seus companheiros
mártires
Século II
No século II da era
cristã, Scili era uma pequena província romana do norte da África, não muito
distante da capital Cartago, onde residia Saturnino, o procônsul designado pelo
imperador Cômodo.
Cômodo governou o Império Romano por doze anos.
Era um tirano cruel e vaidoso. Para divertir-se, usava roupas de gladiador e
matava seus opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido
como Coliseu. Durante o seu reinado, determinou que os cristãos voltassem a ser
sacrificados.
A Cartago romana deveu seu resplendor
principalmente ao cristianismo, bem depressa aceito por seus habitantes. Consta
que foi o apóstolo são Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de
diocese e tornou-se a pátria de grandes santos, como Cipriano, Agostinho e
muitos outros. Mas também foi o local onde inúmeros cristãos morreram
martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino, que
obedecia às ordens de Roma.
Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze
fiéis professavam, tranqüilos, o cristianismo. Eram todos muito humildes e
foram denunciados pelo "crime" de serem cristãos. Então, foram
simplesmente presos e levados pelos oficiais do procônsul a Cartago, para serem
julgados.
Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de
audiências, Saturnino começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava
que os súditos jurassem pela "divindade" do imperador e que, se eles
fizessem tal juramento, o soberano os "perdoaria". Assim, foram todos
interrogados, entre os quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e
disseram que nenhum tipo de morte faria com que desistissem dela.
Outra vez Saturnino ordenou que renegassem a fé
cristã, que adorassem o imperador. Então Esperato, em nome de seus
companheiros, respondeu que não reconheciam a divindade do imperador e que
serviriam unicamente a Deus, que era o Rei dos reis e o Senhor de todos os
povos. Não temiam a ninguém, a não ser ao Senhor Deus, que está nos céus. E que
desejavam continuar fiéis a ele e perseverar na fé: sim, eram cristãos.
Diante de tão clara e direta confissão, o
procônsul sentenciou: "Ordeno que sejam lançados no cárcere, pregados em
cepos e decapitados: Generosa, Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato,
Narzal, Citino, Vetúrio, Félix, Acelino e Letâncio, que se declaram cristãos e
se recusam a tributar honra e reverência ao imperador".
Assim está descrito o martírio de santa Generosa e
seus companheiros no catálogo oficial dos santos, também chamado Martirológio
Romano. A veneração litúrgica de santa Generosa é celebrada no dia de seu
trânsito para a vida eterna.
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