segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/12/2018

ANO C


Mt 8,5-11

Comentário do Evangelho

Fé que leva à adesão a Jesus

Esta narrativa envolvendo o centurião romano circulava nas primeiras comunidades cristãs em duas versões um pouco diferenciadas. Assim temos a versão de Mateus, no evangelho de hoje, e a de Lucas, próximas entre si, e a versão de João (cf. Jo 4,43-53) mais diferenciada. Na narrativa de Mateus há uma preocupação de destacar a fé que opera a cura à distância. É um estímulo ao fortalecimento da fé nas comunidades após a morte de Jesus, que não o têm mais visivelmente presente.
Fica também em destaque o universalismo do chamado de Jesus. A fé que leva à adesão a Jesus não está restrita aos que se submetem à Lei que regia o Templo e as sinagogas, mas está ao alcance de qualquer povo ou nação, sem exclusões.
Hoje tende a se consolidar uma fé ecumênica que une as diversas religiões e igrejas, com o objetivo comum da promoção da vida e da dignidade humana. É um caminho e uma fonte de esperança de um mundo novo fraterno e pacífico.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 03/12/2012

Vivendo a Palavra

Pela fé, o oficial romano sabia que em Jesus de Nazaré estava encarnado o Messias prometido e esperado, onipotente e onipresente, capaz, portanto de já estar junto ao empregado doente e apto para curá-lo. A nossa fé chega a tal ponto? Ou ainda estamos pedindo sinais, milagres, para nos entregarmos?
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

Pela fé, o oficial romano sabia que em Jesus de Nazaré estava encarnado o Cristo prometido e esperado pelo povo judeu: onipotente e onipresente, o Cristo era capaz de estar junto ao seu empregado doente e apto para curá-lo, mesmo sem a presença física do Nazareno. A nossa fé chega a tal ponto? Ou ainda estamos pedindo milagres, para nos entregarmos ao Senhor?

Reflexão

A presença de Jesus no meio dos homens significa a chegada dos tempos messiânicos e o pleno cumprimento de todas as profecias do Antigo Testamento. Os sinais que Jesus realiza atestam este fato. Mas para que as pessoas participem do Reino de Deus de modo a usufruir dos dons que lhes são oferecidos nestes tempos messiânicos, faz-se necessária a aceitação plena de Jesus e de sua palavra, assim como a adesão à causa do Reino de Deus. Não basta ser católico para participar das coisas do alto, é necessário assumir a fé e ter uma vida coerente com ela.
Fonte: CNBB em 03/12/2012

Reflexão

Encarregado de manter a ordem social no país, o centurião está a serviço dos ocupantes romanos. No entanto, totalmente desarmado de qualquer preconceito, apresenta sentida súplica ao Senhor Jesus. Reconhece nele um poder superior. Jesus, por sua vez, não lhe pergunta nada. Não lhe fala de religião nem de preceitos morais. Dá ao centurião a certeza de que vai curar seu servo: “Eu irei, e o curarei”. Essa atitude nos faz lembrar a insistência do Papa Francisco para sermos uma Igreja em saída. Jesus não vai à casa do centurião porque este, com fé admirável, poupa esse esforço ao Mestre: “Basta que digas uma palavra e o meu servo ficará curado”. Jesus então engrandece a fé do centurião, que contrasta com a fé pequena de Israel.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

REFLEXÃO

Duas virtudes se destacam de imediato na pessoa do oficial romano: a humildade e a fé. O oficial, chamado também de centurião, era responsável por cem soldados romanos. Portanto exercia importante cargo na sociedade. Mesmo assim, desapega-se de sua posição social e se dispõe a procurar Jesus para lhe pedir discretamente que venha em socorro do seu empregado enfermo. Embora não pertença ao povo de Israel, o centurião crê que Jesus é um enviado de Deus e tem poder de curar. Jesus não só atende ao seu pedido, curando-lhe o empregado, mas elogia a sua fé. O centurião é um dos primeiros de uma série de pagãos que vão se abrir para formar a nova família de Deus, os cristãos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A ACOLHIDA DO SENHOR

O oficial romano é um exemplo de disponibilidade para acolher o Senhor. Sendo um romano, não nutria a esperança na vinda do Messias, como o Povo de Deus. Era um chefe militar, sob cujas ordens estava uma centena de soldados. Tal condição colocava-o numa situação que, com muita facilidade, poderia tê-lo levado à soberba e ao autoritarismo. Exercendo seu cargo numa terra estrangeira, corria o risco de mostrar-se prepotente e opressor da população local.
Entretanto, ele não se deixou levar por nenhuma dessas tentações. O terrível sofrimento de um subalterno paralítico tocou fundo o seu coração. Seu amor solidário manifestou-se no interesse sincero de lutar para o seu servo obter a cura. Por isso, não receou suplicá-la a Jesus, nem lhe pareceu inconveniente colocar-se como subalterno e totalmente dependente do Mestre. Deste modo, ao amor pelo servo doente juntou-se uma fé entranhada a Jesus. Fé e amor permitiram, pois, ao homem pagão deixar a ação de Deus atuar em sua vida.
O mesmo acontece com o discípulo do Reino: será digno de acolher o Senhor, na medida em que a fé o amor forem os eixos de sua ação, levando-o a romper os limites do egoísmo e a sair de si, para encontrar Jesus que passa em sua vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me fé e amor profundos para que, rompendo os laços do meu egoísmo, criem, no mais íntimo do meu ser, espaço para acolher-te.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Deus que ama e se comove com nossas súplicas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Não dá dúvidas de que esse evangelho põe em evidência a Fé desse Centurião, o respeito e a humildade com que se aproximou de Jesus, chamando-o de “Senhor” e a oração de súplica que marcou esse encontro com Jesus.
Mas não podemos deixar de refletir também sobre o grande Amor Misericordioso de Deus que ali se manifestou em Jesus, primeiro na pessoa daquele Centurião, mas que é um sinal desse amor por toda a humanidade.
Note-se que Jesus não o interrogou para saber se ele tinha Fé, se tinha vontade de ser seu discípulo, se estava mesmo disposto a ser seu seguidor. Diante da oração de súplica, que, aliás, não pediu nada, mas apenas constatou a grave enfermidade do servo, a iniciativa foi de Jesus “Eu irei e o curarei”.
Pessoas ao nosso redor, muito queridas, e na maioria das vezes nós próprios, padecemos desse “mal” do pecado, que nos deixa paralíticos, porque impede-nos de viver o amor e de ajudar sinceramente as pessoas em nossas relações.
Nossas orações diante de Jesus devem ser iguais a essa oração do Centurião, para serem sinceras. Nos colocar diante dele com nossas misérias, fraquezas e limitações, em um Espírito contrito e orante, dando também a abertura no coração e na alma, para que Ele possa agir com o seu poder restaurador. A mesma dificuldade do Centurião é a nossa, pois não nos julgamos dignos de acolher em nossa vida a preciosa e valiosa Graça Operante e Santificante, que o Senhor cheio de misericórdia nos oferece, entretanto, tudo isso vem com a Palavra e isso nos basta para que o esperado “Milagre” aconteça. O Centurião reconhecia o poder dessa Palavra e estava aberto para acolhê-la, ciente de que ela produziria uma ação eficaz na Vida do seu servo. Exatamente por isso á sua Fé é enaltecida diante dos presentes.
Não são as nossas ações ou medidas rigorosas, de obediência a algum preceito, que nos libertam e nos curam de nossos “pecados” mas o Poder da Palavra do Senhor, manifestada claramente no Verbo Divino, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus.

2. Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A cura do servo do centurião romano na primeira semana do Advento nos faz ver a mesa posta no futuro, quando o Senhor vier em sua glória. Foi posta a mesa do Reino dos Céus e muitos, vindos do Oriente e do Ocidente, a ela se assentarão com Abraão, Isaac e Jacó. Deus disse a Abraão que nele seriam abençoadas todas as nações da terra. Promessa que, segundo a carta aos Gálatas, não pode ser anulada pelo que veio depois, restringindo-a aos observantes da Lei. A promessa deixou aberta a porta do banquete celeste para os que virão do Oriente e do Ocidente. A esta mesa se sentará o centurião romano, que era um homem de fé. Era também humilde. Raciocina como um militar, que dá ordens e é obedecido, mostrando crer no poder de Jesus. E revela sua humildade quando diz não ser digno de que Jesus entre em sua casa. Jesus, porém, ultrapassa o obstáculo da Lei e se dispõe a ir até a casa do centurião. Com ele aprendemos a dizer à mesa da Eucaristia: “Senhor, eu não sou digno”.

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Jesus é sempre eficaz

Postado por: homilia
dezembro 3rd, 2012

Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade. Celebramos hoje a memória de São Francisco Xavier.
O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João, com diferenças sensíveis entre si.
O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.
Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus neste Evangelho é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.
Além deste episódio com o centurião, a cura à distância se dá apenas com outra pagã: a mulher cananeia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.
Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.
Foi a partir da fé deste centurião, que hoje – antes de comungarmos – professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.
É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre este homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz hoje meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.
Que São Francisco Xavier nos inspire o seu jeito certo de hoje evangelizar, tal como ele se inspirou em Cristo nosso Senhor.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 03/12/2012

Oração Final
Pai Santo, aumenta a nossa fé! Ainda que não compreendamos o Mistério da Encarnação do teu Verbo, dá-nos coragem para nos lançarmos confiantes em teus braços, proclamando ao mundo que o Reino de Amor já chegou, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós queremos acreditar. Aumenta a nossa fé! Ainda que não compreendamos o Mistério da Encarnação do teu Verbo – o Filho Unigênito –, dá-nos coragem para nos lançarmos confiantes em teus braços, proclamando ao mundo que o Reino de Amor já chegou, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.


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