Este título mariano está ligado ao início da evangelização da
França. Ao redor do ano 250, o jovem missionário italiano Dionísio, levou a fé
cristã aos povos desta região. Diz a tradição, que ele se estabeleceu na grande
planície "les Champs", isto é: "os Campos", em Lutécia,
atual Paris. Alí formou a primeira comunidade católica francesa e foi eleito o
seu Bispo.
No lugar do santuário pagão da deusa da plantação
fundou uma igreja cristã, dedicada à Nossa Senhora dos Campos. Governou a
diocese até o ano 259, quando preferiu o martírio a renegar sua fé em Cristo.
Santo Denísio se tornou um dos padroeiros da França e suas relíquias são
veneradas na primitiva igreja de Nossa Senhora dos Campos, anexada ao Convento
das Carmelitas da Encarnação desde 1604.
Assim surgiu o culto à Nossa Senhora dos Campos. A
França a celebra no dia 26 de fevereiro, mas em outras localidades a festa
ocorre em datas diversas. Na Itália, o mais conhecido é o Santuário localizado
em Espezano, na Bréscia.
Segundo a tradição, a primeira igreja foi
construída em 1200, depois da Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços ter
aparecido no meio dos campos à uma piedosa agricultora. Porém, a aparição que
deu fama ao Santuário ocorreu em 12 de julho de 1586 à duas jovens da
localidade.
Ainda hoje a sua festa em 12 de julho é comemorada
com a tradicional procissão dos devotos vestidos de camponeses, que chegam ao
Santuário para honrar Nossa Senhora dos Campos com cantos, orações e cestos
repletos de flores e frutos colhidos da terra. Recentemente a Santa Sé declarou
igreja jubilar este Santuário.
No final do século XIX, o culto chegou ao Brasil.
No dia 26 de maio de 1878 um grupo de imigrantes procedentes do norte da
Itália, desembarcou em Santa Catarina. Foram para o interior onde primeiro
fundaram a cidade de Urussanga, depois as famílias se deslocaram criando
pequenos núcleos agrícolas. Na região conhecida pelo nome de Linha Rio Maior,
doze famílias brescianas se fixaram. Devotas de Nossa Senhora dos Campos,
costumavam se reunir para rezar o terço na casa de João de Bona Sartor, que
trouxera da Itália o quadro com a imagem dessa devoção.
Em 12 de julho, para festejar a querida padroeira
vinham famílias de toda redondeza. Assim, com recursos próprios esta família
mandou erguer uma pequena capela e esculpir a imagem de Nossa Senhora dos
Campos, conforme o quadro. O templo foi consagrado em 1918, e mais tarde,
juntamente com a imagem, foi doado à comunidade pelos herdeiros de João de Bona
Sartor. A recente igreja de Nossa Senhora dos Campos, foi construída com o
apoio de toda comunidade de Linha Rio Maior, sendo inaugurada solenemente em
1990, dia da padroeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário