação proposta pelo Missal e a expresse  em poucas palavras. Cabe ao Sacerdote presidente também moderar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode, além disso, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do ato penitencial, na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, nunca, porém, dentro da despedida”. O adjetivo “brevíssimas”, aplicado às palavras de introdução da missa e nas outras partes previstas, é de valor inestimável para evitar que nas celebrações estas sejam “poluídas” de pequenas homilias ou explicações desnecessárias, já que o rito deve falar por si mesmo.
A instrução prossegue fazendo observações a nível prático, que têm como pano de fundo, além da delicadeza para com a assembleia, a importância da semeadura da Palavra que passa, também e de modo  singular pela comunicação verbal. Por fim o número em questão adverte sobre uma tendência que vem se alastrando pelo Brasil: a do fundo musical, durante as orações, que segundo o conceito de alguns, serve para “criar um clima”: “A natureza das partes ‘presidenciais’ exige que sejam proferidas em voz alta e distinta e por todos atentamente escutadas. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não haja outras orações nem cantos, ecalem-se o órgão e qualquer outro instrumento”.
Ainda sobre a estética vocal da presidência a Instrução adverte para as orações que são ditas em voz alta e aquelas, conhecidas como apologia sacerdotis, que são proferidas com voz submissa. As rubricas às vezes se apresentam de forma meio confusa com relação a essa apologia sacerdotis, resquícios da influência franco/germânica do VIII e XIX séculos. Algumas vezes as rubricas indicam que essas orações sejam ditas em voz baixa, noutros ligares que sejam “proferidas em silêncio”, uma ou outra forma indica que estas orações não devem ser “ouvidas” pela assembleia. Diz a IGMR: “Na verdade, o sacerdote, como presidente, reza em nome da Igreja e de toda a comunidade reunida e, por vezes, também somente em seu nome para cumprir o seu ministério com atenção e piedade. Estas orações, propostas antes da proclamação do evangelho, na preparação das oferendas e antes e depois da Comunhão do sacerdote, são rezadas em silêncio”.
Quanto àquelas na “preparação das oferendas” convém observar o que dizem as rubricas do próprio missal para as situações em que não se executa um “Cântico para a apresentação das Ofertas”.
Fonte: Novo povo construindo o Reino de Deus na justiça! - Roteiros Homiléticos do Tempo Comum I - Junho/Agosto 2014 - Ano A – Edições CNBB.
Fonte: Emanarp em 27/07/2014

Reflexão

Na primeira leitura extraída do Primeiro Livro dos Reis, fica muito claro a sabedoria de Salomão não apenas pelo conteúdo de sua oração, mas pelo modo como se dirige a Deus. No seu modo de falar com o Senhor, fica explícita sua humildade e a consciência de seu lugar: apesar de rei, diante de Deus ele é servo.
Ele também demonstra sabedoria ao não se sentir proprietário do povo, mas condutor do rebanho que pertence a Deus.
Finalmente ele pede sabedoria para praticar a justiça. Deus não só aceita a oração de Salomão, mas o abençoa com o dom do discernimento em um coração sábio e inteligente.
A parábola de Mateus apresentada hoje pela liturgia termina com o relato do discernimento feito pelos pescadores que “recolhem os peixes bons nos cestos e jogam fora os que não prestam.”
Jesus, ao falar do Reino dos Céus o comparou a “uma rede lançada ao mar e que apanha todo tipo de peixe”. Nossa atitude em relação ao Reino, aos seus valores, nos identificará como bons ou não. Até onde somos capazes de renúncias, mudanças de vida, despojamento por causa do Reino, por causa de justiça?
A segunda leitura nos fala de nossa predestinação à felicidade plena. Deus nos criou para sermos salvos, para agirmos neste mundo em favor da justiça e da paz, como cidadãos do Reino que virá, ou melhor, que já está instaurado neste mundo através da ação dos homens de boa vontade, daqueles que são imagem de Cristo.
Concluindo, podemos tirar para nossa vida que a sabedoria, o discernimento estão presentes no coração daqueles que se sentem servos diante de Deus e dos irmãos, daqueles que possuem e lutam pelos valores do Reino, daqueles que lutam pela justiça e pela paz. Esses confirmam a predestinação para o Céu, pois são no mundo imagem e semelhança de Cristo.
Pe. César Augusto dos Santos SJ - 2014-07-26 Rádio Vaticana
Fonte: Liturgia da Palavra em 27/07/2014

Reflexão

Jesus continua ensinando sobre o Reino dos Céus com mais três parábolas. As duas primeiras (tesouro escondido e pérola preciosa) ensinam o valor do investimento no Reino de Deus, considerado bem maior. A terceira (rede) revela a realidade da comunidade (e da sociedade), composta de pessoas fiéis e convictas e pessoas descompromissadas. Essas parábolas mostram a complexidade do mistério do Reino dos Céus. Com as três parábolas, Jesus nos convida a acolher o Reino, considerado bem máximo, que merece investimento acima de tudo. O que Deus nos oferece tem valor infinito; precisamos fazer todo o esforço para tornar o Reino sempre mais realidade, abandonando o que não contribui com ele. Devemos ser como o “dono da casa que tira de seu cofre coisas novas e velhas”. Precisamos ser pessoas sábias para discernir aquilo que realmente é valioso daquilo que não traz benefícios à vida. Em outras palavras, preservar o que realmente dignifica o ser humano, sejam “coisas novas ou velhas”.
Oração
Senhor Jesus, comparas o Reino de Deus a um tesouro escondido e a um comprador de pérolas preciosas. Quando esses bens são encontrados, o restante se torna insignificante, sem valor. Dá-nos a sabedoria para investir naquilo que realmente tem valor para a vida eterna. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

O Reino de Deus é a pérola mais preciosa que possa existir! O tesouro para muitos escondido! É nosso encontro com a bondade e misericórdia infinita de Deus! - Você pode dizer que encontrou a pérola preciosa? Em que consiste? - Você consegue encontrar tesouros escondidos no íntimo de seu coração? - Você caminha na luz de Deus? - Não é daqueles que se apegam demais aos tesouros deste mundo? - Cite um exemplo de alguém que é uma pérola preciosa de amor a Deus e ao próximo.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 27/07/2014

Comentário do Evangelho

O ABSOLUTO DO REINO

O centro de convergência da parábola do tesouro escondido e da pérola preciosa encontra-se na decisão do agricultor e do comerciante, de desfazer-se de todos os seus bens para adquirir o bem encontrado, por ser sobremaneira precioso. O bom senso mostrou-lhes a conveniência de investir tudo na aquisição do bem maior. A perda redundaria em ganho, a loucura revelar-se-ia sabedoria.
Assim comporta-se o discípulo em relação ao Reino. Sua descoberta leva-o a redimensionar toda a sua vida, dando um sentido novo a cada um de seus aspectos, subordinando-os ao absoluto do Reino. O discípulo predispõe-se a qualquer sacrifício. Nada lhe parece demasiadamente pesado, quando se trata de colocar o Reino e seus valores no centro de sua existência.
O discípulo vê-se confrontado com a responsabilidade de fazer uma opção que revolucionará toda a sua vida. Nem sempre estará seguro do passo que deverá dar. Daí a possibilidade de se deixar levar pelo medo e pela incerteza. A convicção do discípulo, ao tomar esta decisão, dependerá do modo como foi tocado pelo Reino. Quanto mais profunda for a experiência tanto mais seguro estará o discípulo. Uma experiência superficial dificilmente levará a uma opção radical. Aí se revela quem, de fato, fez-se discípulo do Reino.
Oração
Espírito de radicalidade, reforça minha opção pelo Reino e seus valores, para que eu o coloque sempre mais como o centro de minha vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 27/07/2014

Meditando o evangelho

EM BUSCA DO "MAIS"

O tesouro descoberto por acaso e a pérola preciosa encontrada após uma longa busca indicam uma postura imprescindível para quem se faz discípulo do Reino: capacidade de abrir mão do que lhe parecia ser valioso – a riqueza acumulada – para ficar apenas com o que é fundamental, o verdadeiramente necessário. Surge, então, uma questão implacável: vale a pena?
A disposição para obter o "mais" choca-se muitas vezes com o que é "menos". Neste sentido, o discípulo necessita de muita audácia para que o apego ao "menos" não o impeça de adquirir o que é "mais". É a audácia do agricultor que encontrou o tesouro e do comerciante em busca de uma pérola preciosa. Eles venderam tudo quanto possuíam, e que haviam conseguido à custa de longos e penosos anos de trabalho e esforço, para adquirir apenas um bem: o primeiro, o campo onde se escondia o tesouro, e o segundo, uma única pérola. Sabiam, porém, que aquele não era um campo qualquer, nem uma pérola como tantas outras. Ao dar-se conta do valor incomensurável do bem a ser adquirido e da chance que tinham diante de si, não hesitaram em se decidir.
A "aquisição" do Reino exige do discípulo abrir mão de tantas coisas tidas como valiosas, mas que são um bem menor, se comparadas com ele. Afinal, o Reino é o próprio Deus desejoso de fazer-se senhor de cada pessoa e da história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, meu grande anseio é deixar-te ser o senhor de minha vida. Faze-me suficientemente audacioso para renunciar a tudo quanto me afasta deste objetivo.

HOMILIA

JESUS É A PÉROLA DE GRANDE VALOR

No Evangelho de hoje somos convidados a contemplar duas realidades. Duas pérolas. Uma de mais e outra de menos valor. A de grande valor é escondida com a máxima segurança para não descoberta por ninguém. O mais importante nelas é a focalização da opção radical pelo Reino da justiça, diante do qual vale a pena arriscar tudo, alegremente. Ambas mostram a atitude de alguém que vende tudo o que possui para conquistar o novo, algo de valor incalculável, o único valor absoluto.
A primeira parábola é a do tesouro escondido no campo. A parábola não compara o Reino com o tesouro, mas quer mostrar o estado de ânimo de quem encontra esse tesouro, comparando esse estado de ânimo com o que deveria animar os que descobrem o Reino da justiça como valor absoluto de suas vidas. Como reage quem encontra um tesouro? Como reage quem descobriu que a justiça é o único caminho para conseguirmos sociedade e história novas?
O texto não afirma que o descobridor estivesse à caça de tesouros escondidos. Simplesmente foi por providência, foi sem esforço. O Reino da justiça também não é objeto de buscas intermináveis; está debaixo de nossos pés, a nosso alcance, em nosso chão. A reação de quem encontrou o tesouro é de alegria e desembaraçamento de tudo para a obtenção desse tesouro. Aí está, diz Mateus, o estado de ânimo de quem descobriu, na prática da justiça do Reino, o filão escondido do mundo novo.
O Reino é dom gratuito, manifestado na prática de Jesus. A esse achado inesperado correspondem alegria e desprendimento total. Não se trata de renunciar para obter o Reino. É sua descoberta que possibilita desembaraçar-se alegremente de tudo.
A segunda parábola é a da pérola de grande valor. Há algumas diferenças em relação à anterior: o fato de o comprador estar buscando pérolas e a não-menção da alegria com que vende todos os seus bens. Contudo, o significado é o mesmo da parábola anterior: pelo fato de encontrar um valor maior, desfaz-se de tudo para possuí-lo, porque vale a pena. Fique bem claro, porém, que o Reino não é troca de mercadorias. Não pode ser comprado como o campo que esconde o tesouro, ou como a pérola. As parábolas querem salientar que nada faz falta a quem descobriu o sentido e valor da luta pela justiça.
A parábola da rede lançada ao mar prolonga o tema da parábola do joio no meio do trigo e tem sabor de escatologia final. Na sociedade convivem lado a lado peixes bons e peixes ruins. Quem lança a rede é Deus e só a ele compete ordenar a triagem. O juízo constará de separação. A parábola, portanto, mostra às comunidades cristãs qual será sua sorte final se perseverarem no discernimento e na opção definitiva pelo Reino de justiça.
Os vv. 51-52 pretendem ser a conclusão das parábolas. A insistência cai sobre a compreensão ou discernimento. Vocês compreenderam tudo isso? Não se trata simplesmente de entender o sentido das parábolas, mas antes de compreender, assumir o ensinamento e a prática do Reino que elas manifestam.
Trata-se de compreender o mistério do Reino, que pode ser resumido em dois pontos: 1. O mistério do Reino já foi e continua sendo manifestado naquilo que Jesus diz e realiza; 2. O que ele diz e realiza se prolonga na práxis da comunidade cristã em meio a uma sociedade conflituosa. A função da comunidade não é fazer a triagem ou fugir da realidade, mas dar continuidade à prática de Jesus.
Os discípulos afirmam ter compreendido tudo isso. Por isso todo doutor da Lei que se torna discípulo no Reino do Céu é como um pai de família que tira do seu baú coisas novas e velhas. Este Pai sou eu, és tudo, quando fazes uma opção radical por Jesus a Pérola de grande valor, o Único Caminho, a Verdade, e a Vida de todo e qualquer homem ou mulher.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 27/07/2014

Homilia do 17º Domingo do Tempo Comum, por Pe. Paulo Ricardo



HOMILIA DIÁRIA

Peçamos a Deus sabedoria para discernir entre o bem e o mal

É o Espírito Santo quem nos dá a sabedoria necessária para termos discernimento, prudência e para tomarmos as decisões corretas.

“Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido” (Mateus 13, 44).

A Palavra de Deus, que nos é anunciada hoje, nos ajuda a entender o valor, a importância e o significado que o Reino de Deus tem para nós. Comparar o Reino de Deus com um tesouro ou com pérolas preciosas nos dá realmente a dimensão e o valor da importância que esse Reino tem para a nossa vida. Na verdade, ele significa tudo, não tem nada neste mundo mais importante do que ele e quem o descobriu, descobriu tudo! Descobriu a razão de viver, o sentido para a vida, porque o Reino de Deus nos traz a razão para o nosso viver.
A primeira leitura da Missa de hoje nos traz um grande ensinamento da maneira como devemos nos dirigir a Deus. Vemos Salomão, muito jovem e escolhido para ser o rei de Israel, se apresenta diante de Deus, ele poderia pedir o que quisesse diante da presença do Senhor, mas ele pede: “Senhor, conceda-me sabedoria, conceda-me um coração compreensivo capaz de governar o seu povo e saber discernir entre o bem e o mal”. O pedido de Salomão agradou tanto o Coração de Deus, porque ele [Salomão] não pediu vida longa, não pediu riquezas, não pediu morte para seus adversários, mas somente a sabedoria para praticar a justiça e fazer a vontade de Deus. Por isso o Senhor atendeu o pedido dele porque este agradou demais o Coração d’Ele.
Deixe-me dizer uma coisa a você: Nós, às vezes, nos preocupamos em pedir tantas coisas para Deus; pedimos saúde, pedimos vida melhor, pedimos paz e prosperidade. Não é errado pedir isso, cada um sabe das suas necessidades. Filho, apresente ao coração de Seu Pai aquilo que é necessidade do seu coração. Mas nós, muitas vezes, nos esquecemos de pedir o essencial, o fundamental, essa riqueza maior que se chama: Espírito Santo.
É o Espírito que nos dá a sabedoria necessária para termos discernimento, para termos prudência, para tomarmos as decisões corretas, para termos a fortaleza necessária. Por isso o pedido de Salomão agradou tanto ao Coração de Deus, porque ele não pediu nada pensando em si; ele pediu para praticar o bem e viver a vontade do Senhor!
Que hoje a Palavra de Deus venha ao nosso encontro irradiando em nosso coração essa vontade de pedir ao Senhor que nos dê o segredo do Seu Reino, que nos dê essas pérolas preciosas: os dons do Seu Santo Espírito e nos conceda, em abundância, a sabedoria e a capacidade de discernir entre o bem e o mal, entre o que é a vontade de Deus e o que não é a vontade do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/07/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a ser como aquele doutor da Lei que se tornou discípulo do teu Reino: mantém-nos respeitosos e atentos sobre a Sabedoria Antiga e, na mesma medida, abertos ao Novo, inspirado por teu Espírito Criador. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do mesmo Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai muito amado, que nos deste teu Filho, o Cristo, como Irmão e sacramento da tua Presença, inspira-nos sabedoria para discernir o essencial e o acidental, o velho, que ainda deve ser preservado, e o novo, a ser acolhido como dom de teu Espírito. E nos livra do medo que nos inibe de acolher e partilhar o Amor vivido pelo mesmo Cristo Jesus, o Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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