sábado, 16 de março de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/03/2019

ANO C


Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

O amor centro da santidade

Porque Deus ama a todos indistintamente, "faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos" (v. 45), e não nos trata segundo nossas faltas, é preciso amar os inimigos e fazer o bem aos que nos perseguem (cf. v. 44). É exigência da vida cristã superar o ódio que mata e desfigura o ser humano. Toda a teologia da Lei, podemos dizer, é preservar a vida e a liberdade, que são dons de Deus. É nesse sentido que Jesus, prescrevendo amar os inimigos e rezar por aqueles que nos perseguem, leva a Lei à sua plenitude. O amor aos inimigos é oposição à lei do talião. "Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (v. 48). O Levítico já apresentava convite semelhante: "Sede santos porque eu, o Senhor, sou Santo" (19,2). Se o Levítico fala de santidade, Jesus fala de perfeição e a centra no amor.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância do amor e do perdão, como caminho de estabelecer relacionamento contigo mesmo.
Fonte: Paulinas em 23/02/2013

Vivendo a Palavra

O Amor que Jesus viveu é uma onda permanente de carinho, cuidado e querer bem que emana de nós e envolve todos e tudo, sem discriminações ou privilégios. Não se limita a gestos que visem a pessoas ou situações isoladas ou determinadas no tempo e lugar. Amor é vida – toda a vida voltada para Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/02/2013

Reflexão

Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
Fonte: CNBB em 23/02/2013

Reflexão

Jesus mostra aos discípulos a verdadeira fisionomia do Pai celeste. Ele ama a todos os seus filhos sem distinção. Cuidando de cada um, ama a todos, mandando sol e chuva para bons e maus. Seu amor é universal. O primeiro a reproduzir a bondade do Pai é o próprio Jesus. Generosamente aberto a todos, Jesus nunca fechou a porta a quem o procurava de coração sincero. Cercado de adversários e perseguidores, Jesus não guardou ódio contra eles; mesmo na hora da morte, pediu ao Pai que perdoasse as pessoas que o tinham crucificado. Por isso mesmo, Jesus tem credenciais para exigir de seus seguidores um amor gratuito, sem qualquer tipo de restrições. Os cristãos, em todo tempo, são chamados a criar e cultivar comunidades cuja razão de ser é a prática incondicional do amor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

O PAI, MODELO DE PERFEIÇÃO

A ordem de Jesus pode, à primeira vista, parecer exorbitante e inexeqüível. Quem será tão pretensioso a ponto de querer igualar-se, em perfeição, ao Pai? Não foi essa a tentação de Adão e Eva, no paraíso, quando ousaram querer ser como deuses, conhecedores de toda a ciência do bem e do mal? Conhecemos o resultado de um tal ousadia.
Urge entender, de maneira conveniente, o preceito de Jesus, para não tachá-lo de injusto. A ordem o Mestre desponta na vida do discípulo como um ideal, embora sabendo que jamais será alcançado. Com isso sentir-se-á impulsionado a progredir, sem se dar por satisfeito com as metas já alcançadas. Existe sempre a possibilidade de ir além e descobrir novas formas de manifestar o amor ao semelhante, de fazer-se servidor dos mais necessitados, de buscar construir comunhão e reconciliação entre todos os seres humanos, sem acepção de pessoas.
Agindo assim, o discípulo torna-se sacramento da perfeição divina na história humana. Seu modo de proceder funcionará como um alerta para quem ainda não se deu conta de quem é o Pai e do que ele exige de nós.
O discípulo deve recusar-se, peremptoriamente, a modelar o seu agir pelos esquemas mundanos, calcados no egoísmo. É o Pai que, no esplendor de sua perfeição, aparece como modelo a ser imitado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que meu agir inspire-se na tua perfeição, de modo a rejeitar todos os esquemas egoístas que as paixões desordenadas querem me impor.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. AMAR OS INIMIGOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O mandamento de amar os inimigos é característico do projeto de Jesus. Esse mandamento é, em última análise, a pedra de toque da perfeição cristã. Quem é capaz de bendizer a quem o maldiz, fazer o bem a quem o odeia, orar por seus perseguidores e caluniadores, está muito próximo do modo divino de agir. Pelo contrário, quem ama somente àqueles que o amam, ou saúda apenas os seus parentes e amigos, age tão somente como os pagãos, que desconhecem a Deus.
Inspirando-se no Pai, o discípulo de Jesus ama, sem fazer distinção entre maus e bons, justos e injustos. Todos são irmãos, igualmente merecedores de seu amor. Os inimigos, no entanto, por representarem um desafio especial, devem particularmente polarizar sua atenção. Amando-os, o discípulo dará provas de sua condição de filho do Pai celeste.
A paixão e morte de Jesus exigiu dele pôr em prática o mandamento ensinado aos discípulos. Rodeado de inimigos, perseguidores e caluniadores, embora sabendo-se inocente, teria tido razão para odiá-los. Jesus, porém, venceu esta prova, ao implorar ao Pai que os perdoasse.
Aliás, nada, nas cenas da paixão, deixa entrever ódio no coração do Mestre, em relação aos seus carrascos. A cruz é, para os cristãos, um sinal evidente de que, de fato, é possível amar os próprios inimigos.
Oração
Espírito de perfeição, dispõe meu coração a imitar o exemplo de Jesus que, na cruz, nos deu a maior prova de amor aos inimigos.
Fonte: NPD Brasil em 23/02/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Amar como Jesus amou...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Evangelho de hoje nos convida a dar um passo a mais, e que parece tão difícil; amar aos inimigos! Não vingar-se, quando alguém nos faz o mal, até que é possível, mas o Cristão deverá ir além e amar aos inimigos, querer e desejar todo bem aos que os odeiam...
Nós confundimos amor com amizade, que são coisas diferentes, a amizade supõe uma convivência, uma concordância em certas coisas e pensamentos em comum, ninguém consegue viver sem uma amizade sincera, logicamente não é disso que o Senhor nos fala. O amor pode até nascer de uma amizade, mas ele sempre continuará superior a simples amizade embora a suponha.
Amar o inimigo é conseguir ver nele algum valor, algo de bom, que me entusiasma e que me leva a aproximar-se dele.
Amar o inimigo é respeitá-lo como Ser humano em toda sua dignidade, é ser capaz de lhe estender a mão, caso ele sofra uma queda, é sempre estar pronto a reatar uma relação que foi rompida por algum mal por ele cometido. Amar o inimigo é desejar vê-lo vitorioso, é querer que ele se realize e seja feliz, mesmo que nos odeie. Amar o inimigo é ter um dia a coragem de lhe pedir perdão, ainda que fomos nós os ofendidos…
Mas todas essas práticas seriam impossíveis de se fazer por nossa própria iniciativa, por isso Jesus coloca a oração, pelos que nos fazem e desejam o mal, pois a oração tem poder de nos tornar flexíveis, abertos, misericordiosos e propensos ao perdão. A nossa oração pelos inimigos, não vai fazer com que Deus mude-os para melhor, mas sim vai fazer com que Deus nos mude, mude o jeito de pensar e de agir, em relação a essas pessoas, e a gente mudando, o inimigo também mudará, porque não resistirá ao bem presente em nós.
A referência é Deus, exatamente assim ele age em relação a nós, amando a todos e fazendo Bem a todos, sem distinção, mesmo os que o rejeitam, ele ama, porque o amor Divino é essa força transformadora que a tudo renova e restaura. Se não formos capazes disso, somos cristãos apenas de fachada...

2. Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Terminamos a primeira semana da Quaresma sintetizando tudo na prática do amor solidário. É preciso aprender a amar até mesmo os nossos amigos. E o que dizer do amor para com os inimigos? Parece que há mais força em orar pelos inimigos e amá-los do que tentar destruí-los. É mais espontâneo e mais fraco seguir os impulsos da raiva e da vingança. Muito mais forte é quem sabe “fazer nascer o sol sobre maus e bons”. Somos chamados a ser diferentes, não por sermos superiores a alguém, mas por sermos filhos do Pai que está no céu. Ele é a medida da nossa perfeição, e sua perfeição consiste em ser compreensivo e misericordioso. Não se trata de destruir o inimigo, e sim de transformá-lo em amigo. Não entremos no mesmo jogo. A mudança de atitude começa em nós. Ser igual significa alimentar a inimizade. Comecemos com o que alimenta a nossa mente. Redesenhemos o inimigo. Encontraremos nele algo bom. Não é preciso ter simpatia por ele, ao menos não no início. Dê tempo ao tempo e perceba que o amor é capaz de desculpar e perdoar. Quaresma é tempo de renovação da vida, de passar fazendo o bem, de espalhar a energia positiva, força da ressurreição que se aproxima.

HOMILIA DIÁRIA

A bondade de Deus se faz presente em nosso meio

Postado por: homilia
fevereiro 23rd, 2013

No Evangelho de hoje, vemos como Jesus exorta longamente seus discípulos a que respondam ao ódio com amor (cf. Mateus 5,43-48). Ele nos ajuda a mudar os nossos esquemas mentais no trato com os nossos adversários, pois, no texto, vemos como Mateus compreende e observa que é no amor aos nossos inimigos, perseguidores e todos os que nos fazem mal, que se descobre quem é, na verdade, o discípulo de Cristo.
Nas Palavras de Jesus, podemos encontrar dois tipos de pessoas. O primeiro tipo é constituído por aqueles que dizem não pertencer a Deus e, nem sequer, querem ouvir a Sua Palavra, portanto, os ingratos, os maus, os adúlteros, em suma, os pecadores. Sua maneira de viver é do jeito que eles são: “os cobradores de impostos amam as pessoas que os amam”. Vivem e aplicam a lei “ uma mão lava a outra e as duas ficam limpas”. Mas, dentro do sistema de “panelinhas”, ou seja, “faço bem a quem me faz bem e ponto final”.
O segundo tipo é formado por aqueles que colocam Deus em primeiro lugar. A estes é chamado a consciente prática do amor de Deus que não reage de acordo com a maneira como é tratado: “Ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal”.
Jesus quer falar, aqui, do Deus que é fonte transbordante de bondade. O Senhor não se deixa condicionar pela maldade de quem está à Sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a Si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Ele está sempre disposto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8); «Não desafogarei o furor da minha cólera, porque sou Deus e não um homem» (Oséias 11,9) Deus é misericordioso (cf. Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).
O mérito e a novidade do Evangelho é o fato de que para Deus, além de ser fonte de bondade, é necessário que os homens aprendam d’Ele o Seu ser misericórdia e perdão:«Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Com a presença de Jesus Cristo, a Fonte da Misericórdia que jorra no templo, a bondade de Deus está entre nós e no meio de nós. Somos capacitados a responder o mal com o bem. A injustiça pela justiça, o ódio pelo amor. O desespero pela esperança. A morte pela vida.
Temos de viver e testemunhar a compaixão. Perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela descriminação e a recusa à presença e à vida do diferente entre nós.
A prática do amor misericordioso de Deus deve significar para mim e para você participar da perfeição do Pai celeste, numa partilha de vida entre os irmãos numa dimensão universal.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 23/02/2013

Oração Final
Pai Santo, escreve em nossos corações a tua Lei e nos dá força e coragem para vivê-la em nossa caminhada por este planeta-jardim que confiaste ao nosso cuidado. Faze-nos fraternos com os companheiros peregrinos, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/02/2013

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