domingo, 14 de junho de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/06/2015

ANO B


Mt 5,38-42

Comentário do Evangelho

A lei de talião

A lei de talião é anterior ao texto bíblico. Nós encontramos referência à lei de talião em vários textos do Antigo Testamento (Ex 21,24; Lv 24,20; Dt 19,21). Do latim, talis é traduzido em português por “tal”. Trata-se, grosso modo, da reparação exigida de alguém que cometeu um delito e que devia ser proporcional ao mal que ele causou a outro. A finalidade de tal lei era conter a vingança e a violência. Essa quinta antítese visa à superação da lei de talião e explicita a bem-aventurança da misericórdia (Mt 5,7), a exigência cristã do perdão e da reconciliação e a paz que precisa ser construída com o esforço de todos (cf. Mt 5,9). A expressão “não resistir ao malvado” é ambígua e, por isso, precisa ser bem compreendida. Em primeiro lugar, é essencial a consciência de que o mal deve ser extirpado e a ele não se pode ceder; a pessoa, no entanto, é necessário salvar. Em segundo lugar, a afirmação de Jesus prescreve não pagar o mal com o mal, não pagar com a mesma moeda, não responder à violência com a violência. Para o cristão, é preciso considerar como Deus nos trata para poder superar qualquer impulso à violência, à vingança ou ao revanchismo: Deus não nos trata segundo nossas faltas. A todos, indistintamente, ele oferece o seu perdão e o seu amor. No mundo, o cristão é chamado a ser um sinal da reconciliação de Deus com a humanidade inteira, à imagem de Cristo que reconciliou o mundo com Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=15%2F06%2F2015

Vivendo a Palavra

A lei do talião – olho por olho, dente por dente – não era um incentivo à vingança, mas um limite a ela. Um passo à frente da barbárie reinante, mas ainda era muito pouco para o Mestre. Com Ele, veio a lei do Amor – generoso, gratuito, libertador. Estes são o ensinamento e o desejo de Jesus de Nazaré para todos nós, a sua Igreja pelos tempos afora.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Os critérios humanos não são suficientes para resolver os problemas da própria humanidade, principalmente os que estão relacionados com a justiça, pois a justiça dos homens não tem como centro a pessoa humana, mas sim o que elas têm ou deixam de possuir. Os bens são comparáveis entre si, mas as pessoas não, pois cada uma é um ser único, incomparável na sua dignidade. Além disso, os elementos que estão presentes em um relacionamento são por demais complexos para serem abrangidos na sua totalidade a partir de categorias do conhecimento humano, uma vez que a própria razão é insuficiente para a compreensão do ser humano. Jesus nos mostra que somente o amor e a misericórdia possibilitam superar essas deficiências e construir um relacionamento justo e fraterno.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=6&dia=15

Comentário do Evangelho

A VIOLÊNCIA SUPERADA

O discípulo do Reino não pode contentar-se com a prática de retribuir olho por olho e dente por dente. Ele se caracteriza pela capacidade de, com firmeza, quebrar a espiral de violência através de atitudes chocantes, até mesmo, para seu agressor. Não é fácil imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada quando já se recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir uma túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então, quem é obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para protegê-lo dos assaltos, mostrar-se disposto a caminhar o dobro.
Estas atitudes são, à primeira vista, insensatas e injustificáveis. Mas, são normas de conduta para o discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando uma espiritualidade da humilhação e do sofrimento. Não lhe interessava ver o discípulo humilhado. O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu ódio e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A não-violência do discípulo do Reino, portanto, é vivida de forma positiva e construtiva. O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência e transformar o ódio em amor.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-6-15

Oração Final
Pai Santo, inunda-nos com o teu Amor, para que nós o vivamos de forma espontânea; e que ele seja indiscriminado, gratuito, livre e libertador para todos os companheiros que estão próximos de nós nesta volta ao Lar Paterno, a Tua Morada Santa. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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