terça-feira, 2 de maio de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 02/05/2017 A 06/05/2017

Ano A




2 de Maio de 2017

Jo 6,30-35

Comentário do Evangelho


O pão descido do céu.

A multidão saciada e que insistentemente procura Jesus e é por ele flagrada no seu interesse e equívoco, interroga-o acerca do sinal ou da obra que ele realiza. Lembremos que na boca dos opositores de Jesus e da multidão a palavra “sinal” tem um sentido muito diferente do que o empregado pelo evangelista no livro dos sinais. Para eles, “sinal” é uma obra espetacular, quase cinematográfica, sobrenatural, em benefício de quem a realiza. O sinal seria para eles uma prova inequívoca da verdadeira identidade de Jesus. É o que satanás sugere a Jesus ao provocá-lo para saltar do pináculo do Templo (Mt 4,5-7; Lc 4,9-11). Uma vez mais parece que os que interrogam Jesus estão mergulhados no equívoco: não foi Moisés quem, na travessia do deserto, havia dado ao povo o maná, mas Deus mesmo (cf. Ex 16,4). Mais ainda, o maná era somente figura do verdadeiro pão que Deus haveria de dar e que, agora, efetivamente dá ao seu povo. Jesus Cristo é esse pão descido do céu, isto é, dado por Deus, que sustenta quem nele crê e nele põe a sua confiança.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para perceber que a presença de Jesus, na nossa história, é a grande obra que realizaste: dar-nos a vida eterna.
Fonte: Paulinas em 06/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus é, antes e acima de tudo, aquele que É. Houve ocasião em que Ele disse apenas ‘Eu sou’. Em outras, acrescentava: o Pão da Vida, a Luz do Mundo, a Porta das Ovelhas, o Bom Pastor, a Ressurreição e a Vida, Mestre e Senhor, Caminho, Verdade e Vida. Quem é Jesus para mim?

Reflexão

Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de todos nós uma postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que estão além da materialidade. As pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.
Fonte: CNBB em 06/05/2014

Reflexão

Quem vai até Jesus não terá mais fome e quem crer nele não terá mais sede. Jesus coloca à nossa disposição não os bens transitórios desse mundo, mas os verdadeiros bens, aqueles que são perenes, que são eternos. Por isso, é muito importante que as pessoas conheçam Jesus. Somente a partir do conhecimento da sua pessoa e do seu reconhecimento como Filho de Deus é que as pessoas poderão desfrutar dos dons do alto que o Pai nos concede por meio de Jesus e podem ter a verdadeira vida, pois ele é o Pão da Vida, o Pão da verdadeira saciedade, que sempre se dá a todos nós em alimento para a vida eterna.

Recadinho

Quais os motivos que levam você a praticar a religião? - Cite um sinal da manifestação de Deus em sua vida. - Nós também não corremos o risco de nos preocuparmos somente com as coisas deste mundo? - Você trabalha pelo “alimento que dura para a vida eterna”? Como?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 06/05/2014

Meditando o evangelho

A IDENTIDADE PROVADA

Por mais espetaculares que fossem os milagres, sobrava sempre uma ponta de desconfiança a respeito de identidade de Jesus. Exigia-se dele provas mais e mais contundentes de sua condição de Messias, Filho de Deus.
Moisés havia alimentado o povo, na dura caminhada pelo deserto, com o maná vindo do céu, comprovando ser, deveras, enviado de Deus. Para ser aceito, também Jesus teria de realizar um feito de tal magnitude, que não seria possível duvidar ser ele, de fato, o enviado de Deus.
A resposta de Jesus às suspeitas do povo foi sutil. Ele negou ter sido Moisés o autor do milagre no deserto. Quem alimentou o povo faminto foi o Pai. Além disso, o alimento de outrora não era o alimento verdadeiro, como o que Jesus oferecia agora: o pão que desce do céu para trazer vida ao mundo.
A multidão estava diante de um milagre, que era urgente reconhecer: Jesus. Ele é o milagre do Pai, seu dom excelente, prova de sua benevolência para com uma humanidade faminta, que caminha errante pelos desertos do mundo. É a única possibilidade de salvação, para quem não quer desfalecer pelo caminho.
É o sinal permanente do amor do Pai, a indicar os rumos da pátria prometida.
Não tem cabimento a multidão exigir milagres de Jesus. Basta o sinal oferecido pelo Pai. Quem o acolhe coloca-se no caminho da salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de benevolência, afasta de mim toda desconfiança, e conduze-me à uma fé sólida no Ressuscitado, sinal do amor do Pai para conosco.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Manjare... Manjare, camina sempre...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Meu saudoso Pai sempre dizia essa frase, em seu italiano caipira, para nos dizer da necessidade de comer, para poder caminhar. Há no antigo testamento uma bonita prefiguração da Eucaristia, em uma passagem com o Profeta Elias, quando tendo vencido os deuses dos cananeus, e sofrendo dura perseguição e ainda jurado de morte pela perversa Rainha Jezabel, o profeta a caminho do Horeb, deitou-se em baixo de uma árvore disposto a ficar por ali, tal era o eu cansaço e desânimo. Mas o anjo lhe apresenta um pedaço de pão e uma jarra de água o exortando "Levanta-te e come, o caminho é longo..."
Jesus se apresenta como pão enquanto um alimento especial, que os conduzirá para longe, onde a travessia do deserto era "fichinha". Para os seus interlocutores, o maior sinal fora o de Moisés, que havia dado aos seus pais no deserto um maná que os alimentou todos os dias até que terminassem a travessia. A visão dos seus interlocutores, e também do homem da pós-modernidade, não consegue vislumbrar nada além desta vida terrena. Parece que todos os objetivos e metas a serem alcançadas se limitam a esta vida terrena.
Ao se apresentar como o Pão verdadeiro que dá a Vida ao mundo, Jesus está ensinando que o Maná foi apenas um meio que Deus providenciou para que o Povo alcançasse uma Vida Nova na terra prometida, mas o Pão que é Cristo, ele próprio é a Vida que Deus dá aos homens. Não é um alimento apenas para a alma e nem apenas para o corpo, mas para o homem em sua integridade, como Filho de Deus, destinado a chegar á Plenitude da Vida em uma terra que não se limita mais a uma região geográfica, como foi com o Povo da Antiga Aliança, mas algo que como aquele povo nem conseguimos vislumbrar, mas que se tornou uma esperança Viva no Novo Moisés que é Jesus Cristo, aquele que caminha á nossa frente, e que nos conduzirá a esta terra onde corre leite e mel, onde não teremos mais nenhuma limitação.

2. Jesus realiza muitos sinais
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No corpo do discurso de Jesus sobre o Pão da Vida, no capítulo sexto de São João, conversando com as pessoas em Cafarnaum, Jesus diz que elas o procuram não por causa do sinal, mas porque comeram pão. Elas deviam buscar o alimento que não se perde e que ele mesmo vai dar. Tem início assim o diálogo sobre o Pão da Vida. Apesar dos sinais já feitos, pedem ainda a Jesus que dê um sinal para poderem acreditar nele, e lembram que no deserto Moisés deu ao povo o maná, pequenos flocos que eram moídos e assados ou cozidos. Parece uma insistência para que Jesus continue dando pão de graça. Na verdade, diz Jesus, não foi Moisés quem deu o maná. Foi o Pai, o meu Pai, aquele que dá o verdadeiro Pão do Céu, o Pão que dá vida ao mundo. Como num refrão cantado pelo coro, ouve-se a voz do povo dizendo: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. E Jesus: “Eu sou o Pão da Vida. Quem vem a mim não mais terá fome. Quem crê em mim, não terá sede”. O evangelista São João coloca Jesus no centro, não só na vida da Igreja, mas na vida do mundo. Ele é o polo de atração para o universo inteiro. Todos podem ir a ele. Com ele, a serviço deste universo está a comunidade de fé. Jesus ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
Fonte: NPD Brasil em 02/05/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, mergulhados no inefável Mistério do Cristo Jesus, nós pedimos que o teu Espírito nos inspire profunda gratidão e nos dê a consciência de que somos discípulos com a missão de anunciar ao mundo que o Reino de Amor está muito próximo – ele está dentro de nós, mas ainda por ser conquistado! Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.


3 de Maio de 2017

Jo 14,6-14

Comentário do Evangelho

Jesus imagem do Deus invisível.

A nossa fé é apostólica, ela depende do testemunho dos apóstolos que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por isso, a festa dos apóstolos Filipe e Tiago é a ocasião de agradecermos a Deus por aqueles que nos precederam e pela fé que nos transmitiram. O evangelho deste dia é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). O discurso é interrompido algumas vezes pela intervenção de um dos discípulos. Do ponto de vista retórico, essas intervenções fazem o discurso avançar e permitem a Jesus esclarecer questões importantes acerca do seu destino e da vida dos seus discípulos. O pedido de Filipe, repetido por Jesus (v. 9), revela a incompreensão e a incredulidade dos discípulos (v. 10), a dificuldade de poder entrar no mistério de Deus revelado em Jesus. A comunhão de Jesus com o Pai é tal (v. 10) que estar diante de Jesus é estar diante de Deus. O que é dito a Nicodemos vale para os discípulos: “É preciso nascer do alto” (Jo 3,7). A verdade é essa: Jesus “é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Os discípulos terão de passar pela dura prova da paixão e morte de Jesus para que, à luz da ressurreição, possam compreender que na vida de Jesus a graça de Deus habitava em plenitude.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
Fonte: Paulinas em 03/05/2014

Vivendo a Palavra

Paulo pede aos discípulos que guardem o Evangelho tal como ele o transmitiu. De fato, desde cedo corremos o perigo das adulterações da Boa Notícia – que a adaptam aos interesses menores de falsos profetas. Mantenhamo-nos ligados à Fonte e peçamos ao Espírito Santo sua luz para anunciarmos o Reino do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/05/2014

Reflexão

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é verdadeiramente o único caminho que nos leva ao Pai. Ninguém pode de fato conhecer o Pai se não for através de Jesus, pois ele é a Verdade que nos revela o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele vive em perfeita comunhão com o Pai. Quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem conhece o Pai, conhece Jesus. Nós também participamos dessa comunhão na medida em que nos tornamos ícones de Cristo e a participação nessa comunhão é que nos garante a vida em plenitude, a vida eterna.

Recadinho

Jesus diz que quem acreditar nele fará obras maiores que ele. Um exagero, é claro. O que de mais grandioso você faz em favor da fé? - Você sabe pedir ao Pai? - O que basicamente pede? – Tem consciência do que devemos pedir a Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 03/05/2014

Meditando o evangelho

VER JESUS É VER O PAI

O anseio de ver a Deus face a face é um anseio fundamental, latente no íntimo do ser humano. No entanto, Deus transcende as categorias humanas de tempo e espaço. E isto impossibilita a realização deste desejo. Então, a experiência de Deus transforma-se em experiência do mistério.
Com Jesus, porém, dá-se um passo adiante. Ele foi a revelação de Deus para a humanidade. Por isso, o Pai tornou-se visível na pessoa de Jesus. Tudo o que Jesus dizia e realizava, era feito na mais total sintonia com o Pai. Nada do ser de Jesus escapava da comunhão com o Pai. Por isso, ele podia dizer-se estar totalmente radicado no Pai e o Pai totalmente radicado nele. Jesus tinha consciência de ser instrumento nas mãos do Pai. Suas ações eram ações do Pai, em benefício da humanidade. Suas palavras expressavam o projeto de vida proposto pelo Pai a todas as pessoas.
Esta interação com o Pai é que dava relevância à vida de Jesus e lhe permitia apresentar-se como certeza de salvação. Neste contexto deve também ser entendida a Ressurreição. O Ressuscitado é a presença permanente do Pai junto à comunidade. A vida em comunhão com o Ressuscitado desemboca na comunhão com o Pai. Por sua vez, a comunidade, torna-se transparência de Deus na história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu experimentar a presença de Deus na vida em comunhão contigo e com minha comunidade de fé.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Senhor, mostra-nos o Pai...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Hoje é Festa de São Filipe e São Tiago, discípulos e apóstolos de Jesus, ambos tiveram a honra de morrerem martirizados por causa do evangelho. O evangelho de hoje nos mostra o início da experiência que Filipe fez com Jesus. Aqui é importante compreendermos que essa experiência não é um momento único em nossa vida, mas é algo que se propaga no decorrer de toda nossa existência. Entretanto, esse conhecimento de quem é Jesus, essa revelação Divina em nossa vida, não vem já "prontinha" e pronta para consumo, como muitos imaginam... Mas é necessária uma abertura permanente à Graça Divina, abertura onde não podemos ter vergonha de expor diante de Deus as nossas dúvidas e inseguranças, exatamente como fez Filipe...
Jesus havia dito "Eu sou o caminho, a verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai, desde agora já o conheceis, pois o tendes visto". Para nós leitores deste segundo milênio, longe do contexto em que a reflexão Joanina foi produzida, talvez possamos estranhar, que diante de tal clareza, Filipe ainda não houvesse entendido, fazendo aquele pedido tão estranho "Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!".
Aqui podemos usar o nosso imaginário, Filipe se inquietava em conhecer o Pai e por isso, ao perceber nas Palavras de Jesus, que havia um Pai, isso é, alguém que lhe era superior, teria afirmado "Queremos falar com quem manda, mostra-nos o Pai e deixa o resto com a gente..." Entretanto Filipe ainda não tinha entendido que nenhum ser humano conseguirá chegar ao Pai se não for pelo Filho, a Trindade é Una, indivisível, um só Deus em três pessoas e três pessoas em um só Deus, não há um canal em separado para se comunicar com o Pai, outro com o Filho e outro com o Espírito Santo, quando atendemos um celular em um círculo restrito de amigos, e quem nos ligou também pertence a este círculo, ligamos o Viva-Voz para que todos ouçam, assim são nossas orações direcionadas a Deus, onde a Trindade Santa nos ouve.
Filipe, influenciado pelas Teofanias do Antigo Testamento, e provavelmente também pelo Arianismo que apregoava um Jesus inferior ao Pai, esperava ainda uma revelação espetacular do Pai de Jesus, pois ele estava encantado com Jesus e talvez imaginasse "Se o Filho é assim, imagine o Pai..." Jesus responde e corresponde a todos os nossos anseios e inquietações a respeito de Deus, porque ele é Deus, sem deixar de ser Homem.
E se Jesus nos mostra o Pai, em suas Palavras e atitudes, nós que somos satélites porque temos em nós a sua Luz maravilhosa, temos que refletir ao próximo um pouco dessa luz, para que Jesus seja conhecido por todos. Mostrar esse Jesus ao outro é mostrar a nossa vida, o que pensamos o que fazemos e como fazemos, afinal, se somos Filhos e Filhas da Luz, não há o que esconder!

2. Eu sou o caminho, a verdade e a vida!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Filipe e Tiago, o Menor, como os demais apóstolos e todos os discípulos, entraram pelo verdadeiro caminho que leva à vida e viram o Pai. Encontraram Jesus e o seguiram. Viram-no, ouviram-no, com ele conviveram até o dia da gloriosa revelação que o próprio Jesus lhes fez: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’?”. Tiago, chamado de Menor para distingui-lo do outro Tiago, o Maior, filho de Zebedeu e irmão de João, foi o primeiro bispo de Jerusalém. Da família de Jesus, considerado irmão do Senhor, era, de fato, filho de Alfeu e Maria, irmão de São Judas Tadeu e de Simão, o zelota. Escreveu uma carta, que se encontra no Novo Testamento, com linguagem clara e orientações precisas. É nesta carta que se fala da unção sacramental dos enfermos.

Fonte: NPD Brasil em 03/05/2017

Oração Final
Pai Santo, sabemos que tua Palavra não é letra morta, mas é viva, transmite vida e responde sempre à nossa situação existencial. Ilumina-nos, Pai amado, para ouvirmos o que tu queres nos dizer e nos dá coragem e força para seguir o Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/05/2014


4 de Maio de 2017

Jo 6,44-51

Comentário do Evangelho

Jesus é o enviado do Pai

Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, dotando-o de palavra para que pudesse entrar em diálogo com ele. Enquanto criatura de Deus, cada um possui em si mesmo algo que o faz tender para Ele. Esse dinamismo não suplanta a liberdade do ser humano, pois o homem pode resistir à atração de Deus, como pode, livremente, ceder a essa mesma atração. Por essa inclinação Deus nos faz viver. É o que Deus declara no livro de Jeremias 31,3: “Com amor eterno eu te amei, por isso te atraí”. O Pai que nos amou primeiro é quem nos coloca no seguimento do seu Filho. Realiza a vontade de Deus quem aceita Jesus como enviado de Deus e permanece com ele. Na releitura cristã do Antigo Testamento, o maná era somente figura do pão que Deus, agora, dá ao seu povo. Nenhum alimento pode livrar quem quer que seja da morte. Somente o pão descido do céu é que livra da morte. O pão descido do céu é a carne de Jesus, isto é, a sua existência histórica e terrena, sua vida entregue para que o mundo tenha vida em plenitude. Ressuscitado dos mortos, o Senhor nos livra não somente da morte eterna, mas da falta de ânimo que nos faz perder a fé na vida.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor, que nosso coração esteja sempre aberto para compreender os teus sinais. Que não nos falte o pão do sustento e o pão da Palavra.
Fonte: Paulinas em 23/04/2015

Vivendo a Palavra

‘Ir a Jesus’, isto é, salvar-se, não é fruto do mérito pessoal, mas graça obtida do Pai misericordioso. Ele é que nos atrai. Cabe-nos responder ao convite com a vida, seguindo o Caminho palmilhado neste mundo por Jesus de Nazaré: fazer o bem a todos e anunciar a chegada do Reino de Deus, que já está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 14/04/2016

Reflexão

Um dos elementos fundamentais na fé católica é o primado da graça. Se Deus não age, nós não podemos agir, nos tornamos incapazes de fazer o bem. Para nós, o bem maior é conhecer Jesus, sermos capazes de ir até ele, mas isso só é possível pela atuação da graça. Mas, se por um lado, a graça é necessária para chegarmos até Jesus, por outro lado, Deus respeita a nossa liberdade, de modo que associada à graça divina, deve estar a nossa procura de Cristo. De nada adianta a graça nos mostrar que Jesus é o Pão da vida descido do céu para ser alimento de vida eterna a todos nós, se nós não queremos vê-lo.

Meditando o evangelho

O ENSINAMENTO DO PAI

É o Pai quem tem a iniciativa na dinâmica da fé dos cristãos. No seu amor, elege o ser humano para ser objeto de sua revelação, e o convida a aderir ao Filho Jesus. Só vai a Jesus quem é escolhido e impelido pelo Pai. Só se entrega a Jesus quem se deixa guiar pelo Pai. E tudo quanto o Pai realiza está em função de guiar a humanidade para o Filho. O ato de fé no Senhor Jesus é, portanto, indício de obediência ao ensinamento do Pai e de submissão à sua vontade.
A incredulidade configura-se como rebeldia contra o Pai. Não se trata de mera oposição a Jesus, numa atitude sem maiores conseqüências. Nem, tampouco, pode ser considerada como uma fatalidade na vida das pessoas, numa espécie de anulação de sua liberdade.
No ato de fé, está implicada a liberdade humana. Instruído pelo Pai, cabe ao ser humano acolher ou não a instrução recebida. Se a acolhe, sem dúvida será capaz de reconhecer em Jesus o enviado do Pai. Se a rejeita, não somente se tornará um adversário do Filho, mas também do Pai. Não é possível acolher a moção do Pai, mas fechar-se para o Filho. Ou seja, não dá para ficar no meio do caminho. Quem recebeu o ensinamento do Pai, necessariamente, irá a Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Só Aquele que vem de Deus é que viu o Pai...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Confesso que quando vou a algum lugar desconhecido mesmo com GPS acabo me perdendo, normalmente porque há outros caminhos e modos de se chegar a este lugar, e o que temos de fazer é ver qual é o melhor caminho, o mais curto e fácil... Mas já conheci lugares que só há um caminho de acesso, os demais caminhos passam por perto, mas não dão acesso ao lugar. O acesso do homem a Deus tem um único e Verdadeiro caminho: Jesus Cristo! É único e verdadeiro por uma razão muito simples: Só Ele veio de Deus, Só Ele viu o Pai, todas as demais definições sobre Deus - Pai, não merecem confiança e crédito, e usando uma linguagem bem de hoje, apenas a Revelação de Jesus sobre o Pai têm o certificado de garantia e autenticidade, o resto é imitação grotesca, se a Revelação não for cristã, não merece nenhum crédito.
É o próprio Pai que atrai a todos os homens, e esta atração é Jesus Cristo. Muitos existem que querem inventar um Deus diferente do Deus Cristão, principalmente na pós modernidade, tentando adequar Deus ao consumismo, um Deus que satisfaz plenamente o Cliente, em certas igrejas que asseguram ter entre seus ministros os Porta-Vozes Oficiais da Vontade Divina, e ainda usam Jesus Cristo, que nas mãos desses gananciosos torna-se apenas um garoto propaganda da Fé. E o que faz Jesus Cristo, único caminho, único acesso para se chegar ao Pai? Fecha-se em uma comunhão egoísta na Vida de Deus, deixando os homens a incumbência de descobrirem por si só esse caminho? Não, de modo algum! E aqui está o Amor Divino em toda sua magnitude...
Jesus não é só o caminho, ele nos ajuda a caminhar, Jesus não é só a Verdade, ele nos ajuda a encontra-la, Jesus não é só a Vida, ele nos possibilita termos essa Vida, por isso se faz Pão, se dá e se entrega a cada Homem que Nele professa a sua Fé. E o Pão enquanto alimento, se transforma em parte do nosso ser, e daí podemos experimenta-lo e senti-lo em nós, e cada vez mais por ele próprio, alimentados e maduros em nossa Fé, vamos nos configurando a Ele, vivendo assim mergulhados na Vida de Deus e ao mesmo tempo permitindo que Deus mergulhe em nós... E assim, aquele que é eterno penetra no mortal, e aquele que é mortal, penetra no que é Eterno e ganha a Vida Eterna para sempre.

2. Eu sou o pão da vida!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Aproximar-se de Jesus e aceitá-lo é um dom do Pai, e Jesus ressuscitará aquele que a ele se achegar. No deserto, os israelitas comeram o maná, mas morreram. Quem comer do Pão que desce do céu, terá a vida eterna, não morrerá, viverá eternamente. Jesus está falando dele mesmo, da aceitação da sua pessoa e do seu ensinamento. É o Pai que encaminha as pessoas para a aceitação de Jesus. A fé em Cristo é um dom de Deus. Esta fé pode acontecer e manifestar-se de muitas maneiras. Pode ser implícita e pode ser explícita. A fé explícita conhece Jesus e seu Evangelho e faz o que ele quer.
A fé implícita faz o que Jesus quer, sem conhecê-lo. Todos, porém, prestarão contas a Deus do pão que partilharam com seus irmãos que tinham fome. Jesus, que é o Pão do Céu, promete dar um pão que é a sua carne, entregue pela vida do mundo. É o anúncio do dom do sacramento da Eucaristia. Nela Jesus permanece com sua comunidade de fé até o fim dos tempos e, assim alimentada, a Igreja se torna fermento na massa do mundo. O pão e o vinho consagrados na Santa Missa são o Corpo e o Sangue de Jesus.

Fonte: NPD Brasil em 04/05/2017

Oração Final
Pai Santo, dá-nos o alimento que leva à Vida Eterna: o Pão Vivo descido do Céu – o Cristo, teu Filho Unigênito feito humano em Jesus de Nazaré, nosso Irmão Maior que nos conduz nesta terra abençoada pelo caminho de retorno ao Lar Paterno, a tua Morada Santa. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/04/2016


5 de Maio de 2017

Jo 6,52-59

Comentário do Evangelho

Para viver plenamente, é preciso uma adesão livre a Jesus, enviado do Pai

O último versículo do evangelho de hoje localiza o discurso de Jesus na sinagoga de Cafarnaum e o caracteriza como um ensinamento. A admiração dos judeus acerca das palavras de Jesus mostra que eles não conseguiram transpor o nível puramente racional e penetrar no sentido da afirmação de Jesus. Todo o discurso sobre o pão da vida é para o leitor do evangelho uma catequese sobre o sentido da Eucaristia. “Comer a carne” e “beber o sangue” remete a outra realidade, diversa do que primeiramente aparece. “Comer a carne” significa acolher, na fé, a existência humana e terrena de Jesus; “beber o sangue” é aceitar que no sacrifício da entrega do Senhor nos é dada a vida. Dito de outra maneira, para viver plenamente, é preciso uma adesão livre a Jesus, enviado do Pai. É pela fé que o discípulo participa da vida do Filho unigênito de Deus; é pela fé que se vive a vida em Deus. Quem aceita esse alimento espiritual vive em comunhão com o Senhor. A plenitude dessa vida será dada na ressurreição da qual o Senhor nos fez seus herdeiros.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o corpo e o sangue de teu Filho Jesus sejam alimento para a minha caminhada em busca de ti, de maneira que eu não venha a desfalecer pelo caminho.
Fonte: Paulinas em 09/05/2014

Vivendo a Palavra

Jesus anuncia o grande Mistério Eucarístico ao povo da pequena Cafarnaum: o Cristo se dá inteiro àqueles que se dispuserem a recebê-lo. Pão e vinho, frutos da terra e do trabalho, resumem toda a Criação. Comê-los significa fazer parte, sentir-se um com o Universo para manifestar a glória e o Amor do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/05/2014

Reflexão

Como pode ele dar a sua carne a comer? Como entender que para ter a vida eterna e ressuscitar no último dia é preciso comer a verdadeira comida e beber a verdadeira bebida que são a carne e o sangue de Jesus? Essas verdades se constituem numa realidade absurda para os judeus. Por que? Porque eles não conheceram verdadeiramente quem é Jesus. No mundo de hoje, encontramos muitas pessoas que, como os judeus, não conhecem Jesus e vêem a eucaristia como uma realidade absurda. Precisamos agir como missionários para que essas pessoas conheçam Jesus, se alimentem da verdadeira comida e da verdadeira bebida e vivam para sempre.

Recadinho

Se não temos fé verdadeira em Cristo, tem sentido nossa reunião de irmãos? - Você agradece a Deus o grande dom da Eucaristia? - Quando está com dificuldades, você busca forças na Eucaristia? - Sua participação na Eucaristia corre risco de se transformar em algo rotineiro? - Você procura se convencer da fragilidade desta vida e se prepara realmente para vida eterna em Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/05/2014

Meditando o evangelho

EXPLICANDO UM MAL-ENTENDIDO

Os adversários relutavam em entender as palavras de Jesus. Em geral, tomavam-nas num sentido oposto à intenção do Mestre. Quando ele falou em dar sua carne em alimento para a vida do mundo, seus adversários sentiram um certo mal-estar, imaginando a cena macabra da devoração de um ser humano. Entretanto, Jesus não falava de antropofagia, e sim, da Eucaristia. Referia-se à relação a ser estabelecida entre ele e a comunidade dos discípulos, por meio do pão e do vinho eucarísticos.
Pão e vinho seriam constituídos como sacramento da presença do Senhor. Ao redor de uma mesa é que a comunidade de fé faria a experiência de comunhão profunda com o Ressuscitado. Ao comer o pão e beber o vinho, indicariam um tipo novo de relação estabelecida entre o Senhor e a comunidade. Os discípulos assimilariam plenamente o corpo de Jesus, e se deixariam transformar por ele. Seria a maneira de permanecerem nele, e permitir que o Mestre permanecesse em cada um deles. Resultado: toda a vida do discípulo seria um viver por Cristo, com Cristo, em Cristo, de modo a garantir a vida eterna, que só ele pode oferecer, pois lhe fora concedida pelo Pai.
A má-fé dos inimigos impediu-lhes de compreender o sentido profundo desse ensinamento de Jesus. Com isto, indicavam não estar em comunhão com ele, nem interessar-se em partilhar a vida que Jesus lhes oferecia.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de boa-fé arranca do meu coração toda dúvida a respeito das palavras de Jesus, e faze-me compreender o seu significado profundo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Comer a carne e beber o sangue do Senhor...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Para a nossa cultura esse ato parece tão estranho... Soa como canibalismo, como os primeiros cristãos foram acusados, de comer carne de criancinhas. Entre os indígenas sempre existiram os Guerreiros valentes que tinham fama de heróis, mas na batalha que estes morriam, seu corpo era levado até a tribo e os mais jovens comiam a sua carne para se apossarem do seu espírito de herói.
A Eucaristia nos torna imortais porque recebemos a carne e o sangue daquele que é Eterno e este sinal Sacramental nos eterniza. É um ritual para que a nossa razão compreenda o que a Fé realiza em nós, pois somos transformados em Cristo, suas palavras e seus ensinamentos, suas obras a favor da Vida têm continuidade a dois milênios de historia, e isso sem sombra de dúvida se deve a Eucaristia.
Na Eucaristia Jesus se faz presença real e concreta em milhões e milhões de homens e mulheres todos os dias. A pessoa que vamos construindo em nossa vida, com nossos pensamentos e projetos, com nossas ações a favor do bem, com nossos ideais de fraternidade, agregando tudo isso ao nosso Ser Existencial e ganhando uma identidade cristã própria. Essa pessoa, alimentada pela Eucaristia supera a matéria presente na corporeidade, quando passamos pela morte Biológica, essa pessoa, que fez de Cristo a razão do seu Viver, passa incólume pelo processo de morte e continua o seu viver, agora em Vida Plena e Eterna.
Não se trata apenas da nossa personalidade ou do nossa psique, mas desse homem espiritual que somos, presente em todas as nossas dimensões e que acaba se manifestando em nossas ações, feitas em nossa corporeidade, mas desencadeadas por este Ser, unido intimamente a Jesus Cristo, e que norteia toda a nossa caminhada. A descoberta de quem realmente somos nós se dá na Fé em Jesus Cristo, pois é ele o Revelador de Deus e revelador do homem.
Quem, portanto, não se alimentar dele, sua carne e seu sangue, transubstanciado em Pão e vinho na Santa Eucaristia, sentirá esse homem espiritual se definhar junto com a matéria. Por absoluta falta desse alimento especial que contém a Vida Eterna.

2. Este é o pão que desceu do céu...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus multiplicou os pães, andou sobre as águas e, em Cafarnaum, teve um longo diálogo com quem o ouvia sobre o Pão da Vida. A multiplicação dos pães apontou para a necessidade humana da alimentação. É preciso alimentar-se para poder viver. O sermão subsequente continua falando do Pão, não mais, porém, do pão material. O Pão é Jesus, em quem é preciso acreditar. No fim do diálogo, Jesus fala do Pão que é ele mesmo e que é alimento, e para que não haja dúvidas, fala também do seu sangue que é bebida. Refere-se a algo que ainda vai acontecer. Ele vai dar seu Corpo e seu Sangue em alimento e ressuscitará quem comer a sua Carne e beber o seu Sangue. Quem fizer isto viverá eternamente. Os judeus murmuravam contra ele, diz o evangelista, e perguntavam: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?”. Pergunta válida diante das grandes dúvidas suscitadas pela afirmação de Jesus. A presença de Jesus não é física. É real, mas só Deus sabe como acontece.

Fonte: NPD Brasil em 05/05/2017

Oração Final
Pai Santo, não permitas que o Mistério Eucarístico se torne mais uma rotina na nossa vida. Mantém-nos maravilhados e agradecidos pelos dons da Carne e do Sangue do Cristo, que quis permanecer conosco e em nós até o fim dos tempos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/05/2014


6 de Maio de 2017

Jo 6,60-69

Comentário do Evangelho

A abertura à ação do Espírito é que permite compreender e experimentar que as palavras de Jesus

Terminado o ensinamento na sinagoga de Cafarnaum, vem a reação dos discípulos. A dificuldade em crer em Jesus e compreender seus ensinamentos não é somente dos judeus; ela povoa a mente e o coração dos discípulos (cf. v. 60). Em que consiste propriamente a dureza do ensinamento de Jesus? Há uma dupla resposta à pergunta: em primeiro lugar, porque é difícil compreender o sentido das palavras de Jesus. Para poder compreendê-la é preciso a conversão da própria mentalidade e se abrir para a verdade de Deus revelada em Jesus Cristo. Em segundo lugar, o ensinamento é considerado duro para os discípulos porque exige fé, uma adesão incondicional à pessoa de Jesus; exige a abertura a um novo tempo oferecido por Deus à humanidade. A abertura à ação do Espírito é que permite compreender e experimentar que as palavras de Jesus têm sentido e, qual um sopro, fazem viver plenamente. A liberdade é dom de Deus. Por isso, Jesus abre para os discípulos a possibilidade de irem embora, o que muitos o fizeram. No entanto, é ocasião para Pedro realizar uma verdadeira profissão de fé (vv. 68-69). A fé e, consequentemente, o seguimento de Jesus só podem ser vividos na liberdade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, estou disposto a seguir-te sempre, pois só tu tens palavras de vida eterna.
Fonte: Paulinas em 10/05/2014

Vivendo a Palavra

A Palavra hoje fala de Pedro. No Evangelho, sua confissão de fé: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.» No livro dos Atos, sua atuação na Igreja nascente, sempre em nome de Jesus. Em Lida e Jope, o Senhor age por meio dele: cura e ressuscita. Que a nossa Igreja saiba seguir os passos do Apóstolo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/05/2014

Reflexão

Muitas pessoas querem conhecer Jesus e ouvir tudo o que ele tem para dizer, mas não querem escutar tudo, mas sim apenas alguns pontos que lhes interessam para a satisfação dos seus desejos e necessidades. Quando essas pessoas ouvem tudo o que Jesus tem para dizer, se escandalizam, afastam-se dele e não querem mais segui-lo. De fato, é muito fácil dizer que Jesus tem palavras muito bonitas, mas nem sempre é fácil aceitar as exigências do Evangelho. Porém, não podemos nos esquecer que somente Jesus tem palavras de vida eterna, e que só consegue ouvir de fato as palavras de vida eterna quem crê firmemente que ele é o Santo de Deus e busca imitá-lo verdadeiramente na busca da santidade.

Recadinho

São muitos os mistérios da vida. Cite um. - Qual é o grande mistério da fé? - Que lugar ocupa a Eucaristia em sua vida? - Você procura ler coisas que falam de religião? - Como você se prepara para receber a Eucaristia?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/05/2014

Meditando o evangelho

UMA LINGUAGEM DURA

A obstinação dos adversários de Jesus chegou a contaminar os discípulos. O linguajar acerca do alimento eucarístico parecia-lhes cada vez menos compreensível. O simbolismo das palavras carne, sangue, comer, beber, possuir a vida etc., por não ter sido decodificado, não permitia que as pessoas intuíssem o que Jesus realmente queria dizer.
A situação agravou-se, quando os próprios discípulos de Jesus começaram a se escandalizar com a linguagem do Mestre. Não se pode ignorar, que eles viviam no mesmo ambiente cultural e teológico dos adversários de Jesus. A superação de seus esquemas mentais não era só questão de vontade ou de amizade com Deus. Era coisa muito mais séria.
Os discípulos eram convidados a abrir mão daquele universo teológico rígido e contaminado por uma mentalidade demasiado estreita, para aderir à proposta de Jesus. Esta foi a mesma exigência que o Mestre impôs aos seus adversários.
Muitos discípulos, incapazes de dar o salto qualitativo da fé, optaram por afastar-se do Mestre, aliando-se aos seus adversários. Entretanto, os que permaneceram foram também desafiados a fazer o mesmo. A intervenção de Pedro foi fundamental para recolocar as coisas nos seus devidos lugares. Era inútil correr atrás de outros mestres. Só em Jesus encontram-se palavras de vida eterna.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de convicção, que eu me deixe convencer pelas palavras de Jesus, e as acolha, na certeza de que, só nelas, conseguirei a vida eterna.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Discípulos em Crise...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O leitor mais atento vai perceber que nesta semana Jesus insistiu muito na necessidade da Fé Nele próprio, que é o Filho de Deus descido do céu, uma Fé que requer intimidade com ele, comendo sua carne e bebendo seu sangue, para ter a Vida Eterna que ele próprio, revelando-se como alimento que transmite e que dá a aquele que crê a Vida Eterna, mesmo com todas as limitações humanas. Que essas afirmações nos debates com os Judeus, acabou transformando-se em provas para a sua condenação, porque para os Judeus da "gema", para quem a referência máxima do Deus da Aliança era Moisés, isso era uma blasfêmia, passível de condenação.
Hoje alguns discípulos menos preparados também acabam se escandalizando com essa revelação e a crise está estabelecida na comunidade. Pois estes pensam exatamente como os Judeus conservadores, Jesus Cristo é bem conceituado entre eles, como grande profeta enviado por Deus (mas não Deus) homem de grandes prodígios e de uma sabedoria que causava admiração na comunidade, mas ainda o conceituavam em um patamar inferior a Moisés, isso é, estavam presos aos laços da carne e não conheciam outra vida que não fosse a Biológica, onde a grande bênção de Deus se manifestava na prosperidade material e na descendência, exatamente como havia prometido a Abraão.
Por isso, diante da afirmativa de Jesus de "O Espírito é que vivifica, a carne de nada serve, e que suas palavras são espírito e Vida..." desencadeou-se uma crise entre eles. Isso se aplica tanto ao grupo dos discípulos, onde a dificuldade de pensar as coisas de Deus era muito grande, como também as comunidades do fim do primeiro século do Cristianismo.
E a frase que provocou ainda mais a crise foi esta "Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não for concedido", esse foi o estopim que eclodiu na comunidade, onde no pensamento judaico, as boas obras aproximavam o homem de Deus e o justificavam, Deus era estático, o homem é que se move em sua direção. Jesus havia acabado de dizer que as "boas obras" e a observância de toda Lei, eram apenas as placas sinalizadoras do Caminho, que era Ele próprio. A essas alturas do campeonato, muitos fizeram as malas e deixaram a comunidade, Judas foi o primeiro, atrás dele foram outros da comunidade de João, no primeiro século da Igreja, e hoje também a toda Hora tem cristão abandonando o barco, porque não concorda com a Fé proclamada por uma Igreja Cristocêntrica, institucional e mística, humana e Divina, onde o elo entre Deus e o Homem é a Eucaristia... Quem comer a minha carne e beber do meu sangue permanece em mim e eu nele...
Diante da crise estabelecida, Jesus fez o contrário de certas lideranças fajutas, que não querendo perder ovelhas, abranda o discurso, ameniza a prática cristã, abre um caminho mais fácil e menos exigente, principalmente em nossos tempos. Mas Jesus encarou os que ficaram e em vez de parabeniza-los e rasgar elogios por não terem abandonado a comunidade, endureceu ainda mais o "jogo": "Quereis vós também retirar-vos?", ou seja, para quem não aceitar esta verdade, vivendo o cristianismo do jeito que ele é, a porta da rua é a serventia da casa...
E nesta hora é belíssimo de Pedro, que não era nenhum super apóstolo, tinha muitas limitações, mas em seu coração professava uma Fé descomunal em Jesus, porque o Via como o próprio Deus "Senhor, a quem iremos se só tu tens palavras de Vida Eterna"... Talvez muita gente competente e intelectual, gente importante que poderia fazer a diferença na comunidade, a tenha abandonado, os que ficaram são simples, mas fervorosos, pois em nossas comunidades o que vale é a Fé em Jesus Cristo, e não o brilho das pessoas, ou seu status, poder ou prestígio. Uma Fé assim, uma igreja assim, um Jesus Cristo assim, Real e Verdadeiro como João nos apresenta, é PEGAR ou LARGAR... Não tem meio termo ou mais ou menos..

2. Só Tu tens palavras de vida eterna
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Rejeição dos judeus, rejeição de muitos discípulos, aceitação de Pedro; assim termina o capítulo sexto de São João. Diante da reação dos discípulos, Jesus poderia ter mudado o seu discurso, se o que disse não era o que queria dizer. Ele nada mudou, manteve o que disse sobre sua Carne e sobre o seu Sangue como alimentos para a vida eterna, e ainda perguntou aos Apóstolos se eles também queriam ir embora. “A quem iremos?”, respondeu Pedro, não por ter entendido o que Jesus falara, mas por ter aceitado a pessoa de Jesus. Eles reconheciam que Jesus era o Santo de Deus. Aceitamos a pessoa de Jesus e em consequência aceitamos o que ele diz e ensina. Os evangelistas relatam a instituição da Eucaristia. São João, em lugar da instituição, descreve o lava-pés, porque Eucaristia é serviço fraterno. Em compensação, ele nos dá todo o capítulo sexto sobre o Pão da Vida.

Fonte: NPD Brasil em 10/05/2014

Oração Final
Pai Santo, admirando a figura de Pedro, sua entrega total, sua disposição para seguir as palavras de Vida Eterna de Jesus de Nazaré, ficam claros par nós os pobres limites da nossa fé. Perdoa, Pai amado, nossos medos, comodismo e covardia. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/05/2014


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