segunda-feira, 8 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/04/2019

ANO C


Jo 8,12-20

Comentário do Evangelho


Fonte: Comece o dia feliz em 14/03/2016

Vivendo a Palavra

O Evangelho de João é salpicado de declarações de Jesus, definindo-se: “Eu Sou...”. Hoje, Ele nos conta que é a Luz do Mundo e quem O segue não andará nas trevas. A nossa missão de Igreja é refletir essa Luz para iluminar os caminhos da humanidade rumo ao Lar Paterno, a Morada Santa do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/03/2016 e

Reflexão

Na festa das Tendas, era costume acender vários candelabros nos pátios do templo. Ora, Jesus se apresenta como a “luz do mundo”. A luz é símbolo da vida. No prólogo de João, luz e vida se identificam e se aplicam à pessoa de Jesus: “No princípio existia a Palavra… nela havia vida e a vida era a luz dos seres humanos” (Jo 1,1.4). A luz se impõe por si mesma, não precisa ser demonstrada, mas a pessoa pode fechar os olhos à luz. Foi o que aconteceu com os dirigentes incrédulos, diante dos quais Jesus reafirmou sua origem: ele vem do Pai. Deveriam acreditar em Jesus, pois o Pai dá testemunho em favor dele, e o “testemunho de duas pessoas é válido”. Eles, porém, se recusaram a ver e conhecer a luz (Jesus). Seguir a Jesus é caminhar atrás dele, ou seja, é aderir totalmente à sua pessoa.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

CAMINHANDO NA LUZ

Ao autoproclamar-se "luz do mundo", Jesus reconhecia que este, marcado pelo pecado, não tinha como salvar-se por si mesmo. Foi necessário que o Pai enviasse o Filho com a missão de abrir perspectivas novas para a humanidade, a qual se fechara no próprio egoísmo. Portanto, somente por meio de Jesus é possível chegar à salvação.
Quando a humanidade deixa-se guiar por esta luz, descobre os caminhos que conduzem à vida. Quando vaga nas trevas, seu destino é a morte. Luz e trevas, vida e morte, condenação e salvação são as opções que todos temos de fazer.
O caminho orientado pela luz da vida comporta duas dimensões. A primeira é a dimensão histórica: consiste em trilhar o caminho do amor, da misericórdia e da solidariedade, no trato mútuo. É a vida manifestada num modo de proceder peculiar, próprio de quem possui a vida divina. A segunda corresponde à vida eterna, à comunhão plena com o Deus da vida.
O caminho de quem prefere as trevas também comporta as mesmas duas dimensões. A primeira consiste numa vida pontilhada de injustiças e de maldade para com o próximo. A segunda, por sua vez, corresponde à ruptura definitiva com o Deus da vida, ou seja, à morte eterna.
É sempre tempo de decidir-se, de acolher a luz oferecida por Jesus e, por ela, caminhar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de luz, não me deixes caminhar nas trevas, e sim, na luz que dá vida - Jesus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jesus, Filho de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

As comunidades Joaninas e a comunidade Judaica estavam sempre em conflito por causa de Jesus. A rejeição por Jesus, da parte do Judaísmo era algo definitivo e sem chances de uma abertura ao novo, aquela novidade trazida por Jesus.
O evangelho de hoje apresenta três fontes importantes sobre as quais estava fundamentada a Fé cristã por aqueles tempos, o testemunho de João Batista sobre Jesus, o Pai de Jesus que realizou obras e falou Nele a toda humanidade, e a escritura que sempre trouxe em si, mesmo na escritura antiga, elementos cristológicos que não deixavam dúvidas sobre a Filiação Divina de Jesus.
O evangelista projeta no passado essa rejeição a Jesus Cristo, lembrando de sua injusta condenação onde as falsas testemunhas tiveram credibilidade diante do Sinédrio, que desprezou essas fontes fidedignas sobre Jesus, preferindo acreditar em uma mentira.
Podemos aqui compreender que o Judaísmo tradicional e ultraconservador fazia uma releitura equivocada do Antigo Testamento e não conseguia ver nenhuma relação entre Jesus e o Deus da Antiga Aliança. Houve até mesmo uma heresia que falava em dois deuses, um do antigo testamento e um do Novo Testamento.
Entretanto, muito mais do que essa releitura equivocada das escrituras antigas, na realidade o Judaísmo tradicional não queria mudanças no modo de pensar e nas normas e preceitos antigos, principalmente porque iriam perder alguns privilégios conquistados na estrutura da Religião tradicional.
Podemos hoje cometer esse mesmo pecado, quando temos medo de dialogar com o mundo, como determina o Concílio Vaticano II, quando preferimos a prática tradicional de ser Igreja, usando ainda métodos arcaicos de evangelização, que não estão convencendo.
Lideranças religiosas e lideranças pastorais que se fecham em uma religião cheirando a mofo, querendo impor ao mundo sua prática religiosa e seu modo de pensar... É bem provável que no fundo estejam defendendo algumas conveniências e interesses particulares e para isso, muitas vezes usam Dogmas e Doutrinas, exatamente como fazia a comunidade judaica primitiva.

2. Eu sou a luz!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Continua a discussão sobre a identidade de Jesus. A discussão não é fácil porque Jesus fala a partir de uma experiência pessoal, que é só dele. As autoridades judaicas discutem a partir do que julgam saber. Em nível puramente humano, os fariseus rejeitam o testemunho de Jesus porque, dizem, ele está defendendo a si mesmo. Ele mesmo diz: “Eu sou a luz do mundo”. Jesus, por sua vez, reafirma que o Pai está com ele. “Eu não estou só, mas o Pai que me enviou está comigo”. É perfeitamente compreensível que os fariseus perguntem: “Onde está teu Pai?”. A revelação se dá aos poucos. É preciso esperar que ela seja posteriormente meditada e explicitada pela inteligência humana, informada pela graça de Deus.

HOMILIA DIÁRIA

A luz de Cristo ilumina nosso coração

Jesus ilumina nossa vida e nosso coração nas incertezas e nas dúvidas, onde muitas vezes não sabemos onde caminhar
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (João 8, 13).
Nós, muitas vezes, caminhamos em meio às trevas, em meio à escuridão do mundo; experimentamos o pavor, o temor e andamos na dúvida sem saber por onde caminhar. Muitas vezes, a incerteza bate à nossa porta e em nosso coração, e não sabemos o que devemos fazer. Por isso, precisamos olhar para Jesus e não tirar d’Ele nosso olhar! Não basta somente olharmos para Ele, é preciso nos rendermos, nos entregar, colocarmo-nos em Suas mãos e nos deixarmos conduzir e guiar por Ele.
As Palavras de Jesus iluminam nossa vida e nosso coração nas incertezas e nas dúvidas. Muitas vezes, quando não sabemos por onde caminhar, precisamos da serenidade da alma, do espírito e do coração! E nós encontramos a serenidade em Jesus, não no desespero, no pavor, no pânico, no medo, no receio e na desconfiança. Nós nos entregamos a Jesus e deixamos que Ele conduza nossos passos, que Ele, realmente, contenha os impulsos da alma e do coração que nos levam ao desespero, a viver incertezas, sem saber para onde caminhar.
Deixe que a luz de Jesus guie seus passos e ilumine seus caminhos. Não caminhe em meio às trevas nem em meio às escuridões da vida.
Quando, muitas vezes, não soubermos onde caminhar, quando caímos e tropeçamos, olhemos para Jesus e fixemos n’Ele nosso olhar, coloquemos n’Ele nosso coração e Ele guiará nossos passos e conduzirá, todos os dias, nossa vida!
Reze: “Jesus, tu és a minha luz e salvação! A quem temerei? Porque só no Senhor está o meu refúgio, a minha segurança e proteção!”.
Olhe para Jesus e deixe que Ele ilumine, todos os dias, as trevas do seu coração com a Sua luz!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.


Fonte: Canção Nova em 14/03/2016

Oração Final
Pai Santo, que enviaste a nós a tua Luz, ajuda-nos a acolhê-la com gratidão e alegria, seguindo-a pelos caminhos desta terra abençoada rumo à Pátria Celeste, a tua Morada Santa, e levando conosco os peregrinos que colocaste junto a nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 14/03/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que enviaste a nós a tua Luz, ajuda-nos a acolhê-la com gratidão e alegria, seguindo-a pelos caminhos desta terra abençoada rumo à Pátria Celeste. Esperamos receber um dia o teu abraço misericordioso, juntamente com todos os peregrinos que colocaste ao nosso lado na passagem por esta vida tão bonita quanto fugaz. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/eu-sou-a-luz-do-mundo-quem-me-segue-possuira-a-luz-da-vida/

OU

João 8,1-11

Comentário do Evangelho

Proteger o dom da vida

No dia anterior já comentamos este mesmo evangelho. A pergunta dos escribas e fariseus a Jesus era uma armadilha. Requerem de Jesus uma interpretação da Lei de Moisés sobre o adultério (cf. Ex 20,14; Dt 5,18) e a pena imposta para tal caso (cf. Lv 20,10; Dt 22,22-24). O importante não é a leitura casuística da Lei de Deus, mas a sua interpretação e aplicação a partir da razão pela qual ela existe: proteger o dom da vida e garantir a liberdade do povo de Deus. Aqui contra a vida e a liberdade, eis a grande falta. Não permitir que a misericórdia seja o princípio da ação, eis o pecado! É esta perspectiva que abre para aquela mulher a possibilidade de uma vida transfigurada em Jesus, o Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 18/03/2013

Vivendo a Palavra

A Lei antiga – olho por olho, dente por dente – uma contabilidade a lançar débitos e créditos para apurar saldos, é substituída pela Lei do Amor. O perdão é, agora, espontâneo, natural, não discrimina, é totalmente gratuito e libertador: liberta quem perdoa e quem é perdoado.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2013

Reflexão

Quando falamos em pecado, sempre nos referimos aos pecados que os outros cometeram, jamais aos nossos, porque os outros precisam ser condenados pelos seus erros e nós somos diferentes, precisamos ser compreendidos. Quando fazemos isso, geralmente escondemos dos outros a face amorosa e misericordiosa de Deus, porque esta face e só para nós, e lhes mostramos um Deus que pune e é vingativo, que quer o castigo de todos, e esta face não é para nós. Com isso, nos tornamos um obstáculo para a conversão dos outros e, em conseqüência disso, Deus não agirá com misericórdia e amor conosco.
Fonte: CNBB em 18/03/2013 e 14/03/2016

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 18th, 2013

No Evangelho de hoje (por sinal, o mesmo Evangelho do 5º Domingo da Quaresma), a pergunta dos mestres da Lei tinha uma resposta clara segundo a Torá e a tradição. Porém, existiam umas conclusões que podiam colocar em situação crítica aquele que respondesse legalmente à pergunta solicitada. Caso Jesus desse uma resposta afirmativa, ele seria condenado pela autoridade romana como executor de uma sentença de morte, à qual não tinha direito e, portanto, seria punido como um assassino. Caso sua resposta fosse negativa, Jesus seria condenado como quem despreza a Lei pátria e seu desprestígio seria máximo entre os judeus ortodoxos, com uma reputação totalmente negativa que o aniquilava como mestre em Israel.
Por isso, como bom Mestre, Jesus nada responde e se inclina para escrever no chão como quem desenha letras sem sentido na terra. Ele se desentende de um problema que não é seu e que não tem por que responder, pois ele não tinha testemunhado o adultério e não era juiz no caso, que como caso de morte seria o sinédrio quem o julgaria. Eram as testemunhas que deviam atuar através da denúncia ao juiz e atirando as primeiras pedras, para que o povo respondesse e assim evitar o mal que, do contrário, contaminaria todo o povo (Dt 22, 22). É costume entre os árabes fazer traços com o dedo quando o que estão escutando não é de seu interesse. É possível que Jesus atuasse em consonância com esta última suposição. Por isso os acusadores insistem.
Para entendermos a resposta de Jesus, devemos buscar precedentes na tradição e na Lei. Já disse que são as testemunhas que deveriam ser as primeiras pessoas a atirar as pedras – que deviam ser dirigidas ao coração da vítima – para acabar de imediato com sua vida.
“Quem estiver sem pecado entre vós atire a primeira pedra”. Naquele tempo, os homens adúlteros eram tantos que se deixou de aplicar a Lei. Então, suas atitudes estavam em confronto com a posição do Mestre: o “sem pecado” entre vós seja o primeiro a lhe atirar a pedra. Ninguém esperava de Jesus esta resposta que respeita a Lei e não é um mandato, mas um aviso e uma lição.
Meu irmão e minha irmã, nós que gostamos de julgar e condenar os outros por pouco que façam de errado, não podemos e nem temos o direito de julgar e condenar se somos culpados do mesmo delito. Veja que os mestres da Lei atacaram a Jesus com a Lei. Mas Ele os contra-ataca com a consciência, que é a lei suprema para todo homem em particular.
O que aconteceu ontem se repete em nossos dias. Que aconteceu dentro da consciência dos acusadores? Por que começaram a se retirar, a começar pelos mais velhos? Eles ficaram com a consciência pesada de tantos pecados, e por isso fora saindo um por um. Os mais velhos foram os primeiros.
Efetivamente, os jovens são como aqueles “discos antigos” em que o pecado inicia seu caminho de vício e raia com a ação repetitiva a consciência do indivíduo. Os mais velhos não são mais pecadores, mas os que acumulam maior número de pecados. Os mais velhos entenderam por experiência que agora eram eles, as testemunhas, as que passavam de declarantes a juízes e o processo e a condenação estavam transferidos de Jesus a eles mesmos. Jesus não poderia ser incriminado nem pela negligência perante a lei de Moisés, nem pela execução de uma pessoa que a lei romana não permitia na época.
A morte da adúltera não era o motivo principal da denúncia, pois o que pretendiam era a implicação de Jesus na morte da mesma. Faltando este último, o teatro urdido desmoronava como um castelo de cartas.
Falando do perdão, Santo Agostinho diz que no fim duas pessoas estavam presentes na cena: a miséria e a misericórdia. Se ninguém a condenava, Jesus tampouco a condena. A lei divina foi transformada por esta sentença: sempre que o arrependimento seja sincero e acompanhe o propósito de não pecar mais, o perdão será absoluto. O passado é apagado e o futuro só depende do presente e das disposições do momento. A memória servirá para enaltecer a bondade de Deus que perdoa, sem exigir compensações e reditos pelo passado.
É assim que Deus faz conosco quando erramos. E Jesus nos ensina a fazer quando os nossos nos ofendem. Portanto, a sabedoria de Jesus dá um “xeque-mate” a quem pensava tê-lo apanhado. E é precisamente por meio de uma consciência que aparentemente não funcionava, que os mais velhos reconhecem seu erro e retiram sua denúncia.
Como está a sua consciência quando você censura o seu marido, esposa, filho, filha, pais, vizinho, colega, funcionário – ou qualquer um com quem você se encontra pelo caminho – pelos mesmos delitos que nós usualmente cometemos (e talvez até mais graves do que aqueles que conseguimos enxergar nos outros)?
Lembro a você que muitos erros que os outros cometem teriam solução em nossa própria casa, se nós os assumíssemos como nossos e nos empenhássemos a resolvê-los. Até porque neles somente os contemplamos para criticá-los e não para ajudar na solução. Verdade ou mentira?
Levante os olhos e veja que o perdão divino é mais amplo do que nós geralmente acreditamos. Só exige que tenhamos a vontade de não optar mais pelo mal.
Paremos de olhar para os pecados dos outros e de formular um juízo de condenação, pois os nossos pecados são maiores do que os dos outros. A única diferença é que os nossos pecados são “invisíveis”, pois dificilmente os vemos com nossos próprios olhos, ao passo que os dos outros conseguimos sempre enxergar. Mas se nos colocamos no lugar do outro, e nos propomos a ajudar para que o outro se levante e caminhe, então teremos ganhado o nosso irmão e a nossa recompensa nos céus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 18/03/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a vencer nossa vontade de julgar e condenar o próximo, voltando-nos para a grande luta pessoal para vencer os nossos inimigos internos – os desejos, as paixões, os vícios. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2013

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