quinta-feira, 30 de junho de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 01/07/2016 E 02/07/2016

Ano C



1 de Julho de 2016

Mt 9,9-13

Comentário do Evangelho

A misericórdia precede e ultrapassa o sacrifício.

Ninguém está excluído do seguimento de Jesus Cristo. O seu chamado exigente é para todos. Mateus, que Jesus chama ao seu seguimento, é coletor de impostos, isto é, pecador público (ver: Lc 19,7). O relato de Mateus omite que a refeição tenha sido na casa de Levi, ao contrário de Marcos e Lucas, que o dizem explicitamente (Mc 2,15; Lc 5,29). Em Marcos e Lucas, a refeição oferecida por Levi tem um tom de despedida de sua vida anterior. Aqui em Mateus, a impressão é que Jesus acolhe na sua própria casa os coletores de impostos e pecadores (cf. v. 10). O autor do quarto evangelho fará o Senhor dizer: “Na casa de meu Pai tem muitas moradas” (Jo 14,2). A pergunta dos fariseus é dirigida aos discípulos de Jesus (cf. v. 11), mas é Jesus quem toma a iniciativa de respondê-la (cf. v. 12-13), pois é a ocasião de explicitar sua missão: “De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (v. 13). A citação de Os 6,6 (“é misericórdia que eu quero, e não sacrifício”), e repetida em Mt 12,7, deve funcionar como princípio de ação. A misericórdia precede e ultrapassa o sacrifício.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Fonte: Paulinas em 5/07/2013

Vivendo a Palavra

O Senhor busca a cada um de nós. Assim aconteceu com Levi. Foi chamado quando exercia seu ofício – tão odiado pelos compatriotas... – de coletor de impostos para os romanos. Tornou-se o grande apóstolo e evangelista Mateus. Estejamos atentos aos sinais dos tempos: neles pode estar contido o chamado de Deus para a nossa missão.
Fonte: Arquidiocese BH em 5/07/2013

Vivendo a Palavra

A situação de Mateus se repete para cada um de nós: levando a vida ao nosso jeito, um dia nos sentimos chamados pelo Mestre para segui-lo. Para Mateus, foi simples: ele se levantou e seguiu Jesus. E nós: qual tem sido a nossa atitude frente ao chamado do Mestre? Estamos no Caminho, seguindo Jesus?
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Todos nós vivemos afirmando que Jesus é misericordioso, que veio para trazer a salvação para todas as pessoas e coisas do gênero, mas na hora da convivência com as pessoas, parece que não é bem assim, pois somos proibitivos e sabemos sempre evidenciar os erros e os pecados que são cometidos para provocarmos discórdia, separação e exclusão. É muito comum ouvirmos nas comunidades: "Eu acho que Fulano não pode participar de tal coisa porque ele fez isso e aquilo". Devemos crer que de fato não somos nós quem chamamos para o serviço do Reino, é Jesus quem chama e ele sabe muito melhor que nós quem está chamando e porque ele está chamando. A nós compete criar condições para que todos possam assumir a própria vocação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=7&dia=1

Meditação

Quando faço um julgamento sobre alguém é de modo positivo ou negativo? - Considero-me uma pessoa doente ou sadia de coração? - Preciso de médico? De que tipo de médico? - - Por que Jesus estava comendo com cobradores de impostos e pecadores? - Para você, em que consiste seguir Jesus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 5/07/2013

Meditando o evangelho

QUEM PRECISA DE MÉDICO?

No tempo de Jesus, a postura preconceituosa de certa ala do farisaísmo era bem conhecida. Julgando-se melhores que todo mundo por observarem, escrupulosamente, a Lei mosaica, sentiam-se no direito de desprezar quem não agia assim. Olhavam com desprezo para os pecadores e todos os que eram incapazes de praticar a Lei de modo "tão perfeito" como eles. Por outro lado, por serem contrários aos romanos, recusavam-se a conviver com os colaboradores do poder opressor. Nesta categoria, incluíam-se os cobradores de impostos. Isto explica por quê se admiraram ao ver Jesus sentado à mesa com eles e com os pecadores. O gesto de Jesus parecia-lhes digno de censura.
Entretanto, o modo de proceder do Mestre ia na direção contrária. Sabendo-se revestido da missão de libertar o povo do seu pecado, buscava a companhia e a amizade dos que mais necessitavam da misericórdia divina. Longe de desprezá-los e marginalizá-los, sempre tinha para com eles gestos benevolentes de acolhida.
Um provérbio popular bem conhecido ajudava-o a compreender sua missão. Afinal, ao médico interessa quem está doente e carece de ajuda, e não quem está sadio e em boa forma. Sendo ele o médico enviado por Deus para curar o pecado da humanidade, urgia colocar-se junto às vítimas do pecado. É o que fazia, sem se importar com os preconceitos dos fariseus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-01


2 de Julho de 2016

Mt 9,14-17

Comentário do Evangelho

O sentido do jejum

O texto do evangelho é composto de duas partes: uma controvérsia sobre o jejum (vv. 14-15), seguida de duas pequenas parábolas (vv. 16-17).
A questão sobre a prática do jejum põe a pergunta acerca de que jejum se está falando: do recomendado pela Lei em vista do perdão dos pecados (Lv 16,29-31; 23,27-32) ou o das práticas de devoção, sobretudo dos fariseus, que visavam impor como obrigação para todos? Parece-nos que se trata mais da prática devocional, mas o texto não nos oferece nenhuma especificação a respeito. A resposta de Jesus situa o jejum num outro patamar. No novo tempo inaugurado pelo advento do Messias, a questão fundamental é o sentido do jejum. A imagem da festa de casamento (v. 15) para simbolizar os tempos messiânicos é atestada no Antigo Testamento (ver: Is 61,10; 62,5), ainda que a metáfora do Messias como o esposa não se encontra na tradição vetero-testamentária. Seja como for, a ideia é importante: as práticas penitenciais devocionais para apressar a vinda do Messias são inadequadas, pois ele já se encontra presente. É em relação à pessoa de Jesus que o jejum é ou não praticado. O jejum recebe um sentido cristológico. As duas parábolas (vv. 16-17) são um convite a se abrir para a novidade dos tempos messiânicos; é preciso uma verdadeira conversão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.
Fonte: Paulinas em 06/07/2013

Vivendo a Palavra

O jejum ensinado pelo Mestre não é um rito para consumo externo, que possa ser conferido pelas autoridades, mas uma atitude interior de luta contra os nossos instintos maus, contra nosso egoísmo e nossas paixões. Temos que nos tornar pessoas novas para viver o seguimento do Caminho Novo de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2013

Reflexão

Muitas vezes somos totalmente incapazes de compreender o momento que estamos vivendo e a graça que Deus está nos proporcionando. Assim aconteceu com os judeus no tempo de Jesus e acontece hoje. Enquanto Jesus estava mostrando a presença do Reino e a atuação de Deus na vida do povo, os judeus estavam mais preocupados com práticas religiosas tradicionais como o jejum. É claro que a história e a tradição, assim como as práticas religiosas em geral possuem seus valores, mas é importante que não nos fixemos na tradição pela tradição ou na prática religiosa pela prática em si ou por ser costume, mas é necessário que saibamos descobrir os valores do Reino presentes, pois caso contrário podemos reduzir até mesmo a eucaristia a uma prática religiosa como as demais, sendo apenas remendo novo em pano velho.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php

Meditação

Tenho tido oportunidades de jejuar de vez em quando? - Em que consiste meu jejum? - Que motivos me levam a jejuar? - Comente a afirmação de que “a vida com Deus é uma festa contínua!” - Peço sempre a Deus que renove meu espírito e meu coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 06/07/2013

Meditando o evangelho

UMA QUESTÃO DE BOM SENSO

Os discípulos de João e os fariseus absolutizavam certas práticas, e olhavam com suspeita para os que tinham posturas diferentes ou não agiam como eles. Consideravam-nos como ímpios.
No tocante ao jejum, a orientação dada por Jesus aos seus discípulos destoava da prática farisaica. De fato, dava-se pouca importância ao jejum. Já os fariseus, além dos jejuns prescritos pela Lei, faziam muitos outros, por iniciativa própria.
Tomando o simbolismo da festa de casamento para fazer compreender sua presença na vida dos discípulos, Jesus considerava uma questão de bom senso não se entregar a jejuns exagerados. As bodas são tempo de festa e de alegria. Tempo de comer e beber, e não de fazer penitência. Assim, relativizou a prática do jejum.
Entretanto, viria um tempo em que os discípulos iriam jejuar: quando fossem privados da presença do Mestre e ansiassem por sua volta. O jejum, neste contexto, teria a finalidade precisa de prepará-los para o reencontro. Não seria uma prática ascética, voltada para si mesma, nem uma busca, pura e simples, de perfeição pessoal.
Jesus recusava-se a misturar a mentalidade nova, trazida por ele, com os esquemas farisaicos muitas vezes caducos. A inconveniência desta mistura era evidente: arriscava-se a pôr tudo a perder. A novidade do Reino exigia pessoas renovadas por essa nova mentalidade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-07-2


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