terça-feira, 20 de dezembro de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 21/12/2016 A 23/12/2016

Ano A




21 de Dezembro de 2016

Lc 1,39-45

Comentário do Evangelho

Duas anunciações

O relato da visita de Maria à sua prima Isabel é a conclusão dos relatos das duas anunciações (Lc 1,5-25.26-38). Assim como a gravidez de Isabel é objeto de revelação a Maria (vv. 36-37), do mesmo modo a de Maria é objeto de revelação a Isabel. A revelação de Isabel vem do fato de a criança pular em seu ventre: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e ela ficou repleta do Espírito Santo” (v. 41). A Isabel, pela graça do Espírito Santo, é dado conhecer não somente que Maria está grávida, mas que o menino é o Messias: “Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” (v. 43). Pulando de alegria no ventre de Isabel (v. 44), João começa a realizar sua missão de precursor (cf. vv. 15-17).
A cada uma das mães Lucas atribui um cântico. A Isabel, o do v. 42: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”. A Maria, o Magnificat (vv. 46-55), um hino de louvor a Deus, composto com um mosaico de referências bíblicas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.
Fonte: Paulinas em 21/12/2013

Vivendo a Palavra

Maria, logo que soube da gravidez de Isabel, partiu para ajudá-la. E partiu às pressas! Ela se fez, assim, modelo para nós, que queremos ser Igreja servidora. Reconheçamos os dons que o Pai nos emprestou; aceitemos com alegria e gratidão esses dons – não para guardá-los, mas para colocá-los a serviço dos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/12/2013

Vivendo a Palavra

A presença discreta de Maria e a doçura da prima Isabel vão preparando o nosso coração para torná-lo uma nova manjedoura que acolha o Deus que chega ao mundo no Menino Jesus. Ele vem para anunciar a Boa Notícia: o Reino do Pai não precisa de fulgurantes sinais exteriores, porque ele já mora dentro de nós!
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Vemos no evangelho de hoje o encontro de duas mulheres que estão grávidas sem que isso fosse possível. De um lado, Isabel, idosa e estéril, e de outro Maria, virgem. A idosa representando o Antigo Testamento, pois será a mãe do último profeta da Antiga Aliança. A virgem representando o Novo Testamento, pois será a mãe daquele que no seu sangue selará a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens. Vemos a complementariedade entre as duas Alianças e vemos também em Maria a essência da missão evangelizadora: levar Jesus a todas as pessoas para que possam reconhecê-lo e acolhê-lo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=12&dia=21

Recadinho

Maria é acolhida em casa de Zacarias, onde sente-se segura e fortalecida diante de sua grande nova missão! Diante de situações novas e difíceis, você busca apoio? Onde? Com que meios? - O Anjo, em nome de Deus, visita Maria, levando-lhe a paz de Deus e uma grande missão. Sei com minha presença levar sempre paz e, se consigo, incentivo para a caminhada a meus irmãos?
Maria visita Isabel. Sua presença é alegria, partilha, amor. Esforço-me para que minha vida leve sempre alegria e segurança a todos?
Maria e Isabel partilham dons e vida. Ambas partilham a Graça de Deus, apoiando-se mutuamente. Tenho espírito de partilha ou vivo fechado em meus problemas e contextos de vida? - Em tempo de Natal, vamos nos unir a elas para melhor acolhermos o Salvador, que nos fala ao coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 21/12/2013

Meditando o evangelho

AS DUAS MÃES

O encontro de Maria com Isabel evoca a experiência de Deus que elas fizeram. Experiências coincidentes e divergentes, em muitos pontos.
Ambas conceberam num contexto de teofania - manifestação de Deus -. Ele se comunicou por meio de seu anjo. Tanto Isabel quanto Maria apresentaram dificuldades para uma possível concepção. A primeira era anciã e estéril; há tempo perdera a esperança de conceber. Para a segunda, a dificuldade consistia em não conhecer varão. Distinguiam-se num ponto: enquanto Isabel queria ser mãe, para superar a vergonha de ser estéril, Maria parecia dar pouca importância a isto. O filho de Isabel recebera a missão de preparar um povo para Deus; o filho de Maria seria a presença de Deus, na história humana, trilhando os caminhos preparados pelo Batista.
Entretanto, Maria possuía algo de especial. Por isso, Isabel ficou cheia do Espírito Santo, assim que ouviu a saudação de sua parenta. Maria era repleta do Espírito, "cheia de graça". O filho que trazia no ventre era superior àquele de Isabel, porque era o próprio Filho de Deus, causa de alegria para o Batista, ainda no ventre materno. A própria Isabel sublinha a particularidade de Maria, ao proclamá-la "Bendita entre as mulheres" e "Bendito aquele que trazia no ventre". Duas mães, dois exemplos de como Deus age no coração humano.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de disponibilidade para Deus, faze-me, como Maria e Isabel, disponível para deixar a graça divina agir no meu coração, plenificando-o com o seu amor.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-21

Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja gentil, atenta às carências dos irmãos, pronta para se fazer próxima de cada um e sofrendo com ele a sua dor. Que anunciemos com leveza e alegria a Lei do Amor a todas as tuas criaturas, como sinal da chegada do teu Reino, pois assim nos ensinou Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php


22 de Dezembro de 2016

Lc 1,46-56

Comentário do Evangelho

Deus é transcendente, misericordioso e forte

O Magnificat, conhecido como o Cântico de Maria, e que rezamos todas as tardes durante a Liturgia das Horas, é um hino de louvor. Trata-se de um hino pré-lucano que, originalmente, cantava a salvação de Deus. Mais tarde, Lucas atribui esse hino de louvor a Maria. Esse hino é um mosaico de citações do Antigo Testamento. Não é um cântico dirigido a Deus, mas um cântico que fala de Deus. Apresenta uma imagem de Deus que o Novo Testamento recebe como herança do Antigo Testamento. Três atributos de Deus são mencionados no Magnificat: Deus é transcendente, Deus é misericordioso, Deus é forte. O poder de Deus se manifesta na sua ternura e na sua misericórdia. Ou se preferirem, o poder de Deus se manifesta no seu amor pela humanidade e pelo mundo que Ele criou (cf. Jo 3,16). A fidelidade de Deus não lhe permite esquecer os compromissos feitos aos antepassados de Israel, aos Patriarcas de Israel, Abraão, Isaac e Jacó. A memória da promessa feita aos antepassados é a forma concreta da misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a causa da iniciativa divina na encarnação do Filho Unigênito de Deus. O Magnificat apresenta um paralelismo entre a libertação do povo eleito do Egito e a libertação anunciada quando do anúncio do nascimento de Jesus. No anúncio do nascimento de Jesus, a humanidade passa da escravidão do pecado para a filiação divina em Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me sensível à espiritualidade daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho, porque ela penetrou, de modo admirável, em teu mistério de amor.
Fonte: Paulinas em 22/12/2014

Vivendo a Palavra

A atitude de Maria, mais do que admirada deve ser seguida pelos discípulos do Cristo Jesus. Acolhendo a missão de gerar o Salvador, ela assume desde logo a missão de seu Filho nesta terra: curar os males, libertar do jugo e aliviar o peso do fardo carregado pelos irmãos de caminhada. E, por tudo, dar graças!
Fonte: Arquidiocese BH em 22/12/2014

Reflexão

Maria reconhece, no canto do magnificat, que Deus realizou maravilhas em sua vida, mas que esta realização não foi somente para ela e que não é um fato isolado na história do povo de Deus, de modo que as maravilhas que Deus realiza nela são, na verdade, para todo o povo de Deus, uma vez que pelo seu Filho virá a salvação para todos os povos. Sendo assim, devemos compreender que quando Deus realiza maravilhas nas nossas vidas, essas maravilhas não são apenas para nós, mas a todas as pessoas a partir de nós, e quando Deus realiza maravilhas nas vidas das outras pessoas, também somos beneficiados por ele.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=12&dia=22

Meditando o evangelho

UMA CONFISSÃO DE FÉ

O Magnificat é uma verdadeira proclamação de fé. Nele Maria abre o coração para falar do Deus em quem crê, e que a chamou para colaborar na obra da redenção da humanidade. Daquele Deus de Jesus, o Filho enviado como Messias de Israel.
Maria acredita num Deus que se serve de mediações muito simples para realizar grandes coisas. Por isso, ele a escolheu, humilde serva, como colaboradora de seu projeto de salvação. Os soberbos e poderosos nada são diante de Deus. Antes, estão fadados à ruína. Para ele, só os humildes gozam de prestígio.
Trata-se, também, de um Deus fiel à suas promessas. Embora tenha falado num passado muito distante, sua palavra ainda é plenamente válida. O envio do Filho Jesus realiza essas promessas. Ele vem como Messias, com a missão de realizar as esperanças de Israel e mostrar todo o amor de Deus pela humanidade.
Este amor tem os pobres, os famintos e os oprimidos como destinatários privilegiados. Deus ergue-se contra toda espécie de opressão e tirania a que são submetidos, manifestando em favor deles "a força do seu braço". Neste clima de solidariedade divina com os pobres, o Messias Jesus apresenta-se numa extrema pobreza, totalmente encarnado no mundo dos que devem escutar a Boa Nova da libertação.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito que nos torna humildes, liberta-me de todo orgulho e soberba que me impedem de estar, como Maria, disponível para um serviço humilde ao Senhor.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-22


23 de Dezembro de 2016

Lc 1,57-66

Comentário do Evangelho

A intervenção de Deus

O que havia sido prometido pelo anjo a Zacarias, quando do anúncio do nascimento de João Batista (“Muitos se alegrarão com o seu nascimento” – Lc 1,14), se realiza com o seu nascimento: os vizinhos e parentes se alegravam com Isabel (cf. v. 58). A mudez de Zacarias (Lc 1,20) não é castigo, mas sinal da intervenção de Deus: “Quando Zacarias saiu não lhes podia falar; e compreenderam que tivera alguma visão no santuário” (Lc 1,22). O acordo entre a mãe e o pai acerca do nome do menino é sinal da revelação (cf. Lc 1,13.20). No momento em que escreve na tabuinha: “João é o seu nome!” (v. 63), “... sua boca se abriu, a língua se soltou” (v. 64), conforme a promessa do anjo (Lc 1,20).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, conta comigo para realizar o teu projeto, como contaste com João cujo nascimento foi revestido de gestos amorosos de tua providência.
Fonte: Paulinas em 23/12/2013

Vivendo a Palavra

A profecia de Malaquias se realiza quando nasce João Batista. Cercada de sinais, aquela criança se tornaria o homem a quem Jesus se referiu mais tarde: “ninguém nascido de mulher foi maior do que ele...” Miremos na figura de João, pois também nós, Igreja, devemos ser, como ele, precursores do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/12/2013

Vivendo a Palavra

No exercício de preparação para o Natal de Jesus, fazemos hoje mais uma parada para contemplar a figura de João Batista, o Precursor, lembrando os sinais que se apresentaram na ocasião de sua circuncisão. João é o modelo que a Igreja oferece para seguirmos Jesus como discípulos missionários do Reino do Pai.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

O nascimento de João Batista nos mostra a atuação de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e proclamar os seus louvores.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=12&dia=23

Recadinho

O nascimento de João foi motivo de muita festa! O que significa para mim a data de meu nascimento? A propósito de nascimento, o que significa o Batismo que recebi um dia? - Deixo que a mão de Deus me ampare na caminhada da vida? Peço a Deus que me ajude para que possa abrir meus olhos para que eu veja e valorize suas maravilhas? - Sirvo-me de minha língua para anunciar as maravilhas de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 23/12/2013

Meditando o evangelho

QUE VIRÁ A SER ESTE MENINO?

A história de João Batista corresponde a uma grande demonstração de misericórdia por parte de Deus, seja em relação a seus pais, seja em relação à humanidade.
Em relação a Zacarias e Isabel, João Batista representou o fim de uma situação humilhante, para um casal temente a Deus e avançado em idade, porém, sem filhos. Sua presença significava, no imaginário popular, a suspensão da maldição que recaía sobre eles. Daí ter sido motivo de regozijo para eles, seus vizinhos e parentes.
Em relação à humanidade, porque João Batista haveria de preparar o caminho para a vinda do Messias, há tanto tempo esperado. Quiçá seus contemporâneos nem tivessem suficiente consciência deste aspecto de sua verdade. Em todo o caso, começavam a dar-se conta de que nele havia algo de grandioso. Até a experiência de mudez de seu pai com a posterior recuperação da fala apontavam para isto. Era inexplicável que houvesse perdido a voz, quando servia no templo, e a tivesse recobrado ao escrever numa taboinha o nome a ser dado ao filho, João, que significa Deus é propício, quando todos insistiam em chamá-lo de Zacarias, como o pai. O temor que se apossou da gente da vizinhança é próprio de quem tem consciência de encontrar-se diante de uma evidente manifestação de Deus.
A constatação de que "a mão do Senhor estava com o menino" revela a expectativa criada em torno dessa criança. Algo de grandioso lhe estava reservado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de providência, leva-me a compreender que minha vida está nas mãos do Pai, e que, apesar da minha fraqueza, ele conta comigo para realizar grandes coisas.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-23

Oração Final
Pai Santo, que quiseste mostrar teu Amor fazendo-te humano em Jesus de Nazaré, torna-nos novos precursores, como João Batista, para anunciarmos que o teu Reino de Amor já está presente neste mundo – em nós e entre nós – desde a vinda do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php



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