terça-feira, 25 de outubro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/10/2016

Ano C


Lc 13,22-30

Comentário do Evangelho

O discípulo é chamado a fazer uma opção: entrar pela “porta estreita”

O texto do evangelho menciona a subida para Jerusalém (v. 22; cf. 9,51). Trata-se da parte central do evangelho segundo Lucas e que, mais que um trajeto geograficamente preciso, tem um valor simbólico e didático: são lições que Jesus dá aos discípulos na expectativa de sua “saída” deste mundo.
“Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” (v. 23). A salvação é um dom de Deus e compete somente a ele. Aos discípulos compete viver esta graça, configurando a sua vida à vida de Cristo.
O discípulo é chamado a fazer uma opção: entrar pela “porta estreita” (v. 24). A porta estreita é oposta à prática da iniquidade (v. 27). No evangelho segundo João, Jesus se apresenta como a porta das ovelhas (Jo 10,7.9): “Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo” (Jo 10,9). É por Jesus que se alcança a salvação. Toda a sua existência terrestre e a sua vida gloriosa é que dão acesso ao Reino de Deus. Os que praticam “a iniquidade” (v. 27) são os que resistem a fazer a vontade de Deus; os que, pela dureza de coração, se opõem, perseguem Jesus; são aqueles para os quais a morte de Jesus é como uma “porta fechada” (v. 25). É evidente que Jesus falava de seus contemporâneos, dos que perderam a oportunidade de reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus (cf. 1,6; 7,16). A vida de cada um, e o definitivo da existência humana, se decide diante “diante do dono da casa”, do Cristo Ressuscitado, pela adesão ou rejeição a ele. Mas a salvação não se restringe a um povo; a humanidade inteira é destinatária da salvação de Deus em Jesus Cristo: “Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão parte à mesa do Reino de Deus” (v. 29).
Não necessariamente os que foram chamados primeiro aceitarão participar do banquete do Cordeiro. Mas os últimos, os pagãos, têm também lugar assegurado, desde que aceitem entrar pela "porta estreita”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.
Fonte: Paulinas em 25/08/2013

Vivendo a Palavra

Jesus lembra que estar perto nem sempre significa estar em comunhão. Estar unido ao Pai é praticar a Justiça, a fraternidade, a compaixão. É acolher os irmãos, especialmente o pobre, o discriminado pela sociedade, o diferente de nós e até o nosso adversário, promovendo o seu bem e orando por ele.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2013

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre não deixa dúvidas: o essencial não será termos comido ou bebido na sua Presença, ou mesmo termos ouvido seus ensinamentos (participando de cultos religiosos), mas será termos praticado a Justiça – que é o primeiro e necessário passo para chegarmos à compaixão, à misericórdia e à fraternidade.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=10&dia=26

Meditação

Você tem consciência de que faz sua parte pelo Reino de Deus? - Há muita injustiça à sua volta? - Se você exerce algum poder sobre alguém, procura agir de modo justo? - Questiona-se sempre sobre o exercício do poder? - Procura proteger os simples, os humildes como deve?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario em 25/08/2013

Meditando o evangelho

OS PRIMEIROS NO REINO

A pergunta dirigida a Jesus – "São pouco os que se salvam?" – baseava-se em falsos pressupostos que Jesus se apressou a desmascarar. Entre eles, a idéia equivocada de que teriam precedência no Reino de Deus os parentes de Jesus, ou os que estivessem em contato com ele. Bastaria ter "comido ou bebido com ele" para que a salvação estivesse garantida.
O critério da salvação é bem outro: exige-se que o discípulo se disponha a entrar pela porta estreita da fé, cuja exigência é ser misericordioso com o próximo, sendo capaz de perdoar e viver reconciliado. Enfim, saber colocar-se a serviço do amor e da justiça. Estes são os sinais de que o Reino está produzindo frutos no coração do discípulo, já neste mundo. A salvação eterna será decorrência desta vivência do amor. Gozará da comunhão eterna com o Pai quem escolheu a misericórdia como projeto de vida.
Quanto a isto, os pagãos estão em pé de igualdade com os primeiros discípulos de Jesus. Basta que tenham aderido sincera e generosamente ao Reino, e se deixem guiar por ele para serem salvos. Não se descarta a possibilidade de ficar para trás quem já se considerava herdeiro do Reino. Muitos destes terão o desprazer de ouvir de Jesus a terrível sentença: "Afastem-se de mim, todos vocês que são malfeitores!" É que, infelizmente, procuraram herdar o Reino pelo caminho errado. Pensando serem os primeiros, acabarão sendo os últimos no Reino!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-26

Oração Final
Pai Santo, faze-nos desapegar da nossa justiça legalista e miúda, que considera créditos e débitos para chegar a saldos, e nos ensina a tua Justiça, a Justiça Evangélica, baseada no Amor, na gratuidade e no desejo de servir ao próximo, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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