quinta-feira, 15 de março de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/03/2018

ANO B


Jo 7,1-2.10.25-30

Comentário do Evangelho

O perigo de fechar-se à novidade de Deus

O texto revela a razão do não reconhecimento de Jesus como Messias, a saber, uma ideia hermética e equivocada do Messias, além da falta de conhecimento do Pai: ". este, nós sabemos de onde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá de onde é" (v. 27). Pensava-se que o Messias teria uma origem desconhecida. Fecharam-se à novidade de Deus, esqueceram-se de que Deus é surpreendente, por isso identificavam Jesus com um simples homem e não se permitiam o salto da fé. A resposta de Jesus revela a ignorância deles, pois pensam saber de onde Jesus vem, mas, de fato, não o sabiam. Parece, da parte de Jesus, uma ironia ao dizer: "... sabeis de onde eu sou!" (v. 28). A sua origem é outra: ele vem do Pai (cf. v. 29). Eles não conhecem o Pai (cf. v. 28), por isso não podem reconhecer aquele que Deus enviou (cf. v. 29).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, minha vida está colocada em tuas mãos, pois tu és o Senhor do meu destino. Movido por esta certeza, dá-me a graça de testemunhar, com coragem, o teu Reino.
Fonte: Paulinas em 15/03/2013

Vivendo a Palavra

A presença de Jesus confundia seus conterrâneos. Ele anunciava a chegada do Reino de Deus, mas de uma forma surpreendente: um Reino de generosidade e perdão, que não se parecia nada com o modelo que a expectativa havia criado – um reino de poder. Qual é a nossa imagem do Reino do Céu?
Fonte: Arquidiocese BH em 15/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

O único caminho para chegarmos ao Pai é Jesus Cristo. A Verdade que Ele anuncia é tão simples que nós não estamos preparados para compreendê-la. Temos vergonha de continuar crianças, a quem pertence o Reino do Céu, e partimos em busca dos muitos e complicados saberes das ciências e dos títulos acadêmicos.

Reflexão

A descrença pode ter conseqüências terríveis como nos revela o Evangelho de hoje. As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus, de modo que a sua fé gerava a vida em abundância. Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida. A descrença luta contra a vida e pode até mesmo tirar a vida das pessoas, mas tira apenas a vida biológica, e o sangue que é derramado fertiliza a terra para que nela brote as sementes de vida eterna. O sangue de Jesus foi derramado, assim como o de muitos mártires, e isso faz com que as sementes do Reino cresçam e dêem fruto.
Fonte: CNBB em 15/03/2013

Reflexão

Por prudência, Jesus evita circular pela Judeia, já que os judeus “pretendiam matá-lo”. Mesmo assim, vai a Jerusalém, “não publicamente, mas às escondidas”. Infelizmente, os chefes do povo querem emudecer aquele que tem palavras de vida eterna e acorrentar o libertador de tantos corações! O mundo cometerá o grave erro de eliminar o Inocente, deixando livres os malfeitores. Contudo, a “palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,9). Mesmo correndo perigo de vida, Jesus continua ensinando no Templo e, em voz clara, desafia seus ouvintes: “Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde sou?” Segue reafirmando que conhece a Deus e vem de junto dele. Movimentam-se os chefes para prender Jesus, mas ainda não o conseguem: “Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente” (Jo 10,18).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

SÓ O PAI TEM PODER SOBRE JESUS

O perseguidores de Jesus foram estreitando, sempre mais, o cerco a seu redor, com o intento de matá-lo. O Filho de Deus, porém, não ficou abalado, nem mudou seu programa de ação, temendo represálias. Sua ousadia brotava da segurança com que buscava ser fiel ao querer do Pai.
Embora ameaçado de morte, Jesus pregou abertamente em Jerusalém, defendendo sua condição de enviado e sua missão. Seus inimigos, nem de longe davam-se conta da origem divina do Mestre. Por causa de seus preconceitos, detinham-se apenas na aparência humana de Jesus. Entretanto, além de ser realmente homem, ele era o enviado de junto do Pai, com a missão precisa de trazer salvação à humanidade.
Os adversários de Jesus só esperavam o momento propício para concretizar seu intento de matá-lo. Não conseguiam, contudo, por em prática seu desígnio maligno, porque a hora de Jesus ainda não havia chegado. Só o Pai tinha poder sobre o Filho. Por conseguinte, a vida de Jesus se consumaria na hora determinada por ele. A cruz dependia do plano de Deus para Jesus. As tramas dos inimigos não tinham nenhuma importância, pois a vida de Jesus seguia um projeto sobre o qual eles não tinham o poder de influir. Nada aconteceria com Jesus, sem o consentimento do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que a minha vida esteja totalmente nas mãos do Pai, assim como tu viveste totalmente confiado a ele.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. MINHA HORA NÃO CHEGOU!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A vida de Jesus estava toda colocada nas mãos do Pai. Com esta consciência, ele enfrentava os desafios do ministério, sem se deixar abater pelos mal-entendidos, pelas hostilidades evidentes ou veladas ou mesmo pela ameaça de morte que pairava sobre a sua cabeça. Sua coragem manifestava-se na maneira aberta com que proclamava sua doutrina, em plena Jerusalém – no Templo –, mesmo sabendo que os judeus buscavam matá-lo.
Importava-lhe unicamente manter-se fiel a quem o enviou, pois não tinha vindo por si mesmo, nem proclamava uma doutrina de sua autoria e propriedade. As hostilidades contra ele provinham do desconhecimento do Pai. Logo, fruto da ignorância! Bastava que se abrissem para o Pai, para estarem em condições de compreender a veracidade do testemunho de Jesus.
A vida do Filho estava nas mãos do Pai. Isto impedia que os adversários assumissem o controle do destino de Jesus. Por isso, em vão, procuravam detê-lo e infligir-lhe a pena capital. "Sua hora ainda não chegara".
A coragem do Mestre serviu de exemplo para os discípulos, sobretudo nos momentos difíceis de seu ministério apostólico. Também a vida deles estava nas mãos do Pai. Sendo assim, nenhum inimigo, por pior que fosse, haveria de se transformar em senhor de seus destinos. Somente o Pai pode determinar a hora de cada um!
Oração
Pai, minha vida está colocada em tuas mãos, pois tu és o Senhor do meu destino. Movido por esta certeza, dá-me a graça de testemunhar, com coragem, o teu Reino.
Fonte: NPD Brasil em 15/03/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Humano demais...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há até uma bela música com este nome, e aqui está o problema dos Judeus para com Jesus: eles queriam um MESSIAS misterioso, de origem desconhecida, talvez vindo de alguma nuvem do céu, e, eis que aparece no meio deles um homem comum como qualquer outro judeu, mas que se diz um enviado do Pai em uma missão especial.
Como pode um ser humano anunciar-se como um enviado especial do Pai? para o Judaísmo é uma afronta! Pois esse anúncio explicita a divindade de Jesus, foi Deus quem o enviou e ele, apesar de homem, é o Filho de Deus. De um modo bem simples eis aí a razão da condenação de Jesus.
Talvez ao ler o evangelho de João onde o confronto com o Judaísmo vai ficando cada vez mais acirrado, alguém possa pensar que Jesus "Gostava de cutucar a onça com a vara curta", fazendo provocação aos Judeus. Entretanto é a fidelidade ao Pai e a sua Vontade que leva Jesus a agir desse modo. Se ele não falar de onde veio e quem o enviou, não estará revelando o Pai, evitando assim que os homens o conheçam.
Sendo quem é, e assumindo com fidelidade a missão que lhe foi confiada, Jesus age com inteira liberdade, de fato, no evangelho de João é Jesus quem se entrega, tudo aconteceu pela vontade do Pai mas com o seu consentimento. Por isso, embora já ameaçado de morte, ele anda livremente por Jerusalém pregando e ensinando, fazendo prodígios, e as pessoas se admiram que ninguém o tenha impedido. Na hora da sua glorificação na cruz ele irá se entregar, pois na visão joanina, ninguém tem força e poder, para impedir a obra da Salvação que em Cristo irá se realizar.
Nos dias de hoje há uma multidão de homens e mulheres que se dizem Filhos e Filhas de Deus, ou porque receberam um Batismo, como nós cristãos, ou porque assim se sentem. Entretanto, falta a coragem a ousadia e a fidelidade de Jesus, para de fato viver e pensar como autênticos Filhos e Filhas de Deus, já que qualquer poder do mundo, as vezes é suficiente para nos fazer dobrar os nossos joelhos diante das forças do mal.
Ser livre não é falar e fazer sempre o que se quer, mas a nossa verdadeira liberdade está em Deus.

2. A sua hora ainda não tinha chegado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Querem matar Jesus e sua hora se aproxima. Tudo, porém, acontecerá quando chegar a sua hora. Quem é Jesus? É o Messias esperado? O Ungido de Deus, ninguém saberá de onde vem, diziam os judeus. Sabiam de onde vinha Jesus, conheciam sua origem, era um deles. Ao menos assim pensavam, mas, na verdade, não sabiam de onde ele vinha nem quem o tinha enviado. Ele não veio por conta própria. Veio daquele que o enviou e que eles não conheciam. Verdadeiro homem, eles o conheciam em sua humanidade, pois foi para isso que ele se encarnou. Verdadeiro Deus, só pode ser conhecido pela revelação, pelo que ele diz de si mesmo, pela interpretação que faz das Escrituras Sagradas, pela fé. Quando chegar a sua hora, tudo será novo e terá início o que é definitivo. Com ele ressuscitado, participaremos então da sua divindade. A hora, porém, ainda não chegou.

HOMILIA DIÁRIA

Os fundamentos da nossa festa

Postado por: homilia
março 15th, 2013

Irmãos e irmãs, o contexto do Evangelho segundo João 7, 1-2.10.25-30 está intimamente ligado à festa judaica chamada “Festa das Tendas” ou “Cabanas”. Uma festa marcada pela alegria devido ao fim das colheitas e pelo reconhecimento das intervenções do Senhor para com o seu povo no tempo do Êxodo. Esta festa era também um momento de recordar e anunciar os bens messiânicos.
E quem estava para ir, como os seus familiares, para esta festa em Jerusalém? Àquele que é o maior fruto colhido da Providência e Misericórdia Divina, a manifestação plena e eterna da salvação prometida por Deus para com os povos e o Messias em Pessoa, a cumprir as promessas messiânicas outrora anunciadas: «Acontecerá então que todos os sobreviventes das nações que tiveram marchado contra Jerusalém subirão, ano após ano, à cidade para se prosternarem diante do rei, o Senhor de todo poder, e para celebrar a festa das Tendas» (Zc 14, 16).
Portanto, nesta grande festa de ação de graças, eles tiveram a oportunidade de reconhecerem e se renderem, em meio aos louvores, a Jesus (Deus salva), o Senhor Todo-Poderoso e Rei dos reis. Mas isto tudo a conjugar com o mistério da liberdade humana e optar por aceitar a crer nas revelações de Deus.
Infelizmente, já no seio familiar, Cristo encontrou resistência (cf. Mc 3, 21), igualmente por parte também de muitos outros judeus, que neste caso incluiu principalmente os líderes religiosos do tempo de Cristo (cf. Jo 7, 1.25). No entanto, movido pela obediência ao Pai de onde veio, não deixou de se arriscar para anunciar a Boa Nova, mesmo em meio a um ambiente alegre para todos e hostil a Ele: «Em alta voz, Jesus ensinava no templo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse não o conheceis, mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou» (Jo 7, 28-29).
Assim Jesus se apresentou não como um “estraga festas”, mas como o fundamento da alegria que festeja as manifestações do Amor de Deus no passado, presente e na certeza que não falhará no futuro.
Também hoje podemos perceber que existem muitas motivações e sensibilidade para com o bom humor e, propriamente, a alegria. Agora, somente pela livre adesão a Jesus Cristo, por uma fé obediente, poder-se-á experimentar os frutos do Espírito Santo, do qual a alegria, vinculada ao amor é que promove o verdadeiro e edificante bom humor: «Mas eis o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, doçura, domínio de si; contra tais coisas não há lei» (Gl 5, 22-23).
Deus quer que os frutos do Espírito Santo, que sinalizam o Reinado do Amor de Deus em nós, também nos faça sinais do mesmo Reino, a partir nós, inclusive nos nossos relacionamentos. Verdade que, de certa forma, desejou o novo Papa para o relacionamento dele com todos os fiéis: «E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo…este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós» (Papa Francisco).
Primeiras palavras como Bispo de Roma e Vigário de Cristo que apontam para um estilo de vida possível com a graça de Deus. Com Jesus, no Espírito Santo e como Igreja, podemos continuamente contemplar e anunciar as intervenções deste Deus que continua salvando e abençoando a Igreja e o mundo , inclusive através de cada sucessor de São Pedro.
Por isso tudo, estamos em Quaresma, mas sem perder os motivos de uma festa que não passa.
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 15/03/2013

Oração Final
Pai Santo, mantém-nos atentos e receptivos à novidade que teu Reino de Amor nos traz. Ajuda-nos, Pai amado, a discernir a Vida Nova nos sinais dos tempos que vivemos, para anunciá-la aos peregrinos que caminham conosco nesta terra abençoada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer a tua Presença nos recados que nos envias. Seja na natureza, na história dos homens, nos sinais dos tempos, na Escritura Sagrada, na Igreja, ou no íntimo da nossa consciência. Que nós Te acolhamos como o amado Pai do Cristo Jesus, nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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