quarta-feira, 8 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/08/2018

ANO B


Mt 15,21-28

Comentário do Evangelho

A cananéia

Mateus adapta a narrativa de Marcos ao contexto de sua comunidade de cristãos oriundos do judaísmo. Jesus parte para a região de Tiro e Sidônia, que são cidades gentílicas execradas pela tradição do judaísmo. Uma mulher desta região, identificada simplesmente a Cananeia, vem a Jesus. Ela pede a libertação da sua filha. Está atormentada pelo demônio da exclusão religiosa do judaísmo. Os discípulos incomodam-se com a insistência da mulher, pedindo que Jesus a mande embora. Duas falas, uma seletiva, outra discriminatória, são atribuídas a Jesus. São próprias da instituição judaica. Porém, o lugar central é a mulher, sua fala, sua insistência. Revelam uma fé que move o coração de Jesus. A filha é libertada. A cananeia tem também direito ao pão que significa o banquete do Reino.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, tira de mim todo preconceito que me impede de aceitar que muitas pessoas marginalizadas possam ter uma fé verdadeira em ti.
Fonte: Paulinas em 08/08/2012

Comentário do Evangelho

A profissão de fé no Messias

Trata-se de justificar a abertura da mensagem cristã aos pagãos, e de admiti-los à mesa da eucaristia. Jesus vai para a região de Tiro e de Sidônia, região pagã. Quem diz pagão, diz impuro. Assim como os discípulos na barca, ameaçados pelas ondas e o vento contrário, gritam de medo (cf. 14,26), e Pedro: “Senhor, salva-me” (14,30), a mulher grita: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim”. O seu grito é uma profissão de fé no Messias, descendente de Davi. A razão de sua súplica veemente é sua filha “atormentada por um demônio”. Jesus nada diz. O silêncio de Jesus abre espaço para a intervenção dos discípulos que desejam que Jesus a despeça, pois ela gritava atrás deles. A resposta de Jesus é coerente com as instruções do discurso sobre a missão (cf. 10, 6). Ele se admirou da fé dela: “Mulher, grande é a tua fé”. A fé da mulher permite a Jesus realizar o que ela suplica. A fé abre para os pagãos as portas do Reino dos céus. É a fé que permite à mulher cananeia ver e reconhecer Jesus como o Salvador de toda a humanidade.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, purifica meu coração de toda discriminação e de todo preconceito, de modo que eu possa levar os benefícios do Reino a todos os que de mim precisarem.
Fonte: Paulinas em 05/08/2015

Vivendo a Palavra

Uma cura aparentemente como tantas outras, mas de repercussão importante: vendo a fé daquela mulher estrangeira, Jesus compreende que o Reino do Céu que anunciava não se restringia ao Povo de Israel, mas abrangeria toda a humanidade. Iniciava assim a grande abertura das fronteiras da Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2012

Vivendo a Palavra

A fé da mulher Cananéia é reconhecida por Jesus, assumindo que a missão se estendia além do seu povo. Ele se referiu a isto algumas vezes, sendo mal interpretado e perseguido pelos filhos de Israel que esperavam um Salvador nacional e nacionalista. Uma reflexão útil para a Igreja, que deve abraçar e acolher a todos os povos.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/08/2015

VIVENDO A PALAVRA

A fé da Cananeia ajuda Jesus a compreender que sua missão era bem maior: a princípio, Ele diz «Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel.» Ao final, reconhece: «Mulher, é grande a sua fé! Seja feito como você quer.» Nós herdamos de Jesus essa Igreja universal, onde cabemos todos, de quaisquer nações, raças ou línguas.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/08/2017

VIVENDO A PALAVRA

Uma cura aparentemente como tantas outras, mas de repercussão importante: vendo a fé daquela mulher estrangeira, Jesus assume que o Reino do Céu que anunciava não se restringia ao Povo de Israel, mas abrangeria toda a humanidade. Iniciava assim a grande abertura das fronteiras da Igreja.

Reflexão

O Evangelho de hoje nos revela a diferença fundamental entre o judaísmo e o cristianismo, entre as idéias do povo de Israel e as idéias que devem marcar a vida da Igreja. Para o povo de Israel, ele era o único povo de Deus e não poderia haver outro e as demais nações da terra não poderiam receber os benefícios de Deus. Para a Igreja, todos os homens e mulheres do mundo, de todas as classes, línguas e nações, são objetos da ação salvífica de Deus, de modo que a graça divina é para todos e a salvação é universal. No primeiro momento do Evangelho de hoje, Jesus nos mostra que é verdadeiramente um judeu, mas no segundo, nos mostra como verdadeiramente devemos ser e agir.
Fonte: CNBB em 08/08/2012

Reflexão

Pode-se imaginar o desespero da mulher cananeia: sua filha “está terrivelmente endemoninhada”. Ao chamar Jesus de “Senhor”, ela representa os pagãos que, no futuro, iriam crer em Jesus. A princípio Jesus não diz sequer uma palavra, atitude que poderia deixar com raiva a mulher aflita. Mas ela não desiste. Para se verem livres dela, os discípulos pedem que Jesus lhe dê atenção. Jesus fala com ela, salientando que Israel tem preferência no plano da salvação. Desafio para a fé da mulher pagã; ensinamento para os discípulos que mais tarde irão anunciar o evangelho pelo mundo afora. Ela sustenta o debate e mostra que pode haver fé autêntica também fora do povo de Israel e aí muitos estão esperando ao menos uma migalha do Reino de Deus. Saída magistral. Fé admirável, realçada pelo Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

QUEM SÃO AS OVELHAS PERDIDAS?

O encontro com a mulher pagã, como que obrigou Jesus a alargar as dimensões de sua missão. No diálogo tenso com a mulher cananéia, ele deu a entender que os destinatários de sua missão era o estreito grupo das "ovelhas perdidas da casa de Israel". Sua salvação tinha um destino certo: única e exclusivamente, o povo judeu, povo da predileção divina com o qual Deus havia feito uma aliança. Esta predileção levou à idéia do exclusivismo: só Israel seria objeto da salvação. Jesus também pensava assim.
A cananéia convenceu-o com um argumento irrefutável: se aos filhos é reservado o pão, pelo menos sobram as migalhas para os cachorrinhos. Nem se importou de comparar-se aos cachorrinhos, à espreita de um pedacinho de pão caído da mesa de seu dono. Existia fé maior do que esta?
Este incidente bastou para que Jesus tomasse consciência de que existem muitas ovelhas perdidas, fora da casa de Israel. Assim como viera para os de Israel, era mister acolher indistintamente a quantos dele se aproximavam. Ovelha perdida era qualquer pessoa carente de ajuda, que não tinha com quem contar; era o povo abandonado, expoliado e explorado, largado à mercê dos prepotentes; era o povo marginalizado, sem distinção de raça. Jesus compreendeu que tinha sido enviado para todos. Que os discípulos aprendessem esta lição e deixassem de lado seus preconceitos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me um coração suficientemente grande para compreender que tu queres a salvação de todos, sem distinção, pois para todos enviaste teu Filho Jesus.
Fonte: Dom Total em 09/08/2017

Meditando o evangelho

A FÉ DOS PAGÃOS

Na primitiva comunidade cristã, havia uma classe de cristãos, provenientes do judaísmo, cuja tendência era não se abrir para os pagãos. Acreditavam ser os destinatários exclusivos da Boa Nova cristã. Por conseguinte, os pagãos estariam excluídos do Reino anunciado por Jesus.
Foi preciso combater esta rigidez, apelando para a sensibilidade do Mestre em relação à fé dos pagãos.O episódio da mulher cananéia prestou-se bem para esta finalidade. A mulher pagã foi persistente no seu objetivo: a cura da filha atormentada por um demônio. Por isto, não se intimidou diante dos discípulos, nem de Jesus, até ver realizado o seu desejo. Nem a má-vontade daqueles, nem a dureza das palavras do Mestre foram suficientemente fortes para fazê-la esmorecer.
Os discípulos queriam ver-se livres daquela mulher importuna. Sua gritaria deixava-os irritados, a ponto de pedirem a Jesus que a mandasse embora. Não convinha que o pedido de uma mulher pagã fosse atendido por ele.
Jesus, por sua vez, também deu mostras de relutar em atendê-la, até o ponto de usar o termo - cães -, com que os judeus costumavam chamar os pagãos. Mas, afinal, dobrou-se diante de uma fé evidente, tendo realizado o desejo da mulher pagã.
Como Jesus, a comunidade cristã deveria deixar de ser inflexível em relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas da comunidade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito benevolente, ajuda-me a superar a rigidez e o fechamento em relação a quem está à margem da comunidade, reconhecendo que, também neles, existe fé.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “A Graça Poderosa atinge a todos...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Se nos lembrarmos da reflexão do evangelho de ontem, vamos compreender que a Graça de Deus é Soberana e autônoma, não estando atrelada a nenhum sistema institucionalizado, ou estruturas humanas que aprimorem a sua eficácia. A Graça operante e santificante é eficaz em si mesma cabendo ao homem apenas acolhê-la em sua vida e seu coração, nada mais.
Poderá o leitor questionar, com toda razão: “Então as instituições, inclusive a religiosa, não serve para nada, por causa da sua neutralidade na questão Salvívica?” As estruturas institucionais mostram o esforço do homem em buscar a Deus e a Graça que ele tem para nos oferecer, e como de fato nos oferece, através de Jesus Cristo. Nesse sentido a Igreja é o grande, único e verdadeiro Sacramento de Jesus Cristo para o mundo.
A mulher Cananéia percebeu isso, que a Salvação estava em Jesus Cristo, e por isso não deu a mínima para a Rigorosa Instituição judaizante e aproximou-se de Jesus, que aqui, falando sob o ponto de vista da instituição religiosa, vai lembrar a mulher que a Salvação é exclusiva de Israel, Nação Santa e Raça escolhida. E nesse sentido o seu Messianismo estava focado na nação de Israel, e jamais fora dela.
Mas a mulher não vê sob o olhar da instituição, ela crê na misericórdia Divina que tem algo precioso a oferecer a todas as pessoas, e não apenas aquelas que estão dentro de um sistema religioso. Então aquela mulher pagã ganhou definitivamente o coração de Jesus que percebe nela a grandeza de uma Fé, que não pauta pelos compromissos e obrigações decorrentes do legalismo Mosaico, mas que vislumbra a gratuidade do seu amor, capaz de salvar qualquer homem...
E Jesus inverte a ordem estabelecida, até agora Israel é a única referência e modelo de Povo Salvo, porque cumpre a Lei de Moisés, mas doravante o modelo e referência é aquela mulher Cananéia, que vislumbrou a Salvação enquanto dom gratuito, oferecida por Deus em Jesus Cristo, e por isso ali diante da comunidade dos discípulos Jesus a exalta, colocando-a acima de Israel, onde ele próprio ainda não tinha visto, até o momento, alguém com uma Fé assim.

2. GRANDE É TUA FÉ!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A fé da mulher pagã contrasta com a fé vacilante dos discípulos. A formação que receberam de Jesus não foi suficiente para ajudá-los a fazer frente às situações adversas. Fraquejaram! Em contraposição, ao missionar na terra dos fenícios, o Mestre deparou-se com uma mulher cuja fé deixou-o admirado.
Vendo Jesus passar, ela pôs-se a gritar, implorando pela filhinha atormentada por um demônio, confiante de que somente Jesus poderia vir em seu socorro. Chamou-o de Senhor, filho de Davi, servindo-se de uma linguagem própria de quem tem fé e conhece as esperanças do povo judeu.
A insistência da mulher pareceu não encontrar acolhida por parte de Jesus. Entabulou-se, então, um diálogo meio forçado. O Mestre declarou estar a serviço apenas do povo judeu. A mulher reforçou seu pedido. E foi repelida, com dureza, por Jesus o qual afirmou-lhe não ser sensato deixar de ajudar seu povo para preocupar-se com os pagãos. A mulher retrucou com um argumento que desarmou o Mestre: os pagãos têm direito de receber pelo menos as migalhinhas dos benefícios feitos aos judeus. Admirado diante de tamanha fé, Jesus atendeu o pedido da mulher, curando-lhe a filha.
Portanto, também entre os pagãos havia quem tivesse fé autêntica em Jesus.
Oração
Senhor Jesus, tira de mim todo preconceito que me impede de aceitar que muitas pessoas marginalizadas possam ter uma fé verdadeira em ti.
Fonte: NPD Brasil 08/08/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Grito de quem quer Liberdade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há um hino muito bonito sobre o Povo de Deus, onde uma das estrofes diz “Há um só grito, preso a garganta, não engoliu sua dor...” Quem grita quer ser ouvido, quem grita é porque está no fundo do poço, quem grita é porque ainda tem esperança. As vezes o grito do pobre desesperado vem na forma de um silêncio que denuncia, pois o grito as vezes é também silêncio.
O Grito de quem está sofrendo pode causar indiferença, mas pode também incomodar, os discípulos de Jesus já estavam incomodados com aquela mulher gritona, chegaram a pedir para que Jesus desse o jeito e a fizesse calar a boca. A mulher estava gritando para pessoas erradas, que aparentemente não poderiam e nem deveriam resolver o seu problema: libertar a Filha que estava sendo atormentada por um demônio. O Povo de Israel tinha uma história e uma tradição, o Messias libertador pertencia a essa tradição, surgido das promessas de Deus, a sua ação libertadora seria sempre a favor de Israel, buscar as ovelhas perdidas e reconduzi-las ao Rebanho.
Há muitos gritos ao nosso redor, gritos de protesto, grito que quer justiça, grito de revolta, grito que reivindica algum direito, grito que denuncia, são gritos que trazem em si mesmo uma certa legitimidade, o cristão não pode ser “Vaquinha de Presépio” que engole tudo e diz Amém a quem oprime ou comete injustiça, a quem viola os sagrados direitos da Vida.
Mas o grito dessa mulher é diferente de todos esses gritos, ela não grita a uma Instituição, mas grita a um Deus, por isso é um Grito de Fé!
A resposta inicial de Jesus tem um caráter institucional, de um Messianismo que pertencia primeiramente as tradições de Israel e isso é verdadeiro, Deus falou aos Judeus em primeiro lugar, o primeiro povo escolhido para sentir o amor de Deus e ser dele um sinal a toda a humanidade realmente foram os Judeus, esse privilégio ninguém nunca lhes conseguirá tirar. Entretanto, o grito dessa mulher vislumbra em Jesus algo que vai além da instituição, é um prenúncio da universalidade da Salvação, aquela mulher que pertencia a uma região pagã, superou as autoridades Religiosas e enxergou longe, por isso gritou, porque viu em Jesus a presença Divina, ele não era um enviado de Deus mas era o próprio Deus, por isso não estava fechado dentro de uma instituição religiosa ou da tradição restrita de um povo.
O seu diálogo com Jesus, apesar do tom da humildade, revela a ele uma Fé grandiosa, capaz de mudar o imutável. Essa mulher não é alguém que se contenta com migalhas, ao contrário, vindo de Jesus essas migalhas tornam-se grandes riquezas, e o Poder Libertador irá se manifestar. É uma belíssima profissão de Fé de alguém que crê que Deus ama a todos de maneira indistinta, e o seu amor cura e liberta qualquer um que Nele Crer.
Hoje em nossas comunidades devemos estar muito atentos aos gritos que se fazem ouvir entre lágrimas, há muitos Demônios atormentando a vida de uma infinidade de jovens, esse processo libertador só é possível quando sabemos acolher todos os que gritam, oferecendo-lhes solidariedade e um trabalho pastoral que os faça vislumbrarem libertação, como o diálogo de Jesus com a mulher.
A Comunidade deve sempre testemunhar um Deus que ama a todos, com um amor que supera as barreiras de qualquer preconceito , caso contrário, a exemplo dos discípulos, estaremos sempre procurando uma desculpa, as vezes de ordem religiosa, para as nossas eternas omissões diante dos que gritam...

2. Mulher, grande é tua fé!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Uma mulher cananeia correu atrás de Jesus e gritou: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim”. Jesus não respondeu, e a mulher insistiu: “Senhor, socorre-me”. Por fim, Jesus respondeu: “Mulher, grande é a tua fé. Seja feito como queres”. Não apenas seja feito o que queres, mas que “aconteça como queres”. Mais uma vez estamos diante da fé ativa na caridade. A mulher foi insistente e irritou os discípulos. Jesus mesmo não se mostrou disposto a atendê-la, seja para testá-la, seja por ter sido enviado ao povo de Israel. A mulher não era judia, mas era humilde e insistente. Não pedia para si, pedia por sua filha que ela via sofrer nas mãos de um demônio. “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim”. A mulher cananeia nos ensina a rezar com simplicidade e com profundidade. Eis uma prece a ser repetida muitas e muitas vezes ao longo do dia, até que fale apenas o coração.
Fonte: NPD Brasil 09/08/2017

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos ter uma fé insistente

Postado por: homilia
agosto 8th, 2012

Depois de Jesus ter espalhado, pela Galileia, junto dos Seus apóstolos, a chegada do Reino dos Céus, decide-se a ir para terra estrangeira, para a região de Tiro e Sidon, ao norte da Galileia, no atual Líbano, uma terra estrangeira, onde a maior parte das pessoas eram não-judias, ao contrário da Galileia, onde quase todos eram judeus.
Uma delas era esta mulher que foi ter com Jesus. Sem nome, o evangelista Marcos a chama de “siro-fenícia”. Mateus diz que ela é “cananeia”. Os dois títulos têm o mesmo significado: trata-se de uma mulher estrangeira.
Ela tinha uma filha endemoniada. A mãe não sabia mais o que fazer para livrar a pobre coitada daquele sofrimento. O demônio não deixava a menina em paz em nenhum momento. A mãe da menina aproveitou que Jesus estava por ali, chegou e gritou: “Jesus, tenha pena de mim! Minha filha está horrivelmente dominada por um demônio!”
Ela conhecia Jesus de nome, sabia que Ele era muito bom e tinha poder para mandar embora os demônios. A princípio, Jesus não falou nem fez nada. Também não parou de andar para dar atenção à mulher. Mas ela foi atrás d’Ele gritando: “Jesus, tenha pena de mim!”. Os amigos de Jesus entenderam o sofrimento dela e pediram para que o Senhor a mandasse embora. Jesus não a mandou embora, mas fingiu que não iria atender o seu pedido. Para provar a fé daquela mulher, Ele disse que curava gente de seu país, e não gente de outro país.
A mulher, movida de uma fé que ultrapassa a dos discípulos, grita a Jesus: “Tem compaixão de mim, Senhor, filho de Davi! Minha filha tem uma doença maligna”. Jesus não responde. Os discípulos, incomodados, dizem-Lhe: “Manda-a embora, pois vem gritando atrás de nós”.
Ela, porém, jogou-se aos pés de Jesus: “Senhor, ajuda-me!”. Ele insiste em não querer se envolver no caso de uma estrangeira: “Não está certo tirar o pão dos filhos, para jogá-lo aos cachorrinhos”. Ela, porém, apesar de reconhecer que não tem esse direito, insiste na sua humilde “súplica”: “É verdade, Senhor, mas também os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”. Então, Jesus respondeu: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres”. E, a partir daquela hora, a filha da cananeia ficou curada.
A mulher cananeia é um modelo de súplica humilde, como o centurião de Cafarnaum (cf. Mt 8,5-13), e perseverante como o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46-52). O centro do episódio é Jesus. Ele aparece livre, sereno, firme. No mesmo capítulo 15 de Mateus, Jesus se distancia das tradições dos escribas e fariseus. No episódio da cananeia, Ele é pressionado pelos próprios discípulos para que despeça a mulher importuna. Mas o Senhor se deixa vencer pela súplica de uma mãe angustiada. Não são os gritos da cananeia que O comovem, mas a perseverança da sua fé. Por ser pagã, ela não teria direito, mas a sua filha foi curada por pura graça. Jesus realiza um gesto soberano e profético, que anuncia o acesso dos pagãos (chamados de “cães” pelos judeus) à salvação.
A insistência e ousadia da mulher cananeia fez com que Jesus atendesse seu pedido. Com isso, provou para todos que, em Deus, não há diferença entre cultura, cor, raça, credo ou região.
Uma grande lição para levarmos em nossas vidas é que precisamos ter uma fé teimosa, insistente, “chata”, daquelas que chega a incomodar, que não desanima nunca, que não se frustra. Pois assim, quando Deus provar a nossa fé, conseguiremos manter-nos firmes e fiéis. A perseverança da fé dessa mulher deve nortear também a sua. Insista que Jesus vai lhe atender. A promessa é mesmo d’Ele: “Batei, e a porta se vos abrirá, buscai e achareis”.Exercite sua fé na oração, na reflexão da Palavra e no testemunho de vida.
Senhor, que eu seja mais sensível ao sofrimento dos pobres desta terra do que aos “direitos adquiridos” dos sábios e entendidos! Que nas horas em que o Senhor parece não responder à minha súplica, eu persevere, confiando na Sua misericórdia.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 08/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

A graça de Deus está sempre disponível a todos

A graça de Deus está sempre disponível a todos. O Senhor não faz jogo nem faz negócio. Ele concede a Sua graça a todos; até quem não crê n’Ele recebe bênçãos abundantes!
“A mulher insistiu: ‘É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!’” (Mateus 15, 27).
Jesus hoje é desafiado. Veja que coisa maravilhosa: por mais espantoso que este Evangelho possa parecer, ele é, na verdade, uma grande prova do amor universal que Deus tem por todos nós. Essa mulher cananeia vai pedir por sua filha cruelmente atormentada por um demônio e ouve uma resposta surpreendente de Jesus ao afirmar que Ele está ali para primeiro cuidar do Seu povo, o povo judeu (cf. Mt 15, 24). E quando essa mulher insiste em que precisa que realmente o Senhor faça algo por sua filha, Jesus lhe diz um provérbio popular: “Mulher, eu não posso tirar o pão da mesa para dar aos cachorrinhos” (Mt 15, 26).
Os “cachorrinhos” ou “cães” era a forma como os judeus tratavam aqueles que não estavam, não eram ou não faziam parte do povo eleito e também a forma como se dirigiam e se referiam aos pagãos. Ela não era judia, mas sim uma siro-fenícia, mas acreditava e sabia que Jesus podia fazer algo por ela, por isso clama. Diante da resposta de Jesus ela dá uma resposta surpreendente e bem mais contundente do que a do próprio Senhor: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” (Mateus 15, 26). Por isso ela suplica que tem direito às migalhas (cf. Mt 15, 27). E Jesus apenas diz: “Mulher, grande é a tua fé. Como queres, te sejas feito!” (Mateus 15, 28).
Sabem, meus irmãos, muitas vezes, achamos que a misericórdia de Deus é reservada apenas às pessoas dignas, então dizemos: “Seja fiel, porque Deus vai lhe conceder [determinada graça]!”. Deus não faz jogo nem faz negócio; Ele concede a Sua graça a todos. Até quem não crê n’Ele recebe bênçãos abundantes. Basta ver que o sol nasce para todos. Basta ver que a chuva vem para todos e que o mundo foi feito para todos e não somente para aqueles que creem em Deus.
Por essa razão, mesmo que eu e você estejamos em pecado e não sejamos dignos desta ou daquela graça de Deus, nós temos direito às “migalhas” (cf. Mt 15, 27). Todos temos direito às “migalhas”, por isso não podemos negar a graça de Deus a ninguém, não podemos fazer distinção entre pessoas, nem podemos dizer que tais pessoas não são dignas.
Cada um dá conta de si diante de Deus, mas a graça de Deus não pode ser negada a ninguém. Por isso independentemente da sua situação e do que você está vivendo, sofrendo e pelo qual está passando na sua vida, Deus está com você e você tem o direito de estar com Ele, mesmo que o seu pecado pareça o maior do mundo ou a sua condição o torne uma pessoa muito indigna, a graça de Deus está com você. Basta que você tenha fé, que você acredite e que, com o coração sincero e verdadeiro, busque a Deus, porque Ele estará com você!
Não neguemos, meus irmãos, nem afastemos a graça de Deus de ninguém! O vento da graça sopra onde quer e chega onde Deus quiser, não somos nós quem determinamos onde a graça de Deus deve ou não agir. A graça de Deus vai agir onde o Senhor quiser. E aqueles que tiverem fé e O buscarem de coração sincero serão saciados, alimentados e cuidados!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/08/2015

Oração Final
Pai Santo, mantém abertas as portas do nosso coração e da tua Igreja para acolher a todos os companheiros de caminhada, sem quaisquer discriminações ou privilégios, na consciência de que sendo todos teus filhos, somos irmãos no Cristo Jesus, teu Filho que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2012

Oração Final
Pai Santo, faze de nós uma Igreja aberta e acolhedora para os irmãos que andam ao nosso lado na viagem de volta ao Lar Paterno. Que nosso exemplo de amizade não se feche na Comunidade, mas seja extensivo a todos os peregrinos, especialmente os mais carentes. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/08/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, é tão fácil conviver com os iguais… Mas para seguir o Mestre, precisamos ser misericordiosos, compassivos e acolhedores para com os diferentes e mesmo para com aqueles que nos querem mal. Dá-nos sabedoria e força, Pai Amado! Nós Te pedimos pelo mesmo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/08/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, mantém abertas as portas do nosso coração e da tua Igreja para acolher a todos os companheiros de caminhada, sem quaisquer discriminações ou privilégios, na plena consciência de que, sendo todos teus filhos, somos irmãos no Cristo Jesus, teu Ungido que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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