domingo, 18 de novembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/11/2018

ANO B


33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

“Coloque em nós o desejo da Pátria eterna!”

DIA MUNDIAL DO POBRE

"ESTE POBRE CLAMA E O SENHOR O ESCUTA" (SL 34,7)

Mc 13,24-32

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Concluindo mais um ano litúrgico, o Senhor recorda-nos que somos peregrinos rumo a sua morada eterna. Ele aponta para o modo como devemos nos portar nesta caminhada, permanecendo vigilantes, prudentes e serenos. Desta forma antecipamos o encontro definitivo com Cristo e, no cotidiano da vida, somos por ele nutridos.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o Senhor hoje nos reúne e nos convida a assumirmos uma atitude de vigilância, pois a nossa vida neste mundo passa rapidamente e é preciso que não vivamos distraídos sem nos dar conta do destino que nos aguarda. Nossa vida tem futuro! Nossa história tem futuro! O mundo tem futuro! Um futuro bendito que se conclui em Cristo glorioso que por sua morte e ressurreição, tornou-se Senhor e Juiz de todas as coisas.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Jesus nos revela que em sua vinda gloriosa todo o poder de Deus resplandecerá sobre a Terra e seu amor será eterno para todos os que seguiram suas leis. Precisamos estar preparados para a vinda do Reino dos Céus que tanto pedimos em nossa orações.

DIA MUNDIAL DO POBRE

A antífona da entrada da missa do 33º Domingo Comum diz “Meus pensamentos são de paz e não de aflição” (Jr 29,11). Essa perspectiva deve nortear a compreensão da liturgia da Palavra proposta para hoje. Não obstante a primeira leitura profetizar “um tempo de angústia”, e o Evangelho citar uma “grande tribulação”, na qual “o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais”, e “as forças do céu serão abaladas”.
Pode ser que no contexto cultural atual, tais imagens utilizadas pela linguagem apocalíptica em textos bíblicos como em Daniel (1ª leitura) e no trecho do Evangelho de Marcos para este domingo, já não ‘assuste’. Mesmo assim, é bom advertir que tal linguagem pretende suscitar esperança em meio às dificuldades para a vivência da fé, e não ‘profetizar’ acerca do fim do mundo.
No entanto, paira sobre a humanidade previsões nada animadores quanto ao futuro da vida instalada no planeta. Algumas crises parecem se agravar e preocupam, como a ecológica, a qual coloca em risco a vida instalada no planeta, e a humanitária devido ao sistema econômico/social excludente e aos conflitos políticos/ ideológicos. Estas ocorrências têm elevado o número de pobres em todas as partes, os quais no mundo globalizado são rejeitados e marginalizados.
A liturgia da Palavra de hoje traz alento para a renovação da esperança ao afirmar “que o Filho do Homem está próximo, às portas” (Mc 13,29), Deus não abandona a sua criação. A carta aos Hebreus proclama a vitória de Deus sobre os males da história (Hb 12b-13), nesse sentido Daniel proclama “nesse tempo, teu povo será salvo” (Dn 12,1).
Os discípulos de Jesus também são sabedores de que estender o olhar para a glória de Deus convida a assumir um estilo de vida fundamentada nas palavras e gestos do Mestre, pois “minhas palavras não passarão”. Na instabilidade deste mundo, é oferecido algo estável e capaz de nortear o fiel em meio aos desafios da vida que impregnam o cotidiano.
Dentre estes, certamente, a situação dos pobres é o maior desafio. Estes não têm a quem recorrer, poucos são os que lutam pela sua causa. O Papa Francisco instituiu este dia para se reverter a situação destes irmãos e irmãs. Deus que os escuta, quer que sejam lembrados, acolhidos e integrados nas famílias, comunidades e nas várias dimensões da sociedade. Que as comunidades dos discípulos do Senhor contribuam para a superação desta realidade.
Dom Luiz Carlos Dias
Bispo Auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

Necessidade de vigiar

Este texto, que faz parte do discurso escatológico atribuído a Jesus, tem sua origem na tradição apocalíptica do Primeiro Testamento, tendo surgido dentro das comunidades cristãs primitivas formadas por convertidos do judaísmo, os quais, até os primeiros anos da década de 80, eram frequentadores das sinagogas.
Na primeira leitura de hoje, do Livro de Daniel, temos um texto de caráter apocalíptico, caracterizado por sinais de destruição violenta e angústia, que precedem um juízo final discriminatório e excludente, característico de autores que se consideram justos e santos, privilegiados pela "eleição divina".
A expressão "filho do homem" (no grego: hyos anthrôpou; no hebraico: ben-'adam) aparece muitas vezes no Antigo Testamento, indicando a condição humana de maneira genérica. No profeta Ezequiel a expressão é aplicada de modo personalizado (93 vezes) ao próprio profeta na sua fragilidade, comum dos mortais. Uma única vez a expressão aparece no livro de Daniel, vindo nas nuvens com poder e glória (Dn 7,13). Jesus, inúmera vezes, aplica a si mesmo este título de "filho do homem" para indicar sua simples condição humana, contrapondo-se à figura messiânica davídica gloriosa esperada pelo povo judeu. Na referência ao filho do homem vindo sobre as nuvens, pode-se ver a alusão à dignificação do humano, assumido na condição divina e na vida eterna pela encarnação de Jesus.
Depois da descrição dos abalos cósmicos, que simbolizam a violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada com a chegada do Filho do Homem, Jesus.
Em conclusão ao discurso escatológico, temos a parábola da figueira, que é apresentada nos três evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. A parábola é articulada a partir de sinais da natureza, nas árvores que começam a brotar, depois de secas no inverno, indicando a proximidade do verão. Assim como pela natureza pode-se perceber as mudanças de estações do tempo, pela observação dos fatos da vida e da história, pode-se perceber também que o dia e a hora da revelação do Filho do Homem, que é a chegada do Reino de Deus, estão próximos.
O Reino está perto assim como o meu próximo está perto de mim. A comunhão e a solidariedade com meu próximo são a entrada no Reino. Tudo acontece a partir do ouvir e praticar as palavras de Jesus que nos revelam a vontade do Pai. O Reino de Deus já está entre nós nos movimentos de solidariedade entre as comunidades e os povos, particularmente com os mais empobrecidos, e é expresso no clamor mundial contra as guerras e pela paz. É o processo histórico da crescente conscientização e a valorização da dignidade humana, em um nível global, com o empenho na defesa da vida e da natureza. Assim são rejeitados e repudiados os poderes deste mundo que, seduzidos pela ambição das riquezas, promovem a morte.
Na segunda leitura, extraída da Carta aos Hebreus, é atribuído a Jesus, com o título de "cristo", o caráter sacerdotal, caracterizado pela oferta de sacrifícios sangrentos para a reconciliação com Deus. Contudo, em Jesus a reconciliação é fruto do amor que remove toda condenação e exclusão, e a todos une na fraternidade, na justiça, e na paz, em comunhão como o Pai.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.
Fonte: Paulinas em 18/11/2012

Vivendo a Palavra

Já nos preparando para o encerramento do ano litúrgico, no próximo domingo, o Evangelho nos alerta para observarmos os sinais dos tempos: assim como a natureza avisa a chegada das estações, também em nossa existência aparecem sinais que anunciam o retorno do Filho do Homem em sua glória. A nós compete estarmos vigilantes, em estado de oração.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/11/2012

VIVENDO A PALAVRA

Já nos preparando para o encerramento do ano litúrgico no próximo domingo, o Evangelho nos alerta para observarmos os sinais dos tempos: assim como a natureza avisa a chegada das estações, também na nossa existência aparecem sinais que anunciam o retorno do Filho do Homem em sua glória. A nós compete estarmos vigilantes, em estado de oração. É a vida que flui.

Reflexão

A PALAVRA QUE NÃO PASSA

A especulação que nunca cessa diz respeito ao fim dos tempos. Muitos tentam prever e determinar seu dia e sua hora, bem como o modo pelo qual ocorrerá. Mas tudo não passa de conjecturas, porque ninguém sabe o dia nem a hora – nem mesmo o próprio Jesus, afirma-nos o evangelho de hoje. A liturgia deste domingo ressalta que só uma coisa é definitiva e decisiva para nós: a palavra de Cristo. Nada mais importa. Tudo é relativo.
O mundo é marcado por muitos acontecimentos e fatos assustadores. Desde acontecimentos relacionados aos fenômenos da natureza a fatos de responsabilidade humana: tsunamis, enchentes, guerras, o tráfico, a pobreza, a falta de moradia, a exclusão, a falta de respeito, o egoísmo e tantos outros. Eles parecem nos dizer que o fim está próximo. O mundo parece não ter mais solução. Além disso, a desesperança e o egoísmo impelem-nos a ficar parados, esperando o fim chegar. No entanto, tudo pode ser diferente. Isso dependerá do querer e da solidariedade de cada um de nós. Uma certeza não pode nos escapar: os ensinamentos apresentados pela palavra de Deus.
Tudo passará, mas a Palavra não passará. Nela consiste a verdade da nossa existência e da nossa fé. A palavra de Jesus é fonte de conversão e caminho para a adesão ao seu projeto de amor. Amor que nos torna irmãs e irmãos solidários uns com os outros e capazes de construir o reino no aqui e agora de nossa vida. O convite é para que acolhamos a Palavra e a ponhamos em prática, comunicando-a às outras tantas pessoas que ainda não a conhecem.
Os acontecimentos e fatos do dia a dia não podem nos imobilizar. Nem podemos nos acostumar com eles. Somos chamados a trabalhar, em comunidade, para construir uma realidade diferente, pois a palavra de Jesus nos encoraja e nos capacita para isso. Pratiquemos a palavra que não passa; desse modo, estaremos vivendo a vida que não tem fim, a qual se manifestou na ressurreição de Cristo Jesus.
Dai-nos, Senhor, a palavra que não passa e ensinai-nos a praticá-la e comunicá-la com a vida. Amém!
Benedito Antônio Bueno de Almeida, ssp
Fonte: Paulus em 18/11/2012

Reflexão

O capítulo 13 do Evangelho de Marcos faz uma leitura do que aconteceu na década de 70, quando os romanos invadem e destroem Jerusalém e o templo. Isso seria o fim do mundo? interrogam os discípulos de Jesus. O autor usa uma linguagem que é estranha para nós hoje. Esse tipo de linguagem não tem o objetivo de assustar; ao contrário, procura animar a comunidade a não se deixar enganar pelos acontecimentos, que não representam o fim de tudo. Os fenômenos cósmicos não significam o fim do mundo; depois deles, pode surgir nova realidade. É como a natureza: depois de um inverno rigoroso vem a primavera, e a vida se revela no verde e floresce exuberante. Como sabemos discernir a chegada da primavera, precisamos saber ler os sinais da presença de Deus na história, a partir de Jesus Cristo. O cristão não deve preocupar-se tanto com a questão do fim e do futuro, mas é chamado a viver o presente e construir sua história tanto nos momentos positivos, como em meio aos sinais contraditórios.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO

O modo como Jesus descreveu o fim dos tempos se encaixava no horizonte teológico da época. De fato, esperavam-se abalos sísmicos e outros fenômenos terríveis, quando Deus interviesse, definitivamente, na História.
A intenção de Jesus, porém, não era a de incutir terror no coração dos discípulos e, assim, convertê-los em fanáticos anunciadores do fim do mundo. Seu único desejo era o de levá-los a permanecer vigilantes, de maneira a estarem sempre preparados para o encontro com o Senhor.
A parábola da figueira aponta nesta direção. O agricultor atento sabe quando a árvore está para frutificar. Igualmente, o discípulo, quando discerne, sabe reconhecer quando se aproxima a vinda do Senhor, e tem consciência de estar preparado para recebê-lo.
A exortação de Jesus não tem um tempo limitado de validade. Seu valor é eterno, como eternas são todas as palavras de Jesus. Elas não passarão, embora tudo o mais perca seu valor. Assim, é absolutamente certa a vinda do Filho do Homem e a necessidade de manter-se vigilante e preparado para acolhê-lo. É, também, firme a palavra do Senhor que apresenta o amor como critério do juízo final, a recompensa para quem se mantiver fiel e a comunhão definitiva com o Pai, como destino último do cristão. Por conseguinte, o discípulo sensato deixa-se guiar pelas palavras de Jesus, de forma a evitar contratempos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. JUIZO FINAL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Novamente recorro á imaginação para fazer algumas perguntas ao texto, como ensinou um dos meus professores de Teologia, só que de maneira mais ousada, abordei o próprio autor do evangelho, que é o nosso conhecidíssimo São Marcos. Disse a ele que, alguém menos desavisado, ou que fizer uma leitura fundamentalista, por certo vai entrar em pânico com as palavras que Jesus diz logo no início do evangelho desse Domingo, “depois de uma tribulação o sol vai escurecer, a lua não dará o seu resplendor ( acho que naquele tempo ainda não sabiam que a lua é um satélite, sem luz própria), os astros que estão no céu despencarão cá prá baixo e as potestades serão abaladas ”Convenhamos que é um cenário terrível, uma catástrofe igual aquele filme do Armagedon. Com uma narrativa dessas, os cardíacos e os que têm problemas emocionais, , vão morrer na véspera, de susto!
Ainda no meu imaginário, Marcos esboça um sorriso e balança a cabeça explicando-me que esse é um modo de dizer as coisas, e que os estudiosos chamam de linguagem literária, e nesse caso é denominado de “Apocalíptica” e interpretá-la literalmente seria grande idiotice, porque então, o nosso Deus Criador, rico de amor e misericórdia por todos os séculos, em um determinado momento da história, vai estar mal humorado, e como um garotinho temperamental, destruirá a Obra da criação, que ele fez com tanto gosto e amor?Para quem conhece bem o nosso Deus, revelado em Jesus Cristo, basta fazer essa pergunta, cuja resposta desfaz qualquer mal entendido. Mas então, o ser humano nunca será cobrado pelos seus atos de maldade, vai ficar assim, elas por elas? Claro que não!
Todo homem, após a morte, terá um juízo particular diante de Deus, na linguagem futebolística, vai ficar no “mano a mano” com o Onipotente, Poderoso, Onipresente e Onisciente e depois de conhecer a sua sorte, irá aguardar pelo último dia, como ensina a Doutrina da Santa Igreja. Para dizer isso, e chamar a atenção dos seus ouvintes, os Mestres no tempo de Jesus, costumavam usar um estilo de comunicação, que causava impacto, obrigando seus ouvintes a refletirem e voltarem-se para Deus. É um alerta, um aviso, de que a Vida que Deus nos deu, não é só o que vemos, apontando-nos assim para uma realidade escatológica ( final dos tempos) . Infelizmente nos dias de hoje, certos pregadores de “araque” usam essa literatura apocalíptica, também presente n o A.T, para fazerem o chamado “terrorismo religioso”.
Prestemos atenção no versículo que se segue a catástrofe anunciada “Então verão o Filho do Homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória... A chegada de alguém poderoso e importante é sempre anunciada de maneira solene e ruidosa, batidas da lança no chão, toque de trombeta, rufar de tambores, aliás, dia desses ouvi um anúncio em um carro de som, sobre um evento, e o sujeito dizia que “O chão vai tremer”, e nem por isso alguém entrou em pânico por causa disso, mas quando de trata da palavra de Deus revelada, esquecemos o gênero literário e interpretamos literalmente, essa literatura tem este modo próprio de dizer que no final da História da Humanidade, algo de grandioso irá ocorrer, e para os que creem, é exatamente o que esperam, afinal há em todos nós uma interrogativa sempre presente: Até quando o mal vai imperar?
Para o nosso Deus presente em Jesus, com todo o seu resplendor e glória, Senhor absoluto de todas as coisas e todas as criaturas, a gente não ia querer que no dia da sua volta, ele caísse de pára-quedas na humanidade e dissesse, “Olha aí meu povo, eu voltei viu, vim para confirmar tudo o que ensinei lá no início, aos meus discípulos que depois formaram a minha igreja. O Evangelho não fala de um momento qualquer na história da humanidade, mas tenta narrar como será este segundo julgamento, quando o Reino de Deus, desacreditado por muitos, se tornará visível e real, para sempre e toda a humanidade, do passado, desde os primórdios da história, estará diante de Jesus, para o capítulo final.
Para quem apostou suas fichas nas forças do mal, contrárias a Jesus e seu Reino, claro que esse dia será terrível, mas não é esta a mensagem principal do nosso evangelho, Marcos não quer que a comunidade entre em pânico, ao contrário, diante de discípulos abatidos e desanimados, é como se Jesus estivesse falando “Olha meus irmãos, no final tudo vai dar certo, e a glória do Pai envolverá a todos os homens, no início de um tempo novo, de uma nova realidade de alegria e felicidade plena na comunhão com o Pai”.
Claro que nem toda humanidade irá desfrutar desse tempo novo, os anjos irão pelos quatro cantos da terra para reunir os escolhidos. Que critério Deus usa para essa escolha? O amor, que respeita o Livre Arbítrio de cada homem, criado á sua imagem e semelhança, que toma decisões e faz escolhas todo dia, na liberdade que Jesus concedeu. Essas decisões e escolhas que se faz a todo dia e a cada momento, não deverá prescindir dos sinais do reino, presente em nosso meio, são sinais que pertencem a uma ordem - sobrenatural e que, portanto supõe um testemunho de Fé, pois todos eles convergem para Jesus e a sua igreja, esse Jesus que nos visitou com o mistério da encarnação, mostrou-nos o caminho, a verdade e a vida, que é ele próprio.
Ele é nosso Deus e Único Senhor, edificou o seu Reino em nosso meio e no momento oportuno, que só o Pai sabe, voltará para a grande festa e nesse dia, o mal enraizado no coração do homem, será arrancado com raiz e tudo, e o Bem Supremo reinará para sempre, soberano e majestoso em Jesus Cristo, e todos os que fizeram a opção por ele, nesta vida terrena, diante de quem tudo é transitório e passageiro, até o céu e a terra... (33º. Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Fim do ano litúrgico, fim do ano civil, fim do mundo. Cremos que um dia o Senhor virá para julgar os vivos e os mortos, todos os povos se colocarão diante dele para o julgamento e ele separará os bons dos maus. Esperamos e desejamos que nesse dia todos sejam considerados membros do povo de Deus e tenham seus nomes inscritos no Livro da Vida. Que, dentre os mortos, ninguém desperte para a condenação, e sim para a vida eterna. O profeta Daniel indica um caminho, válido para todos os que quiserem trilhá-lo: ser sábio e ensinar aos outros o caminho da virtude. O dom da sabedoria torna as pessoas conscientes de suas ações e das decisões que tomam, e quem ensina o caminho da virtude educa para a justiça. Quando será o último dia, quando será o fim do mundo, ninguém sabe, somente o Pai, assim disse o próprio Jesus. Não sabemos nem quando nem como. Os escritores sagrados usam uma linguagem de imagens que descrevem um tempo de angústia, de aflição e de fenômenos cósmicos. Na realidade, são figuras de linguagem. Ninguém nunca viu o fim, nem mesmo os que já estão na eternidade. Esperamos tranquilamente como quem está preparado para o que der e vier.
Segundo o profeta Daniel, a vinda do Filho do Homem é o último ato da história do mundo. Os livros serão abertos e se salvará quem tiver seu nome inscrito no Livro da Vida. Os sábios educadores brilharão com o brilho do firmamento. Em hebraico, brilho é zohar, palavra que deu origem ao Livro do Zohar, “Livro do Esplendor”, obra capital da mística judaica. Quando falamos em sábios, educadores, mestres, diretores espirituais, estamos afirmando a importância da educação em todos os sentidos. Jesus estava sempre ensinando e, no dia final, “os que educaram a muitos para a justiça brilharão para sempre como estrelas”.
No Evangelho de hoje ouvimos Jesus dizer: “Aprendei da figueira a lição”. Até a figueira pode nos ensinar alguma coisa importante e decisiva na nossa vida. Bons mestres podem nos ajudar a estar sempre preparados para acolher o Filho do Homem, quando vier nas nuvens. É saudável ter alguém com quem falar e dialogar, e ao mesmo tempo ser alguém que fala e dialoga formando numerosos discípulos. São os companheiros que nos levam por mares nunca dantes navegados, mares tempestuosos que nos fazem naufragar, ou os mares de bonança que nos levam ao porto seguro.
É saudável ter um bom mestre e ser um bom mestre. Pode ser alguém e pode ser uma seleção de boas obras, que proporcionam bons tempos de meditação. Não deixar o barco caminhar à deriva enquanto esperamos pelo Senhor que tarda a vir! Os filhos de Israel tinham alguém que os acompanhava, o grande príncipe, Miguel, que se punha de pé e permanecia junto deles. O perdão, alcançado uma vez para sempre por aquele que fez de si mesmo uma oferenda sacrifical, chega a todos, cada dia, na atualização desta única oblação, pela mediação humana. Alguém como nós e dentre nós surge disposto a participar da mediação divina em favor de todas as pessoas.
Não acolhemos sozinhos o Salvador que chega, não nos apresentamos sós diante do juiz. Fazemos parte de uma comunidade chamada Igreja, na qual brilham como o firmamento os que se dispõem a ajudar a quem precisa. Na próxima semana nos colocaremos diante de Cristo, Rei do Universo.

REFLEXÕES DE HOJE


18 DE NOVEMBRO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

O anúncio da Segunda Vinda de Jesus encoraja os eleitos de Deus

Postado por: homilia
novembro 18th, 2012

Este capítulo 13 do Evangelho segundo São Marcos, escrito em linguagem apocalíptica, aborda no fundo dois assuntos: a destruição do Templo de Jerusalém, que serve de sobreaviso para as tribulações que virão e o futuro da comunidade cristã dentro da história e diante da vinda do Filho do Homem. A vinda do Filho do Homem é salvação e julgamento. Salvação para os que estão lutando pelo projeto de Deus e julgamento para os que estão contra.
A intenção básica do capítulo não é descrever o futuro, fazer previsões, mas preparar a comunidade para o presente, numa vigilância ativa.
Aqui, a linguagem é rigorosamente apocalíptica. Com esses prodígios cósmicos, o autor quer mostrar, como é costume na apocalíptica, as poderosas intervenções de Deus na história, que no nosso caso se trata da vinda do Filho do Homem, como Salvador e Juiz, que será precedida por estes sinais cósmicos. Não é para assustar. Pelo contrário, o anúncio da intervenção salvífica de Deus só pode animar, encorajar e fortalecer a esperança dos eleitos.
O v. 26, falando da vinda do Filho do Homem entre nuvens – com poder e glória – se inspira em Dn 7,13-14, que traz forte conotação de julgamento. O v. 27 alude claramente à salvação dos eleitos. Assim, a vinda do Filho do Homem é julgamento para os que se opõem ao projeto de Deus e salvação para todos os que aderem a ele.
Aqui temos a parábola da figueira. A pergunta dos discípulos no v. 4 sobre quando estas coisas vão acontecer é abordada aqui. A parábola da figueira traz dois ensinamentos: afirma a presença do Reino na vida da comunidade, através dos acontecimentos e conflitos da história e, ao mesmo tempo, a proximidade do fim enquanto salvação para os eleitos. O v. 30: “Em verdade vos digo que esta geração não passará até que tudo isto aconteça” é uma referência direta à destruição de Jerusalém e à queda do Templo, pergunta feita pelos discípulos no v. 4. Isto aconteceu no ano 70 d.C., ainda dentro da primeira geração cristã.
O v. 32: “daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, somente o Pai”, ultrapassa os sinais anunciados do fim e se refere à vinda do Filho do Homem. Jesus exclui claramente qualquer especulação quanto à DATA, com termos extremamente fortes dizendo que NINGUÉM SABE, NEM OS ANJOS NO CÉU, NEM O FILHO, SOMENTE O PAI. Muitas religiões já tentaram prever a data da vinda de Jesus.
Dizem que hoje está acontecendo exatamente o que Jesus falou: (guerras, pestes, AIDS, terremotos, fome, etc.), por isso Jesus está chegando. A estes iletrados pedimos que leiam mais atentamente o capítulo 13 de Marcos, v. 7: “é preciso que estas coisas aconteçam, MAS AINDA NÃO É O FIM” e o v. 8: “… Isto é o princípio das dores do parto”. De modo especial os claríssimos versículos 32 e 33.
A tônica do capítulo 13 é uma admoestação à vigilância quanto ao presente, quanto ao hoje da história. A palavra chave é “vigiar” (v. 5 = “atenção”; v. 9 = “ficai de sobreaviso”; v. 23= “ficai atentos”; v. 33 = “atenção e vigiai, pois não sabeis quando será o momento”; v. 35 = “vigiai”; v. 37 = “e o que vos digo, digo a todos: vigiai”.
E o que significa “vigiar?” Não se trata de acomodação, espera passiva ou especulação, mas engajamento, atividade, exercício apostólico e missionário, trabalho concreto para a realização do projeto de Deus.
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por Tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à Tua espera. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 18/11/2012

Oração Final
Pai Santo, as novidades sedutoras do progresso obscurecem a consciência de que nossa passagem por esta existência é efêmera e fugaz. Ajuda-nos, Pai amado, a fazer de nossa vida o caminho para alcançarmos, com toda a humanidade, o teu abraço eterno no Reino que tens preparado para nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/11/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, as novidades sedutoras do progresso obscurecem a consciência de que nossa passagem por esta existência é efêmera e fugaz. Ajuda-nos, amado Pai, a fazer de nossa vida o caminho para alcançarmos, juntos com toda a humanidade, o teu abraço eterno no Reino que tens preparado para nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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