domingo, 14 de agosto de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/08/2016

ANO C


Lc 12,49-53

Comentário do Evangelho

É preciso liberdade e desapego.

Jesus não promove a guerra nem tampouco a destruição. A linguagem do evangelho, muitas vezes enigmática para o homem moderno, precisa ser decodificada para fazer emergir o seu sentido. “Fogo” (v. 49) refere-se ao Batismo de Jesus (Lc 3,16). No texto do Batismo o termo “fogo” é utilizado para explicar a natureza da ação do Espírito Santo, a saber, purificação e julgamento. A morte de Jesus é também considerada como um fogo (v. 50) que dividirá e dispersará os seus próprios discípulos. Na morte de Jesus, os homens serão julgados e eles mesmos reconhecerão a sua iniquidade (Lc 23,48). A lealdade a Jesus está acima de qualquer compromisso humano com a defesa de interesses particulares, escondidos, muitas vezes, atrás do argumento da defesa de Deus. Jesus não promove a guerra nem a discórdia. Os que o rejeitam é que perseguem os que o aceitam. É preciso que o discípulo tenha consciência de que os laços afetivos verdadeiros, construídos no amor e tão caros para a saúde da humanidade, não podem ser impedimento, nem servir de coação, ao seguimento de Cristo e a uma vida segundo o Espírito, para quem, livremente, adere à vocação cristã. É preciso liberdade e desapego.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.
Fonte: Paulinas em 23/10/2014

Vivendo a Palavra

A Paz que o Filho de Deus trouxe à terra não é o comodismo de quem está satisfeito e se fecha em seu pequeno mundo para preservá-lo, mas é a atitude corajosa e ativa de quem sabe que o Reino de Deus já está em nós e deseja levá-lo aos irmãos, lutando contra a sedução enganosa deste mundo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A vinda de Jesus cria um divisor de águas na história dos homens. De um lado encontramos os que são dele e, de outro, os que são do mundo. A partir dessa divisão se estabelece o conflito, que é caracterizado principalmente pela diferença de valores, e exige de todos os que abraçam a fé a consciência de suas conseqüências, entre elas a de ser odiado pelo mundo. Como cristãos, devemos enfrentar o conflito com o mundo, mas não com as mesmas armas do mundo, uma vez que estas levam à morte, o grande valor do mundo. Devemos enfrentar o mundo com a fé, a espiritualidade, a entrega, a partilha, a doação, a fraternidade, o testemunho, o profetismo, que são valores do Reino e levam à vida.
Fonte: CNBB em 23/10/2014

Recadinho

A paz de Jesus supõe comprometer-se com a verdade. Procuro viver a verdade? - Vivo em paz? - Promovo a paz? - Dou minha contribuição para que haja paz em meu lar? - E em meu ambiente de trabalho? - E em minha vida social? Onde há medo e opressão, é evidente que não existe paz!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12-Santuário Nacional em 23/10/2014

Meditando o evangelho

JULGAR O QUE É JUSTO

As rupturas criadas no seio da humanidade pela pregação de Jesus põem em alerta o discípulo do Reino. Por um lado, torna-se esgotante levar adiante uma luta infindável contra as forças do anti-Reino, muitas vezes, sem se perceber resultados concretos. E isso, parece inútil. Por outro, desiludido, pode o discípulo deixar-se encantar pelos valores do anti-Reino e ser levado a romper com o Reino.
A opção pelo Reino lança-o num verdadeiro campo de batalha. E sua opção é posta à prova. Como adversários, pode encontrar até mesmo os familiares mais caros. Não seria preferível buscar a via da conciliação, à custa de abrir mão do projeto do Reino? Até quando estaria o discípulo em condições de suportar o confronto entre o amor familiar e as exigências do Reino, quando não existe coincidência entre ambos?
Daí a necessidade de julgar o que é justo e mais conveniente. A questão crucial consiste em saber quais são os critérios para se fazer este julgamento. Se a verdade, a justiça e os demais valores do Reino têm prioridade na vida do discípulo, este será capaz de opor-se às exigências familiares, quando forem contrários àqueles valores. Caso contrário, seu julgamento será incorreto, e não corresponderá ao querer divino. Em outras palavras, terá renunciado a ser discípulo de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito que leva a julgar corretamente, dá-me suficiente coragem para decidir-me sempre pelo Reino e seus valores, mesmo devendo contrariar amigos e familiares.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-14

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Deixe-se acender pelo fogo da graça de Deus

Precisamos incendiar nossa casa, nossa família e trabalho, onde quer que estejamos, com o fogo da graça de Deus
“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!” (Lucas 12, 49).




Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
http://homilia.cancaonova.com/homilia/deixe-se-acender-pelo-fogo-da-graca-de-deus/

REFLEXÕES DE HOJE


14 de AGOSTO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

O fogo e a espada… (Lc 12,49-53)

O fogo queima. A espada fere. O fogo rechaça as trevas. A espada separa a mentira da verdade. O fogo cauteriza as feridas. A espada revela as intenções profundas. Jesus é ao mesmo tempo o fogo e a espada.
Como diz André Louf, Jesus é sinal de contradição e pedra de tropeço contra os quais o ódio e o mal se chocam e são esmagados. Ele é a luz que não é recebida pelas trevas, profeta rejeitado por seu povo.
Assim como o profeta Jeremias (primeira leitura da liturgia de hoje), Jesus “é essencialmente contestado pelo mundo ao qual se dirige. Sua presença inevitavelmente ateia um braseiro, exacerba o conflito e, como uma espada, volta-o contra si mesmo. A tal ponto que Jesus morre disso, primeira vítima da contestação que ele veio acender”.
O agricultor nos ensina que é preciso ferir a terra se queremos que ela acolha a semente e dê muitos frutos. E a terra se deixa ferir pela lâmina do arado, colaborando para a futura colheita. Ferida, aerada, revolvida, eis a terra pronta a gerar a vida…
Como observa André Louf, “existem rupturas que são necessárias para que a vida encontre um caminho. Rupturas e desapegos. A flor, por mais bela que ela seja, é efêmera. Ela deve murchar e cair para que o fruto apareça e amadureça. Uma vez maduro, o fruto não pode permanecer para sempre sobre a árvore, como sua glória e seu ornamento. O fruto será colhido, isto é, arrancado, ou se desprenderá por si mesmo.
E se a semente no coração do fruto quer encontrar o caminho da terra, é preciso que ele se decomponha e apodreça. E se o grão quer germinar, é preciso que ele morra na cavidade do sulco. Só então ele dará fruto. Do contrário, permanece só, estéril, inútil…”
Como se vê, é uma lei da existência. É preciso morrer para gerar a nova vida. Jesus nos alerta para a ilusão de uma espécie de “paz” que nos torna estéreis, um tipo de serenidade que nos imobiliza, uma forma de segurança que nos petrifica. É por isso que Jesus desperta a oposição de quem repele a vida, é alvo do ódio de quem teme as mudanças, sofre o combate de quem não quer um mundo novo.
Enquanto isso, os santos caminham para a morte, certos da ressurreição…
Orai sem cessar: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo…(Mt 3,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-14082016/

Oração Final
Pai Santo, três coisas nós Te pedimos: ouvidos capazes de escutar a Tua Palavra Criadora, feita humana em Jesus de Nazaré; coração acolhedor, para recebê-la com gratidão; coragem e alegria para vivê-la e comunicá-la aos irmãos de caminhada. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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