quinta-feira, 21 de julho de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 21/07/2016 A 23/07/2016

Ano C




21 de Julho de 2016

Mt 13,10-17


Comentário do Evangelho

Sendo uma história didática, a parábola pode facilitar a compreensão da mensagem que está sendo transmitida. Exemplos concretos são captados mais rapidamente do que ideias abstratas. As pessoas em geral contam casos. Não discutem ideias. Jesus, porém, não fala em parábolas aos seus discípulos, não por serem mais inteligentes, mas porque a eles foi dado conhecer os mistérios do Reino. Outros veem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender. Jesus não está opondo classes. Está se referindo a uma categoria de pessoas que o ouvem, e mesmo sabendo quem ele é não o aceitam porque acham que ele veio para atormentá-los antes do tempo. Assim, de um recurso pedagógico a parábola passa a ser um instrumento de crítica, não aplicável aos discípulos, mas compreendida pelo bom entendedor cujo coração insensível ouve de má vontade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d5

Vivendo a Palavra

O Mestre justifica o uso das parábolas. Elas são o jeito delicado que o Pai lança mão para respeitar a nossa liberdade de filhos. Aqueles que se dispuserem a crer, têm nelas razão e motivo para fazê-lo. Aqueles de coração duro que não quiserem entender, não são violentados com a imposição do anúncio do Reino de Deus feito por meio das parábolas.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Quem procura ter os olhos, os ouvidos e o coração abertos para a mensagem de Jesus entende o que ele quer dizer com as parábolas, mas quem vive preocupado com interesses mesquinhos, busca de satisfação pessoal, fundamentando a sua vida no egoísmo, não entende as parábolas de Jesus. Somente aquelas pessoas que procuram fazer a vontade de Deus, buscando uma abertura para ele e para os irmãos e irmãs no sentido de viver cada vez mais e melhor o amor pode entender as parábolas de Jesus, pois essas pessoas procuram abrir espaço para que a graça de Deus atue, condição fundamental para que haja de fato entendimento da palavra de Jesus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=21

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Saber ouvir

Quando conversamos com alguém sobre algum assunto muito importante, mas notamos que o ouvinte está “longe” da conversa, distraído, olhando para os lados, preocupado com outras coisas, lógico que não sentimos vontade de continuar, e assim logo encerramos o assunto ou transformamos a conversa em uma futilidade, que não requer tanta atenção do outro.
Na celebração de casamentos ás vezes enquanto o Padre ou o Diácono capricha na homilia, os noivos estão dando risinhos entre si, ou olhando para a cara de algum padrinho engraçado, ou olhando a daminha ou o noivinho, ou o que é ainda pior, fazendo pose para uma foto. Como diz o caboclo, “dá uma réiva”, e daí a gente logo conclui, e perde a vontade de continuar com a reflexão, pois os principais interessados, que são os próprios celebrantes, estão distraídos, a palavra é apenas um ruído, um barulho que não passa dos ouvidos.
Para fazer esse desabafo no evangelho de hoje, Jesus deve ter passado essa experiência inúmeras vezes diante da multidão, ele ali falando com entusiasmo do Reino Novo, falando e revelando o Pai, e o povaréu nem aí com o “peixe”, parece que só se ligavam quando Jesus fazia algum milagre, daí a coisa fervia, pois milagre não exige compromisso da parte de quem o recebe.
Temos em nossas vidas pessoas com quem conversamos todo dia, mas algumas nos são especiais, e com essas a conversa passa do mero formalismo para um colóquio, algo mais profundo. As multidões sempre seguiram Jesus, no meio delas havia aquelas que viam em Jesus alguém especial, interessava-se em ouvi-lo, prestando toda atenção, porque suas palavras traziam esperança, fortalecimento, coragem e conforto, e com isso trazia também a vontade de pensar diferente e construir um mundo novo. Não era apenas uma mensagem bonita que deleitava os ouvidos, mas era algo que entrava no coração, no centro da vida, provocando mudanças...
Mas havia também os “avoados”, os interessados em buscar em Jesus alguma vantagem, esses até o aplaudiam e o admiravam, mas não estavam interessados em mudanças radicais de vida, ouviam as pregações, entravam por um ouvido e saia pelo outro. Jesus era só mais um pregador entre outros, muito bom, falando com sabedoria, mas era só mais um. Assim é que o homem da pós-modernidade vê o cristianismo, como mais uma religião entre centenas de milagres, como uma Filosofia de Vida, entre tantas outras, muito boa, sólida, consistente, tradicional, mas é só mais uma...
Os Discípulos foram escolhidos do meio da multidão, o Senhor viu neles, muito mais do que ouvidos atentos, mas corações abertos, sedentos de esperança e uma total disponibilidade para segui-lo. Não são homens especiais e superdotados de algum poder sobrenatural, mas para eles Jesus não é apenas mais um, é o Único e absoluto. Com eles Jesus inicia o Novo Povo de Deus, os homens e mulheres da Nova Aliança, haverá entre Jesus e eles um forte elo como havia no Código da Aliança entre Deus e Israel “Eu serei o Vosso Deus e Vós sereis meu Povo” em uma relação única e particular.
Por isso Jesus os trata de modo especial e os introduz pedagogicamente ao conhecimento sobre os mistérios do Reino dos Céus, que não é revelado a multidão. Hoje esses discípulos estão nas nossas comunidades cristãs, são todos os batizados que se abriram á Graça de Deus, que foram capazes de se encantarem com Jesus e seu evangelho, e se colocam sempre disponíveis para construir esse Reino que é Eterno. Jesus não fala mais em parábolas, ele é o Logus do Pai, a sua Palavra encarnada no meio de nós, ele se entrega totalmente na Eucaristia em cada celebração.
Ai de nós se o ouvirmos de má vontade, sem nenhuma disposição interior para o segui-lo, ai de nós se não o acolhermos com o coração aberto... Melhor seria nem ser batizado e não ter se apossado do nome de Cristão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d5

Meditando o evangelho

POR QUE FALAR EM PARÁBOLAS?

Jesus teve motivos para escolher o método parabólico como meio de comunicar os mistérios do Reino. As parábolas exigiam, por parte dos ouvintes, uma grande capacidade de entrar em comunhão com Jesus, para poder captar-lhe a mensagem. Caso contrário, não se ia muito além da materialidade das palavras. E a parábola não passava de uma historinha meio sem graça, por falar de coisas evidentes. A mensagem das parábolas estava escondida atrás das palavras e só era captada por quem fosse capaz de buscar seu sentido oculto.
Por outro lado, a linguagem das parábolas era simples, mas exigia interpretação por parte dos ouvintes. As parábolas escondiam uma mina inesgotável de ensinamentos. Cada pessoa que as escutava podia descobrir uma mensagem particular e, com isso, iluminar a própria experiência de consagração ao Reino.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que a mensagem das parábolas era compreendida por uns, permanecia incompreensível para outros. A uns era dado compreender os mistérios do Reino, a outros não. Seria isto um preconceito de Jesus em relação a algumas pessoas? Não! A compreensão dos mistérios do Reino não é dada a quem, de antemão, se fecha para Jesus. Seria perda de tempo querer comunicar-lhes o que não querem receber. Feliz é quem abre olhos e ouvidos para acolher Jesus!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Senhor Jesus, faze-me conhecer os mistérios do Reino, para que eu possa trilhar, com segurança, os caminhos do Reino.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-21


22 de Julho de 2016

Jo 20,1-2.11-18

Comentário do Evangelho

O salto próprio da fé

O primeiro dia da semana é o tempo privilegiado do encontro com o Ressuscitado. Maria Madalena desconcertada e embebida na tristeza, vai ao túmulo, ainda de madrugada, quando é difícil ver com clareza. Só a aparência (a pedra retirada da entrada do sepulcro e o sepulcro vazio) não é suficiente para a fé.
É necessário um olhar mais límpido e profundo. Efetivamente, há uma tristeza que imobiliza e impede o salto próprio da fé. As lágrimas da desolação distorcem o olhar. Por isso, os mensageiros de Deus dirão a Maria Madalena: “... por que choras? Quem procuras?” (v. 15). Esta palavra é extensiva a todo leitor do evangelho, a toda a Igreja. O encontro com o Senhor da vida enxuga nossas lágrimas; é ele quem nos liberta da realidade da morte. Sua presença e sua palavra suscitam em Maria e em nós a exclamação do reconhecimento e da fé: “Rabûni!” (v. 16). Maria Madalena, testemunha do Ressuscitado, pode compreender agora que o corpo do Senhor não foi roubado, mas transfigurado. Esse encontro fará dela arauto de uma boa notícia: “Eu vi o Senhor!” (v. 18).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, desperta no meu coração uma fé verdadeira em Cristo ressuscitado, presente e vivo em nosso meio, vencedor da morte e do pecado.
Fonte: Paulinas em 22/07/2013

Comentário do Evangelho

Uma profunda e verdadeira conversão

Maria Madalena foi ao túmulo, viu que a pedra da entrada tinha sido retirada, ficou chorando do lado de fora. Olhando para dentro do túmulo viu dois anjos. Por que choras? – lhe perguntam os anjos. De novo a pergunta: Por que choras? Ela se volta, vê Jesus e não o reconhece. Outra pergunta: O que procuras? Chora porque Jesus morreu, chora porque o corpo não está mais lá, chora de saudade e de tristeza. Mas o que procura? O choro é correto, a procura é errada. Não procure um cadáver porque não vai encontrá-lo. Ao ouvir o seu nome “Maria!” ela sabe que é ele, que a conhece, e se prostra e o segura. Dirá depois, como apóstola dos apóstolos, “Eu vi o Senhor”. Exilada com outros cristãos, viveu e morreu na gruta de Sainte Baume na França.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d6

Vivendo a Palavra

A fé de Maria Madalena foi além da morte de Jesus. Os discípulos O haviam abandonado. Só Maria continuava fiel ao Mestre. Por ter amado tanto, foi a primeira testemunha do Ressuscitado e portadora de sua mensagem aos irmãos. Nós, a Igreja de Jesus, temos a coragem de Maria para anunciar ao mundo a ressurreição do Cristo?
Fonte: Arquidiocese BH em 22/07/2013

Reflexão

Este Evangelho nos mostra o surpreendente amor que Maria Madalena tinha por Jesus e a conseqüente experiência que ela faz da presença do Ressuscitado em sua vida, que a levou a exclamar “Mestre” e a segurá-lo a ponto de o próprio Ressuscitado pedir-lhe que não o segurasse, pois ainda não havia subido para junto de Deus. De fato, somente quem ama verdadeiramente a Jesus o reconhece como verdadeiro Mestre e faz a experiência de sua presença viva e amorosa no seu dia a dia. Mas esta experiência necessariamente faz da pessoa um evangelizador. Assim que Maria Madalena fez a experiência do encontro pessoal com Jesus Ressuscitado, foi anunciar esta verdade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=22

Meditação

Vejo Jesus? Onde e em que circunstâncias? - A Ressurreição de Jesus me incentiva a buscar sempre viver mais perto das coisas de Deus? - Vivo minha Fé de modo intenso e atuante? - Vejo Jesus presente em meu próximo? - Há muitos modos de anunciar a vida nova proposta por Jesus. Como dou testemunho de sua Ressurreição?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 22/07/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Maria Madalena

Hoje nos encontramos com Maria Madalena, uma mulher apaixonada por Jesus, uma paixão até hoje incompreendida e mal falada por alguns "iluminados", que não conseguem vislumbrar algo além da carne. Jesus é o Grande Amor, não só de Madalena, mas de todos os que Nele creem, e que só podem experimentá-lo a partir do amor que fascina e deslumbra.
Parece que João, Evangelista, neste evangelho apresenta-nos um resumo da Vida de Madalena, tendo como enredo a sua experiência com Jesus. Em Jesus tivera início a Nova Criação, era o primeiro dia da Semana, Madalena VIU a pedra removida do sepulcro, ainda estava escuro, era o início da sua Vida de Fé, ainda não consegue experimentar aquilo que transcende e prevalece a Lógica humana "Tiraram o corpo do meu Senhor", vai dizer aos apóstolos.
Inclinar-se para olhar dentro do sepulcro é atitude de quem está à procura de algo mais, VE dois anjos, "Levaram o meu Senhor!" Com a Fé um pouco mais amadurecida ela consegue ver além, entretanto ainda pensa dentro da lógica humana. Depois disso ela se volta e vê Jesus, mas não o reconheceu, de fato, Jesus se deu a conhecer enquanto Palavra a ponto do próprio João chamá-lo de Verbo Encarnado, é a Palavra Poderosa de Deus que irá criar o mundo "FAÇA-SE", quando Jesus a chama pelo nome "Maria", então ela o reconhece, é precisamente a Palavra que nos comunica o dom da Fé, é a Palavra que cria e nos recria, nos renova e restaura.
"Mestre" vai exclamar Madalena. Quem o reconheceu quer experimentá-lo, tocar o outro, achegar-se mais ao outro, abraçar, pegar na mão. Madalena pensa ser esse o modo de experimentar Jesus em sua vida agora iluminada pela Fé.
As comunidades Joaninas dos anos 70 – 80 estavam desejosas de saber melhor quem era Jesus, e desejavam, como Madalena, tocá-lo, vê-lo, enxergá-lo. Retê-lo como um Bem particular, porém, não é mais esse o modo de se fazer a experiência de Jesus em nossa vida e em nossas comunidades.
Em seu estado glorioso, há uma presença real do Senhor, porém mística, que não se alcança com nossos sentidos, como cantamos no "Tão Sublime Sacramento". Madalena representa toda uma comunidade que por aquele tempo, quando tudo parecia ainda obscuro, soube vislumbrar essa nova presença de Jesus junto aos seus. Continuou uma eterna enamorada de Jesus, até o dia em que, na visão Beatífica, pode contemplá-lo plenificando o amor que alimentou nessa vida.
Inspirados por Santa Maria Madalena, que possamos também fazer essa bela experiência, reconhecendo o Senhor a partir da sua Santa Palavra, percebendo-o na vida dos irmãos e irmãs, que conosco caminham na comunidade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d6

Meditando o evangelho

O SEPULCRO VAZIO

Os discípulos começaram a se dar conta da ressurreição do Senhor, ao se depararem com o sepulcro vazio. Maria Madalena, alarmada, pensou que o corpo de Jesus tivesse sido retirado, à surdina, e colocado num outro lugar. Pedro, tendo acorrido para se inteirar dos fatos, apenas constatou onde estavam o lençol e os demais panos com que Jesus havia sido envolvido. O discípulo amado, este sim, começou a perceber que algo de muito extraordinário havia acontecido. Por isso, foi capaz de passar da constatação do sepulcro vazio à fé: "Ele viu e acreditou".
O sepulcro vazio, por si só, não podia servir de prova para a ressurreição do Senhor. Seria sempre possível acusar os cristãos de fraude. Poderiam ter dado sumiço ao cadáver de Jesus, e sair dizendo que ele ressuscitara. Era preciso ir além e descobrir, de fato, onde estava o corpo do Mestre.
O discípulo amado, de imediato, cultivou a esperança de encontrar-se com o Senhor. Sua fé consistiu na certeza de que o Mestre estava vivo, não no sepulcro, porque ali não era o seu lugar. Senhor da vida, não poderia ter sido derrotado pela morte. Filho amado do Pai, as forças do mal não poderiam prevalecer sobre ele. Embora sem ter chegado ao pleno conhecimento do fato, a fé na ressurreição despontava no coração do discípulo amado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de ressurreição, como o discípulo amado, creio que o Crucificado venceu a morte e as forças do mal.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-22


23 de Julho de 2016

Mt 13,24-30

Comentário do Evangelho

A “boa semente” designa a existência humana, que é dom de Deus.

A parábola do joio e do trigo é própria a Mateus, e se presta a uma releitura de Gênesis 1–3.
A pergunta à qual a parábola responde é pela origem do mal: “Donde veio então o joio?” (v. 27). O campo é onde Deus semeia a “boa semente” (v. 24).
Quem semeia, como dissemos acima, espera colher os frutos de seu trabalho.
O Reino dos Céus pode ser comparado a uma história, no sentido de que ele é apresentado como sendo um empreendimento de Deus.
Podemos considerar que a “boa semente” que cresce e dá frutos designa a existência humana, que é dom de Deus. O trigo que germina e cresce no meio do joio perece vulnerável como a nossa existência, mas, aos olhos de Deus, nossa existência, no campo contaminado pela erva má, é portadora do projeto de Deus; por isso, é necessário esperar o tempo oportuno para identificar e arrancar o joio.
A parábola não nos convida a nenhum ativismo. Ela previne os servidores do Mestre contra uma atitude intempestiva que poderia arruinar toda iniciativa de Deus (cf. vv. 28b-30). Mas de onde veio o mal? Na linguagem bíblica, o mal é inimigo, adversário. Este inimigo permanece anônimo, não tem nome próprio, mas nome comum. Ele interveio de noite, quando todos dormiam (cf. v. 25); ele é desconhecido. Não é alguém que se pudesse nomear. Esse anonimato do inimigo é muito importante: nós não podemos, simplesmente, atribuir a outros, ou identificar, personalizar esse poder, isto é, imaginá-lo fora de nós. Mas o dono do campo não renuncia à colheita, ele espera (v. 30).
O que na parábola se chama joio nos remete, em nossos dias, a outras manifestações de uma hostilidade sem causa e sem medida contra a ação de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, enche de misericórdia o meu coração para que, como Jesus, eu me solidarize com os pecadores, e procure atraí-los para ti.
Fonte: Paulinas em 27/07/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O joio é muito parecido com o trigo. Sua farinha, misturada com a boa farinha de trigo, causa mal-estar estomacal e provoca enjoo. A parábola fala de uma terra boa e de boa semente, tudo bom para uma boa colheita, mas com um resultado surpreendente. Ao se formarem as espigas, o joio aparece com o trigo. O que aconteceu? Foi um inimigo, responde o proprietário. E o que fazer? Primeiro, rever o que nós fizemos ou não fizemos. Peca-se por ação e por omissão. O inimigo semeou o joio enquanto todos dormiam. Dormimos e as coisas acontecem. Dormimos e o mal se espalha. Empenho e vigilância se fazem necessários, sobretudo quando a sementeira é recente. E agora, já que está, deixa ficar. Que cresçam juntos e na colheita se separem. Enquanto não chega a colheita, que é o fim dos tempos, temos que aprender a conviver com amor e atenção redobrada. Retirem da escola cinco alunos que podem influenciar quinhentos, que não podem influenciar cinco.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d7

Vivendo a Palavra

A lição delicada que nós devemos perceber neste Evangelho é a de que não devemos condenar apressadamente ninguém neste mundo – ainda que o consideremos como joio no meio do trigo. Sigamos amando a todos os irmãos, sem fazermos discriminações, e deixando o julgamento para a misericórdia do Pai do Céu.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/07/2013

Reflexão

A contradição faz parte da vida de todos nós porque, se por um lado temos a presença da graça em nossas vidas e o chamado à santidade, por outro conhecemos a realidade do pecado como conseqüência da tendência para o mal, que é a concupiscência, que ficou na natureza humana como uma marca deixada pelo pecado original. Isso significa que a parábola do trigo e do joio nos mostra não apenas a realidade do mundo em que vivemos e as suas contradições, mas também a nossa própria vida, na qual sempre vemos o bem que queremos e algumas vezes praticamos o mal que não queremos. Isso não significa que é legítimo ceder ao joio que marca a nossa vida, mas que devemos estar sempre atentos a ele para não cairmos em tentação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=23

Meditação

Preocupo-me com aqueles que propagam coisas erradas? - Mas eu pessoalmente propago o bem? Como? - Eu também posso semear o mal. Estou atento a que isso não ocorra? - Como são minhas palavras, meus pensamentos, minhas ações?- Vivemos entre o joio e o trigo! Sejamos “trigo!”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 27/07/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Quem é e onde está o Joio?

Diante desta parábola, nossa primeira reação é dar uma boa olhada em redor de nós, na comunidade e na família, para ver quem é Joio que vai ser queimado, e quem é o Trigo bom que vai ser recolhido definitivamente nos celeiros da Casa do Pai. Mas em um primeiro momento é bom termos consciência de que esse Joio e esse Trigo estão primeiramente em nossa vida, bem dentro do nosso coração, pois trigo e joio são duas possibilidades de se viver, e quem decide somos nós, através do discernimento que o Espírito nos deu e assim será em todo o tempo da nossa vida terrena, todo dia teremos de fazer essa escolha, se vamos cultivar o trigo ou o joio...
Já sabemos em Jesus Cristo que um dia só irá sobrar o trigo bom, o Bem Supremo do Reino em plenitude, pois as Forças do Mal serão todas destruídas e sabendo disso, temos de usar bem esse discernimento para não deixar que o joio do mal se transforme em um matagal e sufoque o trigo em nosso coração. Lembrando que, o cultivo do trigo requer de todos nós empenho e esforço, já que o joio, ou a tiririca, cresce em qualquer lugar, sem que seja preciso nenhum cuidado, basta um descuido e lá está o matinho que não serve para nada senão para ser queimado.
Então primeiro a parábola nos força a olharmos para nós mesmos, somente depois para a Vida dos nossos irmãos na família, na comunidade, na pastoral, no grupo ou na equipe, onde nossos olhos bem atentos conseguem ver longe e já sabe quem é joio e quem é trigo. E o primeiro impulso é aquele demonstrado pelos servidores do pai de Família “Senhor, quereis que arranquemos o joio?”
Criança que na catequese não aprende nada, é melhor afastá-la, antes que contamine as outras, na escola é a mesma coisa, na comunidade também, nos grupos pastorais e equipes de serviço, quem de nós vai atrás do irmão que é Joio? Quase ninguém, pois pensamos que é melhor não gastar vela com mal defunto. Sonhamos e queremos uma comunidade feita só do Trigo bom e para isso é preciso arrancar sem piedade o Joio que infestam nossas comunidades, pastorais e movimentos.
É aí que aparece aquilo que Deus tem de mais grandioso e maravilhoso: sua infinita misericórdia e paciência com o Ser humano! Deus jamais arranca o Joio, pois sempre cultiva a esperança de que o joio se transforme em trigo bom e assim, acredita no homem até o derradeiro instante de sua vida, e realmente a sua graça tem o poder de penetrar no mais íntimo do ser humano para transformá-lo de Joio em trigo.
De Deus esperamos a misericórdia sempre que escolhemos mal e deixamos o joio crescer em nosso coração, e a sua misericórdia não nos falta, então tudo o que temos a fazer é retribuir a Deus, olhando com a sua misericórdia todo Joio que encontrarmos nesta vida. Não o arranquemos nem o cultivemos, mas confiemos que trigo bom da Graça de Deus o transforme... Nisso consiste a Salvação que Jesus nos trouxe...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d7

Meditando o evangelho

O TEMPO DA MISERICÓRDIA

A parábola do joio e do trigo oferece uma chave de compreensão da história humana. Para os que desejam um mundo expurgado de toda maldade, onde impere a justiça e o amor seja o parâmetro das relações interpessoais, o Evangelho ensina que deverão conformar-se com a coexistência de bons e malvados, puros e pecadores, justos e injustos. Ademais, até no coração dos bons, dos puros e dos justos existem elementos de maldade, de pecado e de injustiça. E, na direção inversa, no coração dos malvados, dos pecadores e dos injustos, sem dúvida existem elementos de bondade, de pureza e de justiça. A coexistência destes dois tipos de elementos é inevitável. É a ambigüidade da história e da realidade humana!
O discípulo do Reino deve convencer-se que a História é o tempo da misericórdia. Tempo de acolher os pecadores e de propor-lhes o caminho da conversão. Assim agiu Jesus! Para escândalo de seus adversários, seu ministério consistiu em solidarizar-se com os que viviam longe do Reino, a fim de atrai-los para Deus. Recusou-se, peremptoriamente, a assumir a postura de juiz, como queriam os que já se tinham na conta de salvos. Contra estes, sim, foi implacável.
O discípulo do Reino imita a benevolência e a misericórdia do Mestre. Longe de pretender fazer-se juiz dos pecadores, esforça-se por fazê-los voltar para Deus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, enche de misericórdia o meu coração para que, como Jesus, eu me solidarize com os pecadores, e procure atraí-los para ti.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-23


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