sábado, 12 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/01/2019

ANO C


Jo 3,22-30

Comentário do Evangelho

Jesus é o Messias

Em todo o Novo Testamento é a primeira e única vez que o leitor é informado de que Jesus também batizava. Que batismo era o que Jesus realizava, o texto não nos diz, pois o interesse era dirimir a dificuldade dos discípulos do Batista, que suspeitavam de concorrência entre Jesus e João. O texto é ocasião de afirmar a identidade de um e outro: João é o precursor do Messias e Jesus, o Messias; Jesus o "noivo", João, amigo do noivo, que se alegra com a sua voz. O v. 30 faz lembrar o paralelismo com que os "evangelhos da infância", segundo Lucas, são construídos com a finalidade de afirmar a superioridade de Jesus sobre João Batista.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me consciente do papel que me compete no serviço ao Reino, e leva-me a estar todo voltado para ti e para teu Filho Jesus, a quem o Reino pertence.
Fonte: Paulinas em 12/01/2013

Vivendo a Palavra

É importante penetrarmos no contexto lido para entender a transição que ocorria: os tempos haviam chegado à plenitude e o Pai, realizando a promessa, enviara seu Filho Unigênito para implantar o seu Reino. Os homens ainda se apegavam à Lei de Moisés, mas o Cristo já vivia e proclamava a Lei do Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

É importante penetrar no contexto lido para entender a transição que ocorria: os tempos haviam chegado à plenitude e o Pai, realizando a promessa, enviara seu Filho Unigênito para anunciar a chegada do Reino do Céu. Os homens ainda se apegavam à Lei de Moisés, mas o Cristo já vivia e proclamava a nova Lei do Amor.

Reflexão

A missão de Jesus não significa uma oposição ou uma concorrência com a missão de João Batista, antes a sua continuidade e o seu complemento. Assim é que devemos compreender a Igreja de hoje como uma Igreja Ministerial, na qual os diferentes ministérios não significam uma oposição entre si ou uma concorrência entre eles, relevando uma hierarquia entre os diferentes ministérios da Igreja, mas sim uma continuidade da missão do próprio Cristo e como realidades que se complementam na única e permanente missão da Igreja que é a evangelização, e isso só é possível quando buscamos criar uma verdadeira comunhão dentro da Igreja, como havia entre Jesus e João Batista.
Fonte: CNBB em 12/01/2013

Reflexão

Os discípulos de João Batista ficam sabendo que Jesus estava batizando na região da Judeia. Apreensivos, talvez enciumados, relatam o fato a João. O Batista esclarece a situação. Não havia nenhuma rivalidade entre os dois, Jesus e João, nem interferência indevida em campo alheio. João tinha consciência de ter feito a sua parte como precursor do Messias. Agora, Jesus assume a parte que lhe cabe: inaugurar o Reino de Deus. Era justamente o que João esperava e para isso havia preparado o povo. Em vez de ficar chateado, João exulta de alegria. Alegria, porque se sente feliz por colaborar com o projeto de Deus. Já não há necessidade do batismo de João, uma vez que Jesus está presente e atuante no meio do povo. Com humildade, João vai deixando espaço para a atividade de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A CONSCIÊNCIA DO PRECURSOR

O Evangelho refere-se a João Batista como uma testemunha qualificada do Messias, enviada para precedê-lo. O Precursor chega a ser apresentado como a testemunha por excelência, para que, na qualidade de “testemunha da luz, todos pudessem crer por meio dele”.
Seu comportamento modelar revelava-se na recusa de usurpar algo que não lhe pertencia. Manteve-se isento de qualquer ciúme ou inveja, quando Jesus deu inicio ao seu ministério. E a quem confundia os papéis de ambos, João declarava, sem titubear: “Eu não sou o Messias”. Sua consciência lúcida impedia-o de passar por aquilo que não era. Seu papel era comparável ao do amigo escolhido para acompanhar o noivo, por ocasião da festa de casamento. Existe alegria maior para o amigo do noivo, quando o vê chegar, entre vivas e aclamações? Seria mesquinho se pretendesse ver as atenções voltarem-se para ele, e não para o noivo!
Sendo assim, João Batista só tinha motivos para se alegrar. Já tinha concluído a sua missão. Importava, agora, que o Messias crescesse e ele diminuísse, sem qualquer espécie de ciúme.
Enganar-se-ia quem perdesse a chance de se tornar discípulo do Messias, para apegar-se a uma luz efêmera, quando já havia despontado a verdadeira “luz do mundo”. Por conseguinte, os discípulos de João foram instados a tomar uma decisão..
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me consciente do papel que me compete no serviço ao Reino, e leva-me a estar todo voltado para ti e para teu Filho Jesus, a quem o Reino pertence.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Carisma é Serviço
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na comunidade, quando algum “Fofoqueiro de Plantão” vem nos dizer que há um irão que faz a mesma coisa que nós, só que dizem que ele é muito melhor, a gente fica com o farol baixo e muitos fazem “Beiço” de descontentamento. Tem gente que na comunidade “adora” falar ao Padre que o Diácono prega mais bonito que ele, ou ao Diácono, que um ministro da Palavra é muito melhor que ele, quando está celebrando. Por que não sabemos administrar nossos carismas, essas conversas nos magoam e ficamos tristes, a espera de alguém que venha alisar o nosso ego.
Havia uns discípulos de João Batista que eram desse jeito e gostavam de por lenha na fogueira, foram correndo contar a João Batista que Jesus estava batizando ali por perto daquela região, e que estava com uma freguesia bem maior do que João.
Jesus não estava batizando por ali para mostrar a João Batista que ele era melhor e que aquele território lhe pertencia. Mas batiza porque esse carisma vem do alto, isso é, do Espírito Santo.
João Batista tem o comportamento que um autêntico agente de pastoral deve ter: longe de se aborrecer, se enche de alegria e confirma que Jesus é o Messias, aquele que ele havia anunciado, e arremata a conversa que deve servir de refrão em nossos trabalhos pastorais, “É preciso que ele cresça e eu desapareça”.
Quando fazemos do nosso carisma um verdadeiro serviço para os outros, e não ao nosso Ego inflamado, esse deve ser o nosso refrão e o nosso lema, anunciar Jesus Cristo e atrair as pessoas para ele e não para nós.

2. João dá seu último testemunho sobre Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

João dá seu último testemunho sobre Jesus. Houve um desentendimento entre os discípulos de João e os discípulos de Jesus sobre o batismo. Quando o texto fala de discussão com um judeu, esse judeu é Jesus. O que aconteceu é o que acontece ainda hoje, mesmo entre grupos cristãos: rivalidade. João dá então um belo testemunho, seu último testemunho sobre Jesus: “É preciso que ele cresça e eu diminua”. João se sente feliz com a chegada de Jesus. Jesus em primeiro lugar, depois ele e seu grupo e tudo mais. João confessa que não é o Cristo. Ele é só o precursor. Então, que nada se coloque entre nós e Cristo, e que nós mesmos não nos coloquemos acima de Jesus Cristo, o único Mestre e Senhor. Jesus cresce, exaltado na cruz. João diminui, decapitado. Diminuir para que Cristo cresça! Como seria isto na prática.

HOMILIA DIÁRIA

Preparemos o caminho do Senhor com humildade

Postado por: homilia
janeiro 12th, 2013

Tudo começou a partir do Batismo de Jesus. Entendemos, dessa forma, que o Senhor só começou Seu ministério após ser batizado, mostrando, assim, a importância de sermos batizados e de batizarmos, como fizeram João Batista e, posteriormente, os discípulos de Jesus, batizando os adultos que se arrependiam de seus pecados.
Mas você pode se perguntar: “Por que Jesus foi batizado se Ele não tinha pecado?”. João também questionou isso e Jesus lhe respondeu: “… deixa por agora, porque assim convém cumprir toda a justiça…” (Mt 3,15). Creio que, ali, o Senhor não deixou margem alguma para alguém argumentar que não se batizaria, porque o Cristo também não havia sido batizado.
No dia seguinte, após o batismo de Jesus, estavam João Batista e dois dos discípulos vendo o Mestre passar. João, então, disse a eles: “Eis o Cordeiro de Deus!” (Jo 1,36).
O Evangelho de João realça a íntima relação entre os ministérios de João Batista e de Jesus. Após ser batizado por João, Jesus reúne Seus primeiros discípulos: André, Pedro, Filipe, Natanael, dentre os discípulos de João Batista. Com eles, segundo este Evangelho, Jesus inicia Seu ministério na região da Judeia. Os discípulos do Batista vêm a ele comunicar este fato. João reconhece a graça presente em Jesus e dá testemunho da Sua autenticidade. Ele tem consciência de que veio para preparar o caminho do Senhor, e não para se constituir um obstáculo.
André – um dos dois que estavam com João Batista – chama agora Simão, seu irmão, e lhe diz ter encontrado o Messias.
Como fez João Batista devemos sempre apresentar Jesus àqueles que ainda não O conhecem, pois os dois discípulos esperavam por aquele momento e, logo, seguiram o Mestre. Quantos estão nesta situação, apenas esperando-nos apresentar-lhes Jesus?
Eles queriam conhecer melhor o Senhor, saber onde Ele morava. Temos de ter essa sede de conhecê-Lo, pois a Palavra nos diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os 6,3). Jesus os aceitou e nos aceita também. Foi Ele quem nos escolheu e não nós a Ele.
Jesus chamou Simão pelo nome, testificando o poder que havia n’Ele. Cristo também conhece a você pelo nome. Ele mudou o nome de Simão para Pedro, mas, ainda que Ele não mude o seu nome, Ele faz de você uma nova criatura.
Aliás, o autêntico missionário é aquele que, com humildade, prepara o caminho e, depois, alegra-se ao perceber a ação de Deus na comunidade pelos carismas ali manifestados pelas iniciativas de seus membros.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/01/2013

Oração Final
Pai Santo, que o apego ao passado não nos impeça de viver o presente, preparando um futuro de convivência fraterna, para que esta terra encantada que nos emprestaste para cuidado e desfrute seja sinal do teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o apego à Lei Antiga jamais nos impeça de viver a fraternidade, preparando um futuro de Paz e Alegria. Assim, esta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada e partilhada, será sinal e já o início do teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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