segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 21/12/2015 a 23/12/2015

ANO C



21 de Dezembro de 2015

Lc 1,39-45

Comentário do Evangelho

A alegria do encontro entre o Precursor e o Messias

Ao saber da gravidez de Isabel pelo anjo Gabriel, Maria percorre uma longa distância até uma cidade de Judá para ajudar sua prima, de idade avançada, nos últimos dias de gravidez do seu primogênito. O relato da visita de Maria a sua prima Isabel é a conclusão dos relatos das duas anunciações. Assim como a gravidez de Isabel é objeto de revelação a Maria, do mesmo modo a de Maria é objeto de revelação a Isabel. A revelação de Isabel vem do fato de a criança pular em seu ventre. Trata-se da alegria da salvação; da alegria do encontro entre o Precursor e o Messias. A Isabel, pela graça do Espírito Santo, é dado conhecer não somente que Maria está grávida, mas que o menino é o Messias: “Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?”. Pulando de alegria no ventre de Isabel, João começa a realizar sua missão de precursor. A cada uma das mães Lucas atribui um cântico. A Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”. A Maria, o Magnificat, um hino de louvor a Deus, composto de um mosaico de referências bíblicas, como se ele tivesse presente toda a história passada de Israel.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Vemos no evangelho de hoje o encontro de duas mulheres que estão grávidas sem que isso fosse possível. De um lado, Isabel, idosa e estéril, e de outro Maria, virgem. A idosa representando o Antigo Testamento, pois será a mãe do último profeta da Antiga Aliança. A virgem representando o Novo Testamento, pois será a mãe daquele que no seu sangue selará a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens. Vemos a complementariedade entre as duas Alianças e vemos também em Maria a essência da missão evangelizadora: levar Jesus a todas as pessoas para que possam reconhecê-lo e acolhê-lo.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

BENDITA ENTRE AS MULHERES

A visita de Maria a Isabel revelou traços importantes da personalidade da mãe do Messias Jesus. Ao levantar-se e ir às pressas até a Judéia, para servir a uma parenta necessitada de sua ajuda, Maria demonstrou sua disponibilidade para servir, sem interpor nenhum obstáculo: viagem longa, caminho perigoso, sua gravidez. Muito menos, julgou que a condição de mãe do Messias a colocava numa situação de superioridade. Com toda simplicidade, ela se pôs a caminho, para servir.
A saudação de Isabel sublinhou o quanto Maria era querida por Deus. Era uma mulher abençoada e trazia, no ventre, um ser igualmente abençoado. Por conseguinte, portadora e penhor de bênçãos. Donde a alegria de João Batista, ainda no ventre materno, quando do encontro com a mãe de Jesus. Esta era bem-aventurada, sobretudo por ser mulher de fé, capaz de acreditar no cumprimento de tudo o que lhe fora dito da parte do Senhor.
As palavras de Isabel foram inspiradas. Explicitaram, perfeitamente bem, o que se passava com Maria. Talvez, a própria mãe de Jesus não compreendesse as reais dimensões de sua relação com Deus. Sua simplicidade a impedia de se ter em grande conta. Sua condição de mãe do Senhor não mudou a idéia que fazia de si mesma. A servidora de Deus estava ali para servir à parenta necessitada. Uma coisa implicava a outra.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a bem-aventurança aplicada a Maria, que se fez servidora de Deus e dos irmãos.
FONTE: dom total


22 de Dezembro de 2015

Lc 1,46-56

Comentário do Evangelho

Deus é transcendente, Deus é misericordioso, Deus é forte

O Magnificat, conhecido como o cântico de Maria, e que rezamos todas as tardes durante a liturgia das horas, é um hino de louvor. Trata-se de um hino pré-lucano que, originalmente, cantava a salvação de Deus. Mais tarde, Lucas atribuiu esse hino de louvor a Maria. Esse hino é um mosaico de citações do Antigo Testamento. Não é um cântico dirigido a Deus, mas um cântico que fala de Deus. Apresenta uma imagem de Deus que o Novo Testamento recebe como herança do Antigo Testamento. Três atributos de Deus são mencionados no Magnificat: Deus é transcendente, Deus é misericordioso, Deus é forte. O poder de Deus se manifesta na sua ternura e na sua misericórdia. A fidelidade de Deus não lhe permite esquecer os compromissos feitos aos antepassados de Israel, aos Patriarcas de Israel, Abraão, Isaac e Jacó. A memória da promessa feita aos antepassados é a forma concreta da misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a causa da iniciativa divina na encarnação do Filho Unigênito de Deus. O Magnificat apresenta, por assim dizer, um paralelismo entre a libertação do povo eleito do Egito e a libertação anunciada quando do anúncio do nascimento de Jesus. No anúncio do nascimento de Jesus, se dá o êxodo definitivo da humanidade, isto é, a humanidade passa da escravidão do pecado para a filiação divina em Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, faze-me sensível à espiritualidade daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho, porque ela penetrou, de modo admirável, em teu mistério de amor.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Maria reconhece, no canto do magnificat, que Deus realizou maravilhas em sua vida, mas que esta realização não foi somente para ela e que não é um fato isolado na história do povo de Deus, de modo que as maravilhas que Deus realiza nela são, na verdade, para todo o povo de Deus, uma vez que pelo seu Filho virá a salvação para todos os povos. Sendo assim, devemos compreender que quando Deus realiza maravilhas nas nossas vidas, essas maravilhas não são apenas para nós, mas a todas as pessoas a partir de nós, e quando Deus realiza maravilhas nas vidas das outras pessoas, também somos beneficiados por ele.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

A ESPIRITUALIDADE DE MARIA

O louvor brotado dos lábios de Maria respondendo à exultação de sua prima Isabel, revela o centro de sua espiritualidade, sintonizada com a fé do povo de Israel. A piedade  refletida no Magnificat é a de uma judia fiel à mais pura tradição religiosa de seu povo.
Reconhecendo-se humilde servidora, ela comunga com os pobres de todos os tempos, cuja confiança estava depositada integralmente em Deus. Ela partilha, também, da bem-aventurança da pobreza proclamada por Jesus, na condição de serva de Javé.
Sua espiritualidade estava em consonância com a dos antigos profetas, em luta intransigente pela causa da justiça e pela transformação das relações interpessoais. Maria acreditava em Deus que não pactua com a injustiça, e está sempre pronto a arrancar de seus tronos, erguidos às custas do suor alheio, os ricos prepotentes. Pelo contrário, coloca-se ao lado dos pobres, tomando as dores dos perseguidos e injustiçados, e reerguendo-os de sua humilhação.
Sobretudo, Maria sabia-se toda entregue ao Deus-misericórdia, sempre pronto a realizar grandes coisas em favor de seus fiéis, de acordo com as suas promessas. Embora se sucedam as gerações, o amor de Deus permanece inalterado. Têm ainda plena vigência as promessas feitas aos patriarcas, pois sua palavra divina é imutável para sempre.
Tudo isto era motivo de alegria para a mãe do Filho de Deus.
Oração
Pai, faze-me sensível à espiritualidade daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho, porque ela penetrou, de modo admirável, em teu mistério de amor.
FONTE: dom total


23 de Dezembro de 2015

Lc 1,57-66

Comentário do Evangelho

O que Deus diz e promete, ele o cumpre!

No interior do evangelho de Lucas, há o esquema promessa-cumprimento. O que havia sido prometido pelo anjo a Zacarias, quando do anúncio do nascimento de João Batista, no Templo de Jerusalém, a saber, que muitos se alegrariam com o nascimento do menino (Lc 1,14), efetivamente se realiza. O nascimento de João, em casa, é cercado pelos parentes e vizinhos que representam “os muitos” do relato do anúncio do seu nascimento. Os parentes e vizinhos se alegravam com Isabel em razão da misericórdia com que ela havia sido tratada por Deus ao conceber João. Já observamos que a mudez de Zacarias, fruto de sua incredulidade, era também sinal da intervenção divina. O acordo entre o pai e a mãe acerca do nome do menino é sinal da revelação de Deus. No momento em que Zacarias escreve João sobre uma tabuinha, a sua boca se abriu e a sua língua se soltou. O que Deus diz e promete, ele o cumpre. De nossa parte, é preciso viver a vida apoiados na Palavra e na promessa de Deus, que é sempre fiel mesmo quando lhe somos infiéis.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, conta comigo para realizar o teu projeto, como contaste com João cujo nascimento foi revestido de gestos amorosos de tua providência.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O nascimento de João Batista nos mostra a atuação de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e proclamar os seus louvores.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

A MÃO DO SENHOR ESTAVA COM ELE

Todos os fatos relacionados com o nascimento de Jesus aconteceram sob a ação de Deus. Cada pormenor manifestava a misericórdia divina e o carinho com que a vinda do Messias estava sendo preparada.
O nascimento de João Batista foi visivelmente conduzido pelo Pai. Quando o menino foi dado à luz, os vizinhos e parentes reconheceram, no fato, uma demonstração do amor de Deus para com os pais dele - Isabel e Zacarias -, bem como para com todo o povo. Quando se perguntavam o que seria deste menino, já estavam intuindo a grandeza da missão que o esperava.
O sinal da benevolência divina manifestou-se, também, na recuperação da fala de Zacarias, assim que ordenara dar ao filho o nome de João, embora a contragosto da parentela. De acordo com o seu nome, o menino seria um sinal permanente de que Deus usa de misericórdia e é favorável. Sendo assim, seria portador de esperança e de consolação, transmitindo a certeza de que haveriam de se cumprir as antigas promessas divinas de salvação.
Da boca de Zacarias saiu, também, um hino de louvor a Deus. Mais que ninguém, o pai de João Batista fora testemunha da presença providente de Deus na vida de seu povo. Seu louvor tinha fundamento. A salvação do Senhor já começara a se manifestar.
Oração
Senhor Jesus, faze-me reconhecer tua vinda, em nosso meio, como fruto da benevolência do Pai, sempre providente em relação à humanidade.
FONTE: dom total


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