quarta-feira, 19 de outubro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 20/10/2016

Ano C


Lc 12,49-53

Comentário do Evangelho

É preciso liberdade e desapego.

Jesus não promove a guerra nem tampouco a destruição. A linguagem do evangelho, muitas vezes enigmática para o homem moderno, precisa ser decodificada para fazer emergir o seu sentido. “Fogo” (v. 49) refere-se ao Batismo de Jesus (Lc 3,16). No texto do Batismo o termo “fogo” é utilizado para explicar a natureza da ação do Espírito Santo, a saber, purificação e julgamento. A morte de Jesus é também considerada como um fogo (v. 50) que dividirá e dispersará os seus próprios discípulos. Na morte de Jesus, os homens serão julgados e eles mesmos reconhecerão a sua iniquidade (Lc 23,48). A lealdade a Jesus está acima de qualquer compromisso humano com a defesa de interesses particulares, escondidos, muitas vezes, atrás do argumento da defesa de Deus. Jesus não promove a guerra nem a discórdia. Os que o rejeitam é que perseguem os que o aceitam. É preciso que o discípulo tenha consciência de que os laços afetivos verdadeiros, construídos no amor e tão caros para a saúde da humanidade, não podem ser impedimento, nem servir de coação, ao seguimento de Cristo e a uma vida segundo o Espírito, para quem, livremente, adere à vocação cristã. É preciso liberdade e desapego.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.
Fonte: Paulinas em 23/10/2014

Vivendo a Palavra

A Paz que o Filho de Deus trouxe à terra não é o comodismo de quem está satisfeito e se fecha em seu pequeno mundo para preservá-lo, mas é a atitude corajosa e ativa de quem sabe que o Reino de Deus já está em nós e deseja levá-lo aos irmãos, lutando contra a sedução enganosa deste mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/08/2016

Vivendo a Palavra

A Paz de Cristo é ativa, fogo aceso para a construção de um mundo mais humano, do bem comum para os irmãos, com atenção especial aos mais carentes e discriminados pela sociedade de consumo. Que as divisões por causa do Reino de Deus sejam assumidas como consequência natural da caminhada.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A vinda de Jesus cria um divisor de águas na história dos homens. De um lado encontramos os que são dele e, de outro, os que são do mundo. A partir dessa divisão se estabelece o conflito, que é caracterizado principalmente pela diferença de valores, e exige de todos os que abraçam a fé a consciência de suas conseqüências, entre elas a de ser odiado pelo mundo. Como cristãos, devemos enfrentar o conflito com o mundo, mas não com as mesmas armas do mundo, uma vez que estas levam à morte, o grande valor do mundo. Devemos enfrentar o mundo com a fé, a espiritualidade, a entrega, a partilha, a doação, a fraternidade, o testemunho, o profetismo, que são valores do Reino e levam à vida.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=10&dia=20

Recadinho

A paz de Jesus supõe comprometer-se com a verdade. Procuro viver a verdade? - Vivo em paz? - Promovo a paz? - Dou minha contribuição para que haja paz em meu lar? - E em meu ambiente de trabalho? - E em minha vida social? Onde há medo e opressão, é evidente que não existe paz!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12-Santuário Nacional em 23/10/2014

Meditando o evangelho

AFIRMAÇÕES ENIGMÁTICAS

O texto evangélico contém algumas afirmações de difícil interpretação. Entre elas, a declaração de Jesus de ter vindo trazer fogo à Terra, e seu desejo de já vê-lo inflamar. Que fogo é esse, que ainda não se propagou?
Recorrendo à pregação dos antigos profetas, é possível relacionar as palavras de Jesus com o juízo final, em que os eleitos serão purificados, e os ímpios, exterminados. Neste caso, o Mestre haveria de realizar as esperanças escatológicas do povo de Israel: ver a história purificada de toda a maldade. O fogo de Pentecostes, dom do Ressuscitado à Igreja, poderia ser identificado com a antecipação dos últimos dias.
A realização do desejo de Jesus exigia dele passar para uma prova terrível. Só em pensar nela, ficava angustiado. Por isso, desejava vê-la superada o mais rápido possível. Trata-se de um batismo, que não é o de João, recebido no início do seu ministério. Neste batismo, ele se mostrou solidário com o povo pecador, em busca de conversão, em vista do perdão futuro. Agora, deverá passar por um outro batismo, por uma nova prova em vista da purificação do seu povo.
Sem dúvida, o Mestre se referia à paixão e morte de cruz que se aproximavam. Elas teriam a função de purificar a humanidade de seus pecados, como um fogo abrasador, de modo a antecipar o juízo final de Deus sobre a história humana. A maldade estava finalmente condenada.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-20

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a alegria de seguir o Caminho do Teu Reino de Amor desde agora, vivendo neste Planeta-jardim que nos emprestas para ser cuidado, usufruído e repartido entre todos os teus filhos. Que a oposição do mundo não nos amedronte, mas nos dê força para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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