quinta-feira, 28 de julho de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 28/07/2016 A 30/07/2016

Ano C



28 de Julho de 2016

Mt 13,47-53

Comentário do Evangelho

Jesus é quem revela o mistério de Deus.

A parábola da rede é a última das parábolas do Reino dos céus do capítulo treze. Há um tempo para tudo sobre a face da terra. A paciência instruída pelo discernimento é a atitude exigida dos discípulos. Há um tempo para a pesca e um tempo para a triagem da pesca realizada. Isso significa que, enquanto se é peregrino neste mundo, se impõe uma dupla atitude: suportar que, no Reino, mal e bem estão mesclados e confiar em Deus, que, no tempo oportuno, fará a triagem, separando os bons dos maus. Essa mesma ideia está presente na parábola do joio e do trigo e no discurso escatológico de 25,31-46. A parábola não deixa nenhuma margem ao equívoco: a triagem acontecerá no fim do mundo (vv. 49-50). Os versículos 51 e 52 são a conclusão de todo o discurso de Jesus em parábolas. À pergunta de Jesus, os discípulos respondem afirmativamente. Isso significa que eles compreenderam a natureza do Reino dos Céus e a sua situação neste mundo, o seu desenvolvimento e as exigências que ele impõe. A resposta positiva dos discípulos à pergunta de Jesus mostra que eles reconhecem que Jesus é quem revela o mistério de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente realismo para perceber que teu Reino se constrói em meio a perdas e ganhos, e que só tu podes garantir o sucesso final.
Fonte: Paulinas em 31/07/2014

Vivendo a Palavra

As metáforas de Jesus vão nos ajudando a penetrar no Mistério de Amor que é o Reino de Deus. Não para compreendê-lo, pois ele é insondável para nós, mas para amá-lo mais. Cada parábola coloca em seu lugar uma seta que nos guia no Caminho de Jesus, o Filho Unigênito que se fez carne por amor à humanidade.
Fonte: Arquidiocese em 31/07/2014

Vivendo a Palavra

As parábolas do Reino do Céu mostram não só a familiaridade com que Jesus se referia às coisas do seu Pai Misericordioso, como também o jeito que Ele sugeria de como nós as devemos tratar: com muita simplicidade, assim como fazem as crianças amadas e felizes com as coisas de seus pais...
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A presença do Reino de Deus na nossa história não pode ser obscurecida pela presença do mal no mundo. As pessoas devem ser capazes de analisar toda a realidade a partir dos critérios do Reino para, à luz do Espírito Santo, ser capaz discernir o bem do mal e escolher o que contribui para que ela possa se aproximar cada vez mais de Deus. Mas esta distinção não dá ao cristão o direito de condenar os que erram, ao contrário, ele deve ser um instrumento nas mãos de Deus para que todos sejam capazes de fazer esta distinção e trilhar os caminhos do bem.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=28

Recadinho

Procuro estar sempre entre os “peixes” bons de Deus? - O que a “rede” de minha vida recolhe? Bons peixes? - Como somos felizes por podermos avaliar sempre o conteúdo de nossa “rede”, a rede que nos envolve! - Procuro sempre ser trigo, mesmo em meio ao joio? - Agradeçamos a Deus por fazermos parte dos bons!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 31/07/2014

Meditando o evangelho

PERDAS E GANHOS

A imagem da pesca, simbolizada na rede lançada ao mar e que recolhe peixes de toda espécie – bons e maus – ilustra a dinâmica do Reino feita de perdas e ganhos. Uma vez lançada a rede ao mar, a pescaria já não depende da vontade do pescador. Cada lançada de rede é uma surpresa. A seleção será feita somente no final da pescaria, quando os peixes bons são colocados em cestas, enquanto os maus são jogados fora.
A tarefa do discípulo, servidor do Reino, consiste em lançar a rede incessantemente. Não lhe importa a qualidade dos peixes eventualmente recolhidos, mesmo porque esta decisão está fora de seu alcance. Basta-lhe ter cumprido a missão que o Senhor lhe confiara. Assim não se frustrará, embora haja peixes a serem lançados fora. O receio da perda não pode paralisá-lo nem diminuir-lhe o entusiasmo. Como bom pescador, ele ousa sempre lançar de novo a rede. Nisto consiste sua realização pessoal e sua alegria.
É ilusão pretender ganhar sempre, como é desastroso cultivar a idéia do fracasso. Só a miopia espiritual pode levar alguém a não perceber que, apesar de seus esforços, foi incapaz de sair cem por cento realizado em sua missão, sem o menor fracasso. Ou, ao contrário, levar alguém a abater-se por ser incapaz de discernir o mínimo sinal de sucesso.
O realismo exige de nós contar tanto com o sucesso quanto com o fracasso na missão de servidores do Reino. O tempo se encarregará de revelar a verdade dos fatos!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, concede-me suficiente realismo para perceber que teu Reino se constrói em meio a perdas e ganhos, e que só tu podes garantir o sucesso final.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-28


29 de Julho de 2016

Jo 11,19-27

Comentário do Evangelho

Senhor, eu creio...

Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu encontro, enquanto sua irmã, Maria, permanece sentada. Marta se destaca do grupo, formado pela irmã e pelos judeus, caracterizado pelo luto. Deixando o grupo para ir ao encontro do Senhor, Marta dissocia-se do luto e se coloca do lado do Senhor dos vivos. Diante de Jesus, ela se coloca como uma mulher de fé que confia em Jesus: “Senhor, se estivesses estado aqui… Mesmo assim, eu sei que tudo o que pedires a Deus, ele te concederá” (vv. 21.22).
A intervenção confiante de Marta é constituída de uma dupla fórmula: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte e a presença de Jesus permite reavivar toda a esperança. “Teu irmão ressuscitará” (v. 23), diz Jesus. Diante disso, Marta afirma a sua adesão ao credo do judaísmo sobre a ressurreição (cf. v. 24).
Mas ante à nova afirmação de Jesus, “Eu sou a Ressurreição e a vida”, ela supera a fé judaica na ressurreição, para professar: “Eu creio…” (v. 27). É exatamente nisso que ela é cristã. O diálogo de Jesus com Marta é o cume do capítulo 11. A profissão de Marta equivale à de Pedro, em Jo 6,69.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.
Fonte: Paulinas em 29/07/2015

Vivendo a Palavra

O encontro de Jesus com Marta – após a morte do irmão Lázaro – enseja, por parte do Mestre, a sublime declaração “Eu sou a Ressurreição e a Vida”; e por parte da discípula, a confissão: “Eu acredito que Tu és o Messias, o Filho de Deus que deveria vir a este mundo”. Repitamos com Marta, esta síntese da nossa fé!
Fonte: Arquidiocese em 29/07/2015

Reflexão

A morte de uma pessoa querida é, muitas vezes, causa de desespero para todos nós, pois nos parece que as nossas preces não foram ouvidas. Marta afirma: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Ela mandou chamar Jesus, mas ele não estava presente no momento em que ela tanto precisava. Porém, ela não se desesperou por causa disso, continuou acreditando e o resultado da sua fé foi o retorno do seu irmão à vida, mostrando-nos, assim, que não devemos questionar a ação divina, mas sempre confiar em Deus, que faz tudo para o nosso bem, para a nossa felicidade e para a nossa salvação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=29

Meditação

Como vivo minha fé? - Nos momentos de solidão, procuro me unir mais a Deus pelas oração? - Lembro-me sempre de que orar é conversar com Deus? Faço isso com frequência? - Consigo sorrir para meu próximo mesmo quando a dor me pesa na alma? - Levo sempre meu coração partido, machucado, para que Deus o possa consertar?
Fonte: a12 - Santuário em 29/07/2013

Meditando o evangelho

O ÚLTIMO SINAL

A ressurreição de Lázaro conclui a série dos sinais realizados por Jesus, ao longo do seu ministério, e, de certo modo, prepara o caminho para o sinal definitivo: sua ressurreição. O último sinal contém elementos importantes para a correta compreensão do que estava para acontecer.
Jesus é apresentado como vencedor da morte e doador da vida. Não importava que o amigo estivesse doente, morresse e depois passasse quatro dias sepultado. O Messias Jesus era suficientemente poderoso para chamá-lo de volta à vida.
Quem estivera morto levanta-se do sepulcro e volta para a vida, obedecendo à ordem dada por Jesus. Este se apresenta como o princípio e a causa da ressurreição da Lázaro. A ressurreição de Jesus acontecerá por que traz dentro de si uma força divina, que faz jorrar a vida onde reina a morte.
A ressurreição de Lázaro possibilitará aos discípulos solidificarem sua própria fé. Jesus se alegra por eles não terem encontrado Lázaro com vida. Assim, teriam a chance de testemunhar uma manifestação inquestionável do poder do Mestre, e, por conseguinte, crerem nele.
Por sua vez, o diálogo com Marta e Maria, em torno da fé na ressurreição dos mortos, põe as bases para a compreensão da gloriosa ressurreição do Senhor.
Desta forma, os discípulos foram preparados para enfrentar o impacto da morte iminente do Mestre.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-29

OU

Lc 10,38-42

Comentário do Evangelho

Apelo a dar prioridade à escuta da palavra do Senhor.

O evangelho não apresenta uma oposição entre ação e contemplação. Neste caso, Jesus daria prioridade à contemplação sobre a ação. Aqui, a questão é bem outra: trata-se de receber Jesus, e de recebê-lo de verdade.
Foi Marta quem o recebeu (cf. v. 38). Daí que é não só precipitado, mas uma má leitura do texto, desqualificar Marta. Jesus aceita o convite de Marta. Aliás, ele espera ser convidado: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). Nós temos sempre uma porta a abrir para acolher Jesus. A fé em Jesus é hospitalidade – trata-se de recebê-lo em si, em sua intimidade pessoal e familiar. E recebê-lo bem! Receber bem é deixar o outro falar e se dispor a ouvi-lo. Frequentemente, há muito barulho à nossa volta, muito barulho em nós. Escutar alguém exige atenção. Escutar distraidamente, continuando a fazer as tarefas, é um modo de dizer àquele que fala que o que ele diz não tem nada de decisivo. Nosso relato tem um valor simbólico. Ele responde a uma questão fundamental para o cristão: o que é ser, realmente, discípulo de Jesus? A lição deste episódio é que ele não opõe duas opções. Ele afirma uma prioridade: escutar, receber uma palavra que se instala em nós como um hóspede se instala em nossa casa. Nosso texto é um apelo a dar prioridade à escuta da palavra do Senhor.
08/10/2013

Vivendo a Palavra

O serviço ao próximo deve ser conforme ao seu desejo, não à vontade de quem o presta. Jesus ia para Jerusalém – Ele sabia que aquela seria sua última viagem – estava angustiado e desejava companhia, um ouvido amigo que o escutasse. Marta não soube reconhecer e insistia nas arrumações da casa...
Fonte: Arquidiocese em 08/10/2013

Reflexão

Existem pessoas que se sentem angustiadas diante do sofrimento de outras pessoas, das injustiças, das carências e necessidades dos outros e também diante da descrença que existe no mundo de hoje, e, movidas por essa angústia, se entregam de corpo e alma no trabalho evangelizador, promocional e assistencial. Porém, todos nós devemos levar em consideração que o mais importante nem sempre é o que estamos fazendo, mas a motivação pela qual agimos e a consciência de que, na verdade, somos colaboradores com o próprio Deus na sua ação de salvação dos homens e que nada podemos fazer por nós mesmos. Assim, o ativismo é estéril e, além de não atingir seus objetivos, nos esvazia, enquanto que a mística, o encontro com Jesus, sustenta e dá eficácia ao nosso agir.
Fonte: CNBB em 08/10/2013

Meditação

É fácil dosar ação e contemplação? - Não se corre o risco de às vezes ficar esperando tudo dos outros? - Será que Jesus não queria dizer que não era necessário preparar muitos pratos especiais para o momento? - Seu coração está sempre pronto para acolher Jesus? - Nossa vida deve ser um misto de oração e ação. Comente.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 08/10/2013

Meditando o evangelho

Todo aquele que crê em mim, não morrerá jamais

Marta é mencionada apenas em uma cena de Lucas, e em duas cenas de João. Em Lucas, Jesus está em casa de Marta, em Betânia, Maria a seus pés e Marta servindo (Lc 10,38-42). Em João, temos o diálogo com Marta na cena da morte e ressurreição de Lázaro (evangelho de hoje), e a cena da ceia em sua casa, cinco dias antes da última ceia com os apóstolos (Jo 12,1-2).
No diálogo com Jesus, Marta reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida". A ressurreição é a vida de Deus, que vence a morte e que nos é dada em Jesus.
A ressurreição de Lázaro revela a continuidade da vida e a presença da vida eterna, já, naqueles que crêem em Jesus. "Todo aquele que crê em mim, não morrerá jamais". A comunidade que crê em Jesus e vive sua missão de amor é a comunidade dos que já estão inseridos na vida divina e eterna.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai todo-poderoso, cujo filho quis hospedar-se em casa de Marta, concedei por sua intercessão que, servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
http://www.senhoradorosario.org/2013/07/liturgia-diaria-domtotalcom.html


30 de Julho de 2016

Mt 14,1-12

Comentário do Evangelho

O mártir da moral

João Batista é o mártir da moral. Ele foi posto na prisão por ter denunciado uma união ilegal entre Herodes e Herodíades, mulher de Filipe, irmão do Tetrarca (vv. 3-4). A palavra movida só pela emoção e ilusão é portadora da morte: “(Herodes) prometeu, com juramento, dar a ela (filha de Herodíades) tudo o que pedisse” (v. 7). É a vida de João que Herodíades reivindica. Busca eliminar a “voz” que denuncia o seu mal. É provável que o sofrimento e a morte de João Batista prefigurem a paixão e morte de Jesus Cristo. Ambos tidos como profetas (13,57; 14,5), conhecerão a sorte dos profetas: “Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados…” (Mt 23,37-39; Lc 13,34-35).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, na qualidade de discípulo de teu Filho Jesus, quero inspirar-me na coragem inabalável de João Batista, denunciando profeticamente a prepotência dos grandes.
Fonte: Paulinas em 03/08/2013

Vivendo a Palavra

A história mostra que outros Batistas são sacrificados pelos poderosos para preservar o orgulho e o poder. Muitos homens e mulheres são discriminados, marginalizados pelas injustiças e egoísmo de pessoas e sistemas. Em meio a tudo isto, nós, a Igreja de Jesus, devemos ser sinais de fé e de esperança.
Fonte: Arquidiocese em 03/08/2013

Reflexão

A vida de João Batista foi sempre a história da ação divina na história da humanidade, mas principalmente a oposição que existe entre os valores do Reino de Deus e os valores que são assumidos e vividos pelas pessoas. Esta oposição aparece desde o início da vida de João, quando Zacarias, no seu cântico, afirma que ele veio para iluminar os que jazem nas trevas. Mas assim como acontece com Jesus, acontece também com João: os que são das trevas não o receberam, de modo que a sua morte foi conseqüência desta contradição. Mas até a sua morte se torna contradição, porque ela acaba por se tornar um testemunho ainda maior da verdadeira vida, que é destinada aos filhos da luz.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=30

Meditação

No mundo de hoje há muita perseguição a cristãos. O que se pode fazer por eles? - Como você testemunha publicamente sua fé? - Consegue apontar o caminho de Deus por exemplos e palavras? - Hoje procura-se eliminar os sinais de fé. Isto lhe preocupa? - Você procura agradar a Deus acima de tudo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 03/08/2013

Meditando o evangelho

DUAS FIGURAS CONTRASTANTES

A cena evangélica confronta duas figuras contrastantes: João Batista e Herodes. E isto com o objetivo de mostrar aos discípulos a que ponto se pode chegar, quando se assume uma postura profética. No fundo, alertava para o que aconteceria com o próprio Jesus. Por ser profeta como João, sorte semelhante à deste lhe estava reservada. Seria ingenuidade pensar de maneira diferente, ao perceber a coerência da ação do Mestre.
Herodes é apresentado como um indivíduo imoral, que não teve escrúpulo de tomar como esposa a mulher de seu irmão. Homem violento, ficou cheio de ódio por ter sido censurado por João. Não o matou logo, por temer o povo que tinha o Batista na conta de profeta. Mas o encarcerou. Homem sem discernimento. Seu juramento imponderado obrigou-o a agir contra a sua própria consciência. Apesar de ter se entristecido quando a filha de sua concubina lhe pediu a cabeça de João numa bandeja, atendeu-lhe o pedido mandando-o decapitar. Logo, foi um cruel assassino.
João Batista é um homem livre e temente a Deus. Não suporta o abuso dos grandes, mesmo que seja contra outro grande, como foi o caso de Filipe, irmão de Herodes.
Homem corajoso! Nem a prisão nem a ameaça de morte fazem-no voltar atrás. Sua figura recorda a dos antigos profetas, rejeitados e assassinados por terem sido fiéis à sua vocação. Acima de tudo, João encarna a figura de homem de Deus, inabalável quando se trata de testemunhar a verdade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, na qualidade de discípulo de teu Filho Jesus, quero inspirar-me na coragem inabalável de João Batista, denunciando profeticamente a prepotência dos grandes.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-30


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