quinta-feira, 26 de maio de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 27/05/2016 E 28/05/2016

ANO C



27 de Maio de 2016

Mc 11,11-26

Comentário do Evangelho

Sem fé não é possível conhecer a origem de Jesus

Nós estamos na segunda parte do evangelho segundo Marcos, dominada pelos relatos da paixão de Jesus. Nas proximidades de sua paixão, o conflito de Jesus com as autoridades religiosas do seu tempo vai se tornando cada vez mais intenso. O trecho do evangelho de hoje é uma controvérsia. A questão apresentada pelo grupo é acerca da origem da autoridade de Jesus, pela qual ele ensina e age. Lembremo-nos de que, no início do evangelho, as pessoas se admiram do ensinamento de Jesus feito com autoridade. Jesus não responde, porque nenhuma resposta seria satisfatória para os seus opositores, uma vez que já haviam decidido matar Jesus (cf. Mc 3,6). Sem fé não é possível conhecer e admitir a origem divina de Jesus. O Espírito com o qual ele foi ungido é o que o reveste de autoridade. A dureza do coração e a inveja impedem de reconhecer a origem divina da autoridade de Jesus, autoridade pela qual ele expulsa os comerciantes do templo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, faze-me esperto no trato com os inimigos do Reino, de modo a não ser vítima de suas ciladas e de suas intenções perversas.
FONTE: Paulinas em 30/05/2015

Vivendo a Palavra

No texto, o Mestre exalta a pureza que deve ser preservada no Templo. Destemidamente Ele acusa os abusos cometidos, impede os comerciantes de profanar a Casa de Oração e ensina aos discípulos o poder da fé, da oração e o dever de todos: perdoar sempre com generosidade sem limites.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

O Evangelho de hoje nos leva a questionar se a Igreja é para nós o local privilegiado para o encontro com Deus e o crescimento da fé ou é o local de práticas que têm por finalidade a nossa promoção pessoal, o lucro, a competição e a concorrência entre as pessoas, o desenvolvimento de sentimentos como ciúmes, rancor, raiva, ira, inveja, etc. A Igreja deve ser o local onde se cria comunhão entre nós e o próprio Deus e entre nós mesmos, como irmãos e irmãs. Tudo o que diverge disso não corresponde ao plano de Deus e faz com que a nossa presença na Igreja seja ocasião de pecado.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=5&dia=27

Meditando o Evangelho

O TEMPLO PROFANADO

O comércio no templo deu margem para que a corrupção tomasse conta dele. Jesus interpretou o fato como uma forma de profanação, embora a classe sacerdotal e o pessoal ligado ao culto fossem coniventes com a situação implantada. Criou-se um perigoso conluio entre religião e comércio, a ponto de se operar uma sacralização deste em desprestígio daquela. Os comerciantes, é óbvio, ambicionavam o lucro, esquecendo-se de que sua presença no lugar sagrado só deveria visar a facilitação da vida dos peregrinos. A casa de Deus transformou-se num pólo de exploração. De outra parte, o comércio acentuava ainda mais a distinção entre ricos e pobres. Os primeiros possuíam dinheiro suficiente para comprar animais de grande porte para oferecer em sacrifício, e trocavam grandes somas de dinheiro com os cambistas. Quanto aos pobres, pouco tinham para adquirir o suficiente para a própria oferta.
Sendo assim, os verdadeiros fundamentos da religião acabavam sendo olvidados. Antes de mais nada, a vida de oração baseada numa fé sólida, que dá ao orante a certeza de ser atendido. A fé abre o coração para Deus, impedindo a pessoa de confiar na posse dos bens. Pelo contrário, perdão e a reconciliação deixavam de fazer parte das disposições de quem se aproximava de Deus, no templo convertido em um antro de ladrões. O ambiente dispersivo impedia que o peregrino se conscientizasse do dever de buscar a comunhão com o próximo, antes de voltar-se para Deus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, ensina-me a viver a religião pura e agradável a ti. Cheio de fé e disposto a perdoar e a viver reconciliado, que eu possa rejeitar tudo o que desvirtua a verdadeira religião.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-05-27


28 de Maio de 2016

Mc 11,27-33

Comentário do Evangelho

Origem da autoridade pela qual Jesus ensina e age

O grupo dos adversários de Jesus é de peso: sumos sacerdotes, escribas e anciãos (cf. v. 27). As controvérsias, como podemos observar, não se reduzem ao início do evangelho segundo Marcos (2,1–3,6). Às portas da paixão, a oposição a Jesus se intensifica e vai delineando a razão da condenação à morte. A questão apresentada pelo grupo é acerca da origem da autoridade pela qual Jesus ensina e age (cf. v. 28). Qualquer resposta dada não seria suficiente, pois já haviam decidido fazer Jesus perecer (cf. 3,6). Corrobora com isso o fato de eles não responderem à questão posta por Jesus (cf. vv. 29-33). Jesus, então, se recusa a responder à questão posta (cf. v. 33). Sem o acolhimento na fé, não é possível reconhecer que a origem da autoridade de Jesus é divina. A “esclerocardia” impede reconhecer que a autoridade de Jesus está na sua coerência interna; a sua autoridade é aquela própria do Espírito Santo que o revestiu para a sua missão, e que ele comunica em tudo o que faz e ensina.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me esperto no trato com os inimigos do Reino, de modo a não ser vítima de suas ciladas e de suas intenções perversas.
FONTE: Paulinas em 01/06/2013

Vivendo a Palavra

Entre as ‘tais coisas’ que Jesus fazia – seus sinais – incomodara, mais do que todas, a expulsão dos comerciantes do Templo. Os chefes dos sacerdotes e doutores da Lei se sentiam ameaçados por aquele andarilho que arrastava o povo para o seu Caminho, com sua Verdade e sua Vida. O convite de Jesus continua em aberto para mim. De que lado eu me coloco?
FONTE: Arquidiocese bh em 01/06/2013

Reflexão

O Evangelho de hoje nos mostra os sumos sacerdotes, os fariseus e os doutores da lei questionando Jesus sobre sua autoridade. Muitas vezes, vemos pessoas que duvidam das verdades da fé e questionam o próprio Deus sobre a legitimidade de suas ações e de seus princípios, mas se formos analisar mais a fundo a vida das pessoas que manifestam tal atitude, veremos que na verdade as suas vidas é que apresentam aspectos contraditórios porque os seus princípios de vida não são legítimos. Essas pessoas querem, na verdade, legitimar a sua vida marcada pelo erro e pelo pecado, por princípios que, na verdade, encontram o seu fundamento unicamente no egoísmo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=5&dia=28

Meditando o Evangelho

UMA SITUAÇÃO EMBARAÇOSA

A situação embaraçosa que os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos – o Grande Conselho – quiseram criar para Jesus acabou recaindo sobre eles. Imaginavam colocá-lo num beco sem saída, ao questioná-lo sobre a autoridade de sua ação. Se evocasse sua autoridade de Messias, levaria seus inquisidores a agirem, imediatamente, para evitar uma intervenção dos romanos. Deveriam mandar prendê-lo, para impedir que criasse situações delicadas em que os opressores estrangeiros se sentissem provocados. Se atribuísse a si mesmo a autoridade com que agia, seria acusado de impostura, e, por conseguinte, deveria ser urgentemente punido por seu ato irresponsável.
Jesus escapou da insídia, de maneira inteligente: confrontou seus adversários com uma questão à qual eles não tiveram como responder. Tratava-se da delicada questão da origem do batismo ministrado por João. Eles logo se deram conta da armadilha preparada pelo Mestre. Daí confessaram serem incapazes de responder. E, assim, deram margem para Jesus se declarar não estar obrigado a dizer de onde vinha sua autoridade para realizar ações inusitadas.
O Evangelho apresenta a imagem de um Jesus astuto, que sabe como se safar das ciladas armadas contra ele. Com isto, os discípulos são alertados a serem espertos no trato com os inimigos do Reino.
A bondade e a misericórdia, características de quem quer seguir o Mestre, não são sinônimos de ingenuidade. O serviço do Reino, em determinadas circunstâncias, requer muita esperteza, como acontecia com Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, faze-me esperto no trato com os inimigos do Reino, de modo a não ser vítima de suas ciladas e de suas intenções perversas.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-05-28


Nenhum comentário:

Postar um comentário