sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 19/02/2020

ANO A


Mc 8,22-26

Comentário do Evangelho

A insistência de Jesus

Depois do diálogo com os discípulos marcado, como dissemos, por certa aspereza e indignação, o evangelista pôs este relato da cura do cego de Betsaida. No episódio precedente (8,14-21) é observada com clareza a incredulidade dos discípulos; uma forma de afirmar a cegueira espiritual deles (cf. 8,18). Nesse sentido, o texto de hoje tem um forte valor simbólico, a saber, ele exprime o desejo de Jesus de abrir os olhos dos seus discípulos. A intenção de ir a Betsaida já havia sido anunciada em 6,45, depois do relato da primeira multiplicação dos pães. O cego é levado por outros, o que se compreende em relação à sua deficiência. Jesus também o toma pela mão para conduzi-lo para fora do vilarejo. Esse gesto de Jesus pode ser entendido também em relação à limitação daquele anônimo, conhecido somente por sua cegueira. No entanto, há, aqui, um plus: a condução do cego por Jesus já é o início da cura. O gesto repetido da imposição das mãos, até o cego ver claramente, é símbolo da dificuldade e do processo necessário até que os discípulos vejam com clareza. A clareza da visão e a compreensão do mistério de Cristo não se darão de uma só vez; será preciso um longo itinerário. O termo desse caminho é a ressurreição do Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre meus olhos para que, pela fé, eu reconheça teu filho Jesus, e possa beneficiar-me da força libertadora que dele provém.
Fonte: Paulinas em 19/02/2014

Vivendo a Palavra

Em meio à multidão, Jesus toma o cego pela mão e o separa do grupo para cuidar dele. Estabelece para nós o caminho a ser seguido: o anúncio do Reino do Pai não visa a converter multidões anônimas, mas se dirige pessoalmente a cada um dos nossos irmãos – com carinho e cuidado.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

Em meio à multidão, Jesus toma o cego pela mão e o separa do grupo para cuidar dele. Estabelece para nós o caminho a ser seguido: o anúncio do Reino do Pai não visa a converter multidões anônimas, mas se dirige pessoalmente a cada um dos nossos irmãos – com carinho e cuidado. É produto artesanal, não uma linha de montagem em série...

Reflexão

Jesus retira o homem do povoado, não o cura totalmente na primeira vez que lhe impõe as mãos, o deixa totalmente curado na segunda vez que lhe impõe as mãos e diz para ele não entrar no povoado. Esses elementos nos ajudam numa reflexão sobre o Evangelho de hoje. As pessoas vivem em sociedade e, geralmente, assumem integralmente os seus valores. Esses valores muitas vezes se tornam um obstáculo para a atuação da graça e para a verdadeira libertação dessas pessoas. Depois que a libertação acontece, essas pessoas não podem assumir novamente todos os valores da sociedade, pois voltarão a viver na escuridão do erro e do pecado.
Fonte: CNBB em 19/02/2014

Reflexão

O cego representa os discípulos de Jesus. Eles ainda não entenderam o messianismo de Jesus, que prega a igualdade de todos os povos. A cura se dá em dois momentos. Primeiramente, Jesus usa a saliva e a imposição das mãos. O homem vê de modo confuso. É a própria situação dos discípulos, que não compreendem quem é Jesus e qual é o seu projeto. Depois, Jesus impõe outra vez as mãos sobre os olhos do cego; então ele passa a ver claramente. Os discípulos precisam de mais um toque do Mestre para completar sua formação. A abundância de gestos mostra a dificuldade para curar. Algum tipo de cegueira não física requer empenho para curar. Voltar ao vilarejo significa voltar à cegueira de antes, isto é, ao ambiente judaico nacionalista, que prega a superioridade dos judeus sobre os outros povos.
Oração
Ó Jesus Messias, mediante um processo lento, realizas a cura deste cego, que representa teus discípulos, e todo o povo. Eles pensam num Messias nacionalista e no triunfo de Israel, enquanto o verdadeiro significado do teu messianismo consiste na total entrega de tua vida em favor da humanidade. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Procuramos enxergar e ser grato por tantos milagres que Deus realiza em nossa vida? - Tomamos cuidado para que o pessimismo não tome conta de nós? - Fazemos o que está a nosso alcance, deixando por fim nas mãos de Deus? - Será que muitas vezes não nos deixamos levar pelo egoísmo? - Enxergamos o mundo à nossa volta que necessita de fraternidade, generosidade e perdão.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 19/02/2014

Meditando o evangelho

A VISÃO RECOBRADA

A cura do cego teve uma função simbólica na formação dos discípulos. Jesus estava para lhes revelar coisas importantíssimas, que exigiam grande lucidez para serem compreendidas e assimiladas. A cegueira espiritual poderia levá-los a não compreender as palavras do Mestre, ou então a deturpá-las. A experiência do cego correspondia à experiência que os discípulos deveriam também fazer.
Jesus acolheu a súplica dos que conduziam o cego, pedindo-lhe para tocá-lo. O cego foi conduzido para um lugar afastado. E, ao cabo de um verdadeiro ritual, Jesus lhe restituiu a visão, passando o homem a ver todas as coisas, mesmo de longe, bem e claramente.
Aos discípulos faltava esta visão perfeita, sendo ainda incapazes de captar a exata impostação do convite de Jesus para segui-lo. Sua compreensão de messianismo não se adequava àquela de Jesus. Eles esperavam que Jesus se manifestasse como messias rei, cheio de glória e poder. E, nem de longe, podiam imaginar o quanto o projeto de Jesus se distanciava deste modelo messiânico.
Os olhos dos discípulos deveriam ser abertos por Jesus assim como o foram os olhos do cego. Continuar a caminhar como cegos seria uma imprudência. Suas vidas corriam o risco de terminar numa frustrante decepção.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, restitua em mim a visão para que eu possa ver claramente o caminho para onde tu me conduzes.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. As Etapas da conversão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando cristãos retornam de algum retiro ou encontro de espiritualidade, alardeando que agora estão convertidos, é para se ficar sempre com um pé atrás. Digo isso porque muitas vezes, o coitado mal volta do retiro e já o engajam em alguma pastoral ou movimento dando-lhes mil e uma tarefas. O pior é quando, por conta desse excessivo entusiasmo, são convidados a darem testemunho na assembleia...
Testemunho como o de Pedro que um dia, cheio de entusiasmo disse a Jesus "Eu te seguirei Senhor por onde fores, jamais deixarei de estar contigo," mas naquele mesmo dia, que era a véspera de sua paixão, Jesus apagou o fogo de palha de Pedro, profetizando que naquela madrugada ele iria negá-lo por três vezes, antes que o galo cantasse. Pedro deve ter ficado indignado com essa previsão catastrófica do Mestre, que parecia não acreditar na sua fidelidade então manifestada.
É que Jesus conhece o coração humano, sempre tão volúvel, que parece tão arrojado em um determinado momento, mas em outro se encolhe amedrontado diante de alguma ameaça. Jesus não reclama de Pedro ser assim, apenas lhe mostra que o caminho do discipulado não pode ser percorrido apenas no entusiasmo, pois a jornada é dura, espinhosa e meio complicada.
Nada contra os nossos retiros e encontros de espiritualidade que são úteis e necessários sendo até colocados como obrigação aos ministros ordenados e religiosos, pela Lei da Igreja. O problema é pensar que a conversão já aconteceu, e a partir de agora vão poder vislumbrar um mundo totalmente novo quando na verdade, o mundo é o mesmo, as pessoas são as mesmas, e as situações também. O Novo na verdade, está dentro da pessoa... E um coração renovado renova também o olhar que ganha a luz da FÉ.
A conversão verdadeira é toda um processo de muitas etapas nessa experiência com Jesus Cristo, é portanto algo dinâmico em nossa vida, pois em cada decisão tomada ou atitude assumida diante de grandes ou pequenos acontecimentos, vamos mostrando se estamos ou não sendo fiéis a nesse processo.
O homem cego, curado por Jesus nesse evangelho, já tinha feito uma experiência inicial com ele, entretanto ainda não tinha uma visão clara dos acontecimentos, pois a sua visão espiritual confundia homens com árvores que andavam. O que houve? Jesus não teria feito direito os gestos para realizar a cura? Claro que não, é que o ser humano tem suas limitações e os efeitos da Graça Divina são como aquela chuvinha fina, que sem muito alarde, vai fecundando a terra mansamente fertilizando-a.
Foi somente após mais uma experiência com Jesus que os olhos daquele homem começaram a enxergar perfeitamente. E onde é o lugar de quem tem uma nova visão da vida, das pessoas e dos acontecimentos? É na Comunidade que é a casa dos que crêem. Mas sempre lembrando que a FÉ é dom de Deus e é Jesus quem abre nossos olhos para vivermos essa realidade totalmente nova.
Pertencer a uma comunidade, sentir-se Igreja com os demais irmãos e irmãs, não é uma decisão nossa, mas somos Igreja e Comunidade pelo impulso permanente do Espírito Santo. Não se trata de um simples "empurrãozinho" igual aquele que se dá para fazer um carro pegar no tranco, a Força do Espírito é uma dinâmica em nossa Vida de Fé.
Mas é um processo lento que começa em nosso Batismo e termina com a nossa morte, quando então, totalmente convertidos, Jesus nos mandará para nossa casa definitiva onde teremos a visão Beatífica de Deus. Que não se abata sobre nós o desânimo, se de vez em quando em nossa Vida de Fé, confundirmos árvores com homens... Nossas deficiências e limitações fazem parte desse processo!

2. Em Betsaida, Jesus cura o cego - Mc 8,22-26
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus se aproxima das pessoas, as pessoas se aproximam de Jesus. Entram em contato. Jesus pega um cego pela mão e sai com ele para fora do povoado. Cospe nos olhos dele e impõe-lhe as mãos. Dois gestos puramente rituais que, aparentemente, não produzem o efeito desejado. O cego começa a enxergar, mas não vê com clareza. Novo gesto. Agora Jesus impõe as mãos sobre os olhos do cego e ele começa a enxergar bem. Ele já pode ir embora, e Jesus lhe pede para não entrar no povoado. Jesus continua muito discreto em relação a seus milagres. Esse seu modo de proceder, sobretudo no Evangelho de Marcos, foi chamado de “segredo messiânico”. É uma atitude de Jesus ou uma elaboração redacional de São Marcos? Talvez as duas coisas. Jesus não é um milagreiro que quer atrair multidões com feitos extraordinários. Ele é revelador da vontade do Pai. Seus gestos e palavras mostram a vontade do Pai, quem é Jesus e como nós devemos ser e agir. Era preciso ser prudente diante das autoridades romanas e de falsos messianismos. Ao mesmo tempo era preciso esperar o momento certo da grande revelação na morte e ressurreição de Jesus. A discrição de Jesus revela também sua profunda identificação com o ser humano e o respeito que ele espera que tenhamos uns pelos outros.

HOMILIA

JESUS E O CEGO DE BETSAIDA

Temos neste texto uma narrativa bem característica do evangelista Marcos, rica em detalhes, destacando os toques, particularmente no uso da saliva. Marcos a introduz como prefácio da caminhada de Jesus com os discípulos de Cesaréia de Filipe até Jerusalém.
Depois de curas que causaram grande repercussão no território pagão da Palestina, Jesus e seus discípulos continuaram o itinerário até a região da Judéia, onde realiza a segunda multiplicação dos pães. Segue adiante o caminho exortando-os a não pensarem como pensam os fariseus e repreendendo-os para que se guardassem do fermento de Herodes. Atravessam a Judéia e retornam à Galiléia “e chegaram a Betsaida”. Esta cidade, vizinha de Cafarnaum, situava-se a noroeste do mar da Galiléia e foi berço de Pedro, André e Filipe. Aí nasceram, brincaram, cresceram, aprenderam os primeiros rudimentos da pesca e depois...
Pedro e André eram irmãos. André – de índole mais religiosa e mais contemplativa – era discípulo de João Batista. Um dia, estando em conversa com dois de seus discípulos, João viu Jesus que passava ao longe e exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”. Eles o deixaram e seguiram Jesus, passando com ele aquele dia. Um deles era André. No dia seguinte foi ao encontro de Simão para lhe transmitir a notícia maravilhosa; “Encontramos o Messias (que quer dizer o Cristo); e ele o conduziu até a presença de Jesus.
Marcos continua o seu relato dizendo que “trouxeram-lhe então um cego, rogando que ele o tocasse”. No capítulo seis do Evangelho narrado por Mateus (referindo-se ao tesouro), Jesus faz uma associação nos versículos 22 e 23 com a visão, dizendo: “O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas serão as próprias trevas!”
A visão é um tesouro precioso que Deus nos deu. Os nossos olhos sadios podem contemplar a beleza do nascer e do por do sol; podem ver o desabrochar de um botão em flor; podem se extasiar diante do milagre da vida que resplandece a cada instante; como podem refletir a dor de uma perda, através de lágrimas que escorrem num rosto vazio de esperança; ou refletir o que transborda do nosso coração, porque – como dizia o poeta – “os olhos são o espelho da alma”.
Esse homem era cego. A ansiedade que tomava conta de sua alma era indecifrável. Naquele instante ele sentia que estava frente a frente com Jesus – aquele que dissera certa vez: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12). Os seus olhos eram trevas, mas o seu coração começara a irradiar um tênue raio de luz.
“Tomando o cego pela mão, Jesus levou-o para fora do povoado e cuspindo-lhe nos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: - Percebes alguma coisa?” E eu fico aqui imaginando o que se passava na mente daquele homem! A dúvida, a insegurança, o medo, a frustração, a decepção, os questionamentos interiores da fé: _E se eu abrir os olhos e não enxergar nada? Se a escuridão continuar, o que será de mim? O que dirão os que me trouxeram até ele?
O cego de Betsaida era um homem de carne e osso semelhante a nós, sujeito a todas essas dúvidas, embora nutrisse seu coração com minúsculas gotas de fé e de esperança. “Percebes alguma coisa? E ele começando a ver, disse: “Vejo as pessoas como se fossem árvores andando”. Que emoção! Que contentamento! São pobres palavras para expressar o sentimento de felicidade que perpassava pelo espírito radiante daquele homem. Ainda não estava vendo com nitidez, mas já sentira a luz atravessar todo o seu globo ocular e deixar aquela imagem, embora distorcida, gravada na sua retina. “Em seguida ele colocou novamente as mãos sobre os olhos do cego que viu distintamente e ficou restabelecido e podia ver tudo nitidamente e de longe”. São palavras e gestos que curam o corpo, a alma e o coração.
Tanto a cura da cegueira física quanto a cura da cegueira que envolve o espírito, se inserem dentro de um processo lento e gradativo. A conversão não acontece num passe de mágica ou num estalar de dedos. É um exercício constante, doloroso, é um exercício de poda. Jesus poderia ter curado este cego de uma vez; mas o curou em duas etapas para nos mostrar que devemos perseverar na fé e na esperança e acolher a sua vontade em nossa vida.
A cura de nossa cegueira virá quando enxergarmos Jesus que vem até nós trazendo a Água Viva para lavar os nossos olhos contaminados pela concupiscência da carne e se fazendo Eucaristia para tocar em cada um de nós, fazendo brilhar a sua luz.
Pai, abre meus olhos para que, pela fé, eu reconheça teu filho Jesus, e possa beneficiar-me da força libertadora que dele provém.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 19/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Que os nossos olhos se abram para enxergarmos o próximo

Deixemos o Senhor tocar novamente em nossos olhos para que possamos enxergar claramente uns aos outros como irmãos e irmãs.

Então Jesus voltou a por as mãos sobre os olhos dele e ele passou a enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez (Mc 8, 25).

A Palavra de Deus hoje nos ajuda a compreender o processo da ação de Deus na vida de cada um de nós, porque muitas pessoas absorvem a graça de Deus num toque d’Ele, numa graça de Deus, que chega e transforma nossa vida. No entanto, nós somos muito morosos; não é que Deus seja lento e moroso, mas a lentidão é própria de nossa natureza, veja como somos vagarosos para nos converter, para compreender e para entender a graça de Deus. Veja há quantos anos Deus vem batendo à porta do nosso coração e a nossa dificuldade de nos abrir a Ele.
O cego do Evangelho de hoje é um exemplo muito claro, para nós, do que é a nossa natureza humana, Jesus o pega pela mão, cuspe nos olhos dele e passa as mãos sobre os seus olhos. O Senhor, então, disse a ele: ”E agora, você está enxergando alguma coisa?” O homem afirmou: ”Sim, Senhor, eu estou enxergando e, estou vendo os homens, eles parecem árvores que andam”.
Ao passo que a pessoa que encontra Jesus na sua vida sai do isolamento e começa a enxergar os outros outros, começa a enxergar que existe mais alguém no mundo além dela.
Quantas pessoas são indiferentes quando alguém morre, quando alguém sofre, com as tragédias que há no mundo. Pensam: “É problema deles!” Não, pois eles são filhos de Deus, são nossos irmãos, são nossas irmãs!
Contudo, quando a Palavra de Deus nos toca, começamos a enxergar que existem outras pessoas; mas, no primeiro toque, pode ser que aconteça conosco o que acontece com este cego: ele vê a pessoa como árvore. Quantas vezes, enxergamos as pessoas como coisas. Sim, como coisas! Pensamos: “Espera aí: essa pessoa vai me dar retorno ou não vai? Ela é vantajosa ou não é vantajosa para mim? Ela me dá retorno ou não me dá retorno!?”.
Nossos olhos não estão tão cegos, mas também não estarão totalmente curados enquanto não pararmos de olhar as pessoas, os relacionamentos e as nossas amizades com interesse. “Eu sou só amigo de quem me interessa, de quem de alguma forma me oferece vantagem!” Muitas vezes, nós usamos as pessoas enquanto elas são úteis para nós e elas estão próximas de nós; depois que elas perdem a “utilidade” são descartáveis.
Deixemos Jesus fazer como o fez com o cego do Evangelho de hoje, deixemos o Senhor tocar novamente em nossos olhos para que possamos enxergar claramente, com nitidez, para que possamos enxergar uns aos outros como irmãos e irmãs. Que não enxerguemos mais as pessoas como coisas, somente movidos pelas vantagens que elas oferecem para nós. Que nossos olhos se abram e possamos enxergar com clareza e nitidez, com aquela luz que vem do céu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/02/2014

Oração Final
Pai Santo, que nós não sejamos movidos por resultados estatísticos, mas que nos ocupemos atenta e amorosamente de cada irmão que tu colocas junto a nós nos caminhos desta vida. Ajuda-nos, Pai querido, a testemunhar ao mundo o Amor do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que nós não sejamos movidos por resultados estatísticos, mas nos ocupemos atenta e amorosamente de cada irmão que Tu colocas junto a nós nos caminhos desta vida. Ajuda-nos, Pai querido, a testemunhar ao mundo o Amor do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário