sexta-feira, 23 de maio de 2014

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/05/2014

23 de Maio de 2014

ANO A


Jo 15,12-17

Comentário do Evangelho

O Filho é portador do amor do Pai.

Nos versículos anteriores da alegoria da videira verdadeira, o imperativo para os discípulos era de se deixar “in-habitar” (= permanecer) pelo amor de Jesus Cristo. O texto do evangelho de hoje é enquadrado pelo tema principal dessa parte do discurso: o amor fraterno (vv. 12.17). Na origem do amor do Filho pelos discípulos está o amor de Deus pelo Filho. O Filho é portador do amor do Pai e, pela sua vida, inclusive a sua vida entregue, ele o manifesta a todo o mundo. O amor é exigência e condição de uma vida cristã autêntica, sem hipocrisias. A medida do amor fraterno é a medida do amor de Jesus pelos seus discípulos. No seu amor pelos seus, ele deu a sua própria vida (cf. Jo 13,1). Os “amigos”de Jesus são, além dos discípulos, o leitor do evangelho, nós todos por quem o Senhor entregou a sua vida e revelou a verdadeira face do Pai. Os relatos de vocação dos Doze, nos quatro evangelhos, mostram que a iniciativa do chamado é Jesus (v. 16; cf. Mc 1,16-20; 3,13-19; Jo 6,70). Para poder produzir fruto do amor fraterno, os que são escolhidos devem partir, aceitar serem enviados pelo Senhor para testemunhar o seu amor. Nesse sentido, toda a comunidade cristã é missionária.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o amor de Jesus minha única fonte de inspiração para pôr em prática o mandamento do amor mútuo. Que eu me esforce por amar, como tu amas!

Vivendo a Palavra

A Igreja desejada por Jesus é uma comunidade de amigos, de gente igual. Fomos todos escolhidos e chamados pelo Pai. O desempenho de funções diferentes não justifica privilégios, como bem lembrou Paulo na metáfora dos órgãos do corpo. O Amor é espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador.

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, mas seus amigos. O servo trabalha em função do seu salário e não tem nenhum compromisso com o seu senhor além do vínculo do trabalho. O amigo é comprometido com o outro, acredita nos seus valores e luta com ele na conquista de um ideal comum. Assim, quando Jesus nos chama de amigos, ele quer dizer que está compromissado conosco na construção do ideal do Reino de Deus e quer que todos nós também sejamos seus amigos, comprometidos com ele na construção da civilização do amor.

Recadinho


Você tem Jesus como um amigo, companheiro de caminhada? - Você realmente se sacrifica pelo próximo oferecendo sua amizade? - Você conhece seus verdadeiros amigos? - Procura ser amigo de verdade? - Consegue distinguir facilmente os bons dos falsos amigos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

NÃO SERVOS, MAS AMIGOS

Jesus rompeu a visão rígida de discipulado que vigorava em sua época, recusando-se considerar seus discípulos como servos, por considerá-los como amigos. Ele não era um rabino a mais, preso a esquemas incompatíveis com o Reino. Sua postura foi inovadora.
O esquema servo-senhor era-lhe insuficiente para expressar seu modo de considerar os discípulos. Um patrão não tem satisfações a dar a seus empregados, uma vez que são considerados como meros executores das ordens recebidas. Os laços de comunhão entre eles são frágeis, pois o empregado, quase sempre, quer ver-se livre da tutela do seu patrão. A um e outro falta o amor.
O esquema amigo-amigo revela o que Jesus pretende ser para os seus discípulos. A amizade comporta afeto, comunhão de interesses e busca de ideais comuns. Embora correndo o risco de ser rompida, a amizade autêntica tende a ser estável. Nela, um amigo não se sente tutelado pelo outro. Tudo se fundamenta na liberdade e no respeito.
Ao convocar seus discípulos, Jesus quis, logo, estabelecer laços de amizades com eles. Chamou a cada um por decisão pessoal. Comunicou-lhe tudo quanto aprendeu do Pai. Assumiu-os como colaboradores em sua missão. Não lhes impôs normas ou regras, a não ser o mandamento do amor mútuo. Manifestou-lhes, até o extremo, seu bem-querer, a ponto de dar a vida por eles.
Oração
Espírito que constrói amizade reforça os laços que me unem a Jesus e aos meus semelhantes.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Preparai, ó Deus, nossos corações para vivermos dignamente os mistérios pascais, a fim de que esta celebração realizada com alegria nos proteja por sua força inesgotável e nos comunique a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 23 DE MAIO – SEXTA


HOMILIA
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS Jo 15,12-17
Há uma palavra que nos liberta de todos os fardos, dores da vida e nos faz atingir o vínculo da perfeição. Essa palavra é amor. João na primeira carta diz que Deus é amor. Além de tudo o mais que Deus seja, e além do mais que Ele tenha feito, esteja a fazer ou venha a fazer – tudo é uma manifestação do Seu amor. Este amor é tão reconfortante como é difícil de compreender. O amor de Deus excede em muito aquilo que os seres humanos rotulam normalmente como amor, o qual é, por vezes, um mero sentimento superficial ou uma paixão louca temporária, esta tantas vezes misturada de egoísmo e cobiça. Deus não Se limita a ter amor ou a demonstrar amor. Ele é amor.
O amor de Deus pela humanidade tem-se revelado de numerosas maneiras, sendo a maior de toda a Cruz. Como seguidores de Jesus, correspondemos ao Seu amor amando os outros, como Cristo nos amou a nós.
No Evangelho de João, Jesus não manda amar a Deus. Seu mandamento é que permaneçamos no amor. É amar o amor, e Deus é amor. O maior amor está em dar a vida por seus amigos, estar totalmente a seu serviço, a exemplo de Jesus. Somos escolhidos para dar frutos que permaneçam para sempre. O fruto é a prática do amor mútuo originando as comunidades. A vida sem amor é um tipo sub-humano de existência. Precisamos do amor dos pais. Precisamos do amor da família e dos amigos. Precisamos pertencer a uma comunidade que ama. Contudo, assim como precisamos receber amor, também precisamos dar amor. Não somos verdadeiramente humanos se não conseguirmos amar. Sejamos, porém claros: O verdadeiro amor não tem origem em nós. A capacidade de amar é criada em nós pelo nosso Criador na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. É ele que nos convida a amarmo-nos uns aos outros.
Assim, celebrar a Eucaristia é para mim e para ti assumir o compromisso de viver a fraternidade não apenas verbalmente, mas de fato. Assim como Jesus se entrega por nós, que nossa vida seja toda ela vivida na doação e no serviço em favor dos irmãos e irmãs, especialmente daqueles que mais sofrem. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
Fonte Canção Nova



HOMILIA
O amor é o vínculo que nos une a Deus!
O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor!
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos” (João 15, 12-13).




Da mesma forma, se não existir amor entre aqueles que convivem, habitam no mesmo espaço e compartilham da mesma vida em uma comunidade, ela tenderá à ruína. O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor! Aqui não se trata de um amor poético, romântico, sentimental ou afetuoso; é o amor decisão, o amor respeito, o amor que, acima de tudo, nos leva a ver a presença de Jesus no outro, apesar dos limites e das fraquezas dele.
É o amor que exige perdão, superação, reconciliação; não é um amor que nos obriga a gostar e a “engolir” o outro, porque não há outro jeito; mas é o amor que nos ensina a conviver em paz com nós mesmos e com o outro, ainda que não estejamos muito a fim disso, ainda que as nossas ideias, os nossos pensamentos e sentimentos não caminhem na mesma direção. Amar o outro é uma exigência para se tornar discípulo de Jesus!
Amar ao próximo não é uma questão facultativa, subjetiva ou muito menos ainda o amor criterioso em que eu só amo a quem eu quero e a quem está de acordo com os meus critérios. O amor ao próximo é, em primeiro lugar, aos que estão mais próximos de nós, aos que convivem e trabalham conosco e aos que abraçam uma mesma dimensão de vida.
Qualquer realidade humana, qualquer comunidade paroquial, comunidade de vida em que o amor não existe mais, a vida, o relacionamento e a própria comunidade estão condenados ao fracasso.
Se Deus pode reerguer algo entre nós, Ele pode, deseja e quer fazer isso com a ajuda da via chamada amor. Que ele seja o vínculo que nos une a Deus, que o amor seja o vínculo que nos una uns aos outros!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Jo 15,12-17 - Amigo de Deus!


Amigos!

Preparando-nos para a Leitura Orante,
com todos os que fazem este caminho, pela web,
“damos graças a Deus que nos deu o dom da Palavra, com a qual podemos nos comunicar entre nós e com Ele por meio de seu Filho,
que é sua Palavra (cf. Jo 1,1).
Damos graças a Ele que, por seu grande amor,
fala a nós como a amigos (cf. Jo 15,14-15). (DAp 26).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 15,12-17.
O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: amem uns aos outros.
Como discípulo/a devo viver o mandamento de Jesus Cristo: o amor. Jesus fala do maior amor. Quem ama muito é capaz de dar a vida. É também, amigo. Não se considera superior aos demais.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram as características do amigo de Jesus: “O amigo escuta a Jesus, conhece ao Pai e faz fluir sua Vida (Jesus Cristo) na própria existência (cf. Jo 15,14), marcando o relacionamento com todos (cf. Jo 15,12). O “irmão” de Jesus (cf. Jo 20,17) participa da vida do Ressuscitado, Filho do Pai celestial, porque Jesus e seu discípulo compartilham a mesma vida que procede do Pai: Jesus, por natureza (cf. Jo 5,26; 10,30) e o discípulo, por participação (cf. Jo 10,10). A conseqüência imediata deste tipo de vínculo é a condição de irmãos que os membros de sua comunidade adquirem.”(DAp 132).
Seguimos este processo em nossa comunidade?

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, pedindo a graça de ser um bom amigo de Jesus.
Senhor, muito obrigado porque me escolheste para ser seu amigo.
Obrigado porque me escolheste para que eu produza frutos bons.
Agradeço-te por me chamar de “amigo”.
Minha gratidão é também  pelos segredos do Pai que me revelaste.
Peço-te a graça de fazer fluir a tua Vida na minha vida.
Que esta tônica marque todos os meus relacionamentos,
hoje e sempre. Amém.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar, será direcionado para fazer fluir através de todo meu ser a Vida de Jesus Cristo.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, fortalece entre nós a amizade fraterna, tão desejada por Jesus de Nazaré. Que nós não nos coloquemos em posições de destaque, mas não nos neguemos a usar a serviço dos irmãos os dons que nos emprestas. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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