segunda-feira, 29 de junho de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/06/2015

ANO B


Mt 8,23-27

Comentário do Evangelho

O medo é contrário à fé

Entre a ordem de Jesus de passarem para a outra margem (v. 18) e sua entrada no barco com os discípulos (v. 23), há o episódio dos dois casos de vocação (vv. 19-22). Durante a travessia para a outra margem, os discípulos são surpreendidos pelo vento contrário que agita o lago, levantando verdadeiras ondas que invadem o barco. Para o universo bíblico, o mar evoca o mal e a morte. Enquanto os discípulos se apavoram, Jesus dorme (Jn 1,4-6). Dos discípulos que se apavoram é exigida confiança (v. 26). O medo é contrário à fé. Não nos esqueçamos: o discípulo de Jesus Cristo só será livre para segui-lo quando superar o medo da morte e do mal. Há em nossa perícope uma afirmação implícita da divindade de Jesus: assim como Deus domina e faz acalmar o mar (Sl 68,2; 89,10), Jesus, acordado do seu sono, repreende o vento e o mar como se estivesse expulsando um demônio (Mc 1,21-28). À sua voz se faz grande calmaria. Se o sono pode evocar a morte, Jesus despertado do sono lembra a ressurreição, da qual surge vitorioso sobre o mal e a morte, e aos discípulos ensina que, na turbulência própria da travessia, o Senhor está presente e atento às ameaças que a sua Igreja sofre. Ele é o seu socorro e salvação.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=30%2F06%2F2015

Vivendo a Palavra

Eis a pergunta que não quer calar: «Quem é esse homem, a quem até o vento e o mar obedecem?» Tenhamos a consciência de que a nossa resposta não será dada com frases estudadas, até de belo efeito, mas com o nosso jeito de viver: relações fraternas com os irmãos, de cuidado com a natureza e de gratidão com o Pai Misericordioso.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=6&dia=30

Comentário do Evangelho

UMA FÉ PEQUENINA

A experiência de estar numa barquinha, em meio a uma forte tempestade, serviu para testar a profundidade da fé dos discípulos. E provou ser ainda muito pequena, como declarou Jesus.
A presença serena do Senhor, dormindo tranqüilo, mesmo estando a barca para ser engolida pelas ondas, não foi bastante para criar no coração dos discípulos a certeza de que não afundariam. No desespero, acordaram Jesus pedindo para livrá-los da morte iminente. Jesus os censurou por terem demonstrado uma fé tão incipiente.
A barquinha em meio à tormenta retratava a vida das primitivas comunidades cristãs. Elas corriam o risco de serem tragadas pelas ondas das perseguições e dificuldades que afloravam de toda parte. A primeira reação era a de desesperar-se e pensar que estava tudo perdido e não seriam capazes de fazer frente àquela situação.
Entretanto, elas não se davam conta da presença discreta, mas efetiva, do Senhor em seu meio. O Ressuscitado não havia deixado os seus entregues à própria sorte. Pelo contrário, ele estava aí, participando da sorte da comunidade e garantindo sua sobrevivência. Jamais as pressões dos inimigos e perseguidores seriam suficientemente fortes para por abaixo a comunidade. O medo não se justificava. O Senhor estava com sua comunidade.
Oração
Senhor Jesus, nos momentos de dificuldades, que eu saiba reconhecer tua presença discreta junto de mim dando-me coragem e alento.

HOMILIA DIÁRIA

Deus se faz presente em nossa vida nos bons e maus momentos

Na prosperidade precisamos ser gratos, aprender o dom da gratidão, do louvor e do reconhecimento. No tempo dos infortúnios, da infelicidade, da dor e da aflição, é preciso ter a mesma intensidade da oração.

“Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” (Mateus 8, 25)

Os discípulos estão no meio do mar, uma grande tempestade vem ao encontro deles e a barca fica coberta pelas ondas. O coração deles se agita pelo medo e um grande apavoramento toma conta de todos. E sabemos que – quando estamos apavorados, agitados, preocupados, tensos, nervosos e as coisas dentro de nós começam a se agitar – até a nossa fé perece, porque o desespero toma conta do nosso coração.
Os discípulos olham para Jesus e o Senhor parece dormir. Eles O acordam dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo. O grito dos discípulos daquele tempo é o mesmo dos discípulos de hoje, é o grito de cada um de nós: sedentos da mão e da graça de Deus em meio a tantas ondas agitadas deste mundo. E com o nosso coração em pavor e pânico pelas tempestades da vida, precisamos dizer: “Salva-nos, Senhor, porque perecemos!”.
Deixe-me dizer uma coisa a você: a nossa fé precisa silenciar as ondas agitadas e revoltas que estão nos fazendo sucumbir, perecer e desanimar. Deus não está dormindo, mas está paciente e serenamente ao nosso lado. Quando estamos bem, as coisas andam dentro dos trilhos e o mar está calmo e tranquilo, Ele está ao nosso lado. Mas quando o mar se agita, as tempestades vêm ao nosso encontro e as coisas não estão legais, quando perdemos, perecemos e sofremos, Deus também está ao nosso lado.
Na prosperidade precisamos ser gratos, aprender o dom da gratidão, do louvor e do reconhecimento, mas, no tempo dos infortúnios, da infelicidade, da dor e da aflição, é preciso ter a mesma intensidade da oração e dizer: Eu também O louvo, Senhor, eu também confio, porque o mesmo Deus que está comigo na minha felicidade também está comigo na minha tribulação. É n’Ele em quem eu confio! O mesmo Deus, que me faz atravessar o deserto, é o mesmo que me faz atravessar o mar. O mesmo Deus, que me leva às alturas, também me tira das profundezas do inferno. Por isso confio n’Ele, na Sua Palavra e não vou desanimar nem vou me desesperar! Não posso entregar a minha alma ao desespero, porque eu sei em quem coloquei a minha confiança, eu sei em que depositei a minha esperança e sei quem é o Deus a quem sirvo! É no Senhor em quem eu vou confiar!”.
Permitamos que Deus hoje acalme e traga serenidade e paz ao nosso coração e que nenhuma onda agitada desta vida tire a soberania da graça de Deus de nosso interior!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/deus-se-faz-presente-em-nossa-vida-nos-bons-e-maus-momentos/

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para mergulhar cada dia mais encantados no Mistério de Amor que é a Encarnação de teu Verbo Criador em Jesus de Nazaré. Nós queremos segui-lo no caminho que percorreu, na certeza de que estaremos voltando ao Lar Paterno. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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