terça-feira, 15 de abril de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/04/2025

ANO C


Jo 13,21-33.36-38

Comentário do Evangelho

A Traição de Judas e a Negação de Pedro


Jesus, em seus ensinamentos, sempre revelou que a fidelidade ao plano divino seria desafiada. Neste momento, Ele compartilha com seus discípulos a dura realidade de que um deles O trairá. No entanto, essa traição não é compreendida completamente pelos discípulos. Eles estão confusos, sem entender o que realmente está prestes a acontecer.
Dentre os discípulos, Pedro, caracteristicamente impulsivo, tenta entender melhor as palavras do Mestre. Ele faz um gesto ao discípulo amado, que, por sua proximidade com Jesus, se atreve a questioná-Lo diretamente. Jesus, porém, não revela de maneira clara o nome do traidor, mas dá sinais de quem seria. Ambos, Jesus e Judas, sabem o que se desenrola, mas os outros continuam imersos na incerteza.
Satanás, com seu poder, se apodera de Judas, transformando-o em inimigo do plano de Deus. Ele se junta às autoridades judaicas, que, por suas próprias intenções, buscam a prisão e morte de Jesus. A narrativa nos leva a um cenário sombrio, pois já é noite, tal como na agonia do Getsêmani e na negação de Pedro.
Pedro, com seu coração impulsivo e autoconfiante, prometeu seguir Jesus até a morte. No entanto, ele não reconhece sua própria fragilidade. Jesus, que conhece profundamente o caráter de cada discípulo, prevê que Pedro negará três vezes que o conhece. A dor da traição, da negação e do abandono dos amigos prepara o Salvador para o sofrimento da cruz.
A experiência de sofrimento vivida por Jesus não se limita apenas a Ele, mas também é refletida na história da comunidade cristã, que, desde seus primórdios, tem experimentado traições, abandono e apostasias. Contudo, ao compartilhar suas tribulações com o Mestre, a Igreja, como corpo de Cristo, encontra força para superar as adversidades e testemunhar a perseverança na fé.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-traicao-de-judas-e-a-negacao-de-pedro/

Comentário do Evangelho

Para onde vou não podes agora me seguir, mas depois me seguirás


O que Jesus anunciava se concretiza. Um dos seus discípulos irá entregá-lo. Sua inquietação interior também será experimentada pelos discípulos. Ninguém compreende o que irá acontecer. Pedro quer saber sobre o que o Mestre está falando. Acena para o discípulo amado, que, por sua proximidade a Jesus, ousa indagá-lo. O Cristo não diz abertamente o nome do traidor, mas dá indícios de quem seja. Ele e Judas sabem o que está acontecendo. Os demais permanecem na incompreensão. O poder de Satanás se apodera de Judas: ele estará contrário ao plano de Deus. É adversário e compactua com as autoridades judaicas. É noite, assim como na agonia do Getsêmani e na negação de Pedro, que prometera seguir e dar a vida pelo Mestre. Simão não reconhece sua fragilidade. Jesus o conhece profundamente e prediz sua negação. A dor da traição, da negação e do abandono dos demais discípulos prepara o Salvador para o sofrimento da cruz. A comunidade de fé também vive traições, abandono e apostasia desde suas origens. Compartilhando suas dores com o Mestre, ela é capaz de ultrapassar as tribulações e dar testemunho de perseverança.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/para-onde-vou-nao-podes-agora-me-seguir-mas-depois-me-seguiras

Reflexão

A Pascoa é o momento em que “o Filho do Homem foi glorificado, e Deus foi glorificado nele”. Hoje o Evangelho nos convida a meditar um momento triste, mas fundamental para a glorificação de Cristo: a traição de Judas. Mais que condenar o gesto desse discípulo, devemos ter a coragem de examinar nossas ações cotidianas enquanto discípulos do Filho de Deus. No seguimento de Cristo, devemos proclamar a salvação até os confins da terra, através de nossos atos e palavras. Por isso, devemos olhar para o nosso interior, para perceber se nossos lábios são anunciadores da salvação ou também nós voltamos as costas àquele que deu a vida pela humanidade. Na nossa vida de fé, nos assemelhamos à fidelidade do “discípulo amado” ou à traição daquele que não compreendeu o significado de sua mensagem?
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-15-terca-feira-11/

Reflexão

«Era noite»

Abbé Jean GOTTIGNY
(Bruxelles, Blgica)

Hoje, Terça-feira Santa, a liturgia põe o acento sobre o drama que está a ponto de desencadear-se e que concluirá com a crucifixão da Sexta-feira Santa. «Então, depois de receber o bocado, Judas saiu imediatamente. Era noite» (Jo 13,30). Sempre é de noite quando nos distanciamos do que é «Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro» (Símbolo de Niceas-Constantinopla).
O pecador é o que dá as costas ao Senhor para gravitar ao redor das coisas criadas, sem referi-las a seu Criador. Santo Agostinho descreve o pecado como «um amor a si mesmo até o desprezo de Deus». Uma traição. Uma prevaricação fruto da «arrogância com a que queremos emancipar-nos de Deus e não ser nada mais que nós mesmos; a arrogância pela que cremos não ter necessidade do amor eterno, e sim que desejamos dominar nossa vida por nós mesmos» (Bento XVI). Podemos entender que Jesus, aquela noite, tenha-se sentido «turbado em seu interior» (Jo 13,21).
Afortunadamente, o pecado não é a última palavra. Esta é a misericórdia de Deus. Mas ela supõe uma “mudança” de nossa parte. Uma mudança da situação que consiste em despegar-se das criaturas para vincular-se a Deus e reencontrar assim a autêntica liberdade. No entanto, não vamos esperar estar aborrecidos das falsas liberdades que tomamos, para mudar a Deus. Segundo denunciou o padre jesuíta Bourdaloue, «quiséramos converter-nos quando estivéssemos cansados do mundo ou, melhor dito, quando o mundo estivesse cansado de nós». Sejamos mais espertos. Decidamo-nos agora. A Semana Santa é a ocasião propícia. Na Cruz, Cristo abre seus braços a todos. Ninguém está excluído Todo ladrão arrependido tem seu lugar no paraíso. Isso sim, a condição de mudar de vida e de reparar, como o do Evangelho: «Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal» (Lc 23,41).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Esta é a única salvação para nossa carne e nossa alma: caridade para com eles [doentes, necessitados]» (São Gregório Nazianzeno)

- «O essencial nestas palavras é o "novo fundamento" do ser que nos foi dado. A novidade só pode vir do dom da comunhão com Cristo, do viver Nele» (Bento XVI)

- «É vontade do nosso Pai ‘que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade’ (1 Tm 2, 3-4). Ele ‘usa de paciência [...], não querendo que ninguém se perca’ (2 Pe 3, 9) (85). O seu mandamento, que resume todos os outros e nos diz toda a sua vontade, é que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou (86)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.822)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-15

Reflexão

«Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele»

Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué
(Manresa, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus na escuridão dos dias da Paixão, escuridão que concluirá quando exclame: «Está consumado» (Jo 19,30); a partir desse momento se acenderá a luz da Páscoa. Na noite luminosa da Páscoa —em contraposição com a noite escura da véspera de sua morte— as palavras de Jesus vão se fazer realidade: «Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele» (Jo 13,31). Pode se dizer que cada passo de Jesus é um passo da morte à Vida e tem um caráter pascoal, manifestado numa atitude de obediência total ao Pai: «Eis que eu vim para fazer a tua vontade» (Heb 10,9), atitude que fica corroborada com palavras, gestos e obras que abrem o caminho da sua glorificação como Filho de Deus.
Contemplamos também a figura de Judas, o apóstolo traidor. Judas tenta dissimular a má intenção que guarda no seu coração; assim mesmo, procura encobrir com hipocrisia a avareza que lhe domina e lhe cega, apesar de ter tão perto ao que é a Luz do mundo. Mesmo assim de estar rodeado de Luz e de desprendimento exemplar, para Judas «Era noite» (Jo 13,30): trinta moedas de prata, “o excremento do diabo” —como qualifica Papini o dinheiro— o deslumbraram e amordaçaram. Preso da avareza, Judas atraiçoou e vendeu a Jesus, o mais prezado dos homens, o único que pode nos enriquecer. Mas Judas experimentou, também a desesperação, já que o dinheiro não é tudo e pode chegar a escravizar.
Finalmente, consideramos Pedro atenta e devotamente. Tudo nele é boa vontade, amor, generosidade, naturalidade, nobreza... é o contraponto de Judas. É certo que negou a Jesus, mas não o fez com má intenção, senão por covardia e debilidade humana. «Negou-o pela terceira vez, e olhando-o Jesus Cristo, logo depois chorou, e chorou amarguradamente» (Santo Ambrósio). Pedro se arrependeu sinceramente e manifestou a sua dor cheio de amor. Por isso, Jesus o reafirmou na vocação e na missão que lhe tinha preparado.
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-15

Reflexão

O Apóstolo: debilidade humana, mas chamada divina

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje Jesus comove-se ante a debilidade dos seus. Sabe que, em poucos dias, padecerá muito por nossa salvação. E, com discrição e delicadeza, lamenta-se porque um deles lhe trairá. Ninguém crê isso possível. Simão Pedro, que ama sinceramente o Senhor, faz todo tipo de declarações. Mas..., na realidade, três dias depois, negou três vezes conhecer o “Nazareno”.
Temos aqui o mistério da debilidade dos Apóstolos escolhidos pelo mesmo Jesus Cristo. Todos e cada um somos —mais ou menos— como Judas ou Simão Pedro. O melhor disto é que Deus não deixa de nos chamar a seu lado. E sempre nos perdoa se, como Pedro, sabemos chorar.
—Senhor Jesus, desconfio das minhas forças: sem ti não posso te seguir. Obrigado porque me tens chamado, mas, por favor, tenhas paciência comigo e não me deixes apesar de que eu te deixasse. Peço a São Pedro que, com seu coração, sempre possa retornar a Deus.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-15

Comentário do Evangelho

Jesus anuncia aos apóstolos que um deles o trairá


Hoje, aparece a figura do traidor que vai entregar Jesus. A caridade do Senhor é admirável: sabe perfeitamente quem é, e durante a ceia denuncia-o discretamente, pois os outros nem se apercebem. Judas, porém, captou a mensagem. Era uma oportunidade para retificar, mas não o fez. «Era de noite!».
- Jesus sabia o que se planeava: podia ter-se esquivado a tudo aquilo. Contudo, Ele veio ao mundo para se entregar por nós, com toda a liberdade. Cristo na Cruz: não é uma derrota; é um sacrifício voluntariamente aceite.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-15

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

O amor não conhece limites. Deus confia ao servo, que chamara antes de nascer, não só “restaurar as tribos de Jacó”, mas o fazia “luz das nações” para que sua salvação chegasse “até os confins da terra”. Para cumprir essa missão, Jesus busca somar forças com a parceria dos discípulos. Fica “profundamente comovido” porque diz Ele: “Um de vós me entregará”. Comoção não tanto pelo horror que o esperava, quanto pela fraqueza de seu amor em não conseguir manter junto de si um dos seus. Outro parceiro próximo o negará. É com pessoas, assim, frágeis, é conosco, que Ele continua contando: que erram, retomam-se, e mais que em si mesmos, confiam nele e em seu invencível amor.
Oração
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da Paixão do Senhor, que possamos receber vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=15%2F04%2F2025&leitura=meditacao

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