sexta-feira, 4 de maio de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/05/2018

ANO B


Jo 15,12-17

Comentário do Evangelho

O Filho é portador do amor do Pai.

Nos versículos anteriores da alegoria da videira verdadeira, o imperativo para os discípulos era de se deixar “in-habitar” (= permanecer) pelo amor de Jesus Cristo. O texto do evangelho de hoje é enquadrado pelo tema principal dessa parte do discurso: o amor fraterno (vv. 12.17). Na origem do amor do Filho pelos discípulos está o amor de Deus pelo Filho. O Filho é portador do amor do Pai e, pela sua vida, inclusive a sua vida entregue, ele o manifesta a todo o mundo. O amor é exigência e condição de uma vida cristã autêntica, sem hipocrisias. A medida do amor fraterno é a medida do amor de Jesus pelos seus discípulos. No seu amor pelos seus, ele deu a sua própria vida (cf. Jo 13,1). Os “amigos”de Jesus são, além dos discípulos, o leitor do evangelho, nós todos por quem o Senhor entregou a sua vida e revelou a verdadeira face do Pai. Os relatos de vocação dos Doze, nos quatro evangelhos, mostram que a iniciativa do chamado é Jesus (v. 16; cf. Mc 1,16-20; 3,13-19; Jo 6,70). Para poder produzir fruto do amor fraterno, os que são escolhidos devem partir, aceitar serem enviados pelo Senhor para testemunhar o seu amor. Nesse sentido, toda a comunidade cristã é missionária.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o amor de Jesus minha única fonte de inspiração para pôr em prática o mandamento do amor mútuo. Que eu me esforce por amar, como tu amas!
Fonte: Paulinas em 23/05/2014

Vivendo a Palavra

A Igreja desejada por Jesus é uma comunidade de amigos, de gente igual. Fomos todos escolhidos e chamados pelo Pai. O desempenho de funções diferentes não justifica privilégios, como bem lembrou Paulo na metáfora dos órgãos do corpo. O Amor é espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos chama ‘amigos’. O uso rotineiro e indiscriminado da palavra ‘amor’ tira o seu encanto e força. A Amizade nos leva ao caminho do Amor. Ela é comparável aos marcos à beira da estrada, que encorajam o caminhante e lhe dão a certeza de que segue o rumo certo. Amizade é realizável, com efeitos sensíveis. Façamos amigos com os bens que passam para construirmos o Amor que permanece.

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, mas seus amigos. O servo trabalha em função do seu salário e não tem nenhum compromisso com o seu senhor além do vínculo do trabalho. O amigo é comprometido com o outro, acredita nos seus valores e luta com ele na conquista de um ideal comum. Assim, quando Jesus nos chama de amigos, ele quer dizer que está compromissado conosco na construção do ideal do Reino de Deus e quer que todos nós também sejamos seus amigos, comprometidos com ele na construção da civilização do amor.
Fonte: CNBB em 23/05/2014

Recadinho

Você tem Jesus como um amigo, companheiro de caminhada? - Você realmente se sacrifica pelo próximo oferecendo sua amizade? - Você conhece seus verdadeiros amigos? - Procura ser amigo de verdade? - Consegue distinguir facilmente os bons dos falsos amigos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 23/05/2014

Reflexão

Volta o tema do amor, agora com a força de “mandamento novo” (cf. Jo 13,34). É o amor sem limites, manifestado em favor da pessoa amada; esse amor está acima de qualquer medida. Somente Jesus, o Filho de Deus, foi capaz de amar assim. Sua morte é resultado do amor supremo por nós: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos”. Fica declarado que Jesus nos considera amigos, desde que cumpramos o mandamento do amor: “Chamei vocês de amigos”. Ele mostra a qualidade de sua declaração: “porque fiz vocês conhecerem tudo o que ouvi do meu Pai”. Amizade que partilha confidências: os mistérios do Pai. Enfim, Jesus toma a iniciativa de escolher os seus (cf. Mc 3,1); escolhe os que ele quer, para uma missão bem definida: “para que vão e deem fruto”, e fruto duradouro.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

NÃO SERVOS, MAS AMIGOS

Jesus rompeu a visão rígida de discipulado que vigorava em sua época, recusando-se considerar seus discípulos como servos, por considerá-los como amigos. Ele não era um rabino a mais, preso a esquemas incompatíveis com o Reino. Sua postura foi inovadora.
O esquema servo-senhor era-lhe insuficiente para expressar seu modo de considerar os discípulos. Um patrão não tem satisfações a dar a seus empregados, uma vez que são considerados como meros executores das ordens recebidas. Os laços de comunhão entre eles são frágeis, pois o empregado, quase sempre, quer ver-se livre da tutela do seu patrão. A um e outro falta o amor.
O esquema amigo-amigo revela o que Jesus pretende ser para os seus discípulos. A amizade comporta afeto, comunhão de interesses e busca de ideais comuns. Embora correndo o risco de ser rompida, a amizade autêntica tende a ser estável. Nela, um amigo não se sente tutelado pelo outro. Tudo se fundamenta na liberdade e no respeito.
Ao convocar seus discípulos, Jesus quis, logo, estabelecer laços de amizades com eles. Chamou a cada um por decisão pessoal. Comunicou-lhe tudo quanto aprendeu do Pai. Assumiu-os como colaboradores em sua missão. Não lhes impôs normas ou regras, a não ser o mandamento do amor mútuo. Manifestou-lhes, até o extremo, seu bem-querer, a ponto de dar a vida por eles.
Oração
Espírito que constrói amizade reforça os laços que me unem a Jesus e aos meus semelhantes.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Preparai, ó Deus, nossos corações para vivermos dignamente os mistérios pascais, a fim de que esta celebração realizada com alegria nos proteja por sua força inesgotável e nos comunique a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 23/05/2014

Meditando o evangelho

COMO EU VOS AMEI!

O mandamento que Jesus deixou aos seus discípulos, por ocasião de sua partida para o Pai, consiste no amor mútuo, a exemplo do que ele mesmo praticara.
Como foi este amor? Foi um amor livre e gratuito. Jesus amou os discípulos, acolhendo livremente a iniciativa do Pai, em cujas mãos entregara a sua vida. Seu amor foi gratuito. Não dependeu do reconhecimento dos discípulos para se tornar efetivo. Apesar das infidelidades, da dureza de coração e dos contínuos mal-entendidos, o amor de Jesus por eles se manteve inalterado.
Foi, também, um amor oblativo. Doou-se aos discípulos, partilhando com eles tudo quanto possuía – seus conhecimentos, sua missão, sua filiação divina –, sem nada reter. Toda a existência de Jesus pode ser definida como uma total doação.
Foi um amor radical. Jesus não ficou a meio-caminho, nem colocou limites à sua disposição de amar. Por isso, dispôs-se a dar a maior prova de amor que consiste em entregar a própria vida em favor do próximo. Sua morte de cruz deixou patente a radicalidade de seu amor pela humanidade.
Foi, enfim, um amor divino e humano. Os gestos de amor de Jesus eram a encarnação do amor de Deus pela humanidade. Contemplando sua maneira de amar, chega-se a compreender como o Pai nos ama.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, seja o amor de Jesus minha única fonte de inspiração para pôr em prática o mandamento do amor mútuo. Que eu me esforce por amar, como tu amas!

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Só ama, aquele que se sente amado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

João vai dizer em seu evangelho que "Deus é Amor". A Encarnação de Jesus fez com que Deus mergulhasse na Vida do Homem, e possibilitou a este mergulhar na Vida de Deus. Não havia até então, na humanidade, uma expressão de amor tão autêntica e grandiosa. O amor humano era marcado por limites e tolerâncias e o apóstolo Pedro, quando indaga a Jesus se se deve perdoar até sete vezes, mostra bem esse modo limitado do homem amar.
Por isso somente Jesus nos poderia ter dado um mandamento assim, pois o amor sem medidas, manifestado na gratuidade e incondicionalidade, era visto como uma loucura. É esse exatamente o amor que encontramos em Jesus. "Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amo...". Esse é um mandamento originariamente cristão. Não é um amor segundo os padrões humanos, mas brota de Jesus, do seu coração Sagrado e humano.
A iniciativa é toda de Deus, ainda que o ser humano permaneça na indiferença e na incredulidade, ainda que o ser humano negue ou ignore Jesus, ainda que o Ser humano ridicularize o cristianismo hostilizando os cristãos, apesar de tudo isso, Deus jamais deixará de amar o homem, e na Força desse amor sempre terá a iniciativa de se manifestar ao homem, até o derradeiro momento de sua existência.
Um dia, tocado pelo próprio Deus, o homem se abre para esta Graça e se sente amado e querido por Deus, percebe que não se trata de um amor platônico, mas de um amor ágape, totalmente gratuito e incondicional. Um amor desde toda eternidade, que não dá para ser guardado, mesmo porque não há coração humano que o comporte. Esse amor cria laços com o próximo, e assim vamos refletindo em nossas relações todo esse amor Divino e sublime e através do homem, esse amor de Deus vai se propagando, formando um grande elo que no final resultará na visibilidade do Reino de Deus que é puro amor.

2. Vós sois meus amigos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus ressuscitado está com os seus discípulos, mas daqui a pouco se despedirá e subirá ao céu. Antes, porém, ele nos deixa suas orientações. Em primeiro lugar, o seu mandamento, o único: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Já não é amar o próximo como a si mesmo, mas amar como Jesus amou. É o que temos que fazer, e quem assim procede cumpre todos os mandamentos. Não somos servos de Jesus. Somos amigos. Ele nos escolheu, não fomos nós que o escolhemos, e ele espera que produzamos algum fruto duradouro. O que pedirmos ao Pai, por nosso Senhor Jesus Cristo, ele nos concederá. E para não nos esquecermos, ele repete com firmeza: “O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros”. Ele nos transmitiu tudo o que ouviu do seu Pai. Entendemos os vocábulos, sabemos que um pai conversa com seu filho e o filho conta o que o pai falou, mas não sabemos como isso acontece em Deus. Usamos então palavras humanas e dizemos que Jesus veio a este mundo e nos contou tudo o que seu Pai lhe disse. Nossos pais usam muitas palavras, quando falam conosco. O evangelista São João dirá que Deus fala uma única Palavra, e essa Palavra é seu Filho.

HOMILIA

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

Há uma palavra que nos liberta de todos os fardos, dores da vida e nos faz atingir o vínculo da perfeição. Essa palavra é amor. João na primeira carta diz que Deus é amor. Além de tudo o mais que Deus seja, e além do mais que Ele tenha feito, esteja a fazer ou venha a fazer – tudo é uma manifestação do Seu amor. Este amor é tão reconfortante como é difícil de compreender. O amor de Deus excede em muito aquilo que os seres humanos rotulam normalmente como amor, o qual é, por vezes, um mero sentimento superficial ou uma paixão louca temporária, esta tantas vezes misturada de egoísmo e cobiça. Deus não Se limita a ter amor ou a demonstrar amor. Ele é amor.
O amor de Deus pela humanidade tem-se revelado de numerosas maneiras, sendo a maior de toda a Cruz. Como seguidores de Jesus, correspondemos ao Seu amor amando os outros, como Cristo nos amou a nós.
No Evangelho de João, Jesus não manda amar a Deus. Seu mandamento é que permaneçamos no amor. É amar o amor, e Deus é amor. O maior amor está em dar a vida por seus amigos, estar totalmente a seu serviço, a exemplo de Jesus. Somos escolhidos para dar frutos que permaneçam para sempre. O fruto é a prática do amor mútuo originando as comunidades. A vida sem amor é um tipo sub-humano de existência. Precisamos do amor dos pais. Precisamos do amor da família e dos amigos. Precisamos pertencer a uma comunidade que ama. Contudo, assim como precisamos receber amor, também precisamos dar amor. Não somos verdadeiramente humanos se não conseguirmos amar. Sejamos, porém claros: O verdadeiro amor não tem origem em nós. A capacidade de amar é criada em nós pelo nosso Criador na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. É ele que nos convida a amarmo-nos uns aos outros.
Assim, celebrar a Eucaristia é para mim e para ti assumir o compromisso de viver a fraternidade não apenas verbalmente, mas de fato. Assim como Jesus se entrega por nós, que nossa vida seja toda ela vivida na doação e no serviço em favor dos irmãos e irmãs, especialmente daqueles que mais sofrem. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
Fonte: Liturgia da Palavra em 23/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

O amor é o vínculo que nos une a Deus!

O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor!
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos” (João 15, 12-13).
Da mesma forma, se não existir amor entre aqueles que convivem, habitam no mesmo espaço e compartilham da mesma vida em uma comunidade, ela tenderá à ruína. O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor! Aqui não se trata de um amor poético, romântico, sentimental ou afetuoso; é o amor decisão, o amor respeito, o amor que, acima de tudo, nos leva a ver a presença de Jesus no outro, apesar dos limites e das fraquezas dele.
É o amor que exige perdão, superação, reconciliação; não é um amor que nos obriga a gostar e a “engolir” o outro, porque não há outro jeito; mas é o amor que nos ensina a conviver em paz com nós mesmos e com o outro, ainda que não estejamos muito a fim disso, ainda que as nossas ideias, os nossos pensamentos e sentimentos não caminhem na mesma direção. Amar o outro é uma exigência para se tornar discípulo de Jesus!
Amar ao próximo não é uma questão facultativa, subjetiva ou muito menos ainda o amor criterioso em que eu só amo a quem eu quero e a quem está de acordo com os meus critérios. O amor ao próximo é, em primeiro lugar, aos que estão mais próximos de nós, aos que convivem e trabalham conosco e aos que abraçam uma mesma dimensão de vida.
Qualquer realidade humana, qualquer comunidade paroquial, comunidade de vida em que o amor não existe mais, a vida, o relacionamento e a própria comunidade estão condenados ao fracasso.
Se Deus pode reerguer algo entre nós, Ele pode, deseja e quer fazer isso com a ajuda da via chamada amor. Que ele seja o vínculo que nos une a Deus, que o amor seja o vínculo que nos una uns aos outros!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/05/2014

Oração Final
Pai Santo, fortalece entre nós a amizade fraterna, tão desejada por Jesus de Nazaré. Que nós não nos coloquemos em posições de destaque, mas não nos neguemos a usar a serviço dos irmãos os dons que nos emprestas. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós pedimos perdão por tantas vezes que usamos a palavra “Amor’ sem lhe conferir o verdadeiro sentido – aquele que lhe foi dado pelo Cristo Jesus, teu filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. E que a nossa vida seja um contínuo e verdadeiro Amar: a Ti, Pai querido, aos irmãos que puseste ao nosso lado na caminhada e à Natureza que nos encanta e sustenta. Amém.

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