segunda-feira, 24 de julho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 24/07/2023

ANO A


Mt 12,38-42

Comentário do Evangelho

Os sinais oferecidos por Jesus exigem fé.

Para os escribas e fariseus, tudo o que Jesus ensina e os seus atos de poder não são provas da sua identidade messiânica. O que eles pretendem é um sinal visível, entenda-se, fenômenos celestes extraordinários (16,1-4; cf. 4,5-7) que os dispensem da dinâmica própria da fé. Jesus se recusa a ceder à tentação e propõe, na versão mateana, dois outros sinais, baseados no sinal de Jonas. Em primeiro lugar, o sinal de Jonas foi a sua palavra profética ante a qual os ninivitas se converteram. Em segundo lugar, a menção do episódio de Jonas, que passou três dias e três noites no ventre do grande peixe (Jn 2,1), evoca a morte e ressurreição de Jesus. O mistério pascal do Cristo é o sinal, por excelência, da divindade de Jesus. Um e outro sinal oferecidos por Jesus exigem o engajamento da fé. A rainha de Sabá, uma pagã, tendo ouvido falar da fama do rei, de muito longe foi até Salomão para escutá-lo e se admirou de sua sabedoria (1Rs 10,1-13). Ora, como diz nosso texto, Jesus é maior que Salomão. Mas, por detrás dos escribas e fariseus, está toda uma geração “perversa e adúltera”, isto é, infiel e idólatra.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me simplicidade de coração para reconhecer que Jesus é teu Filho, enviado ao mundo para nos salvar. E que jamais eu exija sinais além dos que ele já realizou.
Fonte: Paulinas em 21/07/2014

Vivendo a Palavra

O desejo dos doutores da Lei coincide com o de muitos de nós: queremos ver milagres. Nós esquecemos de contemplar os grandes sinais que são a Vida e a Fé para buscar outros motivos para acreditar. A ânsia pelo extraordinário nos impede de apreciar a maravilha das coisas comuns. Aqui é que Deus se coloca junto a nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

Era mesmo preciso que Deus se fizesse humano para falar-nos de tão perto e nos conhecendo tão profundamente: também nós, hoje, desejamos ver sinais para acreditar no Cristo e no anúncio que Ele nos faz do Pai Misericordioso e seu Reino de Amor, que já está presente em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/07/2017

VIVENDO A PALAVRA

Jesus toca em um ponto central para a nossa caminhada: é a Fé que produz os milagres. Não são os milagres que produzem a Fé. A Fé é dom de Deus que recebemos como sementinha para ser cultivada, e a resposta que nos cabe oferecer é nossa entrega nas Mãos Misericordiosas do Pai – livre, espontânea e cheia de gratidão.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2021

Reflexão

Nós estamos diante de Jesus, alguém que é muito mais do que Jonas, alguém que é muito mais do que Salomão, mas alguém que só é grande para quem o conhece e acredita nele. Estamos diante de Jesus, o próprio Filho de Deus que se fez homem e veio habitar no meio de nós para nos dar toda sorte de bênçãos e graças que vêm do próprio Deus. Estamos diante daquele que nos revela o Pai e o seu plano de amor. Estamos diante daquele que nos envia o Espírito Santo. Estamos diante daquele que nos envia em missão porque quer que todas as pessoas reconheçam que estão diante dele, possam conhecê-lo melhor e usufruir de tudo de bom que ele nos concede no seu amor.
Fonte: CNBB em 21/07/2014

Reflexão

Alguns doutores da Lei e fariseus pedem a Jesus um sinal que dê credibilidade à sua missão. Na verdade, Jesus havia realizado publicamente numerosos prodígios pelo poder do Espírito Santo. Mas esses líderes permaneceram fechados e, por vezes, perigosos em relação ao Mestre. Em sua resposta, ele evoca a figura de Jonas que vive uma experiência de morte, vida e anúncio de salvação aos ninivitas. Como critério habitual para obter a fé, Jesus propõe não os milagres, mas a aceitação de sua morte e ressurreição. A morte de Cristo completada por seu sepultamento será, portanto, o sinal messiânico por excelência. A fé nos coloca em contato com o Deus que sofreu por nós e que hoje vive, e não apenas com um Deus que teve poder e fez milagres.
Oração
Ó Mestre, “esta geração” tem o privilégio de te ouvir e acolher, mas te ignora. Deverão prestar contas de suas atitudes no dia do julgamento. Melhor é a situação dos ninivitas, que se converteram com a pregação de Jonas, e da rainha do sul, que escutou a sabedoria de Salomão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 19/07/2021

Reflexão

Alguns doutores da Lei e fariseus pedem a Jesus um sinal que dê credibilidade à sua missão. Na verdade, Jesus havia realizado publicamente numerosos prodígios pelo poder do Espírito Santo. Mas esses líderes permaneceram fechados e, por vezes, perigosos em relação ao Mestre. Em sua resposta, ele evoca a figura de Jonas, que vive uma experiência de morte, vida e anúncio de salvação aos ninivitas. Como critério habitual para obter a fé, Jesus propõe, não os milagres, mas a aceitação de sua morte e ressurreição. A morte de Cristo completada por seu sepultamento será, portanto, o sinal messiânico por excelência. A fé nos coloca em contato com o Deus que sofreu por nós e que hoje vive, e não apenas com um Deus que teve poder e fez milagres.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Mestre, queremos ver um sinal da tua parte»

Pe. Joel PIRES Teixeira
(Faro, Portugal)

Hoje, Jesus é colocado à prova, por «alguns escribas e fariseus» (Mt 12,38; cf. Mc 10,12), estes sentem-se ameaçados pela pessoa de Jesus, não por razões de fé, mas sim de poder. Com medo de perder o seu poder, procuram descredibilizar Jesus, provocando-O. Estes “alguns”, somos muitas vezes nós, quando procuramos seguir os nossos egoísmos e interesses individuais; quando olhamos para a Igreja como uma realidade meramente humana e não como projeto de amor de Deus por e para cada um de nós.
A resposta de Jesus é clara: «Nenhum sinal lhe será dado» (cf. Mt 12,39), não por ter medo, mas para centrar e recordar que os “sinais” são relação de comunhão e amor entre Deus e a humanidade e não de interesses e poderes individuais. Jesus recorda que há muitos sinais dados por Deus, não é provocando ou chantageando Deus, que se consegue chegar a Ele.
Jesus é o sinal maior. Neste dia a Palavra é um convite para que cada um de nós compreenda, com humildade, que só um coração convertido, voltado para Deus, pode acolher, interpretar e viver este sinal que é Jesus. A humildade é a realidade que nos aproxima não só de Deus, mas também da humanidade. Pela humildade reconhecemos as nossas limitações e virtudes, mas sobretudo vemos os outros como irmãos e Deus como Pai.
Como nos recorda o Papa Francisco: «O Senhor é deveras paciente para conosco! Não se cansa de recomeçar de novo, cada vez que caímos». Por isso, apesar das nossas faltas e provocações, o Senhor está de braços abertos para nos acolher e recomeçar. Que procuremos que na nossa vida, e hoje em particular, esta palavra ganhe vida em nós. A alegria do cristão está em ser reconhecido pelo amor que se vê na sua vida, amor que brota de Jesus.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Deus não impediu que a morte separasse a alma do corpo do Filho, de acordo com a ordem necessária da natureza. Mas ele uniu-os novamente através da Ressurreição, para que o próprio Filho pudesse ser o ponto de encontro da morte e da vida» (São Gregório de Nicéia)

- «O sinal que Jesus promete é o seu perdão através da Sua morte e da Sua ressurreição. O sinal que Jesus promete é a Sua misericórdia. Assim, o verdadeiro sinal de Jonas é o que nos dá a confiança de sermos salvos pelo sangue de Cristo"» (Francisco)

- «O Baptismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa eficazmente a descida ao túmulo, por parte do cristão que morre para o pecado com Cristo, com vista a uma vida nova (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 628)

Reflexão

«Mestre, queremos ver um sinal da tua parte»

Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué
(Manresa, Barcelona, Espanha)

Hoje, no Evangelho, contemplamos alguns mestres da Lei e fariseus que pretendem que Jesus demonstre a sua origem divina através de um sinal prodigioso (cf. Mt 12,38). Ele já havia realizado muitos, mais do que os necessários para provar que não só vinha de Deus, mas que Ele próprio era Deus. Porém, apesar de tantos milagres que realizara, tal não fora suficiente: por mais que fizesse, não teriam acreditado.
Jesus, servindo-se de um sinal prodigioso do Antigo Testamento, anuncia, em tom profético, a sua morte, sepultura e ressurreição: «De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra» (Mt 12,40), e daí sairá cheio de vida.
O povo de Nínive recuperou a amizade com Deus, mediante a conversão e a penitência. Também nós, através da conversão, da penitência e do Batismo, fomos sepultados com Cristo e vivemos com Ele e por Ele, agora e para sempre, tendo dado um verdadeiro passo pascal: da morte para a vida, do pecado para a graça. Libertos da escravidão do demônio, tornamo-nos filhos de Deus. É o grande prodígio, que ilumina a nossa fé e a esperança de vivermos amando como Deus manda, possuindo Deus Amor em plenitude.
Grandes prodígios, tanto o da Páscoa de Jesus, como o da nossa através do Batismo. Ninguém os viu, já que Jesus saiu do sepulcro, cheio de vida, e nós saímos do pecado, cheios de vida divina. Assim o cremos e vivemos evitando cair na incredulidade daqueles que querem ver para crer, ou dos que gostariam de ver a Igreja sem a opacidade dos homens que a formam. Que o mistério pascal de Cristo, que tão profundamente repercute em toda a humanidade e em toda a criação, nos baste, pois ele é a causa de tantos “milagres da graça”.
A Virgem Maria confiou na Palavra de Deus, e não teve que correr até ao sepulcro para embalsamar o corpo de seu Filho e para comprovar que o sepulcro estava vazio: ela simplesmente acreditou e “viu”.

Reflexão

Deus não se deixa submeter a experiências

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, também nos colocamos perante a questão de como “chegar” a Deus: temos algum “sinal” da sua existência? Jesus não foge à pergunta. Mas a sua resposta parte da Escritura e ilumina-se com uma referência velada à sua ressurreição. Resposta que, certamente, não satisfaz as expectativas nem de aqueles nem de alguns modernos interlocutores. Porquê?
Há um erro de base: reduzimos Deus a um objeto e impomos-lhe as nossas condições laboratoriais, assumindo como real somente o que é experimentável e palpável. Mas Deus não se deixa submeter a experiências! Por esse caminho não o encontraremos, porque isso pressupõe negar Deus como Deus, situando-nos acima dele. Quem discorrer deste modo “auto-endeusa-se”, desagradando não só a Deus, mas também ao mundo e a si próprio.
—Jesus, obrigado porque não vieste impor-te com evidências palpáveis, antes nos conquistas discretamente, através do amor amavelmente manifestado na Cruz e da escuta interior na oração.

Recadinho

Em que circunstâncias da vida você procura Deus? - É honesto pensar nas coisas de Deus apenas nas necessidades? - Corremos o risco de fazer de Deus apenas uma ‘farmácia’ onde vamos buscar remédios? - A morte de Cristo na cruz não lhe basta para se convencer de se aproximar dele? - Você já encontrou alguém se lamentando de que Deus se esqueceu dele(a)?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 21/07/2014

Meditação

Ao mesmo tempo em que viam e ouviam Jesus pregar, escribas e fariseus percebiam em seu coração a força da graça interior que os convidava a aceitar suas palavras. Livremente tinham de tomar a decisão de crer ou não crer. O mesmo acontece conosco. Continuamente estamos sendo trabalhados pela graça e pelo dom da fé. Peçamos que Deus nos ajude a seguir sempre esses impulsos.
Oração
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

O "sinal de Jonas": a ressurreição de Jesus


Hoje escutamos de Jesus uma resposta que nos cai como “uma luva”. Quando rezamos pouco nos transformamos em materialistas e, então, só aceitamos como verdadeiro o que se pode palpar. Além disso pretendemos que Deus se adapte a este estúpido modo de pensar. E o “sinal de Jonas” (a ressurreição de Cristo) não podemos tocá-la… ¡Podemos aceitar!
—O materialista estaria disposto a aceitar um Deus que demonstre que é Deus, mas um Deus assim já não é Deus, senão um palhaço. Você onde gostaria de ir: ao céu ou ao circo?

Comentário do Evangelho

A RECUSA DO MESSIAS

O pedido dos escribas e fariseus tinha como objetivo exigir de Jesus as credenciais da condição divina de sua missão. Que sinais haveriam de convencê-los, considerando os inúmeros milagres já realizados? Existiria um, diante do qual os adversários do Mestre deveriam curvar-se e reconhecer sua condição messiânica? Não!
Sendo uma "geração má e adúltera", eles careciam das disposições mínimas para captar os apelos de Deus, expressos nas palavras e gestos do Messias Jesus. Faltava-lhes sintonia com o projeto divino. Portanto, não estavam em condições de interpretar, de maneira conveniente, os milagres de Jesus, e deles tirar as devidas conseqüências.
Embora se defrontassem com quem era "maior do que Jonas" e "maior do que Salomão", mostravam-se inferiores aos habitantes de Nínive e à rainha do Sul. Estes, apesar de pagãos, tiveram sensibilidade para perceber a veracidade da pregação do profeta, e a sublimidade da sabedoria do grande rei, e dar ouvido a um e a outro.
Os escribas e fariseus, ao invés, mesmo presenciando feitos superiores àqueles do passado, permaneciam fechados em sua incredulidade, recusando-se a acolher o Messias Jesus. Seu destino seria um julgamento severo, por serem, evidentemente, responsáveis por essa obstinada falta de fé. Eles mesmos se fechavam para a salvação!
Oração
Espírito de bondade e fidelidade, tira do meu coração tudo quanto me impede de reconhecer, no testemunho de Jesus, os sinais de sua condição divina.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 21/07/2014

Meditando o evangelho

UM PEDIDO FEITO COM MÁS INTENÇÕES

Os milagres de Jesus despertavam a curiosidade de seus adversários. Escribas e fariseus queriam presenciar um milagre, embora não nutrissem nenhum amor por Jesus, nem tivessem respeito por ele. Queriam reduzi-lo a um milagreiro vulgar, cujos pretensos gestos poderosos são a maneira de se exibir, quando não, de iludir o povo. Jesus se recusa a satisfazer-lhes os desejos, porque não aceitavam seus milagres como credenciais da origem divina de sua missão.
O pedido dos adversários de Jesus foi, em parte, atendido. Um sinal lhes seria oferecido: o Filho do Homem ficaria três dias e três noites no seio da Terra, tempo transcorrido por Jonas no ventre de um monstro marinho. Eles, portanto, teriam a Ressurreição como sinal para compreender quem, afinal, era Jesus.
O Mestre não se enganava em relação a seus interlocutores. Por serem mal-intencionados, fechados para a sua pregação, dificilmente seriam capazes de acolher a Ressurreição como sinal de sua identidade. Eram dignos de condenação. Tendo a possibilidade de achegar-se a Deus mediante a ação de Jesus, fechavam-se em seu ceticismo e se recusavam a reconhecer, no Mestre, a ação amorosa do Pai. Por essa sua atitude, escribas e fariseus privavam-se de participar deste amor misericordioso.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração benevolente, que saiba reconhecer tua origem divina, através de tuas ações.
Fonte: Dom Total em 24/07/2017 e 19/07/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Show da Fé
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O evangelho nos mostra de onde vem a Fé enquanto espetáculo, de milagres assombrosos que atraem cada vez mais “clientes” que trazem o seu rico Dízimo, pagando prá ver se é mesmo verdade tais milagres. Foram os mestres da lei e Fariseus que pediram a Jesus a realização de um sinal. E se Jesus aceitasse o desafio e fizesse tal prodígio, esses Doutores da Lei e Fariseus já iam comercializá-lo e garantir a ele sucesso e prestígio. Jesus se tornaria um produto valioso nas mãos desses gananciosos, qualquer semelhança com as ricas igrejas da pós-modernidade, é mera coincidência, pois há ainda hoje multidões que buscam, não a Jesus, o Filho de Deus, nosso Senhor e Salvador em quem nossas vidas são transformadas, mas apenas os milagres que ele realiza...tal como os Doutores da Lei e Fariseus.
Os milagres que Jesus fez por aquele tempo, e que hoje também, de acordo com os desígnios de Deus, ainda continua fazendo, são apenas sinais e não podem ser maiores e mais importantes que o Reino, pois as profecias anunciavam que o Messias viria para curar as enfermidades, ressuscitar os mortos, e libertar os cativos, abrir os olhos aos cegos, fazer andar os paralíticos, mas tudo isso não como fim, mas como meio e apontam para aquele que é o maior de todos os milagres: a Ressurreição!
O milagre é a antecipação da Vida Nova em sua plenitude, por isso Jesus coloca como prefiguração da ressurreição o fato do Profeta Jonas permanecer três dias no ventre de uma baleia, mas não foi isso que converteu os habitantes de Nínive, mas sim o fato de ouvirem e darem créditos á sua pregação e a partir daí terem feito a penitência buscando a conversão sincera.
Jesus supera e é maior do que todos os Porta-Vozes do Antigo Testamento, ele não é mais um emissário de Deus, ele é o próprio Deus, encarnado na história dos homens. Então a conclusão do evangelho é óbvia: quanto mais milagres eu suplico e exijo de Deus, menos compromisso tem na vivência da minha Fé. Pois um Cristão comprometido com a Palavra de Deus, e os valores do evangelho, não fica muito a espera do milagre, mas o faz acontecer!

2. Aqui está quem é mais do que Salomão - Mt 12,38-42
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Escribas e fariseus querem ver um sinal feito por Jesus. Mateus usa aqui o vocábulo “sinal”, e não “milagre”. Escribas e fariseus querem ver algo extraordinário, fora do comum, que justifique o que para eles são pretensões de Jesus. A resposta de Jesus é densa e se encontra sintetizada em Marcos e sem acréscimos em Lucas. O único sinal que Jesus dará será o do profeta Jonas. O sinal do profeta é a sua pregação com a conversão dos ninivitas que deixaram o mau caminho e a violência social que praticavam, a violência que tinham nas mãos. É próprio de São Mateus amenizar as cenas fortes. À pregação de Jonas, à conversão dos ninivitas, ao juízo final, Mateus acrescenta os dias da sepultura de Jesus, que se tornam o sinal de Jonas em lugar da conversão social dos ninivitas. Jonas ficou três dias e três noites no seio do peixe, e Jesus, no seio da terra. Na realidade, Jonas não ficou no ventre do peixe. Saiu. E Jesus não ficou no ventre da terra. Ressuscitou!
Fonte: NPD Brasil em 19/07/2021

HOMILIA

O VERDADEIRO SINAL

Precisamos saber o que está por detrás do “ sinal de Jonas” e o que tem a ver a Rainha do Sul e Salomão com Jesus, para entender melhor a resposta de Jesus no Evangelho de hoje. Fazendo uma releitura de Jonas 3 encontraremos o sentido dela.
Ora, pois bem, Jonas foi um profeta que recebeu uma mensagem de Deus para ir à cidade de Nínive, capital da Assíria, e avisar que Deus iria destruir a cidade se o povo não se convertesse, pois a malícia de Nínive tinha subido até o Senhor! Jonas não realizou nenhum milagre em Nínive, mas toda a população, inclusive o rei, vestiu-se de saco dos pés a cabeça e se sentou sobre as cinzas. Aconteceu que Nínive se converteu, e Deus desistiu de destruir a cidade.
A Rainha do Sul, mais especificamente de Sabá, era matriarca de um dos reinos mais ricos da Antiguidade. Ela ouviu falar da Sabedoria de Salomão e não acreditou até que foi comprovar, com os próprios olhos, se era verdade. Preparou as perguntas mais difíceis e Salomão respondeu todas. Ela ficou bastante admirada e presenteou Salomão com a maior quantidade de ouro, especiarias, pedras preciosas e madeira que ele já recebera.
Jesus afirmou que para aquela geração que queria um sinal para poder acreditar nEle, seria dado o sinal de Jonas, ou seja, a profecia. Se Nínive, que era cheia de malícia, foi capaz de acreditar em Jonas, então aquela geração também deveria acreditar em Jesus, que foi maior do que Jonas.
Do mesmo jeito que a Rainha do Sul veio de longe para comprovar a sabedoria de Salomão, muitos vieram de longe para comprovar a sabedoria de Jesus. A Rainha de Sabá acreditou em Salomão, então aquela geração também deveria acreditar em Jesus, que foi maior que Salomão.
E a nossa geração, seria classificada de má por Jesus? Não tenha dúvida que sim! Nós buscamos o Senhor somente quando a nossa situação aperta, voltamos para a igreja somente quando precisamos e nos esquecemos de buscar o Senhor porque o maior sinal que o mundo poderia receber do seu amor já foi dado quando Ele deu o seu próprio Filho Jesus por nossa salvação, esse é o maior sinal que Deus poderia dar a humanidade.
Jesus morreu por cada um de nós e ainda pedimos um sinal ao Senhor, ainda murmuramos, ainda dizemos que Deus se esqueceu de nós. Devemos buscar o Senhor porque Ele é bom e se faz presente diariamente em nossa vida. A cada momento o Senhor toca o seu coração revelando a ti a sua misericórdia.
Veja as palavras do Senhor hoje: uma geração má e adultera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o do profeta Jonas. É para mim e para ti que Jesus dirige estas palavras, pois vivemos em uma geração, numa sociedade adúltera e depravada, onde os valores familiares e cristãos estão se perdendo a cada dia, os ensinamentos do Senhor não estão sendo levado a sério, seus pastores estão ensinando o que pensam e o que acham, e ainda pedimos um sinal do Senhor: Mestre queremos ver um sinal realizado por ti.
Lembramo-nos de que, como cristãos católicos e não só mais fiéis, o Senhor nos chama a santidade. Devemos buscar a santidade. Aliás, não temos outra finalidade senão a de ser santos, justos para com o Senhor, não podemos nos ajuntar aos demais que insistem em agredir e adulterar o amor de Deus em seus corações.
Devemos deixar que o Espírito Santo reinflame em nós a fidelidade para com nosso Deus que é eterno e que nos deu o maior sinal que poderíamos ter. E veja que interessante: nós devemos "ser sinal" para as outras pessoas. Devemos ser outro Jesus que supera a sabedoria de Salomão e maior do Jonas no profetismo. Sabe para que Deus escolheu povo de Israel? Para difundir a Boa Nova do Reino dos Céus. Hoje, você, que está lendo esta homilia, faz parte do povo escolhido, que tem a missão de difundir o Reino a toda criatura. Como seria bom se Deus aceitasse nossa oferta de uma dose extra de fé e amor por todos aqueles que não crêem, não esperam, não adoram, e não O amam! Por todos esses, Senhor, estamos aqui! Dá-nos a graça de sermos fortes e firmes na fé, na esperança e na confiança em Vós para que possamos ser verdadeiros apóstolos e missionários seus cada um vivendo na íntegra a sua missão!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 21/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA-FEIRA

Fonte: Liturgia Comentada2 em 21/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é o grande sinal de Deus para toda a humanidade

Não precisamos pedir nenhum outro sinal a Deus para demonstrar o tamanho do Seu amor para conosco. Jesus é o grande sinal de Deus para toda a humanidade!

“Jesus respondeu-lhes: ‘Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas’” (Mateus 12, 39).

Os fariseus e os mestres da Lei tentaram colocar Jesus mais uma vez à prova, dizendo: “Senhor, manifesta um sinal para que assim possamos acreditar no que Tu fazes, no que Tu ensinas“. E Jesus é muito categórico: “Nenhum outro sinal será dado a essa geração, a não ser o do profeta Jonas”.
Mas qual é o sinal de Jonas? Você se recorda daquele livro pequeno da profecia de Jonas, no qual é contada a história desse profeta que pregou para Nínive, para que essa cidade se convertesse, a qual se penitenciou por quarenta dias para Deus ter misericórdia daquele povo. E também relata a história de Jonas na barriga da baleia, durante três dias, ali ficou ele e depois foi expelido por ela [baleia].
O que o sinal de Jonas ensina a todos nós? Assim como Jonas ficou dentro da baleia durante três dias, assim também Jesus ficou no ventre da Terra e, depois, ressurgiu glorioso.
Sabem, meus irmãos, a nossa fé não precisa de mais nada, a não ser deste sinal claro e evidente do amor de Deus para conosco. Primeiro, Jesus morreu por nossos pecados, Ele foi crucificado num madeiro sagrado e, ali na cruz, morreu por causa de nós. Uma vez morto, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia para manifestar a Sua glória e manifestar o Seu poder. Por isso que nós que cremos em Jesus, cremos no Jesus que morreu na cruz e não nos cansamos de anunciar Jesus morto na cruz por causa de nós.
Não é que Jesus esteja morto, não é que Jesus continue pregado na cruz, mas nós não ignoramos este fato fundamental da nossa fé; este alimento, o elemento que nos conduz à vida plena. Nós que cremos em Jesus devemos sempre olhar para o Crucificado, este sinal que nos levanta e que nos resgata. Muitas vezes, as pessoas querem colocar Deus à prova: “Senhor, dê-me um sinal do Seu amor. Senhor, mostre-me que vai me ajudar”. Mas não podemos e não devemos colocar Deus à prova, não precisamos pedir nenhum outro sinal a Deus para demonstrar o tamanho do Seu amor para conosco.
Olhemos para Jesus Crucificado, olhemos para Cristo pregado na cruz, ali está a maior manifestação do amor de Deus para conosco! É esse Jesus, pregado na cruz e sepultado na Terra, que ressuscitou ao terceiro dia, que é o grande sinal de Deus para toda a humanidade. É assim que nós cremos, é assim que nós vivemos, é este o sinal e o milagre que devemos buscar!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Os sinais de Deus estão vivos no meio de nós

Desde a hora em que nos deitamos para dormir até a hora em que nos levantamos para viver, os sinais de Deus estão por toda parte

“Jesus respondeu-lhes: ‘Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas’” (Mateus 12,39).

Jesus está chamando a atenção de Sua geração, sobretudo dos Mestres da Lei e fariseus, conhecedores da Lei de Deus, praticantes dos mandamentos do Senhor. Eles exigem, cobram dos outros, pois estão, a toda hora, querendo cobrar algo de Jesus. Na verdade, querem colocá-Lo em uma situação difícil, porque não O souberam acolher.
“Dai-nos um sinal.” Jesus é o próprio sinal vivo de Deus no meio de nós. Não coloquemos Deus à prova! Se eles erraram, muitos também erram, no dia de hoje, quando exigem que o Senhor nos dê sinais.
Desde a hora em que nos deitamos para dormir até a hora em que nos levantamos para viver, os sinais de Deus estão por toda parte. Do céu que contemplamos, do sol que podemos, a cada dia, nos privilegiar, a chuva que cai, a beleza da natureza são sinais externos. Quando olhamos para o nosso coração, vemos que a graça e o amor de Deus que nos alcançou.
O perdão e a misericórdia divina nos lavam e purificam. Os sinais de Deus estão vivos e presentes no meio de nós: Sua Palavra, que é anunciada; Seu Corpo e Sangue, que são o nosso alimento; Seu Reino, que se instalou no meio de nós. Nós, no entanto, muitas vezes, somos uma geração má e perversa. É muita maldade e muita perversidade não querer reconhecer Deus nas coisas ordinárias e extraordinários que acontecem em nosso meio.
Temos aquela sede de coisas mais elevadas, queremos milagres, queremos que Deus nos coloque à prova, que nos dê sinais, que Ele prove que nos ama.
“Não, meu Senhor, não precisa dar nenhum sinal para mim, porque o Seu amor me conquistou e ele é a grande prova de que eu preciso para saber o tanto que o Senhor me ama”.
Não podemos colocar Deus à prova, exigir que Ele faça isso e aquilo. A única coisa que nós podemos pedir a Ele é que não nos afaste do Seu amor e da Sua misericórdia, pois isso nos basta.
Deus abençovocê!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Vivendo o Evangelho, enxergamos a graça de Deus

“Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas” (Mateus 12,39).

É Jesus quem está chamando a Sua geração de má e adúltera. Primeiro, uma geração má é aquela que vive norteada pelas maldades, pelas coisas injustas e erradas, são aqueles que fazem o que é mau. Depois, uma geração adúltera é uma geração infiel, que não vive a fidelidade a Deus, não vive a fidelidade aos seus próprios compromissos; e quem vive no mal e quem vive na infidelidade, de fato, não enxerga os sinais nem a graça de Deus.
Ele mesmo está dizendo: “Nenhum outro sinal será dado, a não ser o sinal de Jonas”. Jonas tem duas coisas importantes para nós. Primeiro, ele é o profeta da penitência e da conversão. Nínive vivia uma verdadeira desolação e seria totalmente destruída por causa dos seus pecados, mas antes que Nínive fosse destruída – porque a consequência do pecado é a distribuição, o pecado nos autodestrói -, o próprio Jonas dá um sinal, anuncia um outro caminho de salvação para aquela cidade, anuncia a eles a penitência e o arrependimento.

Que o Evangelho seja vivido na nossa vida, pois é assim que enxergamos a graça de Deus

Olhemos para nós: muitas vezes, queremos que Deus faça algo por nós mais do que Deus já fez, mais do que os sinais das graças de Deus que estão aí. O que nós precisamos é de penitência, de conversão, precisamos reparar a direção para onde a nossa vida está indo, precisamos rever nossos atos, nossas atitudes, porque estamos ficando cegos até diante da graça de Deus.
É muita maldade e perversão dos nossos tempos enxergamos apenas os defeitos e os problemas dos outros. Vivemos acusando uns aos outros e não nos arrependemos nem nos convertemos das nossas próprias maldades.
Se aquela geração foi má e perversa, imagine o que está sendo a nossa geração diante de Deus! Os ninivitas se converteram diante da pregação de Jonas. E nós, estamos nos convertendo diante da pregação, do anúncio do Evangelho?  Estamos deixando que o Evangelho nos converta, estamos permitindo que o Evangelho, a cada dia, transforme a nossa mentalidade e o nosso coração? Ou estamos ainda naquelas velhas atitudes, nos mesmos rancores, mesmos ressentimentos, as mesmas mágoas, as mesmas atitudes, as mesmas agressividades?
Que o Evangelho seja vivido na nossa vida, pois é assim que enxergamos a graça de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/07/2021

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a pureza da criança, sempre capaz de admirar as coisas mais simples da vida. Ensina-nos a descobrir nelas a tua Presença de Pai que tem coração materno e nos quer todos juntos em teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, escancara o nosso coração para receber com alegria e gratidão a Mensagem que Jesus nos anuncia. Que o nosso amor tenha a espontaneidade do perfume da rosa, a gratuidade da sombra oferecida pela árvore, o calor com que o sol aquece todos os seres. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/07/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, guarda-nos, pois em Ti nos refugiamos. Faze-nos compreender os Sinais de tua Presença amorosa em nossa existência: os milagres da Vida, da Fé, e o Dom por excelência que nos deste, o teu Filho Unigênito que se fez um de nós em Jesus de Nazaré, nosso Irmão Maior, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2021

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