quinta-feira, 17 de maio de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/05/2018

ANO B


Jo 17, 20-26

Comentário do Evangelho

A fé é essencialmente testemunho

A oração sacerdotal de Jesus, em que ele confia os discípulos aos cuidados de Deus, se abre para o futuro: “Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles” (v. 20).
Há neste versículo uma afirmação acerca da missão dos discípulos. A fé dos outros depende do testemunho, da palavra dos discípulos. A fé é essencialmente testemunho. A unidade é parte essencial do testemunho: “Que eles estejam em nós…” (v. 21); “... que eles sejam um, como nós somos um…” (v. 22). A comunhão dos discípulos, como a do Pai e do Filho, e a comunhão fraterna oferecem às gerações futuras a possibilidade de conhecer, isto é, de fazer a experiência de que Jesus é o enviado do Pai.
O mundo não conheceu Deus; o fechamento e a resistência impedem de fazer a experiência de Deus, penetrar no seu mistério. O Filho que está voltado totalmente para o Pai (Jo 1,1) é que conhece o Pai, de tal modo que, quem o vê, vê o Pai (cf. Jo 14,9). Assim, pelo Filho o Pai se tornou conhecido dos discípulos: “Eu lhes fiz conhecer o teu nome…” (v. 26).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de comunhão, não permitas que se rompam os laços que me ligam a todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade proclamada por Jesus.
Fonte: Paulinas em 16/05/2013

Vivendo a Palavra

O Cristo se faz o sacerdote da unidade – não só dos discípulos que o ouviam, mas dos que seriam conduzidos por eles. A unidade dos cristãos é o sinal que o mundo precisa para acreditar no Amor do Pai que o Filho trouxe e o Espírito Santo comunica. Este é o testemunho que damos aos nossos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em16/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

Mesmo diante da dolorosa perspectiva do martírio próximo, o Mestre se lembra de nós, que somos “aqueles que Nele acreditam”, por causa das palavras dos que estavam ali e O escutavam. E pede ao Pai, mais uma vez, que todos nós, os seus seguidores, sejamos unidos, assim como Ele, o Filho, é Um com o Pai Misericordioso. A Unidade no Amor é a grande missão da Igreja!

Reflexão

Jesus nos pede para viver a unidade de tal modo que possamos testemunhar a unidade da Trindade. Esta vivência da unidade não significa uma uniformidade, mas que todos vivamos de acordo com as nossas condições e de diferentes formas os mesmos valores. Assim, encontramos na Igreja diferentes formas de espiritualidade e de ação evangelizadora totalmente diferentes entre si, mas essas diferenças não ferem a unidade dos cristãos porque são formas diferentes e não essências, são formas diferentes de viver a mesma fé e participar no mesmo projeto anunciado por Jesus.
Fonte: CNBB em 16/05/2013

Recadinho

Você testemunha a unidade, vivendo em união em sua família? - Você se lembra de agradecer a Deus esta sublime graça de poder viver em união com ele? - Você pode dizer que seus atos são sempre de um filho de Deus? - Em suas orações, você faz distinção de pessoas? Reza só pelos amigos, por aqueles que lhe querem bem? - Reze, de um modo especial hoje, pela união dos cristãos e de sua família.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 05/06/2014

Reflexão

Jesus conclui sua oração de despedida, usando o apelativo “Pai justo”. Reza por nós. Sua prece atravessa os séculos e atinge as pessoas de todos os tempos. O pedido recai sobre a unidade dos seus seguidores: “Para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti”. Esta união entre Jesus e o Pai é um dos ensinamentos e testemunhos que os discípulos deverão oferecer ao mundo. É importante que todos conheçam esse movimento da Trindade em benefício da humanidade: o Pai ama o Filho e o envia ao mundo; o Filho ama o Pai e lhe é fiel em tudo e, ao encerrar sua missão terrena, Jesus envia o Espírito Santo. A unidade será um sinal para que o mundo creia em Jesus como o enviado de Deus. Ainda estamos longe desse ideal!
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

PERFEITOS NA UNIDADE

A unidade foi o tema polarizador da pregação de Jesus, na etapa final do seu ministério. Esta preocupação é facilmente compreensível. Ele conhecia bem o coração humano, e sua tendência para a divisão, os conflitos, e a visão distorcida da realidade. Sintoma do pecado, a ausência de comunhão coloca-se no extremo oposto do ideal de Jesus. Foi este o alvo de sua ação redentora: arrancar o ser humano do egoísmo, que perverte o coração e o afasta de Deus e do próximo, levando a converter-se à unidade.
O modelo de unidade vislumbrado por Jesus é a comunhão trinitária. Portanto, ao apelar para a unidade, sua intenção foi levar os seres humanos a viver de modo semelhante, como vivem o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o mesmo projeto, fundado na comunhão, que Jesus propõe para a humanidade, a começar pelo grupo restrito dos discípulos.
Para Jesus, a comunhão dos discípulos reforçaria a credibilidade de sua condição de enviado. Se implantou uma forma de amor-comunhão, diferente das até então conhecidas, é porque ele, de alguma forma, a tinha previamente experimentado na comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Esta experiência prévia, no seio da Trindade, possibilitou a Jesus mostrar aos seres humanos o que seria melhor para eles. Sem amor-comunhão, só existe frustração. Não existe salvação possível.
É próprio do discípulo cultivar o ideal de ser perfeito na unidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de comunhão não permitas que se rompam os laços que me ligam a todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade proclamada por Jesus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Pai, que todos sejam um...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nosso diálogo com o Catequista São João tem nos ajudado bastante na compreensão do evangelho nesta semana que antecede Pentecostes e que se denomina Semana da Unidade dos Cristãos, então, vamos dar continuidade a esse trabalho onde o mais importante é situarmos o evangelho em nossa vida, principalmente na comunidade onde vivemos e celebramos a nossa Fé, envolvidos sempre pelo Mistério de Cristo e da Igreja.
Catequista João __Muito bem, nem seriam necessárias perguntas, a linha de raciocínio é essa mesma, os Cristãos vivem em comunidade, e aí está o maior de todos os desafios, como viver a unidade na diversidade.
___ Pois é... Se olharmos de dentro para fora, vamos ver que esse "Sonho da Unidade de todos os cristãos está muito longe de ser realizado", o Ecumenismo ainda engatinha e na maioria das nossas comunidades essa palavra é estranha e até assusta os mais conservadores... Concorda Catequista João?
Catequista João ___Sim, mas lembre-se de que a questão do ecumenismo só começou a ser levantada muito recentemente, quando Jesus fez essa oração pela Unidade, não havia divisões no Cristianismo. Não podemos só olhar por esse lado, embora a afirmativa caia como uma luva para incentivar os cristãos de hoje a buscarem a unidade.
___ Puxa não tinha pensado nisso... Naquele tempo os Cristãos estavam todos de um lado só, tocavam a todos o mesmo apito, como se diz na gíria. Então porque Jesus disse isso? Se ele estava pedindo pela unidade, é porque havia alguma divisão, talvez no final do primeiro século, nas comunidades cristãs, quando havia muitas heresias...
Catequista João __ Vamos olhar o começo do evangelho... "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim... Para quer todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós, e o mundo creia que tu me enviastes..."
__ Olha catequista João, longe de mim debater com o Senhor, mas Jesus está preocupado com a unidade...
Catequista João__ Sem dúvida, realmente o evangelho fala da Unidade, mas que deve acontecer em torno da única Palavra, a que Jesus transmitiu aos discípulos, e as que os apóstolos transmitiram á geração seguinte, e esta para a outra, sucessivamente, até chegar o tempo que vocês estão vivendo no terceiro milênio da história.
____Opa, agora começou a clarear, mas espere um pouco Catequista João, O Cisma do Oriente e depois no século XVII a Reforma Protestante, quebrou a unidade, será que Jesus não rezou direito?
Catequista João__ (sorrindo) Como você é espirituoso... A oração de Jesus é perfeita e Deus o atendeu sim. Veja uma coisa, no tempo de Jesus só ele falava e os discípulos ouviam, depois ele delegou essa missão do anúncio aos apóstolos, estes delegaram a outros e assim sucessivamente, como já vimos. O evangelho chegou incólume até vocês no ano de 2012, independente das divisões entre os cristãos, e das traduções diferentes da Bíblia, aquilo que é essencial no evangelho, perpassou três milênios sem que ninguém, alterasse o seu conteúdo. Essa é a verdadeira unidade desejada por Deus e pedida por Jesus.
____Então quando vivemos a Santa Palavra estamos vivendo a unidade junto com Jesus e Deus Pai, na UNIDADE do Espírito Santo... Como naquele dia em Pentecostes, em que todos ouviam e entendiam, embora fossem de nacionalidades diferentes...
Catequista João__ Muito bem, mas esse assunto fica para domingo de Pentecostes que está aí na porta da nossa liturgia. Um cristão que vive na perfeita unidade é aquele que guarda a Palavra de Deus de maneira integral em seu coração e a vive, também de maneira íntegra.

2. Pai, estás em mim, e eu em ti
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus rezou pelos discípulos de seu tempo e por nós. Ele rezou por aqueles que no futuro iriam acreditar na palavra anunciada pelos sucessores dos apóstolos e dos primeiros discípulos e discípulas. Jesus deseja que todos sejam um, e assim o mundo conheça que ele foi enviado pelo Pai, que o Pai ama o Filho e ama todos os que o seguem. Ele quer que seus seguidores estejam onde ele está. Este desejo já foi manifestado. Os discípulos devem prestar atenção em Jesus, nas pessoas e nos lugares que ele frequenta, e devem procurar estar onde ele esteve quando viveu neste mundo. Na oração de hoje, Jesus está falando da sua glória. Fala, portanto, do céu, da eternidade, e diz: “Aqueles que me deste, quero que, onde eu estou, também eles estejam comigo, para que contemplem minha glória”. Estar onde Jesus esteve nesta terra, não no sentido geográfico, mas no sentido ambiental, e estar já com ele no céu, é o nosso desejo.

HOMILIA

Que todos sejam um

Estamos diante da continuação do discurso da ceia e Jesus intercedendo por todos! Tanto os discípulos quanto aqueles que mais tarde acreditariam na sua mensagem.
Num mundo onde pessoas se afundam na lama do vício e pecado, no desespero e tentando levantar a mão pedindo socorro, mas ainda são empurradas para o precipício, angustiadas; Onde esposos se agridem, caminhando para a separação e divórcio; pais a serem maltratados por seus filhos; filhos a serem torturados até à morte por seus próprios pais que tristeza!
Onde a unidade desejada por Jesus e o Pai ( E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam unidos a nós) é ferida pelo maior escândalo no mundo, que consiste na divisão entre pobres e ricos.
Os ricos apropriam-se dos meios que sustentam a vida e relegam os pobres à privação e à morte; os países ricos e os empobrecidos cada vez mais distantes uns dos outros; Grandes barreiras e murros são construídos excluindo e eliminando os povos empobrecidos, que dizer? Estamos diante de uma terrível violência, vingança e ódio no mundo em que vivemos!
Mas graças a Deus este não é o nosso fim! Pois, Aquele que desde o começo pensou em nós está atento a tudo e Ele mesmo decidiu vir até nós para nos consagrar na unidade. Embora vivendo ainda no mundo, Jesus atrai-nos para as realidades do céu (Pai, quero que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina). Ele reza por nós a Deus seu Pai e por isso também nosso Pai, para que Ele nos guarde na unidade e uma vez assim guardado sejamos um no amor, o que significa unidade no gozo da vida de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Pai, fazei-me continuador da missão de Jesus, que consiste em manter a unidade da Tua Igreja, para que embora vivendo ainda no mundo possamos saborear já aqui na terra aquilo que seremos lá no céu.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Liturgia da Palavra em 05/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

A divisão entre os cristãos é um escândalo para o mundo!

Cristo não está dividido, quem está dividido é o Corpo de Cristo, os seguidores de Cristo, as denominações que se dizem cristãs. É um escândalo para o mundo a divisão entre os cristãos!
“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17, 20-21).
Nós continuamos a refletir sobre a oração sacerdotal de Jesus, de modo muito singular sobre essa súplica que Ele dirige ao Pai na intenção de todos aqueles que vão acreditar no Seu nome; daqueles que levarão a vida em nome d’Ele. Cristo suplica ao coração do Pai pela união, pela unidade, para que todos caminhem unidos na crença, na convicção, na fé no Deus único e verdadeiro e no Seu enviado Jesus Cristo, o Nosso Salvador!
Sabem, meus irmãos, é um escândalo para o mundo a divisão entre os cristãos. Você sabe que uma casa dividida é uma casa em ruínas! Nós estamos na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, neste ano as Igrejas cristãs estão suplicando a graça de que cada vez mais se construam pontes para que o diálogo e para que a unidade aconteça no meio daqueles que creem em Cristo.
A pergunta e a reflexão que se faz neste ano é: “Cristo está dividido?” Não, Cristo não está dividido, quem está dividido é o Corpo de Cristo, os seguidores de Cristo, as denominações que se dizem cristãs – os cristãos estão divididos! Mas Cristo é uno com o Pai e com o Espírito Santo, e se nós quisermos, de fato, estar unidos a Cristo, cabeça da Igreja, unidos a Ele, nós, que somos o Seu Corpo, precisamos dar o melhor de nós para que se estabeleça a unidade entre os cristãos.
Unidade não quer dizer uniformidade às diferenças históricas, às vezes, até doutrinárias e dogmáticas que se estabeleceram e que devem continuar entre nós cristãos. Mas o que não podemos é continuar escandalizando o mundo! Cristãos que não se falam, não se cumprimentam, não se conhecem, não rezam juntos, não se respeitam; Igrejas que atacam Igrejas; cristãos que falam mal uns dos outros. Cristãos que não são capazes de estender a mão para o outro porque este pertence a uma denominação diferente ou um grupo diferente. Pode ser que eles não preguem no mesmo grupo que nós nem da mesma forma, mas eles pregam o Cristo.
Por mais que as divergências históricas sejam inúmeras, nós não podemos esquecer que estamos a serviço de Cristo, cabeça da Igreja. Que possamos unir as nossas preces às preces de Jesus pela unidade para que cada vez mais se construam pontes a fim de unir os que creem no mesmo Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/06/2014

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a força da unidade. Ajuda-nos, Pai amado, a vencer o egoísmo, superar o orgulho e o individualismo para construirmos uma comunidade fraterna, como foi vivida e desejada pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em BH em 16/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abre os nossos corações e nos ensina a amar, para acolhermos o Cristo que nos enviaste, feito carne em Jesus de Nazaré e, com Ele, todos os irmãos na humanidade que Ele libertou. Assim, vivendo a fraternidade, possamos agradecer-Te e glorificar-Te pelos séculos sem fim. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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