sexta-feira, 2 de março de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/03/2018

ANO B


Lc 15,1-3.11-32

Comentário do Evangelho

Deus é rico em amor.

Não é a primeira vez que o autor do evangelho observa que os fariseus e os escribas murmuram contra Jesus (cf. Lc 5,30). A razão é a mesma, a saber, a boa acolhida que Jesus dá aos pecadores. Depois, dos vv. 1-3 que dão o contexto e a motivação, Jesus conta uma série de três parábolas de misericórdia. O tema da alegria no céu pela conversão de um único pecador está presente nas três parábolas (vv. 7.10.23-24.31-32). A terra deve imitar o céu: se há alegria no céu pela conversão de um único pecador, deve haver também na terra. Na terceira parábola, a do “Pai misericordioso”, a alegria do Pai contrasta com a atitude de raiva e murmuração do filho mais velho. Tem-se a impressão de que a parábola identifica a atitude dos fariseus e dos escribas com a atitude do filho mais velho. A acolhida ao filho mais novo não é aceitação do que ele fez; é perdão e oferta de uma nova vida. As parábolas são resposta de Jesus à murmuração dos seus opositores. Mas do leitor do evangelho é exigido imitar a atitude do Pai que procura incansavelmente quem está perdido e acolhe no seu amor quem se desgarrou e foi encontrado. Deus é rico em amor, amemo-nos uns aos outros como o Senhor nos amou.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me no caminho da vida, banindo todo egoísmo que me afasta de ti, e não permitindo que eu jamais duvide de teu amor.
Fonte: Paulinas em 22/03/2014

Vivendo a Palavra

O Pai é visto de maneiras diferentes pelos dois filhos: o mais velho, exige que Ele recompense sua fidelidade e condene o irmão. O mais novo reconhece que não é digno, pede perdão e acolhida, ainda que como um servo. Qual é a visão que temos de Deus? Nós nos consideramos bons e esperamos justiça, ou, conhecendo nossos pecados, pedimos e esperamos perdão e misericórdia?
Fonte: Arquidiocese BH em 22/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

Na riqueza desta parábola, Jesus apresenta o leque das opções possíveis: a consciência nos diz que nosso jeito de agir vai se alternando entre o do filho gastador e o do filho mais velho. Mas o verdadeiro modelo a ser seguido é o Pai. Como disse Jesus, ‘Sejam santos, como Santo é o nosso Pai que está no Céu.'

Reflexão

A Igreja precisa se aproximar cada vez mais dos pecadores e pecadoras para dar-lhes oportunidades reais de conversão e meios concretos para que possam seguir o itinerário da fé e trilhar os caminhos da santidade. Isso só é possível quando seguimos o exemplo de Jesus e acolhemos todas as pessoas que vivem no pecado e que são marginalizadas por causa disso. Se não nos dispomos a criar espaço nas nossas comunidades para essas pessoas e não criamos mecanismos pastorais e evangelizadores eficazes, os pecadores e as pecadoras não terão as melhores condições para corresponder à graça divina e nós seremos responsáveis por isso.
Fonte: CNBB em 22/03/2014

Recadinho

Esta parábola hoje é chamada de parábola do pai misericordioso! Sei tratar a todos com misericórdia? Os fariseus tinham direito de reclamar porque Jesus se aproximava das pessoas de má fama? - Será que Deus faz distinção de pessoas? - Sou acolhedor, procuro viver a bondade que vem de Deus em meu ambiente familiar? - Existe maior bondade que esta: mesmo quando erramos, se o buscamos, Deus nos acolhe!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 22/03/2014

Reflexão

Malvistos e desprezados pela classe dirigente, os cobradores de impostos e pecadores ouviam Jesus. Fariseus e doutores da Lei criticavam Jesus por fazer refeição com os pecadores. Para uns e outros Jesus conta a parábola do pai misericordioso. Mesmo experimentando a dor da separação, o pai deixa o filho mais novo partir. Definitivamente, já que o filho pedira a repartição da herança. Vai para longe, não prospera; ao contrário, fracassa, passa fome. Arrepende-se, decide voltar. E o faz. O pai o recebe de braços abertos, e promove para ele uma grande festa. É o Pai celeste que se alegra com a volta de quem se extraviou do caminho. O filho mais velho fica zangado pela volta do irmão. Figura dos chefes, que não suportavam os gestos de misericórdia de Jesus em favor dos pecadores.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

ACOLHENDO O PECADOR

A consciência do pecado vem acompanhada do sentimento de vergonha em relação a Deus. A revolta contra o seu amor misericordioso parece não se justificar. Junto com a vergonha vem o sentimento de ingratidão. E o pecador reconhece ser uma loucura o ter-se afastado do Pai.
Sua reação costumeira: duvidar de que possa ser perdoado. Em outros termos, duvidar que Deus esteja disposto a perdoar, devido à magnitude do pecado cometido.
O Evangelho aconselha, firmemente, o pecador a voltar para o Pai, cujo rosto, revelado por Jesus, é um incentivo à essa volta confiante. Deus quer ter junto de si todos os seus filhos. E está sempre disposto a esquecer o passado, pois confia que, no futuro, tudo será melhor. Não coloca limites para o perdão, nem faz distinção entre faltas perdoáveis e faltas imperdoáveis. Tudo pode ser perdoado, quando o pecador se predispõe a voltar. Alegra-se, sobremaneira, com a volta de um filho pecador, pois é como se este estivesse ressuscitando, depois de experimentar a morte. Não considera o pecador como pessoa de segunda categoria, só porque se desviou do bom caminho.
Vale a pena confiar no amor misericordioso de Deus Pai.
Oração
Espírito de confiança, liberta-me do pecado, para que eu experiencie o amor misericordioso do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que pelos exercícios da Quaresma já nos dais na terra participar dos bens do céu, guiai-nos de tal modo nesta vida, que possamos chegar à luz em que habitais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 22/03/2014

Meditando o evangelho

AMOR SEM LIMITES

Jesus justificou seu gesto de acolher os pecadores e comer com eles apelando, para a atitude de Deus com relação à humanidade. O traço característico da ação divina é a misericórdia. O pecado humano, por maior que seja, jamais será grande o bastante para colocar-lhe limites. A misericórdia de Deus sempre os ultrapassará.
A parábola contada por Jesus sublinha alguns elementos do agir misericordioso de Deus. O Pai respeita a liberdade do pecador. Por conseguinte, não se rebela contra a ruptura provocada pelo pecado, nem perde a esperança de que o pecador volte para ele. E quando isso acontece, não se faz esperar, antes, toma a iniciativa de ir ao encontro de quem está arrependido. O Pai não exige pedidos formais de desculpas. Seu olhar penetra o coração contristado e reconhece aí a sinceridade da conversão.
A acolhida festiva do pecador revela que o Pai não o julga pelos pecados passados e, sim, pela sua atitude atual. Por isso, é reintegrado condição de filho, sem ser rebaixado.
Todavia, o Pai conhece muito bem o significado da ruptura provocada pelo filho. Ela é comparável a uma morte e a um estado de perdição. A volta corresponde a uma forma de ressurreição: a vida é retomada! É uma forma de reencontro do verdadeiro caminho. O Pai bondoso está sempre disposto a dar-lhe uma nova chance de recomeçar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que jamais me falte a coragem de voltar para junto do Pai, na certeza de ser acolhido e perdoado.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fraqueza de Deus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Deus tem uma fraqueza, um calcanhar de Aquiles, um ponto vulnerável, não resiste quando vê o homem envolvido na miséria.
É impressionante como Lucas descreve esse dramático reencontro do Pai com o Filho mau caráter, que havia abandonado a casa paterna e dissipado os seus bens com farras, urgias e prostituição. Da parte do Filho o comportamento é o esperado, ao cair em si e se dar conta da "burrada" que tinha feito, tratou de voltar "Com o rabo entre as pernas". Lucas quer levar os olhares da sua comunidade, não para o Filho, mas para o Pai. No contexto em que Jesus narrou a parábola o Filho mais novo representa todos os que estavam fora da Instituição Religiosa daquela época, ou porque não acreditavam, ou porque eram marginalizados pelo sistema religioso, entretanto, de maneira sútil Lucas diferencia a relação desses para com Deus, do modo como os Fariseus, Escribas e Doutores da Lei se relacionavam.
A conversa antes da partida "Meu pai, dá-me parte da herança que me toca", na terra distante, vítima da miséria e da fome, ele pensa "Quantos empregados na casa do meu Pai...".
E no momento do reencontro "Meu Pai, pequei contra o céu e contra ti". Havia nesse jovem descabeçado algo de bom: a consciência de ser Filho e ter um pai. Quem tem a consciência de que é Filho, e que tem a Deus por Pai, manifesta isso na relação com os demais, a quem têm como irmãos e irmãs. O Filho mais velho não se vê como tal, tem com o Pai uma relação de empregado para com o seu patrão, que cumpre fielmente todas as tarefas que lhe são confiadas, quanto ao mais novo, não o reconhece como irmão "este teu Filho que gastou teus bens com prostitutas..." - é a sua queixa amarga e ciumenta, pelo modo como viu o Pai tratar o mais novo em seu retorno. "Para ele matas o novilho mais gordo e lhe dá uma festa!"
Mais um detalhe importante, quem estava comemorando era o Pai, a Festa era dele, porque o Filho querido e amado, que havia se perdido fora reencontrado. Deus manifesta-nos sua alegria e esta nos envolve e nos contagia. Seu amor e seu olhar cheio de misericórdia jamais se distancia de nós, o Filho ainda estava longe, e o Pai, movido de compaixão correu ao seu encontro...
Não com o dedo em histe para uma bela lição de moral, não com o olhar acusador e cheio de ameaças, não cheio de orgulho e sentimento de vencedor, para exigir mil e uma condição ao aceita-lo de volta. Ao contrário, sequer o deixa prostrar-se aos seus pés e formular o pedido de perdão, mas o coloca de pé, e sem mandar tomar um banho (pois estava encardido e mal cheiroso, pelo trabalho junto aos porcos e pela longa caminhada) o vestiu com uma bela túnica, colocou em seu dedo encardido um anel belíssimo, e calçou seus pés imundos da poeira da estrada, com uma sandália. O sinal inequívoco de que o ama, mesmo no estado miserável em que está, vendo nele a dignidade de ser seu Filho.
A parábola não é um estímulo para que cometamos o pecado nos afastando da casa do Pai, isso é, da amizade e comunhão com Deus, ao contrário, somos convidados a olhar para Deus e ver Nele, como seu amor e sua misericórdia é grandiosa e imensa pelo Homem. Esse Filho pródigo é a humanidade, somos eu e você que lê essa reflexão, Deus vive nos fazendo festa e nos envolvendo com a dignidade divina, dom que ganhamos com a encarnação de Jesus, cada volta é uma festa porque percebemos que Ele nos ama de paixão, manifestada na cruz do calvário.
Aproveitemos bem a festa da Vida, que nos vem em sua graça, lá de vez em quando cismamos de buscar outras festas que a ilusão do mundo nos oferece, e acabamos sempre como o filho mais novo, no chiqueirão das nossas misérias, e quando a fome de ser amado nos aperta o coração, Deus já está lá na curva do caminho, á nossa espera de braços abertos para nos envolver... Mas em nossa caminhada muitas vezes olhamos com desprezo certas pessoas de categoria inferior, sem moral e sem dignidade, não os vemos como nossos irmãos. Daí fazemos o triste papel do filho mais velho, aquele que era "religiosamente" correto, e que, morando na casa do Pai, estava tão longe dele, do seu abraço e do seu amor...

2. A parábola dos dois filhos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Conhecemos a parábola: o filho pródigo, um irmão mal-humorado e o único bom, o pai, que é o Pai do Céu.

HOMILIA

O FILHO PRÓDIGO

Este Evangelho narrado por Lucas, conhecido como “parábola do filho pródigo”, poderia muito bem ser denominado também “parábola do pai misericordioso”. Nele temos a revelação do Deus de Jesus que a todos acolhe em seu infinito amor. Respeita plenamente a liberdade de seus filhos e está com o coração aberto para acolhê-los a qualquer momento, sem censuras, independentemente de sua história passada. Este é o meu Deus de quem eu devo aprender todos os dias e horas. Diferencia-se do deus dos escribas e fariseus, que castiga os que dele se afastam, impondo-lhes variados sofrimentos; e, se há arrependimento, reata sua aliança sob ameaças.
É por seu amor misericordioso que o Deus de Jesus move à conversão e ao reencontro com a vida plena. Assim a parábola do Pai Misericordioso vai mostrar como Deus pai age diante do filho pecador. A situação que relata é absolutamente real e facilmente encontrável em qualquer família humana. Um homem tinha dois filhos. Um pede a parte na herança e vai embora. Gasta os bens, passa fome e resolve pedir para voltar para que viva apenas como empregado de seu pai – ele sabe que errou muito e que, por ser um homem justo, seu pai não deixava os empregados passar fome; por isso, quer viver ali nem que seja como um deles, para não morrer de forme. O pai, contudo, vai além: não só o recebe como o aceita novamente e o coloca no lugar onde sempre esteve: o de seu filho. O outro filho – que permanecera fiel ao pai – cobra, sente inveja, sente raiva. E o pai o convida a participar daquela festa, porque seu irmão havia sido recuperado e a família estava novamente composta.
O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido econômica e moralmente. A acolhida do pai e as medidas tomadas mostram não só o perdão, mas também o restabelecimento da dignidade de filho.
É necessário, filho, que te alegres: teu irmão estava morto e reviveu, perdido e foi achado. O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Recusa-se a participar da alegria. Esta é a tua é minha atitude quando tachados de corretos e justos não aceitamos no nosso meio todos os que arrependidos nos pedem desculpas e perdão pelas falhas cometidas. Quantas vezes ouço dizer. Padre, eu não consigo perdoar o que meu marido me fez, minha esposa me fez. Tenho mágoas do meu pai, da minha mãe, dos meus filhos. O que faço? Está aqui a resposta da tua pergunta. Com esta parábola, Jesus nos faz apelo supremo para que assim como os doutores da Lei e os fariseus deveriam aceitar e partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores assim tu, assim eu devemos nos alegrar com o arrependimento, a conversão e o retorno à dignidade da vida dos nossos irmãos e irmãs.
A atitude do pai é incondicional: meu filho estava perdido e voltou! Com a festa ele demonstra a sua alegria – que deve ser a alegria de toda a comunidade, até daqueles que se sentem diminuídos em valor diante do que se considera pecador.
Devemos acreditar na misericórdia do Pai que nos recebe sempre de braços abertos e com muita festa. E devemos, sobretudo, pedir que essa mesma misericórdia seja derramada infinitamente em nosso coração para que possamos ver com os olhos de Deus os nossos irmãos que julgamos pecadores e reconhecer que todos somos merecedores do mesmo amor do Pai.
Pai, coloca-me no caminho do retorno à vida, banindo todo egoísmo, a auto-suficiência que me afasta de ti, e não permitindo que eu jamais duvide de teu amor.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 22/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Deus não se cansa de nos oferecer Sua misericórdia!

Deus Pai está aqui de braços abertos, não deixe que o mundo acabe com a sua vida! O Pai o ama e o quer de volta! Seja a mão misericordiosa do Pai para os corações!
”Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho” (Lucas 15,21).
O capítulo quinze do Evangelho de São Lucas nos apresenta uma das páginas mais belas de toda a Sagrada Escritura: a beleza do relato de um pai. Eu até gosto de chamar esse pai de ”pai pródigo”, porque é um pai cujo coração esbanja amor, misericórdia, bondade e ternura para com seus filhos e, esse mesmo pai tem dois filhos, um mais velho e um mais novo e a história você conhece.
O fato é que quanto mais o tempo passa tanto mais se torna atual essa mensagem evangélica, porque, no meio de nós, somos, muitas vezes, como este filho que reclama do pai o direito de viver a vida, como nós queremos viver. No entanto, se não vamos à radicalidade de deixar tudo, vamos aos poucos dando brechas e ficando indiferentes a Deus e à Sua mensagem. Afinal de contas, existe um mundo que nos provoca, existe um mundo que nos chama para fora, existe um mundo que vai nos puxando aos poucos dos braços do Pai. Nós não queremos conscientemente dizer: ”Ah, eu rejeitei meu Pai”. Não, mas temos um sonho de autonomia, de independência, de viver a vida com os nossos próprios olhos. E, nisso, nós, muitas vezes, vamos viver no “mundão” de meu Deus.
Sabem, convivendo com os colegas de trabalho, convivendo com as pessoas no mundo em quem nós vivemos, isso pode despertar em nós aquele desejo de ser igual a todo mundo. Os filhos de Deus, os filhos da Igreja, o povo de Deus, muitas vezes, se cansam de ser de Deus, se cansam de levar essa vida e, assim, caem na velha tentação de que existe um mundo melhor, de que existe mais vida vivendo longe de Deus, vivendo as coisas de Deus do seu jeito.
Quando nós partimos para esse mundo de meu Deus, vivemos para viver o nosso egoísmo, para vivermos a vida do jeito que achamos que tem de ser. Nós não percebemos porque o mundo vai nos sugando aos poucos, o mundo vai nos puxando com o “pezinho”, com o “dedinho”, com a “mãozinha” e, aos poucos, nós somos inteiros sucados pelo modo que ele [mundo] vive.
Quanta saudade de Deus existe no coração de muitos de nós! Saudade de uma vida de mais oração, de mais entrega, de mais escuta à vontade de Deus, porque estamos longe, distantes d’Ele. No Evangelho de hoje, o filho mais novo venceu seu orgulho e reconheceu, depois de cair em um profundo abismo e em uma profunda miséria, que tinha abandonado a casa do pai, que era melhor ser um simples empregado lá do que viver comendo as lavagens de porco do mundo.
Quantos filhos de Deus partiram no mundo e não voltaram, quantos filhos de Deus estão vivendo no mundo imersos na sujeira, mas, devido ao orgulho, ao ressentimento e à mágoa, preferem ficar por lá. Hoje, o Pai é tão bom que Ele não só está de braços abertos, mas Ele está batendo de porta em porta, esse Pai é tão misericordioso, que Ele vai às ruas, às avenidas, a qualquer lugar, e não tira a liberdade dos Seus, mas diz: ”O Pai está aqui de braços abertos, não deixe que o mundo acabe com a sua vida”, porque Deus Pai o ama e o quer de volta! Seja a mão misericordiosa do Pai para ir bater à porta dos corações de muitos que estão desgarrados para entender que o Pai está esperando por todos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/03/2014

Oração Final
Pai Santo, não nos permitas apossar da tua Misericórdia, que sentimos em nossa passagem pelo mundo, mas que a deixemos transbordar dos nossos corações e ela envolva tua Criação. Assim poderemos, todos juntos, agradecer-te, sobretudo pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós abusamos da liberdade que nos deste e nos afastamos de tua companhia. Que a dor da distância e o desencanto com os valores do mundo criem em nós a saudade e, com ela, a coragem para voltar ao teu convívio, onde, com certeza, Tu nos esperas para o eternamente carinhoso abraço. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário