quarta-feira, 18 de maio de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 19/05/2016 E 21/05/2016

ANO C



19 de Maio de 2016

Mc 9,41-50

Comentário do Evangelho

O bem também é feito fora da comunidade dos discípulos

Jesus continua a instruir os seus discípulos a como se comportarem ante a diversidade. O bem também é feito fora da comunidade dos discípulos. A comunidade é chamada a se abrir ao bem que vem de outrem; pois ela também é beneficiária do bem que outros, “de fora”, lhe fazem: “Quem vos der um copo de água…” (v. 41).
Da comunidade é exigida coerência. O escândalo é uma pedra de tropeço que impede outros de progredirem na vida cristã. A comunidade precisa estar aberta para acolher e sustentar, com o seu testemunho, os que se aproximam dela para ajudá-los a uma verdadeira mistagogia. Por isso, o escândalo, ante a incoerência interna, da distância entre o crer e o agir, entre o falar e praticar, deve ser rechaçado veementemente. Segundo Mt 5,13, o discurso é “sal da terra”. Mc 9,50 diz que o “sal é bom”. É bom na justa medida: nem mais, nem menos.
A presença do discípulo, portador do mistério pascal de Cristo, deve dar sentido à vida. No entanto, se ele desvirtua sua missão, é como o sal que perdeu suas propriedades, incapaz de dar sabor a todas as coisas.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti.
FONTE: Paulinas em 23/05/2013

Vivendo a Palavra

Jesus usa a metáfora das mãos, pés e olhos para significar a nossa capacidade de trabalhar, de nos locomovermos e de enxergar – que deve ser utilizada para a construção do Reino de Deus já nesta terra, fazendo o bem entre os irmãos. De outra forma, seria melhor para nós que não tivéssemos mãos, pés, olhos...
FONTE: Arquidiocese BH em 23/05/2013

Reflexão

É muito comum ouvirmos que isso ou aquilo é escandaloso e, normalmente, quando isso acontece, o fato está relacionado com questões de sexualidade. O escândalo é muito mais do que isso. Dar escândalo significa ser ocasião de pecado para as outras pessoas, independentemente da natureza ou da forma do pecado. Jesus nos mostra no Evangelho de hoje a importância que devemos dar para os nossos atos, para que eles sejam testemunho da nossa adesão ao Reino de Deus e não uma negação da nossa adesão que tenha como conseqüência o afastamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que a nossa fidelidade a Jesus no nosso dia a dia é a nossa grande arma no trabalho evangelizador.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=5&dia=19

Meditando o Evangelho

NÃO ESCANDALIZAR

A radicalidade com que Jesus tratou o tema do escândalo tem sua razão de ser. Escandalizar, no Evangelho, significa tornar-se ocasião de pecado para alguém, afastá-lo do projeto de Deus, torná-lo merecedor de condenação. Como é possível que um discípulo do Reino se torne ocasião de pecado para seu semelhante, quando sua missão consiste, exatamente, em atraí-lo para Deus? Numa demonstração de realismo, Jesus alertou os discípulos a respeito desta possibilidade. Afinal, sua condição não os transformava em seres angélicos.
Os discípulos poderiam ser motivo de escândalo de vários modos: pela severidade e moralismo exagerados, pelo preconceito segregador, pela falta de paciência em se tratando de ajudar os mais fracos, pelo contra-testemunho e inautenticidade no modo de ser, pela omissão em caso de desvio grave, por não serem firmes quando necessário. Estas e outras atitudes afins podem resultar no afastamento dos indivíduos, do projeto de Deus, com graves conseqüências. A responsabilidade seria dos discípulos.
Para nos precavermos contra essa situação, Jesus indica, como remédio, cortar o mal pela raiz. Evidentemente, quem tem bom senso não interpreta ao pé da letra a ordem do Mestre: amarrar uma pedra ao pescoço de alguém e lançá-lo ao mar; cortar a mão ou o pé; arrancar o olho. A intenção de Jesus era mostrar aos discípulos a gravidade da situação e movê-los a por fim a uma situação inconveniente. Caso contrário, também eles seriam excluídos da salvação.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de cautela, que eu seja criterioso no trato com meus semelhantes, de forma a não afastá-los de Deus e de seu projeto.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-05-19


20 de Maio de 2016

Mc 10,1-12

Comentário do Evangelho

Jesus põe homem e mulher em pé de igualdade.

Trata-se de um “diálogo didático”, destinado a ensinar os discípulos a procederem em conformidade com os ensinamentos de Jesus.
A questão levantada é a do repúdio da mulher pelo homem. A má intenção da questão é apresentada: “para experimentá-lo” (v. 2). Num primeiro momento, Jesus remete-os à Lei de Moisés (cf. v. 3; ver Dt 24,1-3). No entanto, à Lei de Moisés, Jesus opõe o projeto original de Deus (cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), dando prioridade ao que é da ordem da criação e, de certo modo, desautorizando a aplicação da Lei mosaica para esse caso.
Para concluir, como é próprio desses diálogos didáticos, Jesus dá a norma que o discípulo deve observar: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede o seu marido e se casa com outro, comete adultério também” (vv. 11-12). Jesus põe homem e mulher em pé de igualdade e condições.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
FONTE: Paulinas em 24/05/2013

Vivendo a Palavra

Como na leitura, também o Evangelho mostra de que forma o Mandamento Novo do Amor, trazido por Jesus de Nazaré, transformou a letra da Lei Antiga, de Moisés. Não se trata mais de cumprir itens de regulamentos, mas de viver integralmente a fraternidade, que é consequência da nossa filiação divina.
FONTE: Arquidiocese BH em 24/05/2013

Reflexão

A nossa vida é condicionada por leis que os homens fizeram, às quais nós devemos nos submeter para viver na legalidade. Porém, devemos ter consciência do fato de que, nem tudo o que é legal, é justo, no sentido pleno da palavra. Podemos citar alguns exemplos como a questão dos juros: é legal para o banco pagar menos de 1% ao mês para cadernetas de poupança e cobrar mais de 10% ao mês por empréstimos que realiza. É legal na sociedade brasileira o divórcio que, perante os olhos de Deus, não conduz o homem à justiça, mas sim ao pecado e à morte, pois desrespeita compromissos e direitos de cônjuges, filhos, da comunidade eclesial e da própria sociedade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=5&dia=20

Meditando o Evangelho

O QUE DEUS UNIU

A mentalidade divorcista não encontrou respaldo no ensinamento de Jesus. Sua defesa intransigente do matrimônio chocava-se com a prática dos escribas e fariseus, para os quais o divórcio era lícito. Discutia-se apenas acerca dos motivos que o marido podia aduzir para repudiar sua mulher. Alguns rabinos eram muitos severos, só aceitando o divórcio em certas situações sérias. Outros, pelo contrário, eram favoráveis a ele, mesmo por coisas banais. Em ambos os casos, a mulher é quem ficava numa situação desfavorável, fragilizada por não ter direitos contra seu esposo.
Jesus posicionou-se a favor do matrimônio, mas também da mulher. O matrimônio não pode ser desfeito, pois nele intervém o próprio Deus. Ele é quem une o casal, fazendo com que o homem e a mulher tornem-se uma só carne. A palavra de Deus não pode ser desdita pelo ser humano, nem manipulada a seu bel-prazer. Se Deus uniu, deve ficar unido para sempre. Este é o autêntico matrimônio, e deve ser respeitado.
Sendo assim, o marido deve reconhecer a dignidade de sua mulher, não lhe sendo permitido tratá-la como se fosse um objeto. Ambos estão de tal forma unidos, a ponto de já não serem mais dois, e sim, uma só carne. Por conseguinte, o divórcio não é permitido, pois marido e mulher não podem privar-se de uma parte de si mesmos. Que os maridos respeitem suas mulheres, e estas, a eles!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de respeito, que os casais cristãos saibam compreender o ensinamento de Jesus a respeito do matrimônio, vivendo-o como obra divina.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-05-20


21 de Maio de 2016

Mc 10,13-16

Comentário do Evangelho

Papel do discípulo é facilitar que as pessoas se aproximem de Jesus

No tempo de Jesus, as crianças eram respeitadas, bem tratadas e acolhidas. Há um contraste entre as crianças levadas a Jesus e a resistência dos discípulos. É ocasião para Jesus esclarecer os discípulos: o Reino de Deus precisa ser acolhido como dom. Em primeiro lugar o Reino de Deus se manifesta e se aproxima de nós através da pessoa de Jesus Cristo, com seus gestos e suas palavras. A criança, talvez por causa de sua dependência, recebia tudo dos pais. O seu exemplo é usado para interpelar os discípulos a se abrirem ao novo e a superarem a teologia da retribuição. A resposta à gratuidade de Deus é a gratuidade: “… quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!” (v. 15). Papel do discípulo, escolhido pelo Senhor, é facilitar a que as pessoas se aproximem dele, Fonte de vida: “Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais…” (v. 14).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino.
FONTE: Paulinas em 25/05/2013

Vivendo a Palavra

Marcos usa poucas palavras para que não nos desviemos da essência do seu recado: a Mensagem de Jesus de Nazaré é simples e nós devemos nos fazer crianças para compreendê-la. Despojemo-nos dos nossos muitos saberes ou títulos universitários e fiquemos atentos aos sinais dos tempos. Eles nos falam do Reino de Deus.
FONTE: Arquidiocese BH em 25/05/2013

Reflexão

O Reino de Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que lhes dão. Assim devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos oferecer em troca disso. A salvação nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém pode se salvar. Jesus é o único salvador.Devemos, como as crianças diante dos adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças porque ele, gratuitamente, nos salva.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=5&dia=21

Meditando o Evangelho

O DIREITO DAS CRIANÇAS

O gesto de Jesus de tomar as crianças em seus braços, abençoá-las e impor-lhes as mãos, como faziam os pais em dia de sábado, era revolucionário na sociedade de sua época. Ao afastar de Jesus quem trazia as crianças para serem tocadas por ele, os discípulos testemunharam a marginalização de que eram vítimas esses pequeninos naquela época. A atitude de Jesus constituiu-se numa explícita defesa do direito das crianças no Reino de Deus, mas também na sociedade humana.
Na sociedade bíblica, encontramos um interesse notável pelas crianças. Uma prole numerosa era sinal de bênção divina. Pelo contrário, o matrimônio estéril era motivo de infelicidade e vergonha, considerado um castigo divino. A felicidade do casal dependia do número maior ou menor de sua prole. Os filhos eram mais desejados que as filhas, pois aqueles teriam condições de garantir a descendência de seu pai. Os primogênitos eram objeto de atenção especial no seio da família.
Apesar de tudo isto, as crianças eram tidas, pela sociedade, como seres inferiores, e propriedade de seus genitores, fazendo parte do elenco de seus bens. Por não conhecerem ainda a Lei, não estavam aptos para receber a salvação, no parecer dos rabinos. Por isso, dar atenção às crianças era uma evidente perda de tempo.
Jesus não pactuava com esta mentalidade. Para ele, as crianças eram cidadãs do Reino, com plenos direitos. Urgia acolhê-las e dar-lhes atenção.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-05-21


Nenhum comentário:

Postar um comentário