terça-feira, 16 de julho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/07/2019

ANO C


Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

Sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura.

O texto nos lembra do final do longo discurso sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos Céus” (7,21).
Num texto próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo “irmão”, na linguagem bíblica, abrange os parentes. Ao chegar os familiares acompanhados da mãe de Jesus, eles são anunciados.
Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora” (vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus, sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).
A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de sangue, pois é “todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus” (v. 59).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 16/07/2013

Vivendo a Palavra

Jesus lança mão do que existe de mais sagrado – a família – para ensinar que o Reino de Deus não é restrito a um grupo, a um povo ou a um país. Ele veio para dar a vida, e vida plena, a todos os homens e mulheres de boa vontade. Esta é a nossa missão de Igreja: levar a Boa Notícia a todos os povos.
Fonte: Paulinas em Arquidiocese em 16/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus lança mão do que existe de mais sagrado – a família – para ensinar que o Reino de Deus não é restrito a um grupo, a um povo ou a um país. Ele veio para dar a Vida, e Vida plena, a todos os homens e mulheres de boa vontade. Esta é a nossa missão de Igreja: levar a Boa Notícia a todos os povos.

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
Fonte: CNBB em 16/07/2013

Reflexão

Carmo é sinônimo de Carmelo, um monte da Palestina, em torno do qual o profeta Elias levou o povo de Israel a descobrir a verdadeira fé, eliminando os cultos aos deuses pagãos (cf. 1Rs 18,19-46). Ao longo do século XII, o monte Carmelo começou a ser povoado por alguns homens, que mais tarde se uniram para dar vida a uma comunidade religiosa contemplativa sob a especial proteção de Nossa Senhora. Eram os rudimentos da Ordem dos carmelitas. Conta-se que o superior geral da Ordem, São Simão Stock, teria tido, no dia 16 de julho de 1251, uma visão da Mãe de Deus, a qual lhe entregou um escapulário (pedaço do hábito religioso) com a promessa de salvação eterna. Difundida em diversas nações, com o apoio do povo, a festa da Senhora do Carmo, em 1726, foi estendida a toda a Igreja por Bento XIII.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Procuro descobrir a vontade de Deus a meu respeito? - O que Deus pede de mim? - Entendo o sentido da vida em comunidade? Participo? - Trato meu próximo como a um irmão meu? - Minha presença é sempre uma mensagem de paz a todos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 16/07/2013

Meditando o evangelho

A FAMÍLIA DE JESUS

O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sangüineos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
Fonte: NPD Brasil em 16/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Por que achavam que Jesus era Louco...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, nos diz o texto, foram à sua procura, pois queriam levá-lo de volta a casa. Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de todas as suas enfermidades, e a pessoa não precisava oferecer sacrifício algum pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades psicossomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas tinham que ser feitas, nem que fossem rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, eu vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelas orientações dos poderosos desse mundo, não pertencem á Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos Homens com Deus, quem  ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo, mas viver segundo a vontade do mundo ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como cristão...
É bom também deixar claro que, “A Mãe de Jesus” aqui citada, pode ser ou não Maria de Nazaré, pois Mãe era um termo aplicado a uma Matriarca de várias famílias, que seria a Bisavó ou Tataravó.  Então há aqui duas vertentes, primeiro, Maria de Nazaré não era uma super mulher que sabia tudo sobre o Filho, então que ninguém se escandalize, se historicamente fosse ela de fato, ali junto com os parentes de Jesus, pois, que mãe não se preocuparia se viessem lhe dizer que as atividades do seu filho o estão pondo em perigo? Segundo, é pouco provável que se tratasse de Maria a Mãe de Jesus, e nesse caso, Maria está do lado de dentro, isso é, ela faz parte da comunidade nova, fundada por Jesus, e que tem uma relação diferente com Deus, aliás, ela é a primeira cristã, a primeira discípula, pela Fidelidade á Vontade Divina...

2. Quem são meus irmãos?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No Monte Carmelo, em Israel, no século doze, alguns eremitas começaram a viver em comunidade junto à gruta do profeta Elias. Inspiraram-se no profeta e colocaram-se sob o patrocínio de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Foi o início da Ordem dos Carmelitas. Num tempo em que a Ordem enfrentou dificuldades, Nossa Senhora apareceu a São Simão Stock, na Inglaterra, e lhe entregou um escapulário como sinal de proteção celeste. Desde então, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas e de todos os devotos da Virgem do Carmo. O escapulário é uma veste. Quem o recebe associa-se à Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja. O escapulário lembra a proteção da Santíssima Virgem durante toda a nossa vida, especialmente na hora da nossa morte. A devoção à Virgem do Carmo e a seu escapulário nos leva a querer viver mais intensamente unidos a Deus e aos irmãos na oração e na caridade. Maria é a primeira a nos ensinar a fazer a vontade do Pai. Foi o seu sim, alegre e decidido, que trouxe ao mundo a redenção. Seus devotos fazem parte da grande família de Jesus e dizem sempre um sim, alegre e obediente, à vontade do Pai. O escapulário, colocado sobre os ombros, lembra também o avental de quem presta serviços aos irmãos.

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira devoção a Maria nos leva a amar Deus sobre todas as coisas

A devoção a Maria não para nela, pois é conduzida para Jesus Cristo

“‘Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?’ E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos’” (Mt 12, 48-49)

Hoje, com muita alegria, celebramos Nossa Senhora do Carmo. Isso nos faz lembrar que o Monte Carmelo foi o local onde o profeta Elias, de uma forma contemplativa, defendeu o culto ao Deus único e verdadeiro. Por isso nos unimos a Nossa Senhora do Carmo, pois ela quer nos levar ao monte que é o próprio Cristo.
Uma vez que chegamos nesse monte, queremos adorar o Deus único e verdadeiro.
Algumas pessoas têm dificuldades de amar Maria por achar que cultuá-la nos afasta de Deus. Porém, é o contrário, pois a verdadeira devoção a Nossa Senhora nos leva a amar Deus sobre todas as coisas.
A devoção a Maria não para nela, pois é conduzida para Jesus Cristo. Ela é para nós modelo e seta que nos indica o único Salvador: Jesus. Nossa Senhora é uma obra pronta do amor de Deus, por isso subimos ao Monte Carmelo para contemplar essa obra que foi apresentada aos nossos olhos.
Que Nossa Senhora do Carmo interceda por nós e por nossas famílias, ensinando-nos a adorar e amar o Deus único, a fim de que a obra, plena em Maria, também se plenifique em nossa vida.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 16/07/2013

Oração Final
Pai Santo, que o exemplo de Maria, a Mãe de Jesus, nos conduza pelo caminho traçado por seu Filho para estarmos desde já no teu Reino de Amor. Sua humildade e fidelidade nos inspirem na passagem por este planeta encantado que nos deste para cuidado e desfrute. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o exemplo de Maria, a Mãe de Jesus, nos conduza pelo caminho traçado por seu Filho para estarmos desde já no teu Reino de Amor. Que sua humilde fidelidade nos inspire na passagem por este planeta encantado que nos emprestas para ser cuidado, desfrutado e partilhado. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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