quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CONCLAVE - Entenda o conclave que vai eleger o sucessor de Bento XVI


llan Walbert - Portal EBC27.02.2013 - 11h34 | Atualizado em 27.02.2013 - 12h29



Vaticano entra no período de Sé Vacante na quinta-feira (28), quando acontece a renúncia do papa Bento XVI  (Enrique Zepeda Venegas / Creative Commons)


Nesta quinta-feira (28), a sucessão papal na Igreja Católica entra em um novo capítulo: a Sé Vacante, ou ausência de um papa. Bastará um quórum suficiente de cardeais em Roma para que tenha início a reunião de escolha do sucessor de Bento XVI. A partir de então, e por período incerto, o único contato dessa eleição secreta com o mundo exterior será através da chaminé da Capela Sistina, onde a cor da fumaça evindenciará se o mundo católico já tem um novo líder.

No infográfico abaixo, confira de onde são os cardeais que têm direito a voto no conclave do Vaticano


No total, existem 209 cardeais. Desses, 117 têm menos de 80 anos e por essa razão conquistam o direito de votar e serem votados. Com a renúncia do cardeal O'Brien e a impossibilidade de Dom Julius Darmaatmadja ir a Roma por motivos de saúde, o conclave contará com 115 cardeais eleitores. O número máximo de cardeais votantes no conclave é 120.

Pelas regra canônica anterior, o conclave deveria começar com um mínimo de 15 dias após a morte ou renúncia de um papa.  Bento XVI alterou a lei por meio de um decreto e ofereceu aos cardeais a possibilidade de antecipação, não sendo mais necessário esperar a quinzena.
Portas fechadas
A eleição de um papa é considerada um dos eventos mais secretos do mundo. Os cardeais não podem revelar as suas preferências, nem detalhes do pleito que acontece na Capela Sistina. Durante o conclave, fica ainda proibido o acesso a jornal, telefone ou internet. Todo esse sigilo é garantido pelo cardeal carmelengo, uma espécie de administrador do Vaticano.
Os cardeais escrevem cada voto em uma cédula de papel. Não é permitido o voto em si mesmo e, para manter o sigilo, utilizam caligrafia diferente da habital. As cédulas são depositadas em uma urna de bronze. Nove cardeais eleitos assumem as funções administrativas de escrutinadores (contam as cédulas); revisores (recontam as cédulas) e infirmarii (recolhem as cédulas dos ausentes).
Resultado
Ao carmelengo e a alguns assistentes cabe a função da leitura das cédulas. O cardeal que tiver ao menos 2/3 (dois terços) dos votos será o novo papa. É facultado ao escolhido dizer se aceita o cargo.
Após a revelação dos votos, caso haja indefinação, as cédulas são queimadas junto a uma palha úmida. Isso faz com que a fumaça na chaminé da Capela Sistema tenha cor escura: é o sinal para os fiéis na Praça São Pedro saberem que ainda não foi um escolhido um novo papa.
Caso haja definição, as cédulas são queimadas sem a palha úmida e a fumaça que sairá da chaminé da Capela Sistina terá cor branca. Este é o sinal de que a congregação católica tem enfim um novo líder. Aceitando o cargo, ele escolhe um nome papal. O pontífice será apresentado à multidão sob a frase 'habemus papam' (temos um papa, em latim).
Edição: Priscila Ferreira
http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/02/entenda-o-conclave-que-vai-eleger-o-sucessor-de-bento-xvi

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