domingo, 12 de maio de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/05/2013

13 de Maio de 2013

Ano C


João 16,29-33

Comentário do Evangelho


A incredulidade dos discípulos se transforma em fé

Já o dissemos que se trata de um novo tempo, o tempo em que a incredulidade dos discípulos foi transfigurada em fé: “Agora, sim, falas abertamente, e não em figuras” (v. 29); “... vemos que conheces tudo…” (v. 30a); “Por isso acreditamos que saíste de junto de Deus” (v. 30b). A incredulidade impede de ouvir pacientemente; impede de receber o que é de Deus como dom, e de penetrar profundamente no mistério de Deus. A incredulidade faz das palavras de Jesus um enigma “Credes agora?” (v. 31). Trata-se de uma ironia, pois os discípulos abandonarão o Senhor (cf. v. 32a).

A incredulidade é origem do medo; ela impede de olhar, primeiro, para o outro. Os discípulos terão que passar pela dura prova de paixão e morte de Jesus para poder chegar à verdadeira fé. Em contraposição ao abandono dos discípulos está Deus, o Pai: “Mas... o Pai está sempre comigo” (v. 32c). É a confiança do Filho no Pai (v. 32b), pois o Pai não abandona o seu Filho.

É o Ressuscitado que encoraja a comunidade dos discípulos nas provações decorrentes da participação na vida de Jesus Cristo: “No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (v. 33bc).

Somente apoiada na palavra do Cristo é que a comunidade encontra a verdadeira paz (v. 33a).
Carlos Alberto Contieri, sj


Vivendo a Palavra

O rico tempo litúrgico que vivemos: ontem, a Ascensão do Senhor; no próximo domingo, Pentecostes. As revelações de Jesus vão se clareando para os discípulos. Coloquemos nas mãos do Espírito Santo a nossa fragilidade, na certeza de que Ele é a força que nos capacita e encoraja a seguir Jesus pelos caminhos desta vida.

Reflexão

Muitas vezes proclamamos com orgulho a nossa fé e procuramos vivê-la da melhor forma possível através da prática da caridade e da participação na vida comunitária. Mas seria um grande engano acreditarmos que estamos prontos para vencer todos os desafios que poderão ser propostos para a nossa fé. Os discípulos acreditaram em Jesus, no entanto fraquejaram diante da cruz. Nós devemos ter consciência que Jesus venceu o mundo, mas nós não o vencemos, e nem poderemos vencê-lo. A vitória sobre o mundo é obra de Jesus, temos que acreditar nisso e participar da sua obra para que, com ele, também nós sejamos vencedores.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Euforia dos Discípulos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos evangelhos sinóticos, quando Jesus anuncia a sua paixão e morte, o apóstolo Pedro pulou á frente e disse em alto e bom som, que para onde Jesus fosse, ele iria junto...E então Jesus jogou um balde de água fria na cabeça de Pedro anunciando que dali há pouco, ele iria negá-lo por três vezes, borrando-se de medo de alguma coisa lhe acontecer, por causa da sua ligação com o Mestre.

No evangelho de hoje Jesus tem essa mesma atitude com o Grupo dos discípulos, que estavam entusiasmados pois parece que finalmente as suas "fichas" tinham caído. "O Senhor conhece tudo, sabe tudo, é realmente um Homem que veio de Deus, nem precisamos mais te interrogar, basta-nos te seguir..."

Jesus argumentou mais ou menos assim "Ah...então agora vocês crêem ? Esperem um pouco e vão ver o que vai acontecer, todos vocês vão dar no pé, abandonando-me no momento em que chegar a minha hora.

Nossa vida em comunidade também é assim, marcada por um entusiasmo, por um fogaréu de palha, parece que tudo vai dar certo e vamos vencer o mundo inteiro. Dali a pouco vem novo fracasso, nova queda, novo desânimo. Esse "mundo" a que João se refere, é o mundo do mal, que não desiste de nos seduzir...

Apesar dos fracassos, que ninguém desanime, Jesus venceu o Mal, vamos a luta, não tenhamos medo das tribulações, o Pai está com Jesus e nós estamos com ele. O jogo está para nós, não tenhamos medo...Nunca estamos sozinhos nessa luta, em Jesus temos a Paz e a esperança da vitória... O Mal não terá nenhuma chance, se tivermos consciência disso...

2. A incredulidade dos discípulos se transforma em fé
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
ORAÇÃO
Pai, fica comigo, assim como estiveste com Jesus, e sê meu protetor quando se levantarem contra mim as forças hostis a teu Reino. E que eu seja capaz de vencê-las!

3. TENHAM CONFIANÇA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os discípulos, nem de longe, podiam imaginar o futuro que teriam pela frente. Intelectualmente, deram mostras de ter entendido os ensinamentos de Jesus, chegando mesmo a proclamar sua condição de enviado de Deus. E depois, quando se apresentasse a ocasião de dar testemunho público desta verdade, estariam preparados para tal desafio?

O Mestre não tinha nenhuma dúvida a este respeito. Ao chegar a hora de se declararem discípulos seus, haveriam de debandar e deixá-lo sozinho. Triste constatação para quem se julgava sintonizado com Jesus!

O realismo do Mestre não lhe permite desesperar, por causa disto. Embora sabendo que seria vítima do abandono do grupo escolhido e preparado por levar adiante sua missão, exorta-o à confiança. 

Seguros quanto ao poder de Jesus sobre o mundo, os discípulos se julgavam em condições de enfrentá-lo, sem temer suas investidas e ameaças de morte. O gesto mesquinho da fuga poderá ser irrelevante, se forem capazes de retomar o projeto do Senhor e levá-lo destemidamente adiante.

A morte e a ressurreição de Jesus significam sua vitória sobre o mundo, e a desarticulação dos esquemas mundanos. Quem se confia ao Ressuscitado, apesar da ferocidade do inimigo, pode estar certo de que irá vencê-lo. A vitória de Jesus sobre o mundo foi definitiva.
Oração
Espírito de luta, que eu não me deixe intimidar pelo mundo; antes, dá-me suficiente coragem para que eu possa enfrentá-lo e vencê-lo.

A mensageira da paz


Postado por: homilia

maio 13th, 2013


“Feliz o ventre que te trouxe, e os seios que te amamentaram”.
Nós celebramos, hoje, a memória de Nossa Senhora de Fátima e celebramos a palavra feliz e abençoada do Evangelho, a qual diz que mais feliz são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e as põem em prática. A dupla felicidade e bem-aventurança de Maria, por ser a única que teve a graça de ter o ventre e os seios que alimentaram o Senhor Nosso Deus. Mas, uma vez que seus seios amamentaram o Senhor, ela foi muito mais feliz, porque ouviu a Palavra de Deus e a colocou em prática, pois ela também se fez discípula do Pai.
Nós celebramos Maria na sua aparição em Fátima, uma das aparições mais lindas e maravilhosas, um dos maiores sinais dos céus dos últimos tempos. Quando ela apareceu aos três pastorinhos, em Fátima – primeiro com um pedido de oração, de correção, penitência e mudança de vida – foi para salvar a humanidade, praticamente esmagada por uma guerra terrível: a Primeira Guerra Mundial. A Virgem Santa mesmo disse aos meninos: os corações irão se converter, uma guerra pior virá à humanidade; e veio a Segunda Guerra Mundial.
Nossa Senhora está presente no meio de nós para nos trazer paz, salvar-nos da guerra, salvar a nossa casa e nossas famílias dos conflitos e disputas, salvar-nos de tudo aquilo que tira a paz de nossas famílias. Ela é a mensageira da paz.
Quando nos colocamos sob sua proteção e fazemos como ela fez, colocamos a Palavra de Deus em prática. A paz reina em nossa casa, em nossas famílias. Então, hoje, coloquemos a Palavra de Deus em prática e assumamos o compromisso de colocar a Palavra de Deus em prática, porque, assim, seremos discípulos felizes.
Maria concebida sem pecado, rogai por nós!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
LEITURA ORANTE

Jo 16,29-33 - Tenham coragem!



Preparo-me para a Leitura Orante fazendo com todos os internautas a oração :
Oramos por todos aqueles que têm coração frio.
Oramos por aqueles que pensam que já viram tudo.
Agradecemos pelos profetas do passado e de hoje
que partilharam o que Deus lhes revelou.
Agradecemos por aqueles que, por amor a Cristo,
trouxeram justiça e libertação aos oprimidos.
Louvamos a Deus por todas as pessoas
que estão vivendo revelações de sua Palavra.
Amém.


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Jo 16,29-33, e observo os discípulos dialogando com Jesus.

Então os seus discípulos disseram:
- Agora, sim, o senhor está falando claramente e não por meio de comparações. Sabemos agora que o senhor conhece tudo e não precisa que ninguém lhe faça perguntas. Por isso nós cremos que o senhor veio de Deus.
E Jesus respondeu:
- Então agora vocês crêem? Pois chegou a hora de vocês todos serem espalhados, cada um para a sua casa; e assim vão me deixar sozinho. Mas eu não estou só, pois o Pai está comigo. Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.
Os ensinamentos de Jesus estão sendo assimilados aos poucos pelos discípulos. O Mestre sabe que, apesar disso, os seus mais próximos seguidores, se dispersarão, o abandonarão na hora mais decisiva de sua vida, a sua Paixão. Os discípulos entendem intelectualmente, mas na hora de demonstrar isto, na prática, abandonam Jesus. Mas, Ele, prevendo esta fraqueza, os anima, dizendo-lhes que mesmo na deserção dos amigos, Deus não o abandonará: “O Pai está comigo”. E adianta-lhes: “vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo”.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Às vezes, também eu entendo a proposta de Jesus, sei quais são os caminhos de Deus, mas não os consigo viver no dia a dia. Quero renovar a fé de que “o Pai está comigo” e, ciente de que Jesus venceu, eu também terei a vitória sobre qualquer mal. Penso também, com os bispos na Conferência de Aparecida, na unidade dos cristãos: “Os discípulos de Jesus são chamados a viver em comunhão com o Pai (1 Jo 1,30 e com seu Filho morto e ressuscitado, na “comunhão no Espírito Santo” (1 Cor 13,13). O mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do mistério da Igreja: “um povo reunido pela unidade do Pai do Filho e do Espírito”, chamado em Cristo “como sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”. A comunhão dos fiéis e das Igrejas locais do Povo de Deus se sustenta na comunhão com a Trindade.” (DAp 155).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração pela Unidade:

Santo espírito de Liberdade,
quando os pobres anseiam
por fartura partilhada
e injustiça vencida
e a Igreja aspira à unidade,
desafia-nos a captar essas duas visões
como fios vitais de uma única tapeçaria.
Aguça nossa percepção e imaginação
para tecê-los juntos
nas pegadas de Jesus
para a vida do mundo,
para a glória de Deus!

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar, como o da minha Igreja, é ecumênico: "A compreensão e a prática da eclesiologia de comunhão nos conduz ao diálogo ecumênico. A relação com os irmãos e irmãs batizados de outras Igrejas e comunidades eclesiais é um caminho irrenunciável para o discípulo e missionário, pois a falta de unidade representa um escândalo, um pecado e um atraso do cumprimento do desejo de Cristo: "para que todos sejam um, como tu, Pai,estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste" (Jo 17,21) (DAp 227).

Bênção

O Senhor, que venceu a escuridão com a luz, vos dê a paz.
Amém.
O Senhor, que venceu a morte com a vida, vos dê a paz.
Amém.
O Senhor, que venceu a solidão com o amor, vos dê a paz.
Amém.


Obs.: De 12 a 19 de maio, Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Veja mais em http://paulinascomunica.blogspot.com

Ir. Patrícia Silva, fsp


Oração Final
Pai Santo, também para nós chegou a hora em que a sedução do mundo quer nos desunir e espalhar, deixando sozinho o Cristo. Envia, Pai amado, o teu Espírito para que permaneçamos unidos na comunidade dos discípulos de Jesus de Nazaré, a tua Igreja que já é, neste mundo, sinal do teu Reino, que um dia alcançaremos em plenitude nos teus braços paternos.

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