sexta-feira, 10 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/08/2018

ANO B


Mt 17,14-20

Comentário do Evangelho

A pouca fé dos discípulos

Mateus resume aqui a narrativa bem mais detalhada de Marcos (cf. 20 fev.), tendo a questão da fé como tema central.
Pedro, André e Tiago, com Jesus, descem a montanha após o episódio da transfiguração.
Encontram a multidão, com os demais discípulos que não conseguiram curar um menino com o demônio da epilepsia. A reprimenda "geração... perversa", frequente em Mateus, é uma alusão àqueles que, sob a doutrina das sinagogas, só são sensíveis a atos de poder, não reconhecendo a força do amor e da fé.
Os discípulos, na fraqueza de sua fé, influenciados por aquela doutrina, ainda não percebem que no "Filho amado", Jesus, que deve ser escutado, encontra-se a revelação plena de Deus. Porém a fé, mesmo que incipiente, pode mover os discípulos àquilo que parece impossível, a instauração do Reino de Deus na terra.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino.
Fonte: Paulinas em 11/08/2012

Vivendo a Palavra

A fé é um dom que nos é dado pelo Pai, mas como uma semente que precisa ser acolhida, cuidada e cultivada com dedicado carinho e interesse especial. É o fundamento da nossa vida em Espírito e fonte de toda Esperança e do Amor que devemos ao Criador, a todas as criaturas e a nós mesmos.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

A fé é um dom que nos é oferecido pelo Pai, mas como uma semente que precisa ser acolhida, cuidada e cultivada com dedicação, carinho e interesse especial. É o fundamento da nossa vida em Espírito, razão de toda Esperança e fonte do Amor que devemos ao Criador, a todas as criaturas e a nós mesmos.

Reflexão

A fé abre todas as portas para a pessoa humana e lhe possibilita a superação de todos os problemas e dificuldades, mas a fé não é mágica ou bruxaria que, através de rituais, possibilita a todas as pessoas que os utilizem a manipulação de Deus ou da natureza. A força da fé está na parceria com Deus e na adesão ao seu plano de amor. Quando nós fazemos isso, o sucesso das nossas atividades não está nas atividades em si, mas no próprio Deus que, conosco, realiza as suas obras. Logo, o poder da fé está na adesão e não no rito e a fé verdadeira é, antes de tudo, compromisso com Deus.
Fonte: CNBB em 11/08/2012

Reflexão

Diante da incapacidade dos discípulos de curar o epilético, Jesus parece dar mostras de cansaço: “Até quando irei suportá-los?”. E recrimina seus discípulos “por causa de sua fraqueza na fé”. Aquela geração, sobretudo os discípulos, se contentavam em ganhar benefícios (partilha do alimento para a multidão) e maravilhar-se com os milagres operados por Jesus. Não basta. Jesus espera que o povo o reconheça como o Filho de Deus e assuma seu projeto de vida e libertação. Os discípulos têm necessidade de reforçar a fé para enfrentar as tribulações próprias do seguimento a Jesus. Estamos talvez no mesmo nível dos discípulos: somos uma geração sem fé autêntica. Não agimos em nome de Jesus. Então, os milagres não se dão ou acontecem raramente.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

SEM FÉ, NADA É POSSÍVEL

A incapacidade dos discípulos de curar o menino epiléptico evidenciou o fato grave da pequenez de sua fé. Foi Jesus mesmo quem o disse, ao ser interrogado por eles sobre o motivo de terem sido incapazes de realizar o desejo daquele pai aflito.
Sem dúvida, os discípulos, no exercício da missão, experimentaram sua impotência diante de determinadas situações. Aparentemente, estavam fazendo tudo como o Mestre lhes tinha ensinado. Nada de anormal parecia estar ocorrendo com eles. Contudo, não conseguiam dar conta da tarefa de que foram incumbidos. Por quê? Porque faltou-lhes fé suficiente e confiança verdadeira em Jesus. A única solução consistia em converte-se, sinceramente, para o Senhor. Bastaria uma fé pequena como um grão de mostarda, para serem capazes de realizar portentos, até mesmo seriam capazes de transportar montanhas! "Transportar montanhas", no linguajar da época, referia-se a algo impossível de ser realizado pelo ser humano. Mas, até coisas humanamente impossíveis, tornam-se possíveis pelo poder da fé.
A eficiência da missão do discípulo depende, pois, de sua fé.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de fé absoluta no Senhor, robustece a pequenez de minha fé, de maneira que eu possa ser eficiente no exercício da missão a mim confiada.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1.“A Fé é essencialmente transformadora...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quantas vezes choramingamos diante de certas situações dentro da comunidade, que não conseguimos transformar, de quadros repetitivos, de pessoas que nunca mudam, de atitudes e testemunhos que vão contra o próprio evangelho. Às vezes até achamos que se tivéssemos algum poder dentro da instituição da igreja, resolveríamos a coisa do nosso jeito. É comum certas queixas “Ah se eu fosse o coordenador, ou o Padre dessa paróquia...”.
Não é o poder ditatorial que muda as pessoas e as situações, mas a Fé em Jesus Cristo, o agir em seu nome, o agir com Cristo, isso é, do mesmo modo, da mesma maneira que ele. Nesse sentido a Fé comprometida com a comunhão, é realmente poderosa e capaz de transformar qualquer situação adversa.
Não se sabe que tática ou estratégia os discípulos tentaram usar para curar o moço Lunático, mas o que se sabe é que a estratégia não funcionou e podemos supor que, possivelmente, eles tentaram a seu jeito, a seu modo, e em si mesmo não tinham, e nem nós temos, força suficiente para mudar as coisas e derrotar o Mal que oprime e escraviza as pessoas.
Mas essa experiência de uma Fé com tal poder de transformação, deve iniciar-se em nós mesmos, mudando quem sabe, certos sentimentos estranhos ao Cristianismo, que insistem em se fazer presentes em nosso coração, pensamentos de grandeza, de dominação, ressentimentos e mágoas, espírito de grandeza que nos leva a concorrer com o outro. Primeiro é preciso consertar a casa, para depois experimentarmos esse potencial de uma Fé transformadora nas situações que nos rodeiam no dia a dia, ou nos acontecimentos da comunidade.
Mudar a situação não é TER FÉ QUE VAI DAR CERTO., mas é FAZER A COISA CERTA, sempre ao modo de Jesus, é a Fé que nos compromete e que nos envolve com todas as pessoas e situações de nossa vida, sem esquivarmo-nos ou nos omitir.
A Fé como um grão de mostarda, que Jesus nos apresenta na exortação final deste evangelho, é semente pequenina, com potencialidade de crescer de tal modo que possamos transportar montanhas e remover quaisquer obstáculos que impeçam o coração humano de viver a comunhão com Deus, na relação com os irmãos, expulsando para longe os demônios que insistem em permanecer no coração dos homens, dividindo e separando, deturpando as relações fraternas.

2. NADA É IMPOSSÍVEL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os discípulos viram-se em situações idênticas às de Jesus e foram solicitados a fazer milagres como ele. A missão dos discípulos correspondia àquela do Mestre e devia ser realizada, tomando-o como modelo. Contudo, nem sempre eles foram capazes de realizar, a contento, a tarefa recebida. E Jesus explicou-lhes o porquê não eram eficientes.
A ocasião surgiu quando alguém trouxe o filho para ser livre de uma terrível possessão demoníaca. Os discípulos não foram capazes de expulsar o demônio. Assim, o pai teve de recorrer diretamente a Jesus, que realizou o milagre desejado.
Quando se viram a sós com o Mestre, os discípulos perguntaram-lhe por que foram impotentes para expulsar o demônio. Ao que Jesus respondeu sem rodeios: porque vocês têm uma fé demasiado pequena. O que teria acontecido com os discípulos? Talvez não estivessem muito convencidos do que eram capazes, ou desconfiassem do próprio poder, ao se encontrarem diante de situações concretas. Ou, ainda, porque sua adesão ao Senhor não era consistente. Também poderia ser que o confronto com os poderes malignos do anti-Reino os intimidasse. Em todo caso, a mesquinhez de sua fé os bloqueava. Não poderiam dar continuidade à missão, sem possuir uma fé sólida. Com ela, tudo lhes seria possível, até mesmo o que, numa visão puramente humana, lhes pudesse parecer impossível, uma vez que tinham sido enviados a realizar grandes coisas.
Oração
Senhor Jesus, reforça minha fé para que, no cumprimento da missão, eu seja capaz de fazer o que aos olhos humanos parece impossível.
Fonte: NPD Brasil em 11/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Como eu vivo a minha fé?

Postado por: homilia
agosto 11th, 2012

Hoje a liturgia celebra a memória de Santa Clara de Assis, que admirada com ideal de pobreza e vivência doEvangelho seguiu Francisco e fundou as Clarissas, ramo feminino dos Franciscanos. Quando a Igreja celebraa memória de um santo ela quer celebrar, na verdade, a Páscoa de Jesus na vida daquela pessoa, que demaneira heróica em sua vida viveu a intimidade com Deus, o serviço aos irmãos e buscou se assemelhar aCristo, o Salvador. Com isso, se torna modelo e intercessora para nós na pátria celeste.
O Evangelho de hoje nos apresenta um drama familiar: um pai que recorre a Jesus para sanar, libertar o malque afligia o seu filho. Sua prece? “Kyrie eleison!”, que quer dizer: “Senhor tende piedade deste meu filhoe põe fim a essa situação desoladora”.
Fica clara nesta passagem que o milagre não aconteceu por falta de fé dos discípulos de Jesus. Milagre é ajunção da nossa fé e atitude com a graça e o amor de Deus, que faz acontecer o milagre. O Senhor disse,certa vez aos Seus discípulos, que se eles tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda eles fariamgrandes coisas – até mover montanhas! “Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de umasemente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível” (cf.Mt 17,20).
Aqui não se trata somente de “pouca” fé no sentido de quantidade, de força, mas da qualidade da fé. Uma féautêntica, pura, verdadeira n’Aquele que poderia libertar e curar aquele jovem.
Na Palavra de Deus diz que até o demônio tem fé e treme diante de Deus, mas não é uma fé que professa,que declara o Senhorio de Jesus, que determina minha vida, atitudes, escolhas. Por isso, não encontrandofirmeza na fé dos discípulos, o mal não abandonou aquele rapaz. Muitas vezes ainda temos uma fésupersticiosa ou uma fé “mágica”, que acha que basta pedir e esperar como um passe de mágica,automático, que sempre está ao nosso dispor.
Pior ainda quando acendemos uma vela para Deus e outra para o diabo, desculpe falar assim, uma fédividida. Vai à Santa Missa mas, depois, dá uma “passadinha” no centro espírita, na benzedeira ou no “pai desanto”. Muitos de nós, cristãos, não acreditamos que o Demônio exista. Mas para nós, católicos, pelaRevelação na Palavra de Deus, pela Tradição e pelo Magistério da Igreja é fato que existe o Demônio, o Diabo,o inimigo de Deus e dos homens. Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica:
§ 392 A Escritura fala de um pecado desses anjos. Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritoscriados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião naspalavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses” (Gn 3,5). O Diabo é “pecadordesde o princípio” (1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44).
§ 414 Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livrementea servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revoltacontra Deus.
Contudo, o Evangelho fala do poder da fé verdadeira e autêntica para a qual nada é impossível. Nem o podere a influência do mal. Em primeiro lugar, fé é um dom de Deus. E, em segundo lugar, abertura e adesão dohomem a Deus: A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. “Para que se presteesta fé, exigem-se a graça prévia adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo, que move ocoração e o converte a Deus, abre os olhos da mente e dá a todos suavidade no consentir e crer naverdade” (cf. Gl 1,15-16; Mt 11,25). Catecismo da Igreja Católica, 153.
Portanto, a fé é dom e tarefa. Precisamos nos abrir a graça de Deus e, crendo, fazer acontecer a nossa fé.Caminhar, crescer no exercício da fé através da vida de oração e intimidade com o Senhor e doconhecimento da Palavra de Deus e depositá-la no “banco” que a faz render que é a caridade e o serviço.
Diga-me como anda o seu relacionamento com Deus – e com os irmãos – e eu lhe direi como é a sua fé.
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 11/08/2012

Oração Final
Pai Santo, transforma em fé verdadeira a minha vontade de crer, para que eu possa oferecê-la a Ti em sinal de minha gratidão. Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé e ajuda-me a ser para meus companheiros de caminhada sinal do teu Amor e fonte de esperança. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/08/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, transforma em fé verdadeira a minha vontade de crer, para que eu possa oferecer-me inteiramente a Ti, em sinal de minha gratidão. Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé e me ajuda a ser para meus companheiros de caminhada sinal do teu Amor e fonte de Esperança. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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