quarta-feira, 1 de maio de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/05/2019

ANO C


Mt 13,54-58

Comentário do Evangelho

Jesus apresenta-se como um profeta

O ensinamento de Jesus na sinagoga de Nazaré está presente, com algumas variantes, nos três evangelhos sinóticos (Mt 13,54-58; Mc 6,1-6; Lc 4,16-24).
O evangelista não nos diz acerca do conteúdo do ensinamento de Jesus. O seu interesse é a reação das pessoas e a revelação da identidade de Jesus. O ensinamento de Jesus causa admiração pela sabedoria e pelos milagres que ele realiza (cf. v. 54), ao mesmo tempo que resistência e rejeição (cf. vv. 55.56; cf. vv. 57b-58). Eles mesmos são, em razão da incredulidade, capazes de responder à questão: “De onde, então, lhe vem tudo isso?” (v. 56). A falta de fé não permite ver além do simples olhar; impede ultrapassar a superfície da própria existência humana.
Os concidadãos de Jesus conhecem sua origem modesta e sua parentela (cf. vv. 55-56), mas desconhecem sua verdadeira origem. A incredulidade de muitos nazarenos impediu Jesus de realizar aí muitos milagres. A falta de fé impediu de ver e receber Jesus como dom de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte: Paulinas em 01/05/2013

Vivendo a Palavra

O Evangelho não registra nem uma palavra de José. Ele é o nosso exemplo de testemunho silencioso, a certeza de que o Amor é o que o Amor faz e não o que o Amor diz. O discreto operário José deixa para a Igreja de Jesus a lição da eficácia modesta, da presença humilde que não precisa ser explicada.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho de hoje fala da simplicidade e do despojamento da família de Nazaré. Como poderia desse ambiente modesto e humilde sair tanta sabedoria? Esta é justamente a lição que Jesus veio nos ensinar: a verdadeira sabedoria do Reino de Deus consiste em nos tornarmos crianças, resgatando o brilho nos olhos e a inocência no coração para acolher a Novidade: o Pai Misericordioso.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. São José Operário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

No judaísmo a filiação é algo muito importante, ela contém em si uma linhagem e uma marca inconfundível a ponto de se poder afirmar categoricamente "Tal Pai, Tal Filho". Aqui é bom que se diga que para os amigos e a vizinhança toda de Nazaré, Jesus era de fato o Filho de José e de Maria e o caráter adotivo dessa filiação pertencia ao mistério da Fé e do Agir Divino , pois naquele tempo, não se tinha toda uma Teologia prontinha a respeito dos principais acontecimentos na História da Salvação, podemos dizer que, no contexto da humilde cidade de Nazaré, nenhum dos moradores iria "admitir" uma história dessas...
Mas penso que também as comunidades do primeiro século tiveram que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para compreenderem o ensinamento dos apóstolos a esse respeito. Talvez o grande problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por conhecerem á sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel, um grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos dos Nazarenos...mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado Messias, já seria um exagero. E por que?
Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida de qualquer judeu, alimentar-se, ir na catequese, estar submisso ao Pai e Mãe, aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e não estava em nível de um simples ser humano.
Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais. Um Jesus que está com a gente mais que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé e Vida. São José Operário é o mesmo José esposo de Maria e Pai Adotivo do menino Jesus, a Igreja aprendeu a venerá-lo também enquanto trabalhador, um Operário, que sobrevivia e garantia o pão a si , a mãe e ao menino, com o suor do seu trabalho. Um homem a quem Deus confiou a guarda do seu Filho e de sua Mãe, um Homem que nada exigiu de Deus, por ter-lhe confiado essa grande responsabilidade, mas sendo um homem Justo, viveu e sobreviveu igual a todos os outros homens do seu tempo.
Como São José Operário, somos especiais enquanto vocacionados ao Cristianismo, para viver segundo a Fé, mas somos também iguais a todas as demais pessoas, sobrevivendo do nosso trabalho, dos nossos sonhos e projetos, que na vida de São José Operário e de cada um de nós, está sempre em harmonia com o Desígnio Divino.
Que São José Operário seja inspiração para todos os trabalhadores, e ao mesmo tempo desperte no coração dos empregadores , empresariados e governantes, esse anseio pela justiça e igualdade social, que cada homem possa ter sempre o necessário para sua sobrevivência, e que as diferenças sociais comecem a ser amenizadas...
Ó São José Operário... Rogai por todos nós!

2. A VIDEIRA E OS RAMOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A imagem da união dos ramos à videira ilustra o tipo de relacionamento a ser estabelecido entre Jesus e a comunidade dos discípulos, e, ao mesmo tempo, funciona como um alerta para as tentações futuras.
A parábola sublinha alguns pontos fundamentais. Para os discípulos produzirem frutos de amor e justiça, é mister que permaneçam unidos ao Senhor. Dele é que provém a "seiva" necessária para perseverar no caminho difícil do serviço gratuito ao próximo. Quem, apesar de se proclamar discípulo, for incapaz de fazer frutificar o amor, será rechaçado pelo Pai, o agricultor. Um relacionamento puramente exterior e formal com Jesus não tem sentido. É indigno da condição de discípulo ser infrutífero. Permanecendo unido a Jesus, produzirá os frutos esperados. Então, o Pai trata-lo-á com amor, procedendo à poda, para que produza ainda mais frutos. A expectativa do Pai é ver os discípulos do Filho perseverar no amor, expresso em gestos cada vez mais exigentes e comprometidos.
A parábola serve, também, de alerta contra a tentação de buscar adesões fora de Jesus. Seriam adesões estéreis, pois só na medida em que permanecerem unidos a Jesus, conseguirão agir conforme o desejo do Pai. Não existe alternativa possível.
Oração
Espírito de adesão ao Senhor, une-me cada vez mais profundamente a Jesus, para que eu possa produzir os frutos que o Pai espera de mim.
Fonte: NPD Brasil em 01/05/2013

HOMILIA DÁRIA


Postado por: homilia
maio 1st, 2013

“Não é ele o filho do carpinteiro?” (Mt 13,55). Este questionamento está nos mostrando que Jesus, também carpinteiro, é Filho de um pai trabalhador.
Quando olhamos para São José, nós O vemos em muitas leituras evangélicas. O próprio Evangelho nos aponta que o pai adotivo de Jesus é um homem justo. Hoje, no entanto, neste contexto que estamos celebrando na Igreja, queremos contemplar São José como homem trabalhador, porque o trabalho dignifica o homem, é fundamental para a dignidade humana.
Lá no princípio da criação, quando Deus fez todas as coisas, pediu para que justamente o homem cuidasse daquilo que Ele havia criado. E o modo de cuidar da criação é o trabalho. Jesus mesmo diz assim: “Como meu pai trabalha, continua trabalhando, eu trabalho também”. Então, não importa qual seja a sua profissão nem o seu trabalho, pois ele é seu meio de santificação.
Trabalhar honestamente, corretamente para ganhar o pão sofrido do trabalho e sustentar a sua casa, sua família, é o meio mais digno de honrarmos o Senhor e a nossa condição humana.
Eu quero pedir que o Senhor abençoe todos os nossos trabalhadores. Deus abençoe você, meu irmão, que luta, dia a dia, para sustentar a sua família com o suor do seu trabalho. Que este seja cada vez mais digno e abençoado por Deus e que a graça d’Ele esteja cada vez mais presente naquilo que você faz.
São José Operário, São José do trabalhador seja o protetor e o incentivo do seu trabalho de cada dia.
Deus abençoe os trabalhadores!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 01/05/2013

Oração Final
Pai Santo, dá à Igreja de Jesus o dom de servir à humanidade com discrição e generosidade. Ensina-nos a humildade, a sabedoria silenciosa, a compaixão e a fortaleza de alma de José. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 01/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a seguir o Caminho, a Verdade e a Vida. Que o teu Espírito, presente em nós, nos leve a buscar a fé simples e humilde do carpinteiro José, a esperança confiante e corajosa de Maria (a menina que Tu amaste e escolheste) e o carinho compassivo e fraterno com que nos cercou o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

OU

Jo 3,16-21

Comentário do Evangelho

A vida eterna nos é dada pela fé em Jesus Cristo

Como continuação do diálogo com Nicodemos, o texto nos dá uma interpretação excepcional de todo o mistério da encarnação e da redenção: é por amor que Deus enviou o seu Filho único ao mundo (cf. v. 16a). E a finalidade de sua vinda é a oferta da vida eterna para os que creem nele (v. 16b; ver também: 1Jo 4,9). O final do quarto evangelho é um locus theologicum: “… estes (sinais) foram escritos para crerdes que Jesus é o Filho de Deus e para que, crendo, tenhais a vida eterna em seu nome” (20,31). A vida eterna é dada pela fé em Jesus Cristo. A vida eterna é comunhão de vida com o Pai e o Filho. No capítulo 17 esta explicação é dita nestes termos: “A vida eterna é esta: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo” (17,3). O dom do amor, da vida eterna, da salvação, precisa ser recebido como tal. Não crer é ato da liberdade do ser humano e possibilidade de fechar-se ao dom gratuitamente oferecido por Deus à nossa humanidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, instrui-me, por teu Espírito, a respeito da pessoa e da missão de Jesus, e leva-me a aderir ao teu Filho, sempre com maior radicalidade.
Fonte: Paulinas em 10/04/2013

Vivendo a Palavra

Muitos vêem no versículo inicial de hoje o resumo de toda Bíblia – a história da nossa salvação: “Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna”. Que esta certeza se incorpore ao nosso ser e seja anunciada aos irmãos!
Fonte: Arquidiocese BH em 10/04/2013

Reflexão

A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do amor misericordioso de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, e por isso manda o seu próprio Filho, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele, ou seja, pelo mistério de sua paixão, morte e ressurreição, todas as pessoas que querem viver segundo a luz, realizando as obras de Deus, e fugir das obras das trevas, fugir do pecado e das suas conseqüências, deixam de ser escravas do pecado e da morte e tornam-se livres, filhos e filhas de Deus, para viver segundo a graça e caminhar na esperança de que viverá eternamente junto de Deus.
Fonte: CNBB em 10/04/2013

Reflexão

Com o objetivo de dar um protetor aos trabalhadores e um sentido cristão ao trabalho, o papa Pio XII instituiu, em 1955, a memória litúrgica de São José Operário. Inseriu-a no contexto da festa dos trabalhadores, universalmente comemorada a 1º de maio. “Nesta memória de São José se reconhece a dignidade do trabalho humano, como dever e aperfeiçoamento do homem, exercício benéfico de seu domínio sobre o mundo criado, serviço à comunidade, prolongamento da obra do Criador e como contribuição ao plano da salvação” (Missal Romano). Sobre São José como modelo dos trabalhadores, o papa Francisco, na carta encíclica Laudato Si’, escreve: “Também ele nos pode ensinar a cuidar, pode motivar-nos a trabalhar com generosidade e ternura para proteger este mundo que Deus nos confiou” (n. 242).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A MISSÃO DO FILHO

O processo de formação para o discipulado requer a compreensão da identidade de Jesus e da sua missão. A fé consiste na adesão ao Mestre assim com se nos apresenta. Quanto mais adequada for esta compreensão, tanto mais profundo será o compromisso da fé. Eis por que Jesus pôs-se a instruir Nicodemos a este respeito.
O Filho é a expressão perfeita do amor do Pai pela humanidade, que o ofereceu como prova de amor. A origem divina de Jesus dá credibilidade às suas palavras, pois seu testemunho reporta-se diretamente a Deus. Ele não é um simples intermediário entre o Pai e a humanidade. É a encarnação do amor de Deus.
A missão terrena de Jesus consistiu em colocar-se inteiramente a serviço da salvação da humanidade, propiciando-lhe a vida eterna. Ele a resgata do poder do pecado e da morte, abrindo-lhe perspectivas novas de comunhão com Deus. Por seu ministério destruiu-se o muro de separação erguido entre o Criador e a criatura, refazendo-se a amizade inicial.
Não compete a Jesus ser o juiz da humanidade, condenando-a por seus pecados. Cabe-lhe, sim, ser seu salvador. Mesmo que a humanidade prefira as trevas em detrimento da luz, a missão do Filho de Deus permanece inalterada. O gesto de recusar a luz já traz em si o germe da condenação, porém não tolhe ao ser humano a possibilidade de converter-se para a luz. Jesus é infinitamente paciente. e espera que o ser humano se decida em favor dele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, instrui-me, por teu Espírito, a respeito da pessoa e da missão de Jesus, e leve-me a aderir ao teu Filho, sempre com maior radicalidade.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O FILHO SALVADOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus Cristo veio ao mundo para trazer salvação à humanidade mergulhada no pecado, e incapaz de ver-se livre desta trágica situação. De nada adiantaria submetê-la ao julgamento e à condenação. Já a persistência no pecado não dava margens para dúvidas: o relacionamento com Deus estava rompido. Era necessário alguém para ajudá-la a por fim a esta inimizade antiga com o Criador. E nisto consistiu a missão de Jesus!
O caminho da salvação passa pela fé no Salvador. Crer, neste caso, não se limita a confessar, com os lábios, que Jesus salva, mas requer, também, que assimilemos o seu modo de ser. Ou seja, a total submissão à vontade de Deus, expressa na vivência no amor entranhado ao próximo, sem jamais deixar-se levar pelo egoísmo. Como na vida de Jesus o Reino de Deus foi o objetivo absoluto, o mesmo deve ser para todos os cristãos. O Reino deverá pautar todas as suas ações.
A salvação de Jesus apresenta-se como uma proposta, a qual pode ser acolhida ou recusada. Jesus mesmo experimentou a rejeição sistemática por parte dos seus contemporâneos, embora muitos se tornassem discípulos dele, e acolhessem com fé suas palavras. A atitude hostil de muitos não intimidou o Mestre. Ele continuou a ser a luz, apontando, para toda a humanidade, o caminho da salvação.
Oração
Espírito de Deus, conduze-me a uma fé sempre mais entranhada a Jesus, que veio para nos trazer luz e salvação.
Fonte: NPD Brasil em 10/04/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Deus de Amor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Todo capítulo 3 de São João relata a conversa entre Jesus e Nicodemos, um catequizando, que como já vimos ontem, estava a procura de algo mais, e que pelo jeito decidiu-se por Jesus porque aceitou aprofundar seus conhecimentos e o desafio de ouvir ensinamentos sobre outra realidades celestiais, que requerem a abertura da Fé. Vejamos a aula de hoje...
Primeira coisa que Jesus lhe explica: Deus não está brabo com o mundo e nem premeditando alguma vingança contra os maus, expectativa que havia no judaísmo, e que fora inclusive anunciada nas pregações rigorosas de João Batista, Deus ama a humanidade e por isso lhe dá seu único Filho Jesus.
Segundo ponto da aula de catequese, com o melhor de todos os mestres: a Fé em Jesus Cristo dá ao fiel uma nova e inédita expectativa, a Vida Eterna, que de um modo geral não era crença dos Judeus que ainda acreditavam na bênção prometida a Abraão, e que seriam dadas nesta vida terrena: descendência numerosa e terra prometida. A catequese de Jesus muda o foco, agora o horizonte é outro, e o que há além desse horizonte é uma Pátria celestial, que é oferecido ao homem não por algum líder como Moisés, mas pelo, próprio Filho de Deus, bastando Nele Crer. Nicodemos aprende que o Deus da Aliança – Pai de Jesus, não aquele Deus que condena e que pune, mas é o Deus que Ama e quer salvar a todos, não só ao seu povo de Israel.
Terceiro e último ponto dessa maravilhosa aula de catequese noturna, exclusiva para o nosso Nicodemos: O homem que crê nesta nova realidade de uma Vida que vai além da morte, já a tem em si e se compromete com ela, vivendo esta nova dinâmica na qual é inserido pela Graça oferecida por Jesus, sendo algo que ainda se espera na sua plenitude, mas ao mesmo tempo algo que já chegou em Jesus Cristo. Portanto, em Cristo a Luz Divina tornou-se acessível ao homem, mediante a Fé.
Se a nossa catequese cristã não conduzir o catequizando á experimentar essa nova realidade Celestial, oferecida concretamente em Jesus Cristo, continuaremos a ver entristecidos nossos adolescentes comemorando com entusiasmo o Dia da Crisma, porque a partir de então não precisarão mais vir á Igreja...

2. Não é ele o filho do carpinteiro?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Na festa de São José Operário, queremos nos lembrar dos ensinamentos do Concílio Vaticano II sobre o mundo do trabalho, porque é com o trabalho que sustentamos nossa vida e a vida de nossa família. Exercitamos assim uma caridade autêntica e colaboramos com a criação divina, oferecendo a Deus o nosso trabalho em união com a obra redentora de Cristo. Trabalhando com as suas próprias mãos em Nazaré, juntamente com São José, Jesus conferiu ao trabalho uma dignidade sublime. Temos, pois, o dever de trabalhar fielmente e temos também o direito ao trabalho. A sociedade deve ser organizada de tal forma que não falte a ninguém o trabalho remunerado, e assim o trabalhador possa cultivar dignamente a própria vida material, social, cultural e espiritual, e a dos seus. A atividade econômica não pode ser organizada em prejuízo daqueles que trabalham, sobretudo dos trabalhadores de produção manual. Acontece ainda em nossos dias que os que trabalham estão de algum modo escravizados à própria atividade. O processo produtivo deve ser adaptado às necessidades das pessoas, que nunca devem ser exploradas por interesses mesquinhos. Que São José proteja todos os trabalhadores!

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
abril 10th, 2013

O tema central do Evangelho de João é a presença do Filho Unigênito de Deus no mundo, para que este seja salvo por Ele. Jesus é o único que desceu do céu para dar a vida eterna a todos que crerem n’Ele.
A salvação, como foi projetada, está associada diretamente à redenção do homem, a qual equivale ao pagamento de um resgate por alguém escravizado e condenado graças à Encarnação do Verbo.
No prólogo do seu Evangelho, João nos mostra como Deus manifestou o Seu amor para conosco. A Palavra que em Gênesis 1,1 criou todas as coisas, veio habitar entre nós tomando a carne humana, pois a Encarnação do Filho de Deus se faz num processo normal de gestação – embora a Sua concepção fosse por ação do Espírito Santo.
A condição humana é assumida por Deus desde o ventre materno de Maria. Em Jesus, o humano se une ao divino e eterno. Quem crê no Senhor participa da Sua condição divina e eterna. Crer em Cristo é unir-se a Ele na prática da Verdade, isto é, de tudo aquilo que está conforme a vontade do Pai. É por isso que Lucas, descrevendo a vida da Igreja primitiva, diz: “Aqueles que abraçaram a fé tinham ‘um só coração e uma só alma’”.
Quer dizer, o homem iluminado pela luz pascal une-se totalmente a Cristo que se fez “um com o Pai”, cumprindo e fazendo a Sua vontade. N’Ele opera-se um contraste, porque assim como Cristo vive, ele também viverá, embora esteja ainda vivendo no Seu corpo mortal. Estabelece-se, destarte, os contrastes: vida e morte, luz e trevas, frequentes no Evangelho de João. Trevas é ausência de luz. Onde chega a luz, as trevas desaparecem. Assim também a vida e a morte. Onde chega a vida, a morte desaparece. Na comunhão com Jesus, na prática da vontade de Deus, na verdade e na justiça, promovendo a vida plena para todos, goza-se da vida eterna.
Ao não encontrar, na terra, quem pudesse pagar, com a própria vida, o preço do resgate do homem de seus pecados, Deus enviou o Seu único Filho para que o fizesse, livrando, assim, a humanidade da condenação eterna. Desta forma, o Senhor dá prova do Seu amor para conosco: “Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós” (Romanos 5,8).
Senhor, dai-me uma fé viva que me faça abandonar as trevas do meu coração e da minha mente, a fim de que, iluminado pela vossa Palavra, eu não morra nos meus pecados, mas tenha a Vida Eterna. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova e10/04/2013

LEITURA ORANTE



Preparo-me para a Leitura Orante, invocando,
com todos os internautas, a Santíssima Trindade:
Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. Amém.
Espírito de amor, dai-nos o dom do
vosso santo temor,
para que, conscientes de
nossas fragilidades,
reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo,
E dai-nos um novo coração.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Jo 3,16-21, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual. Por isso não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito.
O fariseu, líder dos judeus Nicodemos procura Jesus à noite. Este homem reconhece que Jesus é um mestre enviado por Deus. Jesus lhe diz que é preciso "nascer de novo". Não queria, na verdade, dizer nascer no sentido que entendemos. Queria dizer, "converter-se", deixar para trás os velhos esquemas mentais e acolher o "novo", a novidade de vida proposta por Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Hoje, há pessoas que preferem os velhos esquemas e não aceitam uma mudança, não se colocam com sinceridade diante de Deus, nem querem seguir Jesus, deixando-se guiar por ele. É preciso deixar que o Espírito Santo aja com todas a liberdade em todos os âmbitos de minha vida. Isto é "nascer de novo". Dizia João Paulo II: "Não tenham medo de Jesus. Não tenham medo da vida nova que ele nos oferece. Ele mesmo dá a nós a possibilidade de acolhê-la e colocá-la em prática".

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, orando ao Espírito:
Vinde Espírito Santo!
Enchei os corações dos Vossos fiéis e
acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito,
e tudo será criado.
E renovareis a face da terra.
Oração
Deus, que instruístes os corações dos
vossos fieis com a luz do Espírito Santo,
fazei com que apreciemos retamente
todas as coisas segundo o mesmo Espírito
e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso.
AMÉM.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é aberto hoje para descobrir e viver a novidade da Ressurreição de Jesus. O Espírito me indicará os novos caminhos. Quero descobri-los e segui-los.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir.Patricia Silva, fsp
Fonte: Leitura Orante em 10/04/2013

Oração Final
Pai Santo, que jamais nós nos acostumemos com a Boa Notícia do teu inefável Amor. Que nós conservemos, vida afora, o encantamento da criança que fomos um dia e a gratidão de termos o Cristo, teu Filho Unigênito, se tornado humano como nós em Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/04/2013

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